2016
ENRAIZAMENTO DE MINIESTACAS E
NUTRIÇÃO MINERAL EM MINICEPAS DE Eucalyptus urophylla S. T Blake
Autor: ALESSANDRA
DA SILVA LOPES
Palavras-chave: rizogênese;
propagação vegetativa; regulador de Crescimento; miniestaquia
Resumo:
A espécie Eucalyptus urophylla é
de grande valor econômico e uma das mais utilizadas comercialmente. Neste
âmbito a propagação vegetativa por meio da técnica de miniestaquia se destacou
por ser uma operação de menor custo e é o método mais utilizado para a clonagem
de Eucalyptus spp. pelas empresas
florestais. Outro fator de relevância é a interação nutrição e enraizamento. O
manejo ideal de um minijardim em termos de nutrição mineral pode proporcionar
propágulos com maior predisposição ao enraizamento sendo este último etapa
essencial para o sucesso da propagação vegetativa. Entretanto, há poucas
informações sobre os fatores que afetam a relação nutrição mineral e
enraizamento em materiais genéticos de origem seminal. Diante do exposto o
presente trabalho teve por objetivo gerar informações sobre o enraizamento
adventício em miniestacas e avaliar a nutrição mineral em minicepas de Eucalyptus urophylla por meio da técnica de
miniestaquia. O estudo foi dividido em 2 capítulos. O primeiro estudo (Capítulo
1) baseou-se na avaliação do minijardim seminal em relação à diferentes
concentrações de solução nutritiva e coletas de brotações para emissão de
propágulos pré-dispostos ao enraizamento. No segundo estudo (Capítulo 2)
objetivou-se avaliar as miniestacas quanto aos aspectos morfológicos ao enraizamento
em relação às diferentes concentrações de solução nutritiva, coletas de
brotações e aplicação de ácido indolbutírico (AIB) e a análise histológica do
enraizamento adventício em relação às soluções nutritivas, aplicação de AIB e
tempo de avaliação. Em termos gerais as minicepas apresentaram 100% de
sobrevivência. A produção de miniestacas e os teores foliares de macro e
micronutrientes variaram significativamente em relação à solução nutritiva e
coleta de brotações. As miniestacas variaram significativamente quanto ao
número de raiz, comprimento da maior raiz, enraizamento e altura total das
miniestacas, sendo a solução de 75% e 100%, a 4ª e 7ª coleta de brotações e a
presença de AIB as que mais favoreceram o crescimento e desenvolvimento do sistema
radicial e do enraizamento adventício. De acordo com as análises histológicas
foi possível verificar o local de inserção da raíz adventícia ao caule a partir
de conexão direta com o câmbio vascular.
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REGENERAÇÃO in vitro DE
Eucalyptus cloeziana F. Muell.
Autor: ALEX
ZICHNER ZORZ
Palavras-chave: Eucalipto;
organogênese; calo; enraizamento adventício
Resumo:
Dentre as espécies de Eucalyptus plantadas no
Brasil, o Eucalyptus cloeziana F. Muell tem papel destacado no
setor florestal em razão das características da madeira, especialmente nos
setores industriais energéticos e moveleiros. Atualmente, as instalações de
plantios comerciais da espécie se reduzem a materiais genéticos por via
seminal, resultando povoamentos de alta heterogeneidade com baixos rendimentos
econômicos. A dificuldade de promoção rizogênica de propágulos representa o
principal limitante na reprodução clonal de genótipos selecionados, na qual a
cultura de tecidos, através da técnica de micropropagação, apresenta-se como
uma opção atrativa e amplamente reconhecida pelas vantagens que oferece no
intuito de propagar espécies e genótipos de alto valor genético. Considerando
os escassos estudos direcionados ao desenvolvimento de metodologias de
reprodução vegetativa de E. cloeziana, o presente trabalho teve por
objetivo principal desenvolver um protocolo efetivo de micropropagação através
da organogênese indireta, avaliando a interação de fito-reguladores em tecidos
juvenis nas distintas etapas estabelecidas. Hipocótilo, cotilédone
e raiz, foram inoculados in vitro e submetidos a 27
combinações de fito- reguladores, compostas por concentrações entre 0, 2,0 e
4,0 mg L-1 do ácido naftalenoacético (ANA) e 0, 1,0 e 2,0 mg L-1 do thidiazuron
(TDZ) e do ácido diclorofenoxiacético (2,4-D) respectivamente, sendo estes os
principais tratamentos nas fases de calogênese, regeneração adventícia de
brotos, multiplicação e alongamento das brotações in vitro e
sua competência no enraizamento e aclimatização ex vitro. Os
resultados foram avaliados mediante a análise de variância (p<0,01 e
