2013
MODELAGEM DO CRESCIMENTO E DA PRODUÇÃO DE Tectona grandis LINN. F. ATÉ A IDADE DE ROTAÇÃO
Autor: ARTHUR
GUILHERME SCHIRMBECK CHAVES
Palavras-chave: Teca,
produtividade, colheita, Mato Grosso, Brasil
Resumo:
Neste trabalho, foi estudado o crescimento e a produção da Teca
até a idade de rotação. Os povoamentos analisados foram implantados na década
de 70, no município de Indiavaí-MT, numa densidade inicial de 2500 indivíduos
por hectare. Foram realizados seis desbastes em períodos e intensidades
distintos, e as colheitas foram executadas em 2010 e 2012. As informações foram
coletadas em seis parcelas permanentes de mil metros quadrados, dos 23 aos 33
anos de idade, para estudar a produtividade no período prévio à colheita. Para
analisar as taxas de crescimento da implantação até a época da colheita
florestal, 32 árvores dominantes foram abatidas para a análise de tronco. Foram
testados vários modelos para representar o volume, a equação hipsométrica, o
crescimento e a produção. A partir dos modelos de crescimento selecionados,
foram estimadas as curvas de crescimento em altura, diâmetro e volume. A Teca
atingiu, aos 33 anos, uma altura média de 25,00 metros, um diâmetro (DAP) médio
de 39,75 cm e um volume médio de 1,63 m3.arv-1. Também foi executada a
classificação da capacidade produtiva local com base na altura dominante. A
produção foi estimada para três classes de sítio, e os povoamentos estudados
foram enquadrados na classe II. Esta classe representa um volume remanescente
de 237 m3ha-1 aos 33 anos. O povoamento analisado alcançou taxas de crescimento
elevadas quando comparadas à maioria dos povoamentos de Teca em Mato Grosso e
no Mundo, porém inferiores ao potencial produtivo alcançado nos melhores
sítios. A redução da densidade inicial associada a melhores estratégias de
manejo poderão favorecer a produtividade da Teca.
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COMERCIALIZAÇÃO DE MADEIRA SERRADA DE FLORESTAS NATURAIS EM MATO
GROSSO: UM DIAGNÓSTICO DO SETOR DE BASE FLORESTAL
Autor: EDILENE
SILVA RIBEIRO
Palavras-chave: mercado
madeireiro, comercialização florestal, setor florestal, floresta tropical
Resumo:
O presente trabalho objetivou caracterizar o setor de base
florestal no estado de Mato Grosso para o período de 2004 a 2010, identificando
as espécies florestais, avaliando a quantidade (m³) e valores de madeira
comercializada e analisando os municípios de origem da madeira serrada e os
estados de destino dessa madeira. Para tal, procedeu-se um diagnóstico qualitativo
e quantitativo da atividade florestal no Estado, mostrando os desafios, as
barreiras e as potencialidades florestais. A coleta foi realizada através do
banco de dados do Instituto de Defesa Agropecuária do Estado de Mato Grosso
(INDEA) (origem, destino, municípios e espécies), através da Secretaria de
Estado do Meio Ambiente (SEMA) por meio do Sisflora (GF3), e também na
Secretaria de Fazenda do Estado de Mato Grosso pelo ato normativo 106/2012 onde
a secretaria institui lista de preços mínimos, para os produtos oriundos da
indústria florestal e extrativa vegetal. Em seguida as análises qualitativas
foram expressas em revisões de literatura (empregos, indústrias e PIB) e os
dados quantitativos expressos e analisados através de gráficos e tabelas pelo
Software Microsoft Excel. O primeiro capítulo trata da identificação das
espécies florestais comercializadas e dos valores em reais desta
comercialização. Identificaram-se 411 espécies florestais, distribuídos em 97
gêneros e 34 famílias botânicas. As espécies mais comercializadas em termos de
volume de madeira foram Qualea sp
(27%), Goupia glabra (16%), Erisma uncinatum (13%) e Mezilaurus itauba (11%). O período de
levantamento de dados foi de sete anos no qual o Estado obteve uma receita em
valores atuais de R$ 5.411.524.557,24. O segundo capítulo teve como objetivo
analisar quais os municípios fornecedores de madeira serrada e o volume
comercializado no período de 2004 a 2010. Dos 141 municípios do Estado 61,7%
participaram como fonte de origem da madeira comercializada, com um volume
total comercializado de 7.385.350,46m³. O terceiro capítulo objetivou
identificar as regiões de origem e o destino final da madeira comercializada. O
estado de Mato Grosso em sete anos comercializou madeira com vinte estados da
federação, com destaque para São Paulo, Santa Catarina, Paraná, Rio Grande do
Sul, Rio de Janeiro, Mato Grosso do Sul e Minas Gerais sendo os maiores
consumidores. O estado de Mato Grosso manteve comércio com todas as regiões
brasileiras, sendo que o Sudeste e o Sul consumiram mais de 92,42% da madeira
comercializada.
