2015

Atratividade de mudas de Eucalyptus camaldulensis Dehnh, em diferentes soluções nutritivas, e de Eucalyptus spp. e Corymbia citriodora para Acromyrmex spp.

Autor: ALEXANDER GOUVEIA ORTIZ

Palavras-chave: Eucalyptus, seletividade, formigas cortadeiras

Resumo:
Este trabalho foi desenvolvido em duas etapas: 1° etapa, avaliar a influência de  diferentes  nutrientes  na  preferência  de  carregamento  de discos foliares obtidos de folhas de Eucalyptus camaldulensis Dehnh. por Acromyrmex rugosus e Acromyrmex balzani;  2°  etapa,  identificar  a preferência  de  carregamento  de  discos  foliares  obtidos  de  folhas  de espécies  de  Eucalyptus  spp.  e Corymbia  citriodora,  utilizadas  em reflorestamentos em Mato Grosso. Na 1° etapa foi comparado o efeito dos tratamentos nas duas espécies de Acromyrmex spp. em formigueiros localizados em área urbana e rural do município de Várzea Grande, MT, em períodos chuvoso de novembro a abril e seco de maio a outubro. Constatou-se que no período de novembro a abril, ocorreu o maior carregamento dos discos de folhas em relação aos meses de maio a outubro do mesmo ano, porém não houve diferença estatística entre os períodos. Os discos foliares provenientes do tratamento sem Fósforo foi o mais transportado pelas formigas seguido de forma decrescente pelos tratamentos em Potássio, Cálcio, água, Nitrogênio e os tratamentos que menos contribuíram para escolha dos discos para transporte foram Magnésio, Enxofre e Completo. Ambas as espécies de Acromyrmex apresentaram as mesmas preferências de transporte de discos foliares, no entanto, A. balzani apresentou uma taxa de transporte menor que A. rugosus. Na 2° etapa do trabalho foi comparado o efeito dos tratamentos em Acromyrmex spp. utilizando formigueiros localizados em área urbana e rural do município de Várzea Grande.  Os discos provenientes de folhas das mudas seminais de Eucalyptus urophylla, foram os mais transportados, seguidos pelos discos das mudas seminais do híbrido urograndis e seminais de Corymbia citriodora. Os menos transportados foram os discos dos clones do híbrido urograndis “GG100”, seguidos dos híbridos de urograndis “H13” e “I144” e dos clones do híbrido urocan VM01.

Desempenho silvicultural de clones de Eucalyptus em duas regiões do estado de Mato Grosso

Autor: ANNE FRANCIS AGOSTINI SANTOS

Palavras-chave: Adaptabilidade, Materiais clonais, Seleção, Plantios puros, Espécies exóticas

Resumo:
Objetivou-se avaliar o desempenho silvicultural de 18 clones do gênero Eucalyptus em duas condições edafoclimáticas diferenciadas, do estado de Mato Grosso. Os plantios experimentais foram instalados em 2010 no delineamento de blocos ao acaso com quatro repetições. Avaliou-se a altura total, altura dominante, DAP, área transversal média, área basal, e a morfometria d e copa dos 18 clones nas duas regiões. Os dados obtidos foram submetidos a análise de variância e, posteriormente, teste de média de Scott-knott a 1% de probabilidade. Comportamento distinto foi encontrado entre os materiais testados nas áreas avaliadas. Os clones que apresentaram características superiores em Sinop foram os S-0102, S-0206 e S-0302em Chapada dos Guimarães foram os S-0410, S-0411, S-0412. O clone S-0402 apresentou características silviculturais superiores nas duas regiões de estudo.

FATOR DE FORMA E AFILAMENTO PARA POVOAMENTOS NÃO DESBASTADOS DE Pinus caribaea var. caribaea NA REGIÃO CENTRO-SUL DE MATO GROSSO