p<0,05) e a comparação de médias pelo teste de Duncan (p<0,05). A
resposta à desdiferenciação celular e formação de calo foi eficiente na maioria
dos tratamentos, destacando as elevadas intensidades calogênicas fornecidas
pelas concentrações de 1,0 mg L-1 de 2,4-D e 2,0 mg L-1 de TDZ nos tecidos
utilizados. Analises histológicas favoreceram a identificação de
características morfogênicas relacionadas à formação de estruturas pro
embriogênicas e embriôes somáticos na fase globular destacados nas combinações
dos reguladores ANA e 2,4-D. Todos os tecidos apresentando calo foram
transferidos no meio de regeneração constituído pela concentração de 1,0 mg L-1
de benzilaminopurina (BAP) para estimular a competência dos calos à formação de
brotações adventícias destacando- se, principalmente, o tratamento composto
pelo tecido do hipocótilo na concentração de 2,0 mg L-1 do TDZ do meio de
indução, o qual forneceu uma média de 41,5 brotos por calo organogênico. Na
fase de enraizamento e aclimatização ex vitro, o mesmo tratamento
foi destacado nas variáveis de porcentagem de sobrevivência (80 e 100%), e
enraizamento (55,6 e 80%) das brotações advindas dos meios de cultura de
multiplicação e alongamento. O sistema de miniestufa foi adequado para a
aclimatização inicial e posteriormente as mudas foram rustificadas em casa de
sombra (50%). Dessa forma, comprovou-se a eficiência da cultura de tecidos
através da organogênese in vitro e sua possível implementação
para o desenvolvimento de novas metodologias visando a produção de mudas
de Eucalyptus cloeziana.
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MÉTODOS PARA O ESTABELECIMENTO in vitro DE Bambusa vulgaris E
Dendrocalamus asper
Autor: FERNANDA
CARDOSO FURLAN
Palavras-chave: Cultivo
in vitro; meio de cultura; cloro ativo; carvão; fungicida
Resumo:
O objetivo geral deste estudo foi avaliar métodos de assepsia para
o estabelecimento in vitro de Bambusa vulgaris e Dendrocalamus
asper. A partir de plantas cultivadas em campo foram coletados ramos
laterais contendo gemas axilares que serviram como fonte de propágulos.
Segmentos nodais de 1-2 cm foram seccionados e selecionados como explantes.
Foram realizados cinco experimentos que incluíram métodos de assepsia e preparo
do meio de cultura, testando diferentes composições. No experimento I foram
testados quatro meios de cultura. No experimento II testaram-se o efeito da
assepsia, da suplementação de cloro ativo e de carvão ao meio de cultura. No
experimento III foram testadas a aplicação de fungicida via vácuo e
suplementação de fungicida ao meio de cultura. No experimento IV testaram-se o
efeito da adição de sacarose e BAP ao meio de cultura. No experimento V foram testados
o efeito da suplementação do cloro ativo e do carvão ao meio de cultura. Em
todos os experimentos avaliaram-se o estabelecimento in vitro de
segmentos nodais, a porcentagem de oxidação, as contaminações fúngica e
bacteriana, os explantes estabelecidos, a sobrevivência e a indução de
brotações (0, 21, 42 e 63 dias). Os dados mensurados foram submetidos ao teste
de Hartley e Shapiro-Wilk, e quando necessário, foram transformados pelo teste
de Box-Cox. Em seguida, foi realizada análise de variância. De acordo com a
significância, as médias foram comparadas pelo teste de Duncan ou submetidas a
regressão polinomial, logística ou exponencial, sendo selecionado o melhor
modelo. As melhores respostas morfofisiológicas foram observadas em
meio de cultura MS. A adição do carvão em meio de cultura não minimizou a
oxidação. A adição do cloro ativo como desinfestante e sua suplementação ao
meio de cultura não apresentaram um padrão de resposta que identificasse o
melhor método a ser empregado, no entanto a sua utilização reduziu a
manifestação bacteriana, e a adição em meio de cultura e aplicação de fungicida
reduziu a manifestação fugia. Concentrações elevadas de sacarose favoreceram a
manifestação fúngica e bacteriana. O uso do BAP promoveu maior indução de brotos.
Foi possível desenvolver um protocolo para o estabelecimento in
vitro de segmentos nodais de B. vulgaris ao realizar
a introdução de explantes por 21 dias em meio de cultura contendo fungicida,
seguido de subcultivos por 42 dias em meio de cultura suplementado com cloro
ativo, 20 g L-1 de sacarose e 2 mg L-1 de BAP. A utilização dessa metodologia
apresentou maior porcentagem de estabelecimento in vitro,
sobrevivência e indução de brotações em segmentos nodais de B. vulgaris.
