2021
EUCALYPT DISEASES: CURRENT STATUS IN BRAZIL AND SCIENTOMETRICS ANALYSIS OF THE MAJOR DISEASES
AND PATHOGENS IN THE WORLD.
Autor: ANA LUIZA RATI
DOS SANTOS
Palavras-chave: Diagnose.
Produtividade. Florestas Plantadas.
Resumo:
O setor de base florestal brasileiro é reconhecido internacionalmente
por seu manejo florestal sustentável e alta produtividade de suas florestas plantadas. Nas últimas
décadas, tecnologias
inovadoras de plantio e cultivo permitiram grande expansão da área plantada de
eucalipto, com aproximadamente 7,6 milhões de hectares. Porém, atualmente há um cenário
alarmante em
relação à produtividade das florestas de eucalipto no Brasil. Em contrapartida
a crescente de áreas plantadas, a produtividade das florestas vem diminuindo na última década.
Em 1960, a
média de produtividade das florestas era de cerca de 10 m3 ha - 1 ano. Com o
avanço nos programas de melhoramento e implantação de plantios clonais, a produtividade
das florestas atingiu sua capacidade máxima em 2010 com 41,5 m3 ha- 1 ano. No entanto, desde
2010 a curva de produtividade das florestas vem decaindo significativamente e entrado em estagnação entre 35 a 36 m³ ha-1 ano. Nesse contexto, a grande questão é: Por que mesmo após 51
anos de pesquisa e desenvolvimento de diversas tecnologias, a curva de produtividade
está caindo em vez de seguir o crescimento exponencial previsto? Muitos fatores podem estar
envolvidos neste fenômeno, como escolha de material genético, condições edafoclimáticas,
práticas culturais e manejo de pragas e doenças. Até 1970, os plantios brasileiros de eucalipto eram
considerados praticamente livres de doenças e restritos aos estados de São Paulo e Minas
Gerais. Avanços nas técnicas de cultivo bem como na seleção e plantio de materiais genéticos de
alta produtividade tem permitido a expansão das florestas de eucalipto para outras
regiões, o plantio de novos materiais genéticos de Eucalyptus spp., sem um conhecimento
prévio de sua resposta de níveis de suscetibilidade / resistência a potenciais patógenos, tem
estimulado a ocorrência de novas doenças afetando a produtividade das florestas. Diante desse cenário,
um estudo abrangente do comportamento das doenças como agentes causais, distribuição e
histórico de ocorrência é fundamental para mitigar as perdas nos plantios de eucalipto por
doenças. Assim, neste estudo apresentamos um panorama geral da sanidade dos
plantios de eucalipto no Brasil. Baseamo-nos no histórico de dez anos de diagnóstico patológico do Laboratório
de Patologia Florestal (LPF) da Universidade Federal de Viçosa (UFV), Viçosa, Minas Gerais,
Brasil. Além disso, correlacionamos nossas descobertas para os seis principais patógenos com
uma análise bibliométrica focada no número de artigos publicados, autores, países e
instituições.
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CONDICIONAMENTO OSMÓTICO E GERMINAÇÃO DE
SEMENTES DE Eucalyptus pellita e Eucalyptus brassiana SUBMETIDAS A DÉFICIT
HÍDRICO
Autor: ANALIA ADRIANA IBAÑEZ BENITEZ
Palavras-chave: Embebição.
Déficit hídrico. Condicionamento osmótico.
Resumo:
O crescimento inicial de espécies florestais em campo é afetado pela
disponibilidade de água no solo, por isso, o presente trabalho estuda o impacto do déficit hídrico em
sementes de Eucalyptus pellita e Eucalyptus brassiana. A adaptação de uma
espécie a determinado ambiente, está relacionada às características
fisiológicas do lote de sementes que influenciam na tolerância ao déficit hídrico. Assim, os objetivos deste trabalho são: Estudar o efeito do
déficit hídrico na embebição e germinação de sementes de Eucalyptus, e avaliar o efeito do
condicionamento osmótico na germinação de sementes de Eucalyptus sob déficit hídrico. O
experimento foi conduzido no Laboratório de Cultura de Tecidos da Faculdade de Engenharia
Florestal da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus de Cuiabá (MT). Para
determinação da curva de embebição utilizou-se como substrato entre papel germitest, com
duas folhas, umedecidos com água e solução PEG com potenciais osmóticos de-0,4; -0,8 e -1,2
MPa e acondicionadas em BOD na temperatura de 20°C. Para germinação de sementes sob
déficit hídrico em PEG 6000 nos potenciais osmóticos de 0,0; -0,2; -0,4; -0,6; -0,8 e
-1,2 MPa foi simulada em BOD A 25 °C e utilizado delineamento inteiramente casualizado (DIC)
em esquema fatorial 2 x 6 (2 espécies x 6 potenciais hídricos). Para a germinação
de sementes sob déficit hídrico após condicionamento osmótico, as sementes foram condicionadas
em soluções de PEG com potenciais de -0,4 e -1,2 MPa por 120 horas. A deficiência hídrica
foi simulada em BOD a 25 °C, utilizando soluções de PEG com potenciais hídricos de 0,0; -0,2
e -0,4 MPa e o experimento foi conduzido no delineamento inteiramente casualizado (DIC) em
esquema fatorial 2 x 2 x 3 (2 espécies x 2 condicionamentos x 3 potenciais hídricos).