Autor: ARIEL SOUZA ROSSI

Palavras-chave: Taper, forma do fuste, volume, regressão linear

Resumo:
O objetivo desta pesquisa consistiu em ajustar um modelo de fator de forma e modelo de afilamento para Pinus caribaea var. caribaea Barr. et Golf. para a região Centro-Sul de Mato Grosso. O povoamento localizado no município de Nova Marilândia possui área de 215,47ha, e o seu entorno é ocupado por atividades agrícolas. A implantação foi efetuada com mudas de origem seminal e o povoamento não recebeu qualquer tratamento silvicultural e os dados foram coletados em 2014, quando o povoamento possuía 36 anos. A descrição do povoamento ocorreu através de um inventário aleatório, visando representar todo o povoamento. Posteriormente foi realizada a classificação sociológica do povoamento de acordo com a metodologia de Hozokawa e Souza. Os dados coletados são provenientes de 90 árvores, oriundas de todas as classes sociológicas. Para o ajuste do fator de forma foram testados 10 modelos e para o ajuste do afilamento foram testados os modelos de Kozak, Polinômio de Potências Fracionárias e Hradetzky. Além disso, foram comparados os volumes obtidos através do fator de forma e através da integral da função de afilamento com o volume obtido através da cubagem rigorosa. Dentre os modelos de fator de forma avaliados, o que melhor ajustou aos dados foi um modelo logarítmico; o modelo de Hradetzky apresentou melhor ajuste ao afilamento e calculou mais precisamente o volume total. A comparação dos volumes estimados e o calculado, ao nível de 5% (? = 0,05) para o teste de Tukey não foi verificada diferença estatisticamente significativa.

PARÂMETROS GENÉTICOS EM PROGÊNIES DE MEIOIRMÃOS PARA CARACTERES DE EMERGÊNCIA E CRESCIMENTO INICIAL DE Dipteryx alata VOGEL E Handroanthus heptaphyllus (VELL.) MATTOS EM VIVEIRO

Autor: BRUNA CRISTINA ALMEIDA

Palavras-chave: herdabilidade, melhoramento florestal, deviance, Pantanal

Resumo:
O conhecimento da variabilidade genética através da mensuração de caracteres biométricos pode ser uma das alternativas para auxiliar em programas de conservação genética e também em programas de melhoramento florestal. No presente trabalho objetivou-se analisar e estimar parâmetros genéticos, correlações genéticas entre caracteres de emergência e crescimento inicial de D. alata e H. heptaphyllus, em viveiro. O delineamento para todos os experimentos foram de blocos ao acaso e 28 tratamentos. Para D. alata foram cinco plantas por parcela e cinco blocos e para H. heptaphyllus foram seis blocos e seis mudas por parcela. Aos 30 dias para emergência foram avaliadas porcentagem, tempo médio e índice de velocidade de emergência e para as mudas de D. alata (aos 30 dias) a sobrevivência; altura da parte aérea (cm); diâmetro do colo (cm). Após 140 dias foram avaliadas as seguintes variáveis: sobrevivência; altura da parte aérea (cm); comprimento da raiz (cm); diâmetro do colo (cm), massas secas (folhas, caule e raízes) (g) para H. heptaphyllus. Os caracteres foram analisados por meio da metodologia de modelos mistos, procedimento REML (Máxima Verossimilhança Restrita) / BLUP (Melhor Predição Linear não Viesada). Foram plicados aos testes de progênies de meios-irmãos, delineamento de blocos ao acaso, várias plantas por parcela, conforme o modelo um do software SELEGEN-REML/BLUP para as mudas de H. heptaphyllus e D. alata, para emergência foi utilizado o modelo 95. Os valores de herdabilidades individuais e médias de progênies, acurácia, os coeficientes de variação genética individual e experimental foram considerados altos para mudas de D. alata. Os valores de herdabilidades individuais e médias de progênies, acurácia seletiva obtidas foram de alta magnitude para maioria dos caracteres avaliados, os coeficientes de variação genética individual e experimental foram considerados altos para mudas de H. heptaphyllus. Os valores de herdabilidade individual e média de progênies, acurácia seletiva para caráter IVE foram de alta magnitude. Assim os resultados indicam que existe variabilidade genética para todos os caracteres avaliados para mudas de H. heptaphyllus e existe variabilidade genética para os caracteres IVE para emergência e altura da parte área para plântulas de D. alata.