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INFLUÊNCIA DA CONCENTRAÇÃO DE
ETANOL NA COLETA DE SCOLYTINEOS (COLEOPTERA, CURCULIONIDAE) EM ÁREA DE MATA
NATIVA NO MUNICÍPIO DE CAMPO VERDE-MT
Autor: ELIANA
ALVES DOS SANTOS BASTOS
Palavras-chave: Concentração,
etanol, escolitídeo, floresta nativa, isca
Resumo:
O presente trabalho realizou um levantamento de insetos da
subfamília Scolytinae utilizando diferentes concentrações de etanol com o
objetivo de avaliar a melhor concentração para um ambiente natural. Os estudos
foram realizados no Distrito de Coronel Ponce localizado a 20 Km do município
de Campo Verde, no estado de Mato Grosso, localizado geograficamente a 15°33‘13’’S
e 55°09’19’’W. Foram instaladas 60 armadilhas a 1,5 metros da superfície do
solo de maneira aleatória. As coletas foram quinzenais. As armadilhas
etanólicas, modelo escolitídeo–Curitiba foram adaptadas e iscadas com etanol
apenas no frasco coletor nas seguintes concentrações (tratamentos): 0% (água +
Sal + detergente), 25%, 50%, 70% (etanol a 96% na mangueira e 70% no frasco
coletor), 75% e 96%. Foi coletado um total de 7.469 indivíduos distribuídos em
13 gêneros e 31 espécies. Xyleborus,
Cryptocarenus, Hypothenemus foram os gêneros mais expressivos em
quantidades de espécies e em conjunto com Premnobius
e Sampsonius corresponderam com 6.803
(91,08%) do total de indivíduos coletados. Hypothenemus
eruditus, Premnobius cavipennis, Xyleborus affinis e Sampsonius dampfi foram as espécies mais representativa nas
análises faunísticas. Uma maior quantidade dos picos populacionais ocorreram
nos meses seco do ano. Os tratamentos 0% e 96% foram os mais similares entre si.
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TÉCNICAS DE REGENERAÇÃO ARTIFICIAL COM ANGICO E CAROBA
Autor: FERNANDO
DE CARVALHO BITTENCOURT
Palavras-chave: Hidrogel,
semeadura direta, mudas florestais
Resumo:
O objetivo deste estudo foi avaliar diferentes técnicas de
regeneração artificial de áreas utilizando as espécies florestais angico (Anadenanthera colubrina var. cebil) e
caroba (Jacaranda cuspidifolia). O
experimento foi instalado na Fazenda Monte Verde, localizada no município de
Barra do Bugres-MT, em uma área alterada, ocupada por pastagem, nas coordenadas
geográficas 14° 57’ 31”S e 58° 00’ 27”O. O estudo teve início no mês de
fevereiro de 2012. O delineamento experimental adotado foi o de blocos ao acaso,
com oito tratamentos e quatro repetições, em esquema fatorial com três fatores,
sendo o primeiro espécie: angico e caroba, o segundo origem: mudas e sementes,
e o terceiro hidrogel: ausência e presença. A parcela experimental foi
constituída de uma área de 100 m² (10 x 10 m), contendo um total de 25 plantas,
dispostas no espaçamento de 2 x 2 m. Foram avaliadas a emergência de plântulas,
número de covas com plantas, sobrevivência, altura total, diâmetro do colo,
taxa de crescimento relativo e qualidade das plantas. As avaliações foram
realizadas aos 60, 150 e 280 dias após a instalação do experimento. A
regeneração artificial utilizando a semeadura direta em covas mostrou ser uma
técnica viável para angico e caroba. Os elevados percentuais de sobrevivência
observados nos diferentes tratamentos indicaram o enorme potencial de
estabelecimento dessas duas espécies. O plantio de angico pode ser feito por
semeadura direta e por mudas, e o da caroba por mudas, sendo indiferente o uso
de hidrogel para ambas as espécies. As plantas da caroba apresentaram boa
qualidade, enquanto as de angico não, devido especialmente a herbivoria.