As informações geradas no referente estudo poderão auxiliar de forma positiva o
aprimoramento das técnicas de assepsia e de manejo em meio de cultura para o
estabelecimento in vitro de B. vulgaris e D.
asper.
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CRESCIMENTO
E PRODUÇÃO DE Pinus caribaea var caribaea NO SUDOESTE MATO-GROSSENSE
Autor: FERNANDA
MEYER DOTTO MAMORÉ
Palavras-chave: Pinus
tropical; volumetria; produtividade local
Resumo:
Neste trabalho objetivou-se avaliar o crescimento e a de um
povoamento de Pinus caribaea var. caribaea com
35 anos localizado no município de Nova Marilândia, região Sudoeste do estado
de Mato Grosso. O povoamento em estudo não foi desbastado ou submetido a algum
tratamento silvicultural. Foram coletados dados de diâmetro a 1,30m de altura e
da altura total em 31 parcelas temporárias com 900 m² (30m x 30m) e realizado o
abate de 60 árvores dominantes e codominantes. Destas, 31 delas foram cubadas
rigorosamente pelo método de Smalian e em 29 realizada a análise de tronco. Os
dados coletados foram submetidos ao teste de normalidade Shapiro Wilk; também,
foi verificada a correlação de Pearson entre as variáveis, diâmetro, altura e
volume. Foram utilizadas quatorze equações de volume; Classificada a
produtividade local, além do ajuste de nove modelos de crescimento e da
produção florestal. A verificação da acurácia das estimativas de todos os
modelos testados foi dada, pelo Coeficiente de determinação ajustado (R²aj.); o
Erro padrão das estimativas (Syx%); e a análise gráfica dos resíduos
percentuais. O modelo que apresentou melhores estimativas de volume obtido com
o modelo de Schumacher-Hall. Os modelos de crescimento e produção adequados
ao P. caribaea para as estimativas de diâmetro foi o de Hoerl,
de altura e volume foi o de Moissev. Na classificação da produtividade local,
foram determinadas 3 classes de sitio que variam entre 18 e 26 m nas idade
índice de 35 anos com o modelo de Moissev.
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USO DE ESPÉCIES FLORESTAIS PARA
RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS POR ATIVIDADES MINERADORAS DE OURO
Autor: FREDERICO
DINIZ DANTAS
Palavras-chave: Restauração;
indicador ambiental; impactos ambientais
Resumo:
Este estudo objetivou avaliar os indicadores ambientais, a
regeneração natural e as espécies florestais nativas e exóticas utilizadas em
três áreas em processo de recuperação pós-mineração de ouro nos municípios de
Peixoto de Azevedo-MT e Matupá-MT. As áreas 1, 2, 3 e 4 possuem respectivamente
1ha, 3ha e 3ha e 2ha, sendo reflorestadas com espécies nativas e exóticas,
encontrando-se em processo de restauração desde de 2010. A área de estudo 3
possui 3 ha, reflorestada somente com a espécie Eucalyptus grandis,
em processo de restauração desde o ano de 2011. Para a avaliação das espécies
plantadas foram levantados os indicadores ambientais: CAP (circunferência a
altura do peito), altura total (Ht), Taxa de sobrevivência (Ts%), área da
cobertura de copa(m2); aspectos fitossanitários; incindência de gramíneas
invasoras e avaliação da qualidade do solo. Foram coletadas duas amostras
simples de solo por hectare de área de recuperação, de forma casualisada em
parcelas de 5m x 5m totalizando 18 amostras de solo. Para a análise da
regeneração natural foram alocadas de forma casualisada em cada área, parcelas
de 5 x 5 m (25 m2) para cada hectare de área de recuperação, identificando
todos indivíduos com altura superior a 0,30 m,coletando-se a altura de todos os
indivíduos regenerantes e CAS. Na área 01 a taxa de sobrevivência foi de
47,55%. As espécies exóticas Acacia mangium, Eucalyptus
grandis e Ochroma pyramidale tiveram uma melhor
adaptação e desenvolvimento sob as condições adversas encontradas na área. As
espécies nativas Schizolobium amazonicum e Anacardium
occidentale também alcançaram valores de crescimento em altura,
diâmetro e área de copa consideradas favoráveis para utilização em plantios
pós-mineração. Na área 2 obteve-se taxa de sobrevivência 19,2% as espécies
exóticas Acacia mangium, Eucalyptus grandis e as nativas Byrsonima
crassifolia e Anacardium occidentale desenvolveram-se
satisfatoriamente. Na área 3 a taxa de sobrevivência foi de 67,3%. A
espécie Eucalyptus grandis obteve médias superiores de altura
e diâmetro em relação às demais espécies plantadas nas outras áreas. As quatro
áreas analisadas encontram-se em processo inicial de recuperação, não
apresentando a maior parte das funções ecológicas estruturadas existentes em
áreas não degradadas. As espécies exóticas obtiveram desempenhos superiores
quanto aos indicadores avaliados com relação as espécies nativas. As
espécies Eucalyptus grandis e Acacia mangium alcançaram
valores superiores quanto aos indicadores ambientais aplicados no estudo,
apontando melhor adaptabilidade às condições adversas do ambiente degradado
pela atividade de mineração.