DANOS NA COPA: CRESCIMENTO, PRODUÇÃO E DESBASTE EM POVOAMENTOS CLONAIS E SEMINAIS DE TECA EM DUAS REGIÕES DE MATO GROSSO

Autor: FERNANDO HENRIQUE GAVA

Palavras-chave: Copa quebrada, relação hipsométrica, volume

Resumo:
O objetivo desta pesquisa foi avaliar o desenvolvimento de plantas clonais e seminais de Teca associado às intensidades de danos na copa, em duas regiões no sudoeste de Mato Grosso. O trabalho foi conduzido nos municípios de Figueirópolis D’Oeste e Lambari D’Oeste com clones procedentes de Perlis, Malásia, e de Ilhas Salomão, e plantas seminais da região de estudo. Os tratamentos foram estruturados em delineamento em blocos casualizados, com medição da circunferência à altura do peito, das alturas comercial e total em parcelas permanentes aos seis e sete anos de idade. Complementarmente, foi feita a cubagem rigorosa, a análise de tronco e quantificada a frequência de copa quebrada. Para o conjunto total de dados e separados por copa quebrada e copa sem danos, foram testados modelos para relação hipsométrica. Com os dados coletados foi simulado o desbaste seletivo na intensidade de 40% das árvores, com determinação dos volumes, incrementos em altura, DAP e volume do povoamento, além do volume extraído pelo do desbaste. Em ambas regiões, os clones foram mais afetados por danos nas copas em relação às plantas seminais. Os danos nas copas afetam a relação hipsométrica e os modelos testados não se adequam para estimar a altura. Em Lambari D’Oeste, para os clones 62 e 68 e plantas seminais, o comprimento médio do dano nas copas ao sexto ano, foi maior que o incremento médio registrado ao sétimo ano. Em ambas regiões, o clone 61 se destacou pelo volume estimado para o desbaste e em Lambari D’Oeste o clone 62 foi estatisticamente igual ao 61. Em Figueirópolis D’Oeste, os clones de Perlis foram superiores aos de Ilhas Salomão e, em ambas regiões o menor volume de desbaste foi produzido pelas plantas seminais.

PEQUI (Caryocar brasiliense Camb.) E FORRAGEIRAS EM SISTEMA SILVIPASTORIL NO PANTANAL MATOGROSSENSE, BRASIL

Autor: HENRIQUE GUIMARAES DE FAVARE

Palavras-chave: Pequizeiros; Sistema silvipastoril; Organização Espacial

Resumo:
O sinergismo dos componentes de um sistema está ligado na escolha das espécies a se associarem, o que requer conhecimentos sobre as suas características, de tal forma que os componentes envolvidos beneficie-se dessa integração. Conhecer as características silviculturais e a forma de distribuição espacial da espécie nativa pode auxiliar no manejo e implantação do sistema silvipastoril. Este estudo avaliou o padrão de distribuição espacial de indivíduos adultos de pequi (Caryocar brasiliense), em área de pastagem mista de gramíneas e leguminosas no pantanal mato-grossense. Efetuou-se um censo dos indivíduos adultos de pequi em uma área remanescente do bioma cerrado, cujas coordenadas geográficas foram 15º58’25.49”S e 57º34’36.11”O. O mapeamento dos indivíduos e da área foram efetuados usando o sistema de coordenadas retangulares (UTM) através de georreferenciamento utilizando GPS de precisão e posteriormente exportado para o TrackMaker 3.5. Os indivíduos foram analisados quanto à população e em função da seleção de classes da área de copa. A seleção foi feita a partir do desvio padrão (S), onde foram estabelecidas cinco classes amostrais, onde uma classe representa à média e as outras quatro a média mais e menos um e dois S. A densidade de distribuição da população de pequi foi analisada pelo estimador de Kernel e a distribuição espacial foi calculada a partir da Função K de Ripley, usando o programa estatístico R, com o pacote spatstat. O número de vizinhos próximos a uma árvore aleatória de pequi está acima do previsto para a Completa Aleatoriedade. Deste modo, a população de pequi apresentou um padrão de distribuição espacial agregado e quando analisado em função da área de copa observou -se a distribuição de árvores com tendência a aleatoriedade. A formação de adensamentos de indivíduos com áreas de transição possibilita a passagem dos raios solares para o desenvolvimento das gramíneas apresentando as características necessárias para condução do sistema silvipastoril.