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VARIAÇÃO GENÉTICA E SELEÇÃO PARA CARACTERES DE CRESCIMENTO EM
PROGÊNIES DE Eucalyptus camaldulensis
Dehnh
Autor: LUANA
PÂMELLA DE ALMEIDA AZEVEDO
Palavras-chave: teste
de progênies, correlação, variabilidade genética, SELEGEN REML/BLUP
Resumo:
O presente trabalho objetivou estimar parâmetros, correlações
fenotípicas e genéticas entre caracteres de crescimento, ganhos genéticos com
seleção e tamanho efetivo populacional para caracteres de crescimento e forma,
em um teste de progênies de Eucalyptus
camaldulensis. O teste de progênie foi instalado sob delineamento de blocos
ao acaso com 132 progênies, cinco repetições e três plantas por parcela em
linhas simples, no espaçamento 3 m x 2 m no município de Santo Antônio do
Leverger, MT. Aos três anos de idade, as progênies foram avaliadas quanto aos
caracteres: a) altura total (ALTT), altura comercial (ALTC), diâmetro a altura
do peito (DAP), forma de fuste (FF) e sobrevivência (SOB). As estimativas das
herdabilidades individuais foram de baixa magnitude para os caracteres ALTT
(0,10), DAP (0,16) e SOB (0,07). Porém, os caracteres ALTC (0,18) e FF (0,25),
apresentaram valores de média à alta magnitude. Para sobrevivência, as
herdabilidades apresentaram-se praticamente nulas devido à baixa variabilidade
genética existente entre as progênies em função da alta taxa de sobrevivência
das plantas (91,26%). Os coeficientes de variação genética individual (CVgi%)
variaram de 8,08% para SOB a 15,91% para ALTC. Os coeficientes de variação
experimental (CVe%) encontrados apresentaram valores que variam de 11,68% (FF)
a 29,53% (ALTC), considerados baixo e médio para os respectivos caracteres. As
acurácias foram expressivas em todos os caracteres, sobretudo para FF (63%) e
ALTC (51%), apontando o grau de confiabilidade dos resultados obtidos na
avaliação genética. As correlações fenotípicas e genéticas preditas foram de
elevada magnitude para DAB e altura. As progênies 15, 126, 37, 43, 100 e 34,
demonstraram maiores ganhos genéticos em toda população quando comparadas as 20
melhores de cada caráter, confirmando sua superioridade para todos os
caracteres avaliados. As estimativas do tamanho efetivo populacional indicam
que o teste de progênies apresenta um tamanho efetivo suficiente para a
manutenção da variabilidade genética para a sequência do programa de
melhoramento genético. A seleção com o procedimento BLUP se mostrou superior
quando comparado à seleção entre e dentro.