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OS SABERES TRADICIONAIS DA COMUNIDADE SÃO BENEDITO, POCONÉ, MATO
GROSSO: REVELANDO MULTIPLOS OLHARES
Autor: GISELE
SOARES DIAS DUARTE
Palavras-chave: Cultura;
Diversidade; Etnobotânica; Manejo; Tradição
Resumo:
O estudo teve como objetivo caracterizar os principais aspectos
socioeconômicos, culturais e ambientais da Comunidade São Benedito, bem como
classificar as etnocategorias de uso da diversidade vegetais locais manejados
pela população nas diferentes unidades de paisagem. A metodologia adotada foi à
denominada “bola de neve”. A coleta de dados ocorreu mediante entrevista
semi-estruturada, observação direta, diário de campo, ambas as técnicas foram
realizadas durante caminhadas livres (Walk-in-The-Woods), nos quintais, roças e
até mesmo na casa da farinha. Foi entrevistado um total de 41 pessoas (adultos,
sendo 49% do sexo feminino e 51 % são do sexo masculino, a maioria de origem da
comunidade com boa parte dos migrantes residindo no local a mais de 50 anos. Quanto
à escolaridade 61% dos informantes possuem o ensino fundamental de completo á
incompleto e 12% não possuem escolaridade. Quanto ao aspecto religioso 100% dos
entrevistados são católicos. A análise destes dados permite explicar as
manifestações religiosas pelas festividades de São Benedito. No levantamento
etnobotânico no quintal foram registradas 134 espécies distribuídas em 62
famílias. As famílias com maior representatividade foram Fabaceae (14
espécies), Asteraceae e Lamiaceae (9 espécies cada), Poaceae (6 espécies),
Malvaceae (5 espécies), Euphorbiaceae, Rubiaceae e Rutaceae (4 espécies cada
uma). As demais famílias de plantas possuem menos de 4 representantes. Dentre
as espécies citadas a etnocategoria as espécies alimentares apresentaram maior expressividade.
A mandioca (manihot esculenta Crantz) apresentou Pcusp de 100%,
seguida da banana (Musa parasidiaca L.), 71% maxixe (Cucumis
anguria L.), 67%, manga (mangifera indica L.), 52%, Abóbora (Cucurbita
moschata Dusch.), 47%. Na etnocategoria medicinal o boldo (Plectranthus
barbatus Andrews), 43% Poejo (Mentha pulegium L.), 29%. Na
roça as espécies s mais comuns são mandioca, abóbora, batata doce, milho,
melancia, melão, banana, maxixe e alguns tipos de feijões. Entre os produtos
cultivados, a mandioca constitui o cultivo principal, com 91% de citações, tem
como principal cultura a mandioca, por ser essa a matéria-prima para fabricação
de farinha mandioca principal fonte de subsistência das famílias locais. O
conhecimento que essa população possui sobre a diversidade vegetal é
transmitido pelo convívio familiar. Quanto ao manejo dos quintais e roças são
utilizados, principalmente, insumos químicos e agrícolas naturais, os cuidados
com quintal são preferencialmente realizados ao amanhecer, sendo esta manutenção
realizada sobretudo pelas mulheres. Deste modo, o cultivo de diferentes
espécies, o manejo, a finalidade e a forma de uso contribuem para a conservação
das plantas nesses ambientes. As comunidades tradicionais costumam ser
mantenedoras de uma diversidade vegetal e cultural a ser preservadas, sendo
assim a transmissão dos saberes tradicionais são passadas de geração a geração
valorizando todos os saberes tradicionais desta população.