Observou-se que o padrão trifásico de embebição ocorre no potencial de 0,0 MPa para as duas
espécies estudadas, a germinação decresceu com o aumento da restrição hídrica
para as duas espécies de Eucalyptus. A espécie de Eucalyptus
pellita apresenta tolerância para germinar sob estresse hídrico moderado entre -0,2 e -0,4 MPa. Devido à qualidade fisiológica do lote
das sementes de Eucalyptus brassiana utilizado
nesta pesquisa, observou-se que esta é mais sensível ao estresse hídrico mesmo após condicionamento osmótico. As sementes de ambas as
espécies de Eucalyptus condicionadas em PEG proporcionaram a germinação mais rápida e
uniforme quando comparada com as sementes não condicionadas.
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DINÂMICA DA
RIZOGÊNESE DE MINIESTACAS E MICROESTACAS DE Tectona grandis L. f.
Autor: CAMILA NUNES
AMORIM
Palavras-chave: Teca.
Propagação vegetativa. Regulador de crescimento
Resumo:
Este estudo teve como objetivo avaliar a dinâmica da rizogênese de
miniestacas e microestacas de teca, por meio do acompanhamento da emissão de
raízes e seu desenvolvimento. Foram utilizadas miniestacas e microestacas de
dois clones de teca coletadas em minijardim clonal. Para aplicação da auxina
exógena, as bases das miniestacas e microestacas foram inseridas em solução em
pó contendo auxina exógena em quatro dosagens (0, 500, 1000 e 1500 mg L-1).
Após a aplicação da auxina as miniestacas e microestacas foram colocadas para
enraizar em casa de vegetação. As variáveis avaliadas foram: porcentagens de
sobrevivência, rizogênese miniestacas e microestacas com presença de
calogênese, número médio de raízes (≥ 2 mm de comprimento), o comprimento médio
da maior raiz, massa seca das raízes e da parte aérea. No primeiro capítulo, o
objetivo foi avaliar a rizogênese de miniestacas de Tectona grandis L.f. submetidas a diferentes doses de
auxinas exógenas AIB e ANA, através da emissão e desenvolvimento das raízes,
onde a porcentagem de sobrevivência das miniestacas que variou de 95,8% a 100%.
Para a variável porcentagem de miniestacas com presença de calogênese o maior
valor foi de 41,67%, encontrado aos 21 dias, para a dosagem 1000 mg L-1
independentemente da auxina utilizada. As doses de 1000 mg L-1 de ANA e 500 mg L-1 de AIB
apresentaram os maiores resultados para número médio de raízes, comprimento
médio da maior raiz (cm) e porcentagem de rizogênese. Há uma redução de gastos
quando se utiliza a auxina ANA em comparação com AIB. No segundo capítulo o
objetivo foi avaliar a rizogênese de miniestacas e microestacas de Tectona
grandis L.f. submetidas a diferentes doses de auxinas exógenas AIB, através da
emissão e desenvolvimento das raízes. A porcentagem de sobrevivência das
miniestacas e microestacas variou de 83,75% a 97,5%, na saída da casa de
vegetação aos 40 dias. À excessão da variável porcentagem de sobrevivência não
foi observado influência no tipo de estaca utilizado, miniestacas ou
microestacas. O uso de AIB nas dosagens testadas não apresentou efeitos
significativos para nenhuma das variáveis analisadas.
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VARIÁVEIS PARA DETERMINAÇÃO DO PERÍODO DO
PRIMEIRO DESBASTE DE TECA CULTIVADA EM SISTEMA AGROSSILVIPASTORIL
Autor: DANIELA MAGALI
DOS SANTOS
Palavras-chave: Sistemas de
integração, Tectona grandis,
Crescimento, Incremento
Resumo:
As árvores de teca em sistema agrossilvipastoril (SASP), devido ao
arranjo espacial, possuem crescimento diamétrico diferenciado nos sentidos da linha e da entrelinha,
sendo comum a adiamento do primeiro desbaste. Diante disso, o objetivo do trabalho foi testar
variáveis que identifiquem o estabelecimento da competição e o período para aplicação do
primeiro desbaste
em teca cultivada em SASP. O estudo foi desenvolvido em um SASP com três clones
de teca. O estado da competição foi avaliado pela elaboração de curvas de crescimento e
de incremento em diâmetro e em área seccional, isoladamente no sentido da linha e no sentido
da entrelinha de plantio, e pela assimetria do fuste, e ainda calculadas as variáveis
morfométricas. Complementarmente, com o uso da análise de tronco, foi realizado levantamento
em um plantio em linha, um tipo de SAF, com árvores de teca de origem seminal, aos 25 anos de
idade, para comparar o seu comportamento com as árvores clonais do SASP. Em sistema agrossilvipastoril,
aos dez anos de idade, clones de teca não desbastados apresentam diferenças no
crescimento para os diferentes sítios. Quando não aplicado o desbaste, a assimetria do
fuste inicia entre quatro e cinco anos e aumenta com a idade, independentemente do material
genético e do sítio. A assimetria é verificada com o uso isolado do DAP na linha e na entrelinha. A
assimetria é consequência do arranjo do SASP associada à não aplicação de desbaste em clones
e material seminal. A análise isolada do incremento em área transversal da linha e da
entrelinha registra de maneira mais sensível a inflexão da curva e o estabelecimento da competição.