SISTEMA WEB PARA GESTÃO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS: UMA AVALIAÇÃO

Autor: JEAN CARLOS FERREIRA

Palavras-chave: Recursos Naturais, Fragmentação da Paisagem, Sistema Especialista, Sistema Agroflorestal

Resumo:
Devido ao aumento gradativo do número de processos de licenciamento ambiental com objetivo de recuperar áreas degradadas, prevê-se uma situação de insolvência para os próximos anos na gestão ambiental. Deste modo, torna-se imperiosa a concepção de novas tecnologias baseadas na web que permitam inovação no sistema de gestão dos recursos naturais, principalmente para a recuperação de áreas degradadas. Assim, nesta pesquisa investigou-se a aplicação dos sistemas inteligentes como uma alternativa para à tomada de decisões durante a elaboração e gestão de projetos de recuperação de áreas degradadas. O objetivo desta pesquisa é analisar os impactos para a melhoria do processo de elaboração e avaliação de projetos de recuperação de áreas degradadas com a utilização do Sistema de Elaboração de Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas. A simulação dos experimentos dos projetos de recuperação de áreas degradadas priorizou empreendimentos em propriedades rurais, os quais são responsáveis pelo maior número de processos para regularização e licenciamento ambiental. As aplicações dos experimentos no Sistema de Elaboração de Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas resultaram, nas configurações para os projetos de qualquer situação em áreas rurais ou urbanas, na descrição dos experimentos, nas regras para permitir as recomendações técnicas através das combinações das perguntas e respostas, na descrição atual do fluxo dos processos de regularização e licenciamento ambiental com projetos de recuperação de áreas degradadas e na descrição de um sistema de gestão ambiental, exclusivo para áreas degradadas. Conclui-se, que o Sistema de Elaboração de Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas, apresenta um impacto positivo, tanto para aqueles que analisam os projetos, quanto para os que os elaboram, e demonstrou-se uma solução educativa eficiente no gerenciamento de processos com projetos de recuperação de áreas degradadas. É uma ferramenta da inteligência artificial para auxiliar à tomada de decisões, com um banco de dados inicial, em desenvolvimento e classificado como sistema especialista de planejamento. Pois a análise mais aprofundada sobre os impactos ambientais da área degradada, compete ao especialista, recomendar as alternativas que levem ao sucesso da recuperação do passivo ambiental. Este sistema poderá ter conexão com outros sistemas utilizados na gestão ambiental, e visará garantir maior eficiência e efetividade como um todo, alinhando-se, sobretudo, às novas regras trazidas pela legislação.

OS RECURSOS VEGETAIS E O SABER LOCAL NA COMUNIDADE RURAL SÃO MIGUEL EM VÁRZEA GRANDE, MT: UMA ABORDAGEM ETNOBOTÂNICA

Autor: JENEFFER SOARES DOS SANTOS MAMEDE

Palavras-chave: Cerrado; Dados socioeconômicos; Etnocategorias de uso; Unidades de paisagens

Resumo:
O presente estudo teve como objetivo geral caracterizar os principais aspectos socioeconômicos, culturais e ambientais da Comunidade São Miguel, bem como classificar as etnocategorias de uso dos recursos vegetais manejados pela população nas diferentes unidades de paisagem. O trabalho foi dividido em dois capítulos, sendo abordado, no primeiro, o perfil social, econômico e cultural na comunidade. O segundo capítulo abrangeu as unidades de paisagem na comunidade. Realizou-se a aplicação de entrevistas semiestruturadas. Para cada espécie foi calculado o Valor de Uso e para determinar as plantas mais importantes quanto à finalidade foi calculado o Consenso Informante por meio do Nível de Fidelidade. Foram entrevistados 46 moradores. A maior parte dos entrevistados é natural de Mato Grosso (52%). Quanto à escolaridade, 46% não concluíram o ensino fundamental. Grande parte das mulheres são donas-de-casa (44,8%). A casa de alvenaria foi o tipo de moradia mais encontrado na comunidade (95,6%) e todas possuem fornecimento de energia elétrica. Quanto ao uso da água para o consumo humano, 83% dos informantes retiram do poço artesiano, 10% retiram do rio e 7% compram água mineral. A agricultura em pequena escala é a principal atividade encontrada na região, onde grande parte planta apenas para o consumo familiar (72%). A mandioca é o cultivo principal. A maior parte dos quintais localizam-se no entorno das residências; as mulheres são na maioria responsável pelo manejo do local (43%). Os moradores usam as folhas caídas para fazer adubo. A criação de animais domésticos foi encontrada em 90% dos das residências visitadas. Nos quintais foram citadas 207 espécies, onde as principais famílias botânicas foram Asteraceae, Fabaceae e Lauraceae. O uso medicinal foi a etnocategoria mais representativa. Em relação à valoração unitária, a planta que representou muito bem o valor de uso das plantas locais (Vusp= 3,00) foi Solanum gilo Raddi. Para frequência relativa da concordância quanto aos usos principais (Pcusp) acima de 25%, são referidos 19 casos para problemas digestivos (como gastrite, azia, males do estômago) e problemas respiratórios (como gripe, bronquite, pneumonia, tosse) - 61,5% cada. Não foram mencionadas dosagens específicas para os remédios caseiros. O modo de preparo prevalecente foi o chá, obtido por decocção (45%). A parte da planta mais empregada foi a folha (55,7%). Nas matas de galerias encontramos 68 espécies vegetais. A maioria das espécies (48%) citadas apresenta hábito arbóreo. Entre as espécies que representam muito bem o valor de uso das plantas locais (Vusp > 1,50) estão Myracroduon urundeuva Allemão e Anadenanthera colubrina var. cebil (Griseb.) Reis. Entre os produtos que foram retirados destaca-se a madeira para construção (50%) e sementes para produção de mudas (17%). O desenvolvimento de ações nas áreas econômicas e sociais, como a implantação de postos de saúde, inclusão do ensino médio em período diurno, acompanhamento da gestantes durante o pré-natal, é imprescindível para continuação da comunidade. As unidades de paisagem oferecem meios diversificados para a sobrevivência das famílias, portanto são espaços que merecem ser estudados. 