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AVALIAÇÃO DA ENTOMOFAUNA EM
FRUTOS DE ESPÉCIES FLORESTAIS DO CERRADO
Autor: JOSAMAR
GOMES DA SILVA JUNIOR
Palavras-chave: Sitofagia;
carpofagia; ecologia de insetos
Resumo:
Os estudos da entomofauna de florestas são partes importantes,
pois compõe a primeira etapa do manejo integrado de pragas, que busca aumentar
e preservar os fatores de mortalidade natural, através do uso integrado
possíveis de técnicas de combate embasadas em parâmetros ecológicos e
econômicos. Os levantamentos fornecem informações sobre o ciclo biológico, picos
de ocorrência, densidade populacional dos insetos dentre outras. O
monitoramento constante permite a realização adequada de um programa de manejo
de pragas, diminuindo os custos do controle, aumentando a eficiência e sem
prejudicar o rendimento das florestas, além de reduzir aplicações de
inseticidas diminuindo a contaminação do ambiente. A pesquisa objetivou
identificar as espécies de insetos predadores de frutos e sementes de espécies
arbóreas do Cerrado. No período de seis meses o trabalho foi realizado na
Fazenda Cavalo Branco I, no município de Nossa Senhora do Livramento – MT. Os
insetos adultos emergidos dos frutos foram identificados e os seus danos
avaliados. As coletas foram realizadas quinzenalmente em pré e pós queda de
sementes e frutos na área amostral, dentro dos limites da propriedade e na
região. Foram avaliadas as Taxas de infestação (ti %) por análise multivariada
de Cluster. Encontraram-se as espécies: Lasioderma
serricorne (Fabricius,1792), Hypothenemus
seriatus (Eichhoff, 1872), Eubulus sp., Heterotermes
longiceps (Snyder, 1924), Anastrepha
obliqua (Macquart, 1835), Taeniaptera
lasciva, (Fabricius,1798), Pachymerus
sp., Dufauxia guaicurana (Lane, 1955), Gibbobruchus
cavillator (Fåhraeus, 1839) e Amblycerus
sp., totalizando 399 insetos emergidos.
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OS SABERES ETNOFARMACOBOTÂNICOS NA COMUNIDADE SUCURI, CUIABÁ -
MATO GROSSO
Autor: KARINA
GONDOLO GONÇALVES
Categoria: Dissertações
- 2016
Palavras-chave: Etnobotânica;
Saber local; Plantas medicinais
Resumo:
A Etnobotânica é um campo interdisciplinar que compreende o estudo
e a interpretação do conhecimento, significação cultural, manejo e usos
tradicionais dos elementos da flora. Já Etnofarmacobotânica procura viabilizar
o uso das plantas medicinais que possuem atividades farmacológicas que estão
envolvidas em diferentes situações da vida do homem e seu grupo social.
Objetivou-se com esta pesquisa investigar e analisar sistematicamente o
conhecimento empírico da comunidade Sucuri em Cuiabá – MT sobre a utilização da
flora local com enfoque para as plantas medicinais, ressaltando as suas
finalidades de usos, as formas de usos e as indicações terapêuticas, bem como
realizar um levantamento etnofarmacobotânico das espécies pertencentes à
etnocategoria medicinal mais expressiva para esta comunidade e que atingiram
50% ou mais no cálculo de importância relativa de concordância de usos
principais (Pcup). A vertente metodológica para os dados etnobotânicos abordaou
tratamentos qualitativo e quantitativo. O qualitativo utilizou a técnica snowball com
aplicação do pré-teste, entrevistas semiestruturadas e abertas, turnê guiada e
registro fotográfico. No quantitativo foi utilizado o Consenso Informante, que
avaliou o Nível de Fidelidade (NF), Fator de Correção (FC) e a importância
relativa de concordância de uso (Pcup) entre os informantes usuários das
plantas medicinais. Foram entrevistados 44 moradores de 36 residências
visitadas, sendo a maioria do sexo feminino. A idade variou entre 25 a 84 anos.
Quanto à origem 85% são do estado de Mato Grosso e o restante dos estados de
Paraíba, Paraná e Mato Grosso do Sul. Em relação ao tempo que residem na
comunidade quase a metade dos depoentes está há mais de 30 anos e o intervalo
de tempo entre todos os entrevistados variou entre dois meses até 76 anos de
permanência na Sucuri. O grau de instrução variou de não alfabetizado até nível
superior com ênfase para ensino fundamental completo com aproximadamente 30% e
ensino médio completo com 25%. No total foram citadas 214 espécies vegetais
pertencentes a 74 famílias botânicas, com 1134 citações, sendo que 120 dessas
espécies foram citadas pelos depoentes para etnocategoria medicinal que estão
distribuídas em 48 famílias botânicas, com 426 citações. As espécies medicinais
mais expressivas foram: Plectranthus barbatus Andrews (boldo)
citado por 18 depoentes apresentando um Pcup de 89%, Hymenaea
courbaril L. (jatobá) com 17 citações e 61% de Pcup, em seguida Strychnos
pseudoquina A. St.-Hil. (quina) com 14 citações e Pcup de 66%, na
sequência Matricaria recutita L. (camomila), 14 citações e 55%
(Pcup), e por fim Phyllanthus niruri L. (quebra-pedra), 10
citações e 55% (Pcup). O uso empírico do boldo apontado pelos informantes para
tratar as moléstias do aparelho digestório pode estar relacionado com a
ocorrência de cariofileno como principal componente do seu óleo essencial
presentes nos tricomas glandulares e tectores. O jatobá que foi empiricamente
indicado para as doenças do sistema respiratório está vinculado às propriedades
anti-inflamatórias e antioxidantes contidos nesta planta. Os alcalóides
presentes na entrecasca da quina apresenta atividade antimicrobiana
justificando o seu uso popular como vermífugo. A camomila que é utilizada pelos
entrevistados, principalmente, como calmante, esta respaldada quimicamente pela
existência dos bioativos como o camazuleno e alfa-bisabolol. Estudos também já
comprovaram o efeito diurético, analgésico e redutor de cálculos renais do
extrato aquoso feito com as folhas, partes aéreas ou planta inteira de quebra-pedra.