O método de definição do desbaste com base na inflexão de curvas de incremento em ICA e IMA
não se adequada para Sistemas Agrossilvipastoris. A idade técnica do primeiro desbaste
em plantios de teca em sistema agrossilvipastoril com espaçamento 2 m x 20 m, pode ocorrer
após o quarto ano de idade.
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MORFOFISIOLOGIA DE
MUDAS DE EUCALIPTO EM RESPOSTA À APLICAÇÃO DE STIMULATE®
Autor: FABYANA CRUZ
SOUZA
Palavras-chave: Stimulate®, Eucalyptus
urophylla, Hormônios.
Resumo:
Os bioestimulantes constituem-se de uma combinação de reguladores de
crescimento, os quais quando utilizado nas plantas podem alterar e melhorar os processos
fisiológicos e biométricos. Stimulate® é um bioestimulante constituido pelos seguintes
reguladores vegetais: ácido indol butírico - IBA (0,005%), que se transforma em ácido
indolacético e favorece o alongamento celular; cinetina (0,009%), que induz a divisão celular;
e ácido giberélico (0,005%), o qual atua em diversas vias metabólicas do
desenvolvimento das plantas e 99,98% de ingredientes inertes. Este estudo foi baseado na hipótese de que a
pulverização com o Stimulate® pode ser uma alternativa para acelerar o crescimento inicial
de mudas de eucalipto. O trabalho foi realizado em casa de vegetação com o objetivo de
avaliar a aplicação de diferentes doses de Stimulate®, aplicado três vezes no decorrer do estudo,
via foliar na cultura de eucalipto (Eucalyptus
urophylla), material genético I-144 (AEC 0144), por meio de variáveis fisiológica e biométricas. O experimento foi delineado como
inteiramente casualizado, com 6 tratamentos e 6 repetições, com uma planta de eucalipto por
unidade experimental (vaso de 18L), totalizando 36 unidades experimentais. Os
tratamentos consistiram em concentrações do bioestimulante: T0 (0 mL/L), T1 (5 mL/L), T2
(10 mL/L), T3 (100 mL/L), T4 (500 mL/L) e T5 (1000 mL/L). No decurso do experimento
as variáveis altura da parte aérea e diâmetro do coleto foram mensuradas semanalmente. No
final, aos 99 dias, foram obtidos dados de altura da parte aérea (HT), diâmetro do coleto
(DC), massa seca da parte aérea (MSPA), massa seca das raízes (MSR), massa seca total (MST),
índice de qualidade de Dickson (IQD), relação altura da parte aérea/massa seca da parte
aérea (RAMPA), relação parte aérea/raiz (RPAR), relação parte aérea/diâmetro (RAD) e
potencial hídrico foliar (Ψw,), para análise fisiológica. A aplicação do Stimulate®
proporcionou resultados significativos em todas as variáveis mensuradas, destacando-se o
tratamento T2, na maioria das variáveis avaliadas. O tratamento T1 foi menos sensível ao estresse
hídrico no segundo, terceiro e quarto dia. Conclui-se que o uso do Stimulate® pode ser uma
opção viável para aumentar a sobrevivência das mudas em campo, em fases críticas de
estabelecimento, apresentou maiores ganhos em tecido fotossintético,
produtividade, bom padrão de qualidade de mudas, mudas mais lenhificadas e menos sensível ao estresse hídrico.
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PROPRIEDADES
TECNOLÓGICAS DE MADEIRAS TROPICAIS SUBMETIDAS À MODIFICAÇÃO TÉRMICA
Autor: LEONARDO
VINÍCIUS DE SOUZA
Palavras-chave: Colorimetria;
dureza Rockell; espécies amazônicas; biodeterioração; intemperismo natural.