MINIESTAQUIA, ENXERTIA E ALPORQUIA DE Khaya anthotheca

Autor: JOAMIR BARBOSA FILHO

Palavras-chave: Clonagem, mogno africano, reprodução assexuada, enraizamento adventício, cicatrização de enxertos

Resumo:
A Khaya anthotheca A. Juss. (Welw.) é uma espécie de mogno africano que desponta no cenário brasileiro como alternativa promissora para o florestamento visando a produção de madeira nobre. Contudo, o elevado custo de suas sementes aliado ao curto período de viabilidade são alguns fatores que dificultam a oferta de mudas no mercado a preços acessíveis. O objetivo da presente pesquisa foi avaliar a eficiência das técnicas de miniestaquia, enxertia e alporquia visando estabelecer protocolos de propagação clonal de genótipos de Khaya anthotheca. Na primeira etapa do experimento de miniestaquia, as minicepas foram submetidas às seguintes soluções de fertirrigação: S100 - 100% da concentração dos sais da solução nutritiva básica (testemunha), S50 - 50% da concentração dos sais da solução nutritiva básica e S25 - 25% da concentração dos sais da solução nutritiva básica. O delineamento experimental foi em blocos completos ao acaso em arranjo fatorial (3x5) com parcelas subdivididas no tempo, sendo os fatores constituídos por 3 soluções de fertirrigação (S100, S 50 e S25) e 5 coletas de propágulos, sendo avaliadas a sobrevivência e a produção de miniestacas. Na segunda etapa do experimento de miniestaquia, foram confeccionadas miniestacas a partir dos propágulos obtidos de minicepas, as quais foram submetidas a diferentes soluções nutritivas (S100, S50 e S25). Parte das miniestacas foram tratadas com ácido indolbutírico (AIB), na concentração de 2 g.L-1 e a outra parte não foi tratada com AIB (testemunha). O experimento foi conduzido no delineamento inteiramente casualizado no arranjo fatorial (3x5x2) com parcelas subdivididas no tempo, sendo os fatores constituídos por 3 soluções de fertirrigação (S100, S50 e S25), 5 coletas de propágulos e duas concentrações de AIB (A0- ausência de AIB, testemunha e A2- 2 g.L-1 de AIB), sendo avaliada a sobrevivência de miniestacas na saída da casa de vegetação (SCV); sobrevência na saída da casa de sombra (SCS); enraizamento em pleno sol (EAPS) e presença de calo (CAL). Em um terceiro experimento referente às combinações entre enxertos de Khaya anthotheca e Swietenia macrophylla King, foram testadas combinações de porta-enxerto + enxerto, as quais foram: TSK - Swietenia macrophylla + Khaya anthotheca; TKS- Khaya anthotheca + Swietenia macrophylla; TSS- Swietenia macrophylla + Swietenia macrophylla; TKK- Khaya anthotheca + Khaya anthotheca. O experimento foi conduzido no delineamento em blocos ao acaso, sendo os tratamentos constituídos pela combinação dos materiais enxertados onde foi avaliado o pegamento aos 45 e aos 200 dias após a realização do enxerto, seguido da análise histológica. No quarto experimento foi realizada a alporquia nas mudas de Khaya anthotheca que estavam sendo fertirrigadas com as soluções S100, S50 e S25 e, após 45 dias, foi realizada a alporquia com três concentrações de AIB (A0- ausência de AIB, testemunha; A3-3 g.L-1de AIB e A8- 8 g.L-1de AIB). O experimento foi conduzido no delineamento em blocos completos ao acaso, em arranjo fatorial (3x3), sendo os fatores constituídos por 3 soluções de fertirrigação e 3 concentrações de AIB. A sobrevivência de minicepas não variou significativamente ao longo das coletas de brotações e não dependeu da solução nutritiva. A produção de miniestacas por metro quadrado ao ano dependeu da solução nutritiva, onde a S100 (100% da concentração de macro e micronutrientes) resultou nos maiores valores para a maioria das coletas de brotações. Houve elevada sobrevivência de miniestacas na saída da casa de vegetação, independente das coletas de propágulos, solução nutritiva e aplicação de AIB. A porcentagem de sobrevivência de miniestacas na saída da casa de sombra e o enraizamento em área de pleno sol foram maiores quando as minicepas receberam as soluções de fertirrigação S100 e S50 associada a presença de AIB na concentração de 2 g.L-1. Os menores índices de enraizamento e os maiores de calos ocorreram nas miniestacas advindas de minicepas tratadas com a solução S25 na ausência da aplicação de AIB. Na enxertia, o melhor tratamento em relação à sobrevivência dos enxertos, tanto aos 45, quanto aos 200 dias foi a combinação de TKK (92%), seguido pela combinação TSK (52%), TSS (48%). Não houve pegamento nos enxertos de TKS, demonstrando incompatibilidade entre as espécies ao usar esse tipo de enxertia. Para a alporquia, as mudas tratadas com solução S100 e S50, seguidas de aplicação de AIB (3 g.L-1ou 8 g.L-1) apresentaram os maiores percentuais de enraizamento. No tratamento com a solução S25 sem aplicação de AIB ocorreu maior formação de calos e menor de enraizamento. No geral, as três técnicas de propagação (miniestaquia, enxertia e alporquia) foram adequadas para a multiplicação de Khaya anthotheca, demostrando viabilidade para a produção de mudas.