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SISTEMA AGROFLORESTAL COM TECA (Tectona grandis L.f.) NO MUNICÍPIO DE FIGUEIRÓPOLIS D'OESTE, ESTADO
DE MATO GROSSO
Autor: MARIANA
SOARES MORETTI
Palavras-chave: Sistema
taungya, preparo do solo, propagação de planta, análise econômica
Resumo:
O objetivo deste estudo foi avaliar o crescimento de plantas
seminais e clonais de Tectona grandis
L.f. em diferentes tipos de preparo do solo, em monocultivo e no sistema
taungya com milho, bem como realizar uma análise econômica de ambos os
sistemas. O experimento foi instalado no município de Figueirópolis D’Oeste,
estado de Mato Grosso, utilizando o delineamento em blocos ao acaso, em esquema
de parcela subdividida, com 12 tratamentos e 4 repetições. No capítulo 1 foram
avaliados a altura total, diâmetro a 5 cm de altura do solo, número de pares de
folhas, número de brotações e sobrevivência das plantas de teca aos 12 meses
após o plantio das mudas de teca. Os dados foram submetidos à análise de
variância e as médias comparadas pelo teste de Tukey, p<0,05. No segundo
capítulo foram coletados os valores de custos, receitas e tempos totais
consumidos nas atividades de implantação, manutenção, colheita e ensilagem do
milho para o horizonte de planejamento de 14 meses. O melhor crescimento em
altura e diâmetro das plantas de origem clonal e seminal de teca ocorreu no
preparo convencional do solo, apresentando desempenho superior no monocultivo
de teca (ausência de milho) em comparação com o sistema taungya (presença de
milho). A receita da silagem de milho proporcionou redução nos custos totais de
instalação e condução dos tratamentos do sistema taungya de 22,55% em média. O
sistema taungya com o preparo do solo em covas e plantas clonais de teca
apresentou maior valor líquido presente por hectare.
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CARACTERIZAÇÃO MORFOLÓGICA E AVALIAÇÃO DO DESENVOLVIMENTO INICIAL
DE CLONES DE TECA (Tectona grandis
L.f.)
Autor: MARIELE CUNHA DE MIRANDA
Palavras-chave: Teca,
morfologia, crescimento
Resumo:
O objetivo deste trabalho foi verificar a existência de
caracteres morfológicos que diferenciem clones e plantas seminais de Teca
e avaliar o desenvolvimento destes clones no campo, em um povoamento
no Sudoeste de Mato Grosso. O trabalho foi conduzido em um plantio
de Teca composto por cinco clones denominados de 61, 62, 63, 68 e 80
e plantas seminais, no município de Indiavaí, Mato Grosso.
Foram estabelecidas quatro parcelas com 25 plantas para cada clone e para
o seminal. A caracterização morfológica foi realizada por meio da
descrição de características das folhas: comprimento e largura da folha,
forma, ápice, base, margem, pilosidade, cor, venação e presença ou
ausência de pecíolo. Foi mensurado o número de internódios por metro
linear e os indivíduos qualificados quanto ao aspecto e coloração da casca
e à frequência de plantas sintomáticas às doenças. Para a avaliação
do desenvolvimento mensurou3se o diâmetro à altura do peito e a altura
total de todas as árvores da parcela, prosseguindo com o cálculo das
médias dessas variáveis e das áreas transversal, além da área basal. As
árvores também foram avaliadas qualitativamente quanto ao estado da
copa, estado fitossanitário, forma do fuste e sintomatologia a doenças.
As características que diferiam quanto à morfologia foram: base da
folha, presença ou ausência de pecíolo, pilosidade, comprimento da folha, número
de internódios e presença de plantas sintomáticas. Em relação
ao desenvolvimento, no geral, os clones expressaram superioridade
em relação às plantas seminais. A expressão das características
morfológicas e do desenvolvimento variou conforme a região geográfica de origem
dos clones, mas não permitem uma distinção entre todos os clones.