Resumo:
Para ampliar a gama de espécies tropicais
exploradas comercialmente alguns processos de modificação da madeira podem ser
empregados, como a modificação térmica. Este processo visa alterar características
da madeira pela ação de altas temperaturas, dentre eles a cor, que é um fator
importante para aceite de novas espécies no mercado. O presente estudo teve por
objetivo avaliar a influência da modificação térmica sobre as propriedades
tecnológicas das madeiras amazônicas Parkia pendula (Willd.) e Simarouba
amara (Aubl.), comparando diferentes meios de aquecimento do material sob
mesma condição de tempo e temperatura. Para tanto, as madeiras foram
modificadas termicamente em: estufa elétrica com circulação forçada de ar;
modificadas com pré-tratamento em autoclave, seguido por tratamento em estufa
elétrica após período de acondicionamento; e por imersão em óleo vegetal. Todos
os métodos utilizaram o tempo de 3 horas à temperatura de 180°C. Foram avaliadas
as propriedades físicas (variação no percentual de massa; umidade de equilíbrio,
densidade básica, inchamento volumétrico e cor), propriedades mecânicas (resistência
à dureza Rockwell, e módulos de elasticidade e ruptura), propriedades químicas
(composição básica e análises de espectroscopia de infravermelho médio por
transformada de Fourier) e propriedades biológicas (resistência a
biodeterioração em campo e ao intemperismo natural). Os resultados demonstraram
que todos os métodos de modificação térmica empregados surtiram efeito na
melhora da estabilidade dimensional das madeiras. Nas propriedades mecânicas,
houve redução da resistência à dureza Rockwell e à flexão, com maior
preservação da resistência do tratamento em óleo vegetal. A modificação em óleo
foi o único tratamento que conferiu aumento da resistência à biodeterioração em
ensaio de campo. Nas análises colorimétricas foram observadas madeiras
escurecidas após os tratamentos de modificação térmica, as quais tiveram maior
estabilidade colorimétrica do que as madeiras sem modificação no ensaio de
intemperismo natural. Na composição química básica houve alterações apenas para
madeiras modificadas em óleo vegetal, e nas análises de FTIR foram
identificados os picos 3005cm-1, 2855cm-1 e 725 cm-1 apenas neste tratamento,
sendo característicos de triglicerídeos provenientes do óleo de soja. Dentre as
espécies, a madeira de Simarouba amara apresentou melhor resposta à ação
da temperatura em suas propriedades tecnológicas, sendo necessário a realização
do processo na Parkia pendula com temperatura e tempo diferente deste
estudo, para obter a mesma intensidade de modificação.
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CONTROLE
GENÉTICO E SELEÇÃO DE GENÓTIPOS RESISTENTES À MURCHA-DE-ERATOCYSTIS CAUSADA POR
Ceratocystis fimbriata EM Tectona grandis
Autor: MALLÚ LOYANE ARENHART PIROLLA
Palavras-chave: Doenças em
teca, murcha vascular, resistência genética.
Resumo:
A
murcha-de-ceratocystis causada pelo fungo Ceratocystis fimbriata Ellis
& Halst, Bull. atualmente é a doença mais importante que incide em plantios de Tectona
grandis, pois além de ser uma doença letal, os danos causados na planta são irreversíveis. O
método mais eficiente de controle da doença é o plantio de genótipos resistentes. Embora haja
esforços para a seleção de clones resistentes, ainda não se conhece a base genética da resistência à
murcha-deceratocystis em teca, informação essencial para embasar as estratégias
de melhoramento para a obtenção de procedências, progênies ou clones resistentes. Nos estudos para se
conhecer a base genética da resistência, devem-se usar preferencialmente famílias segregantes
oriundas de cruzamentos controlados. Porém, devido ao pequeno tamanho das flores, variação
da fenologia de floração e alta abscisão dos frutos de teca, os estudos de melhoramento têm
sido feitos com populações derivadas de polinização aberta. Assim, o presente estudo teve como
objetivo compreender a herança da resistência à murcha-de-ceratocystis em progênies
obtidas a partir de cruzamentos de três clones comerciais e selecionar genótipos resistentes. Os
estudos foram conduzidos por inoculação do patógeno em condições controladas dos parentais
CR1, CR2 e CS1 e nas 364 plantas obtidas nos seguintes cruzamentos CR1 x CR1, CR2 x CR1,
CR1 x CS1 e CS1 x CR1. As plantas suscetíveis apresentavam sintomas típicos da doença,
como escurecimento da madeira, murcha e morte da planta. Em geral, uma maior
frequência de alelos favoráveis à resistência foi observada nos cruzamentos entre os pais
resistentes, CR1xCR1 e CR2 x CR1. Foi possível selecionar 99 genótipos resistentes, sendo 23 genótipos
derivados de famílias envolvendo o progenitor suscetível CS1, 16 genótipos de
autopolinização de CR1 e 60 genótipos derivados da família CR2 x CR1. Os resultados deste estudo mostram
que a herança da resistência à murcha de ceratocystis na teca é quantitativa com prevalência
de genes com efeitos aditivos.
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ANÁLISE DE DADOS
MULTIESPECTRAIS OBTIDOS POR RPAS NA CARACTERIZAÇÃO ESPECTRAL E MAPEAMENTO
FENOLÓGICO DE MACROHABITAT DE VEREDA NO PARQUE NACIONAL DA CHAPADA DOS GUIMARÃES
– MATO GROSSO/BRASIL
Autor: NÚBIA DA SILVA
Palavras-chave: RPAS; Áreas
Úmidas; Biblioteca Espectral; OBIA; Fenologia.
Resumo:
As áreas úmidas fornecem importantes funções no ecossistema que são a
base para valiosos serviços ecossistêmicos. Vereda uma fitofisionomia do
Cerrado, é o macrohabitat de área úmida frequentemente associado a presença da
palmeira buriti (Mauritia flexuosa), conhecida por ocorrer em solos
hidromórficos que estão gradativamente sendo afetadas pelas ações antrópicas,
principalmente relacionadas a expansão agropecuária, invasões biológicas e queimadas.