Pode-se afirmar que a população em estudo conhece a diversidade vegetal local,
o manejo, a origem, as partes usadas, as formas de uso e as doenças tratadas
com a utilização das plantas medicinais. Foi possível também registrar a
situação atual e alertar sobre a importância do uso racional da flora
envolvendo o processo de sustentabilidade ambiental referente às comunidades
vegetais, como fonte permanente de uso.
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CRESCIMENTO E CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA DE CLONES DE TECA NO
SUDOESTE DE MATO GROSSO
Autor: MAISA
CAROLINE BARETTA
Palavras-chave: Tectona
grandis; tricomas glandulares; número de Internódios; modelos; reflectância.
Resumo:
Objetivou-se avaliar o crescimento inicial de clones Tectona grandis no sudoeste de Mato
Grosso, testar modelos de regressão para o crescimento e determinar as
características morfológicas que permitam a distinção desses materiais. O
experimento foi instalado em 2011 no município de Cáceres, MT. Avaliou-se o
crescimento em altura total, diâmetro à altura do peito, área basal e área
transversal. Para a caracterização morfológica do fuste foi avaliado o número
de internódios por metro linear, e, para as folhas, área, comprimento, largura,
massa seca, área específica, massa específica, reflectância, e o número de
tricomas glandulares por área e a sua variação na face abaxial. Os clones
apresentaram adaptação às características do sítio, crescimento semelhante e
existem modelos que se adequam para expressar o crescimento inicial. Com as
características morfológicas avaliadas não foi possível distinguir os clones
estudados.
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MODELOS ECONOMÉTRICOS NA AVALIAÇÃO CONTINGENTE DE UMA UNIDADE DE
CONSERVAÇÃO URBANA COM UTILIZAÇÃO DA TÉCNICA DELPHI E REFERENDO
Autor: MARCELO
EDNAN LOPES DA COSTA
Palavras-chave: Parque
Estadual Mãe Bonifácia; valoração de bens e serviços ambientais; modelo logit;
percepção ambiental; disposição a pagar.
Resumo:
A valoração de bens e serviços ambientais é uma importante ferramenta
que pode auxiliar na tomada de decisões para definição de políticas públicas e
privadas sobre o gerenciamento dos bens e serviços provenientes do capital
natural, e é nesse sentido que se verificou a necessidade de valorar
monetariamente o Parque Estadual Mãe Bonifácia, localizado na cidade de Cuiabá
– MT. O Parque Estadual Mãe Bonifácia é uma Unidade de Conservação de Proteção
Integral com 77,16 hectares. O Parque presta diversos serviços ambientais à
sociedade, sob a forma de recreação, lazer e contato com a natureza,
garantindo uma melhor qualidade de vida para as pessoas. Este estudo teve como
objetivo principal atribuir monetariamente o valor ambiental do Parque Estadual
Mãe Bonifácia, através da disposição a pagar (DAP) de seus frequentadores pela
conservação e melhoria do ativo ambiental, utilizando-se o método de valoração
contingente, por meio da técnica de abordagem referendo com acompanhamento. Os
lances utilizados na técnica de referendo com acompanhamento foram provenientes
da consulta a especialistas ligados à área ambiental, consulta esta conhecida
como técnica Delphi. Primeiramente definiu-se a modalidade da entrevista,
posteriormente realizou-se o cálculo do tamanho da amostra (n) para um nível de
confiança de 95,5%, em seguida foi elaborado o questionário e a realização das
entrevistas com análise dos dados e interpretação dos resultados. Entre os
frequentadores, 62% aceitaram contribuir financeiramente com algum valor para
conservar e melhorar a qualidade ambiental do Parque. O valor estimado pelo
modelo econométrico logit para definir a DAP individual dos frequentadores do
Parque foi de R$ 3,50/frequentador. O valor monetário total anual dos serviços
ambientais prestados pelo Parque Estadual Mãe Bonifácia, definido como VERA e
calculado pelo método de valoração contingente é de R$ 840.000,00.