 

Composição e estrutura de grupos florísticos em fragmento de floresta secundária

Autor: KAREN JANONES DA ROCHA

Palavras-chave: Floresta Estacional Semidecidual, associação de espécies, coeficiente de Kendall, Análise de Correlação Canônica, Análise de Redundância Canônica

Resumo:
O objetivo geral do presente estudo foi caracterizar um fragmento secundário de Floresta Estacional Semidecidual localizado em Tapurah-MT, quanto a sua estrutura e composição florestal, verificar a formação de grupos florísticos e, ainda, explorar possíveis relações com o ambiente. Aplicou-se o método de área fixa com conglomerados retangulares de dimensões de 10 x 250 m, foram alocados e medidos cinco conglomerados com cinco subunidades cada de 10 X 50 m. Em cada subunidade amostral foi considerada todas as espécies arbóreas e arbustivas com diâmetro à altura do peito (DAP) superior ou igual a 10 cm. A composição florística foi analisada quanto ao número de famílias, gêneros e espécies botânicas encontradas no levantamento do componente arbóreo e a suficiência amostral do levantamento florístico foi verificada pelo procedimento Bootstrap. A similaridade florística entre as subunidades amostrais foi obtida através do Índice de Jaccard e a diversidade de espécies nas subunidades amostrais foi medida pelo Índice de Shannon (H’) e pelo Índice de Equabilidade de Pielou (J’). A caracterização da estrutura horizontal da vegetação foi feita a partir dos parâmetros fitossociológicos e a estrutura diamétrica pelo procedimento de Spiegel. A presença de grupos florísticos foi verificada pelo método de associação das espécies e o número de grupos foi estabelecido pelo coeficiente de concordância de Kendall, onde para cada grupo florístico foi analisada a estrutura horizontal, o padrão de distribuição espacial das espécies pelo índice de Payandeh e a estrutura diamétrica dos indivíduos pelo procedimento de Spiegel. A construção da matriz das variáveis edáficas foi realizada através de uma análise preliminar para identificar variáveis semelhantes entre as subunidades amostrais, as quais não apresentaram influência foram retiradas. A correlação entre os dados de vegetação e dados ambientais foi realizada por meio da Análise de Correlação Canônica, que permitiu confirmar se os nutrientes do solo influenciam na presença das espécies e pela Análise de Redundância Canônica para avaliar quais as variáveis ambientais apresentaram maior influência sobre os indivíduos. No fragmento foi verificada uma alta variabilidade florística e estrutural, que pode ser explicada pelos históricos de perturbação local a que este fragmento foi submetido no passado. De uma forma geral, a vegetação corresponde a de florestas secundárias jovens e apresenta uma comunidade estável e autorregenerativa, além de preservar características da estrutura original. Através da análise de agrupamento foi verificado que as características autoecológicas das espécies assim como os DAP’s médios de cada espécie foram os principais responsáveis pela associação e similaridade entre os grupos. Também foi verificada que apesar das perturbações no ambiente que salientam a saturação do sítio florestal, o fragmento está se recuperando. A heterogeneidade das variáveis edáficas relacionadas influencia no comportamento florístico-estrutural do fragmento secundário de Floresta Estacional Semidecidual. Sendo, as espécies das famílias Fabaceae, Lauraceae, Moraceae e Vochysiaceae as mais influentes para o presente estudo. Destacando a Qualea paraensis Ducke quanto à importância ecológica e a sua adaptabilidade ao ambiente.