Avaliar as condições das veredas é fundamental para desenvolver estratégias de conservação
e restauração, mas é uma tarefa difícil dada a heterogeneidade de hábitats e a
coleta de dados de campo costuma ser onerosa e demorada. O Sensoriamento Remoto
é reconhecido como uma ferramenta eficaz para estudar as modificações
espaço-temporal da paisagem. Os Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas
(RPAS) fornece imagens aéreas com resolução sub-decimétrica e oferece uma fonte
de dados potencial para mapeamento de habitats. Diante disso, este estudo
objetivou explorar o potencial de imagens multiespectrais obtidas por RPAS para:
(1) correlacionar a eficiência de sensor multiespectral a bordo de RPAS com
sensor hiperespectral de campo, (2) analisar a resposta espectral de habitats
de vereda ao longo de um gradiente de sazonalidade e (3) extração de
características usando as técnicas de segmentação e classificação
supervisionada. O capítulo 1 aborda a caracterização espectral de habitats de vereda
por meio de análise comparativa entre dados multiespectrais e hiperespectrais e
aplicação de índices de vegetação (IV) ao longo do período de doze meses (maio
de 2020 a abril de 2021). Foi possível caracterizar as assinaturas espectrais
de espécies componentes da vereda, aferindo que dados obtidos por RPAS podem
ser alternativa eficaz para análise espectral, porém observou-se variações mais
distintas para algumas espécies principalmente relacionadas a anatomia vegetal,
além disso as condições do ambiente (incidência de luz, partículas no ar) no
momento dos sobrevoos podem ter interferido nas variações entre os dois sensores.
As matemáticas de bandas (IV) possibilitaram caracterizar o comportamento da vegetação
ao longo do gradiente de sazonalidade, inferindo o início e fim do período de senescência
dos habitats estudados para os meses de junho e outubro, respectivamente, marcados
pela redução da incidência de chuvas na região, mostrando que a restrição
hídrica reflete diretamente na capacidade fotossintética. O Capítulo 2 abordou
a segmentação multiescala acompanhada pela abordagem de Análise de Imagem
Baseada em Objetos (Object Based Image Analysis - OBIA) na discriminação de
habitats dentro da fitofisionomia de vereda no período de seca e chuva
(setembro e janeiro). As classificações obtidas alcançaram índice Kappa de 0,92
e 0,87 para setembro e janeiro, respectivamente. O sensor multiespectral foi sensível
em discriminar os habitats que compõem a vereda e a aplicação da classificação
em duas estações aferiu informações importantes a respeito da resposta da
vegetação a restrição hídrica da região.
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GERENCIAMENTO
DE RESÍDUOS DE ESPÉCIES TROPICAIS DA INDÚSTRIA MADEIREIRA DA AMAZÔNIA
MATO-GROSSENSE PARA FINS ENERGÉTICOS
Autor: RICARDO PEREIRA
SOTELI
Palavras-chave: gestão de
resíduos, propriedades energéticas, espécies amazônicas.
Resumo:
O comércio legal de madeiras tropicais é uma importante atividade
econômica para a região amazônica, sendo que o Mato Grosso se destaca como um
dos principais produtores de madeira da Amazônia brasileira. O elevado volume
de toras processadas gera também grande quantidade de resíduos. Este capítulo
teve como objetivo analisar em dois tópicos os resíduos gerados em 24
indústrias distribuídas em oito municípios do estado de Mato Grosso. No primeiro
tópico, foram avaliadas informações da gestão de todos os resíduos/produtos
gerados, demonstrando o volume de madeira e resíduos, tipos de resíduos,
armazenamento, comercialização e destinação destes. No segundo tópico, foi
realizada a caracterização, conforme proporção de resíduos/produto encontrados
e coletados nas indústrias, como pó de serra, cavaco e maravalha, com exceção
da lenha. Destes resíduos, foram determinadas as propriedades de granulometria,
umidade, densidade a granel, cinzas e poder calorífico, além de elaborada uma
proposta de classificação para estes resíduos com base nos resultados encontrados.
O rendimento médio de madeira serrada para as indústrias avaliadas foi de 49%. Os
resíduos tipo lenha e pó são os mais abundantes, sendo que a lenha é o resíduo
mais comercializado, enquanto que o pó de serra não tem destinação consolidada.
Cerca de 90% da totalidade dos resíduos gerados que são comercializados são destinados
a fins energéticos. Houve predominância de 60% dos cavacos na granulometria
acima de 19 mm. O teor de umidade foi maior que 33% (Bu), principalmente para
cavacos e pó de serra. A densidade a granel foi de 291 kg.m-3 em cavacos, 241
kg.m-3 e 118 kg.m-3 em maravalha. De maneira geral, 76,7% das cinzas dos
resíduos estão abaixo de 1,98%. Considerando a umidade dos resíduos, determinou-se
que as perdas energéticas do PCU em relação ao PCS foram de aproximadamente 50%.
É importante a continuidade da avaliação desses resíduos particulados de
espécies tropicais da Amazônia, a fim de viabilizar sua destinação adequada,
conforme legislação vigente, para melhorar a valorização ao recurso florestal.
Conclui-se que algumas práticas de gestão de resíduos sólidos são
preferencialmente aplicadas à biomassa com maior garantia de comércio na
região, como lenha e cavacos, utilizados principalmente na queima direta em caldeiras
de usinas bioenergética, frigoríficos e secadores de grãos, enquanto o pó de
serra tende à estocagem sem finalidade de uso e a serem armazenados a céu
aberto. Apesar das limitações qualitativas, alguns resíduos particulados ainda
apresentam condições de uso, principalmente se aplicados à secagem e associados a boas práticas na gestão de resíduos.