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CULTIVO In Vitro DE Cochlospermum
regium (Schrank) Pilger
Autor: NATÁLIA
HELENA GAVILAN
Palavras-chave: algodãozinho-do-cerrado;
esterilização química; calogênese; organogênese indireta
Resumo:
Cochlospermum regium é uma espécie nativa do Cerrado
que apresenta importância econômica devido ao seu potencial medicinal. A
destruição do bioma e o uso desordenado de suas raízes pela população local
visando a elaboração de fitoterápicos têm agravado ainda mais o risco de extinção.
Contudo, estudos sobre a micropropagação da espécie ainda são escassos,
principalmente ao considerar o desenvolvimento de protocolos que busquem
definir as melhores condições para o cultivo in vitro, como é o
caso da esterilização química do meio de cultura e da organogênese indireta. O
presente estudo teve como objetivos: (i) elaborar um protocolo de multiplicação
de gemas axilares de Cochlospermum regium por meio da
esterilização química do meio de cultura, sendo o experimento conduzido em
delineamento inteiramente casualizado em esquema fatorial (4x5), com parcelas
subdivididas no tempo, onde foram utilizados quatro preparos do meio de cultura
(M1 – meio de cultura autoclavado, M2 – 0,001%, M3 – 0,003% e M4 – 0,005% de
cloro ativo adicionado ao meio de cultura) e cinco subcultivos; e (ii)
desenvolver um protocolo de organogênese indireta visando à calogênese e a
regeneração de brotos adventícios, onde os tratamentos propostos baseram-se na
combinação do tipo de explante (cotilédone, hipocótilo e raiz) e o tipo de
fitorregulador (2,4-D, TDZ e ANA), sendo os experimentos conduzidos em
delineamento inteiramente casualizado no esquema fatorial (3x3). Para o
protocolo de multiplicação de gemas axilares em relação a esterilização química
do meio de cultura, observou-se que o preparo convencional (meio de cultura
autoclavado) apresentou os melhores resultados em relação ao preparo do meio de
cultura suplementado com o cloro ativo. No entanto, foi possível recomendar o
uso de até 0,005% de cloro ativo para a esterilização química do meio de
cultura (sem a necessidade de autoclavagem), apresentando controle satisfatório
de agentes contaminantes (como fungos e bactérias), além de apresentar a maior
proliferação de brotos. Para a organogênese indireta verificou-se que o TDZ
(thidiazuron) foi o fitorregulador que favoreceu a calogênese,
independentemente do explante utilizado, enquanto que associado ao explante do
tipo hipocótilo, resultaram nas melhores respostas quanto a regeneração de
brotos adventícios.
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ENRAIZAMENTO ADVENTÍCIO DE MINIESTACAS DE Mezilaurus itauba
Autor: PAULO
ROBERTO NICACIO
Palavras-chave: Propagação
vegetativa; Minijardim; Miniestacas enraizadas; itaúba.
Resumo:
Apesar da grande exploração da itaúba, ainda não existe na
literatura um programa de silvicultura clonal específico para a espécie. O
objetivo deste trabalho foi avaliar a influência das diferentes concentrações
de solução nutritiva, ausência e presença de sombreamento do minijardim e
influência do regulador vegetal ácido indólbutírico (AIB) na produção e
enraizamento adventício de miniestacas da espécie M. itauba, por
meio da técnica de miniestaquia. Foi constituído o minijardim em vasos de
polipropileno de 3 litros, com substrato de areia lavada. O manejo do
minijardim foi constituído de fertilizações de solução nutritiva em três
concentrações (25%, 50% e 100%), sendo aplicados 100 mL por minicepa a cada
cinco dias. O minijardim foi instalado em dois ambientes, a pleno sol e em casa
de sombra de 50%, para avaliar a influência do sombreamento na produtividade e
emissão de brotos das minicepas. Foi avaliado a sobrevivência, produtividade
por metro quadrado ao ano, número de miniestacas por minicepas e comprimento do
maior broto. As miniestacas foram coletadas ao apresentarem comprimento acima
de 4 cm de comprimento, e foram levadas para o enraizamento. Para avaliar a
aplicação exógena do ácido indolbutírico (AIB) no enraizamento das miniestacas,
foram analisadas duas concentrações, 0 (isento de AIB) e 2.000 mg.L-1 de AIB. Foi avaliado porcentagem de
miniestacas enraizadas, porcentagem de miniestacas com calos, número de raízes
e comprimento da maior raiz. Foi realizada a análise histológica das
miniestacas enraizadas para observar a formação da raiz e a ligação cambial. A
sobrevivência para o minijardim em ambiente de sombra apresentou valores
superiores (82,6%), em relação ao minijardim em ambiente de pleno sol (58,3%).