OS RECURSOS VEGETAIS E A ETNOBOTÂNICA EM QUINTAIS URBANOS DE VÁRZEA GRANDE, MATO GROSSO, BRASIL

Autor: MARGÔ DE DAVID

Palavras-chave: Saber local; manejo; plantas; etnocategorias de usos.

Resumo:
O uso dos recursos naturais é essencial no cotidiano de diferentes comunidades. Neste sentido, as pesquisas etnobotânicas proporcionam inúmeras contribuições para a compreensão da relação entre essas comunidades e as plantas. Portanto, este estudo teve como objetivo catalogar, sistematizar e analisar de forma integrada o conhecimento que os moradores de quatro bairros de Várzea Grande, Mato Grosso, Brasil, possuem a respeito da flora nas unidades de paisagens, bem como da utilização, do manejo e da conservação dos recursos vegetais nos quintais. A área de estudo foi escolhida através de um sorteio dos questionários aplicados aos alunos da Escola Estadual Professor Jercy Jacob, que residem em diferentes bairros. Foram sorteados quatro bairros: Água Vermelha, Bonsucesso, Cristo Rei e Santa Isabel e cinco quadras em cada um, totalizando 20 quadras. Dentro de cada quadra foram sorteadas quatro residências, totalizando 80 residências para aplicação das entrevistas. As técnicas de pesquisa utilizadas foram: pré-teste, observação direta, entrevista semiestruturada, história de vida e turnê guiada. As coletas etnobotânicas consistiram-se através de visitas nas residências dos moradores, no período de maio de 2013 a abril de 2014, com um total de 127 informantes. No levantamento os informantes citaram 249 espécies vegetais distribuídas em 84 famílias botânicas. As espécies catalogadas foram distribuídas em etnocategorias de uso Alimentar (34%), Medicinal (64%), Ornamental (24%) e Outros usos (29%). Assim identificou-se os principais usos das espécies relatadas pelos informantes, com destaque para a categoria Medicinal. As famílias com maior representatividade foram Asteraceae (16 espécies), Lamiaceae (15 espécies), Fabaceae (14 espécies), Solanaceae (11 espécies), Araceae (nove espécies), Cucurbitaceae (oito espécies) e Anacardiaceae, Myrtaceae, Rutaceae (cada qual com sete espécies). Estas espécies estavam presentes principalmente nos quintais, mas também em outras unidades de paisagens do cerrado, mata de galeria e roça. Dentre as plantas que se destacaram quanto a Frequência Relativa de Concordância Quanto aos Usos Principais estão: Mangifera indica L., Cymbopogon citratus (DC.) Stapf., Plectranthus barbatus Andrews, Saccharum officinarum L., Punica granatum L., Alloe vera (L.) Burm f., Allium fistulosum L. O conhecimento que essa população possui sobre as plantas presentes nos quintais é transmitido preferencialmente por meio do convívio familiar. Quanto ao manejo dos quintais são utilizados, principalmente, insumos agrícolas naturais e as regas são feitas ao amanhecer ou no final da tarde, sendo esta manutenção realizada sobretudo pelas mulheres. Deste modo, o cultivo de diferentes espécies, o manejo, a finalidade e a forma de uso contribuem para a conservação das plantas nesses ambientes.