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SABERES TRADICIONAIS
QUILOMBOLAS E INTERFACE COM AGROBIODIVERSIDADE EM CHAPADA DOS GUIMARÃES/ MT -
BRASIL
Autor: ROSENIL ANTONIA
DE OLIVEIRA MIRANDA
Palavras-chave: Etnobotânica.
Sementes crioulas . Conservação agrícola . Comunidades tradicionais
Resumo:
A prática de cultivo, manejo e conservação da agrobiodiversidade nas
comunidades quilombolas tem contribuído para diversas áreas de
conhecimento científico, devido à sua importância cultural e social frente
à erosão genética e cultural na atualidade. O presente estudo
objetivou investigar e registrar o nexo causal entre a ação/tradição do
conhecimento tradicional, etnobotânico e o potencial para a conservação agrícola
ancestral exercida nos espaços modificados pela intervenção humana, denominados
de roça nas comunidades Cambambi (CC),Pingador(CP) e Itambé (CI)
localizadas no Município de Chapada dos Guimarães–Mato Grosso,
Brasil. Para o registro das etnocategorias de uso das espécies vegetais
cultivadas e manejadas pelas populações nas diferentes unidades de paisagem aplicação
de entrevistas semiestruturada e aberta. Os dados
qualitativos e quantitativos foram coletados no período de março de 2019 a
março de 2020. Para a análise qualitativa a unidade de paisagem
foi distribuída em cinco categorias: (a) cerrado;(b) mata; (c) roça;
(d) quintal e(e) horta. Foram agrupadas em quatro etnocategorias de
usos: Medicinal, Alimentar, Ornamental e Condimentos. Na abordagem
quantitativa foi calculado o Valor de Uso de cada espécie e para identificar
as plantas com maior finalidade, calculando o consenso
informante através do Nível de Fidelidade. Quanto à naturalidade 94%
declaram ser de origem racial Afrodescendente. Foram identificadas
162 etnovariedades de espécies vegetais, distribuídas em 67 famílias
botânicas. As famílias botânicas que apresentaram maior número de
espécies foram Fabaceae, seguido de Asteraceae, ocorrendo também Lamiaceae,
Solanaceae e Cucurbitaceae. Verificou-se que o maior percentual de
entrevistados foram mulheres, todos maiores de 18 anos
de idade. Quanto à origem 95% dos entrevistados são naturais do
próprio município e estado de Mato Grosso. Para o nível
de escolaridade a maioria possui ensino fundamental. As sementes crioulas
são obtidas das roças, hortas e quintais sendo Leguminosas (feijão,
soja e ervilha), Gramíneas (milho, sorgo, centeio, arroz, trigo,
cana-de-açúcar), Musaceae (banana), Solanaceae (pimenta, pimentão, berinjela,
jiló, tomate, fumo), Cucurbitaceae (abóbora, melancia), Caricaceae
(mamão),Brássica (repolho), Amaryllidaceae (cebola, alho, cebolinha),
Convolvulaceae (batata doce), Fabaceae (amendoim), Apiáceae (cenoura,
coentro), Euphorbiaceae (mandioca), Anacardiaceae (manga, caju),
Myrtaceae(goiaba), Rutaceae (limão, laranja), Passifloraceae (maracujá),
Lauraceae (abacate), Malpighiaceae (acerola), Bromeliaceae (abacaxi), Punicaceae
(romã), Caryocaraceae (pequi). Espécies usadas para as categorias
alimentar e medicinal e com multiplicidade de usos. As comunidades
tradicionais rurais apresentam grande acervo cultural sobre o uso e cultivo de plantas
alimentares, especialmente, através das práticas culturais a partir da
conservação insitunas unidades de paisagens locais. Esta
prática reporta ampla representatividade constituindo-se como
importante ferramenta na perpetuação de saberes tradicionais entre
a população de quilombolas que ainda preservam informações adquiridas
de seus ancestrais
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ASPECTOS
FLORÍSTICOS E ECOLÓGICOS DE FRAGMENTOS FLORESTAIS URBANOS EM CUIABÁ - MATO GROSSO
Autor: SHEILA ESPÍNDOLA DE MATOS
Palavras-chave: Fragmentação
florestal. Grupos ecológicos. Síndrome de dispersão. Florestas
urbanas.