A produção média de miniestacas por metro quadrado ao ano foi de 46,4
mini.m²/ano-1, já a produtividade
através do número de miniestacas por minicepa, observou-se uma média de 1,43
miniestacas por minicepa. Para o comprimento do maior broto houve efeito
significativo apenas para o fator solução nutritiva, demonstrando diferença
significativa entre a concentração 100% e 25%. Com relação ao enraizamento e
número de raízes, não houve efeito significativo para as variáveis analisadas.
Já a porcentagem de calos houve diferença significativa entre as coletas de
brotações, sendo a terceira coleta com a maior incidência de calos. Para o
comprimento da maior raiz, a 100% de solução nutritiva, do ambiente de
estabelecimento das minicepas em casa de sombra, da presença do regulador
vegetal e segunda e terceira coleta, apresentaram médias superiores. Os
resultados obtidos demonstram que a espécie possui aptidão para ser propagada
vegetativamente pela técnica de miniestaquia, pela capacidade de produzir
brotações epicórmicas após a quebra e durante as coletas de brotações e ser
capaz de emitir raízes nas miniestacas, entretanto, novos trabalhos poderão
sanar dificuldades encontradas nesse estudo obtendo resultados superiores para
a espécie.
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PROPAGAÇÃO DE Guazuma ulmifolia LAM. POR MINIESTAQUIA
Autor: RUTHY
MEYRE COSTA FONSECA
Palavras-chave: Propagação
assexuada; Nutrição mineral; Enraizamento; Minijardim seminal; Brotações;
Minicepas.
Resumo:
Apesar da diversidade de espécies lenhosas da flora brasileira, há
poucos trabalhos com propagação vegetativa. O aprimoramento da propagação
vegetativa para espécies nativas contribuirá para o avanço da silvicultura de
diferentes setores, incluindo a recuperação de áreas degradadas e de
preservação ambiental. Este trabalho teve como objetivo principal propagar
vegetativamente a espécie Guazuma ulmifolia Lam. pela técnica
de miniestaquia e como objetivos específicos avaliar a sobrevivência de
minicepas; quantificar a produção de miniestacas em função das diferentes
concentrações de solução nutritiva; mensurar a sobrevivência das miniestacas,
analisar o enraizamento adventício de miniestacas em função da presença e
ausência do ácido indolbutírico (AIB). Foram utilizadas como minicepas mudas
originadas por propagação seminífera, obtidas de viveiro comercial. O
minijardim seminal foi constituído por minicepas em sistema de vasos, a
nutrição mineral das minicepas foi aplicada, utilizando um copo graduado. Os
tratamentos foram baseados em variações das concentrações da solução nutritiva
(25%, 50% e 100%). Foram realizadas três coletas de propágulos (miniestacas) no
intuito de avaliar o efeito das nutrições quanto a produtividade de miniestacas
e da aplicação de AIB para o enraizamento. À sobrevivência das minicepas foi de
100% em minijardim seminal, após três coletas sucessivas de miniestacas. As
minicepas que receberam a solução na concentração de 100% apresentaram maior
produtividade de miniestaca por metro quadrado ao ano. Após o estaqueamento as
miniestacas permaneceram em casa de vegetação climatizada e automatizada. O
enraizamento das miniestacas foi avaliado aos 36, 34 e 35 dias, respectivamente,
primeira, segunda e terceira coleta. Durante a execução do experimento houve
mais de 93% de sobrevivência das miniestacas, considerando todos os
tratamentos. Toras as miniestacas vivas enraizaram, sendo assim a porcentagem
de sobrevivência das mesmas foi igual a do enraizamento. Para o enraizamento, o
AIB e as diferentes concentrações de solução nutritiva não apresentaram efeito
significativo ao nível de 5% de probabilidade de erro pelo teste F. Entretanto,
ao avaliar coletas, estas diferiram significativamente. Quanto ao vigor
radicial verificou efeito significativo entre a coleta de broto, solução
nutritiva e AIB, solução nutritiva e coleta de broto, AIB e coleta de broto e
solução, AIB e coleta de broto. A técnica de miniestaquia pode ser considerada viável
para o enraizamento de miniestacas de Guazuma ulmifolia a
partir de minicepas produzidas via seminal.
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