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POTENCIAL DE ESPÉCIES FLORESTAIS NATIVAS NA FITOEXTRAÇÃO DE SAIS
Autor: Roberta
Santos Souza
Palavras-chave: Salinidade,
nutrição mineral, Swetenia macrophylla
e Enterolobium contortisiliquum
Resumo:
Neste estudo avaliou-se o efeito do estresse salino na germinação
e no desenvolvimento de mudas de mogno e de timburi. Dois experimentos foram
realizados: o primeiro foi realizado, em laboratório, para testar a germinação
das sementes de mogno e de timburi ao estresse salino, em que foram colocadas e
caixa gerbox com soluções salinas de NaCl em níveis de 0,57; 1,73; 2,40; 4,11;
6,49 e 8,37 dS m-1. As sementes foram colocadas para germinar em câmaras de
incubação (BOD) nas temperaturas de 25, 30 e 35°C. O delineamento experimental
foi inteiramente ao acaso com 4 repetições de 20 sementes. Os resultados foram
submetidos à análise de variância e ao teste de Tukey a 5%. O segundo
experimento, para avaliar a morfologia, a absorção de macronutrientes e de
sódio, foi realizado em casa de vegetação, em que as mudas de mogno e de
timburi foram produzidas no substrato plantimax® e ao atingirem 15 cm foram
transplantadas para tubos de PVC preenchidos com areia pré-lavada. As mudas
foram submetidas a 5 níveis de salinidade (1,73; 2,40; 4,11; 6,49 e 8,37 dS
m-1). O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com 5
tratamentos e 5 repetições para mogno e 5 tratamentos e 16 repetições para
timburi. A cada 15 dias foram verificados altura, diâmetro de colo e, os
sintomas de toxidez e fotografados a cada 10 dias. Depois desse período as
mudas foram secas em estufa de circulação de ar forçada, pesadas, moídas e os
macronutrientes quantificados e o sódio. Os resultados foram submetidos à
análise de variância e as médias submetidas ao teste de Dunnett a 5%. A
porcentagem e o índice de velocidade de germinação das sementes de mogno e do
timburi, diminuíram com o aumento da salinidade; sob condições de estresse
salino essas sementes foram capazes de germinar. A morfologia das plantas
variou com o estresse salino, a altura e o diâmetro, a produção de massa seca
da parte aérea e radicular das mudas de mogno e timburi foram reduzidas. As
plantas tendem a aumentar os teores de Na+ sem reduzir os teores de
macronutrientes; ocorrendo redução apenas de Ca na parte aérea aos 40 dias para
o timburi.
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OS RECURSOS VEGETAIS E O SABER LOCAL NOS QUINTAIS DA COMUNIDADE DE
SANTO ANTÔNIO DO CARAMUJO, CÁCERES, MATO GROSSO, BRASIL
Autor: WALESKA
ARRUDA OLIVEIRA
Palavras-chave: Etnobotânica;
valor de uso das plantas; saber empírico
Resumo:
O presente trabalho é um estudo etnobotânico com objetivo de
catalogar, sistematizar e determinar de forma integrada a socialização do saber
local a respeito das espécies de plantas conhecidas e/ou utilizadas pelos
moradores da Comunidade de Santo Antônio do Caramujo do Caramujo a 31 km de
distância da cidade de Cáceres, Mato Grosso. Os 35 informantes foram
selecionados através da amostra não probabilística e intencional utilizando o
método “bola de neve” (snow ball). A coleta de dados ocorreu a partir da aplicação
de questionário e entrevistas estruturadas e semi-estruturadas. No levantamento
etnobotânico os informantes citaram 184 espécies distribuídas em 66 famílias.
As espécies catalogadas foram distribuídas em categoria de uso medicinal (57%),
alimentar (43%), ornamental (11%) e outros (4%). As famílias com maior
representatividade foram Lamiaceae (19 espécies), Asteraceae (16 espécies),
Fabaceae, Rutaceae, Cucurbitaceae e Solanaceae (9 espécies cada). As espécies
que obtiveram um valor representativo de Concordância de Uso corrigido foram
Plectranthus barbatus Andrews (27,99%), Vernonia
condensata Baker, Cymbopogon citratus
(DC.) Stapf. e Melissa officinalis L.
(24,00%), Chenopodium ambrosioides L.
(23,99), Mentha sp. (23,99%) e Punica granatum L. (19,99%) e as
espécies de maior representatividade para o valor de uso global (VUsp) foram Allium cepa L. (71%), Annona reticulata L. (68%), Cocos nucifera L. (62%), Mangifera indica L. (54%), Musa paradisiaca L.( 51%) e Carica papaya L. (45%). A transmissão dos
conhecimentos entre os participantes da pesquisa ocorre através do convívio
diário entre parentes, vizinhos, além das informações obtidas por meios
eletrônicos. O saber local está inserido nas raízes culturais dos moradores,
nas experiências de vida trazidas de outras regiões e desta forma auxiliando
nas futuras pesquisas que, através dos resultados obtidos contribuirão
economicamente para o desenvolvimento da comunidade e a disseminação do saber
local.
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