Resumo:
Os fragmentos florestais urbanos resguardam parte da biodiversidade da
sua matriz original, servem de refúgio para a fauna e auxiliam na regulação da
temperatura da região onde estão inseridos. Contudo, estes ambientes sofrem
pressões antrópicas de forma direta ou indireta. Dessa forma, o objetivo desse
estudo foi avaliar a composição florística e ecológica de três fragmentos
florestais urbanos no Centro Político Administrativo de Cuiabá – Mato Grosso, transição
entre as fitofisionomias de savana florestada e floresta estacional
semidecidual. Nas áreas 1 e 2, foram instaladas 50 unidades amostrais de 400 m2,
25 parcelas em cada uma delas, enquanto na área 3 foi realizado censo, sendo
coletadas informações do DAP e altura total de indivíduos arbóreos com diâmetro ≥ 5 cm. Foram avaliadas a composição
florística, fitossociologia, distribuições diamétrica e de altura total, e a
classificação ecológica das espécies, por meio do grupo ecológico, síndrome de
dispersão, risco de extinção e ocorrência natural. Dentre os 5.170 indivíduos
amostrados nos três fragmentos, foram identificadas 93, 96 e 98 espécies nas
áreas 1, 2 e 3, respectivamente. Dentre essas, quatro espécies são exóticas,
sendo duas cultivadas (Mangifera indica e a Spondias purpurea) e
duas possuem potencial invasor (Albizia lebbeck e a Leucaena
leucocephala). A área 2 foi considerada a mais diversa pelo perfil de
diversidade e a equabilidade mais baixa foi encontrada na área 3. Foram
identificadas 19 espécies exclusivas no primeiro fragmento, 23 espécies no
segundo e 27 espécies no terceiro, ao mesmo tempo que 57 espécies são compartilhadas
entre as três áreas, dentre as quais destaca-se a Protium heptaphyllum, com grandes
números de indivíduos em todas as áreas. O formato exponencial negativo e
distribuição normal identificados para as distribuições diamétrica e da altura
total, respectivamente, são característicos de florestas inequiâneas. As
espécies secundárias iniciais foram as mais representativas, representando 48,39%,
53,12%, e 47,96% das espécies presentes nas áreas 1, 2 e 3, na mesma ordem. Zoocórica
foi a síndrome de dispersão identificada para a maioria das espécies em todas
as áreas, com 49, 52 e 47 espécies, respectivamente. Quanto ao risco de
extinção, a maior parte das espécies são incluídas na categoria não avaliada,
porém, as espécies Cedrela fissilis e a Swietenia macrophylla pertencem
a categoria vulnerável. As características ecológicas e estruturais dos três fragmentos florestais indicam que todos estão em estádio
intermediário de sucessão ecológica, seguindo para o equilíbrio dinâmico.
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AVALIAÇÃO DA INTERAÇÃO GENÓTIPO × AMBIENTE EM TESTES CLONAIS DE EUCALYPTUS NO ESTADO DE ALAGOAS
Autor: TULIO DOS
SANTOS NUNES
Palavras-chave: Melhoramento
florestal. seleção clonal. REML/BLUP. GGE biplot.
Resumo:
Identificar materiais genéticos altamente produtivos e adaptados a
diferentes condições edafoclimáticas é um dos principais objetivos de se
avaliar a interação genótipo × ambiente (G×A). Sendo assim, os objetivos desse
trabalho foram: selecionar em quatro locais do estado de Alagoas genótipos
superiores de eucalipto em produtividade de volume de madeira para o plantio em
escala comercial, e determinar a interação genótipo × ambiente (G×A) utilizando
dois métodos complementares: a máxima verossimilhança restrita/ melhor predição
linear não viesada (REML/BLUP) e GGE biplot (efeitos principais do genótipo +
interação genótipo × ambiente). Os testes foram instalados em quatro locais do
estado de Alagoas (Fazenda Santa Justina, Usina Cachoeira, Usina Capricho e
Usina Marituba). O delineamento utilizado foi em blocos ao acaso, contendo seis
blocos e nove plantas por parcela. Foram testados 40 clones em espaçamento de
2,5 m x 2,5 m. Aos 66 meses foram avaliados a sobrevivência, o incremento médio
anual (IMA) das árvores, a forma do fuste, presença de doenças, mortalidade e
falhas. Os parâmetros genéticos foram estimados através do uso de modelos mistos (REML/BLUP). Para a seleção,
realizou-se a correção dos valores genotípicos obtidos para o IMA através de
sua multiplicação pelos valores genotípicos obtidos para a sobrevivência dos materiais
genéticos. Os 10 melhores clones foram selecionados considerando a análise
conjunta dos ambientes, ambientes individuais e através da média harmônica dos
valores genotípicos (MHVG), performance relativa dos valores genotípicos (PRVG)
e média harmônica da performance relativa dos valores genotípicos (MHPRVG). Foi
utilizado o método GGE biplot para identificar os genótipos e ambientes ideais,
formação de mega-ambientes e locais com alta discriminação e representatividade.
Através dos parâmetros genéticos foi possível inferir que a interação G×A encontrada entre os ambientes foi do tipo complexa e possibilitou
a estratificação dos ambientes em duas zonas de melhoramento. A correção da produtividade
pela sobrevivência possibilitou obter resultados mais realistas para a seleção
dos genótipos. Os melhores materiais genéticos, com taxa de sobrevivência próxima
e acima de 90%, ficaram nas primeiras posições do ordenamento, em comparação
com clones com taxa de sobrevivência baixa, mas com alta produtividade individual.
Os valores de IMA encontrados para os 10 melhores clones nos diferentes métodos
de seleção ficaram acima da média de produtividade nacional. O uso do método
GGE biplot possibilitou identificar a formação de dois mega-ambientes, nesses
locais foi possível identificar diferentes clones com alta produtividade. Além disso,
essa análise permitiu identificar materiais genéticos considerados ideais e ambientes
que podem ser utilizados para seleção de indivíduos superiores nas regiões de
estudo, sendo, portanto, ambientes ideias, com alta discriminação e representatividade
para as características edafoclimáticas do estado de Alagoas.