ESTRATÉGIAS DE SELEÇÃO NO MELHORAMENTO GENÉTICO DE Eucalyptus camaldulensis EM MATO GROSSO

Autor: THAIANNY RODRIGUES DE SOUZA

Palavras-chave: Seleção individual, Seleção entre e dentro, Seleção combinada.

Resumo:
Para o sucesso de programas de melhoramento é necessário um bom material genético disponível, fatores ambientais favoráveis e métodos de seleção adequados aos objetivos do programa. Neste contexto, o presente estudo objetivou avaliar a variabilidade genética existente, bem como métodos de seleção adequados para uma população de Eucalyptus camaldulensis em teste de progênie. O Eucalyptus camaldulensis Dehnh é uma espécie que se destaca no gênero Eucalyptus, com ampla plasticidade, adaptabilidade e usos múltiplos. O experimento está instalado no município de Santo Antônio do Leverger – MT, contendo 117 progênies, em experimento conduzido em blocos ao acaso. Os resultados obtidos através dos parâmetros genéticos indicaram herdabilidade individual e média de progênies de média magnitude para os caracteres DAP e FF e de baixa magnitude para ALTT, ALTC e SOB.   indicando certo controle genético. Detectou-se variabilidade genética para os caracteres analisados na população de Eucalyptus camaldulensis, com possibilidades de ganhos genéticos na sequência do programa de melhoramento genético. A seleção entre e dentro de progênies bem como a seleção combinada, indicam a possibilidade de ganhos genéticos, no entanto a seleção individual permitiu maximizar os ganhos mediante seleção para os caracteres estudados.

ALTERAÇÃO ESTRUTURAL E OS PRODUTOS OBTIDOS DE POVOAMENTOS DE Tectona grandis L.f. SUBMETIDOS A DESBASTES

Autor: VIVIANN MACIEL DA SILVA ALVES

Palavras-chave: Desbaste seletivo, desbaste misto, teca, estrutura florestal.

Resumo:
O desbaste é prática silvicultural que visa reduzir a competição entre indivíduos e reestabelecer o crescimento das árvores remanescentes. A idade em que o desbaste é aplicado, o tipo utilizado e a sua intensidade promovem alterações estruturais e melhoram a qualidade do povoamento e o seu volume.  Assim, o objetivo deste trabalho foi comparar a alteração estrutural e os produtos obtidos de povoamentos de Tectona grandis submetidos ao desbaste seletivo e ao desbaste misto. O trabalho foi desenvolvido em dois povoamentos homogêneos e coetâneos de teca, implantados no espaçamento de 3,0m x 3,0m, e desbastados aos cinco anos de idade. Foram estabelecidas parcelas permanentes de 15 m x 60m, sendo 23 em Nossa Senhora do Livramento e 22 em São José dos Quatro Marcos, onde foram medidas as alturas total e comercial e a circunferência à altura do peito e calculados o DAP, a área transversal média, além dos volumes total e comercial e a área basal. As árvores foram qualificadas quanto à forma de fuste, quanto ao estado fitossanitário e determinadas às respectivas causas e intensidade do dano. Para cada parcela, os indivíduos ainda foram qualificados quanto à classe de dominância e determinados os valores das mesmas variáveis para cada classe. Para comparar os produtos e as alterações estruturais de cada um dos desbastes, os valores médios das parcelas foram submetidos ao teste de Student. Com os valores médios das parcelas para as classes de dominância foram confeccionados os perfis horizontal e vertical para representar esquematicamente a alteração estrutural dos povoamentos desbastados.  De forma independente, o desenvolvimento de cada povoamento desbastado ao quinto ano foi avaliado e descrito aos sexto e sétimo anos de idade.  O tipo de desbaste aplicado interfere na qualidade da floresta remanescente de Teca e nos produtos obtidos com a operação.  O desbaste misto remove toras de qualidade superior ás toras do desbaste seletivo.  As árvores remanescentes do desbaste misto apresentam maior frequência de indivíduos de qualidade inferior e presença alternada de linhas com maior ou menor adensamento. O desbaste seletivo proporciona aumento da qualidade das árvores remanescentes, com desenvolvimento superior em relação ao desbaste misto, ainda que, no primeiro ano apresente desenvolvimento superior em relação ao seletivo.

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