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SORTIMENTO E RORTAÇÃO DE Pinus caribeae var. caribeae NA REGIÃO CENTRO SUL DE MATO GROSSO
Autor: VANESSA CORRÊA DA MATA
Palavras-chave: otimização, manejo florestal, critérios econômico.
Resumo:
A quantificação e a qualificação do volume e dos produtos madeiráveis que possibilitam a predição de multiprodutos da madeira, é a finalidade de muitos gestores florestais, que vão em busca de alternativas mais rentáveis para as atividades florestais. Diante disso, o objetivo do trabalho foi calcular os diferentes sortimentos de árvores e sua receita oriundas de um plantio de Pinus caribeae var. caribeae plantado na cidade de Nova Marilândia, região centro-sul de Mato Grosso. Também avaliar a rotação técnica com a utilização de modelos de crescimento e produção, para determinar a idade técnica ótima para corte final da espécie em estudo. E por fim analisar regimes de manejo com a variação da intensidade de desbaste e espaçamento, totalizando em cenários. O corte raso foi simulado para ocorrer entre 20 e 25 anos. Para os cenários de análise econômica, que foram simulados com o uso do FlorExel® e auxílio de planilhas eletrônicas, calculou-se três indicadores que sugerem a viabilidade do projeto, podendo demonstrar o risco/retorno do empreendimento. Pode-se concluir através das análises das classes de sortimentos que as árvores de Pinus caribeae var. caribeae geraram diferentes números de toras de madeira de acordo com o uso requerido, consequentemente, obtiveram volumetria diferente para cada sortimento. Em relação aos cenários de regime de manejo criados, é possível inferir que houve variações na produção e na avaliação econômica, demonstrando que a densidade inicial do plantio, o número de desbastes aplicados e a idade de corte influenciam nos resultados econômicos.
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SELEÇÃO DE GENÓTIPOS DE Eucalyptus spp.
CULTIVADOS NO ESTADO DO MATO GROSSO PARA SUPRIMENTO DE LENHA PARA AS AGROINDÚSTRIAS
Autor: VINICIUS TROMBINI JAMBERS
Palavras-chave: otimização,
manejo florestal, critérios econômico.
Resumo:
A expansão do agronegócio nos últimos anos resultou no crescimento do
uso bioenergético no setor agropecuário, principalmente na produção de grãos de
soja e de milho, setores estes que apresentaram destaque na produção nacional, e,
aliado a isto, a instalação de indústrias que utilizam como fonte a bioenergia,
resultaram em uma nova oportunidade para o setor florestal, onde, destaca-se o estado
de Mato Grosso. Portanto, o objetivo deste trabalho foi avaliar o potencial energético
de diferentes clones de eucalipto cultivados no estado de Mato Grosso e estimar
o seu custo de utilização na secagem de grãos. Foram selecionados três
indivíduos para onze diferentes materiais genéticos, o que totalizou 33
materiais amostrais com idade de oito anos, provenientes do teste clonal
localizado em Tangará da Serra – MT. Os valores médios na porcentagem de casca
variaram de 5,00% a 11,04% e apresentou diferença estatística entre os
genótipos avaliados. Os valores médios para densidade básica variaram de 478
kg.m-3 a 588 kg.m-3 e apresentou diferenças estatísticas, sendo classificados em
três grupos distintos, onde os clones pertencentes ao Grupo 1, apresentaram valores
cerca de 6% superiores em relação ao Grupo 2 e 15% quando comparados ao Grupo
3. Os valores médios observados para o poder calorífico superior variaram de
4.609,33 kcal.kg-1 a 4.743,67 kcal.kg-1, onde destacou-se os clones 1, 4 e 10,
valores estes superiores em relação aos demais avaliados. A porcentagem de
lignina total da madeira apresentou efeito clonal entre os diferentes materiais
avaliados, onde destaca-se o Grupo 1, com variação entre 27,81 a 29,76%, com
valores superiores em relação aos demais avaliados. O teor de extrativos
apresentou variação entre 3,72 e 7,76% e foram verificadas diferenças
significativas com a formação de dois grupos distintos, onde, destaca-se os
clones 5, 6, 9 e 10, representados pelo Grupo 1, com valores cerca de 32% superiores em relação aos demais clones avaliados. A densidade energética da madeira
não apresentou diferenças estatísticas, porém, o genótipo 10, E. urophylla x
E. camaldulensis, apresentou valor consideravelmente superior que os demais
avaliados, fato ocorrido devido à forte influência de outras propriedades avaliadas, como densidade básica e poder calorífico superior. Por meio
da utilização do agrupamento cluster, foi possível identificar dois
grupos com similaridade em relação às propriedades avaliadas, sendo os clones
1, 4 e 10, representados pelo Grupo 1, que apresentaram valores, valores
superiores para a densidade básica, poder calorífico superior, teor de lignina
total e teores de extrativos, o que garantiu a superioridade para o uso
energético. Conclui-se que os diferentes genótipos avaliados apresentaram
propriedades satisfatórias para a utilização como fonte energética, onde, a
seleção de materiais superiores pode garantir redução de custos de lenha para a
secagem de grãos em até 20%.
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