2015
Atratividade de mudas de
Eucalyptus camaldulensis Dehnh, em diferentes soluções nutritivas, e de
Eucalyptus spp. e Corymbia citriodora para Acromyrmex spp.
Autor: ALEXANDER
GOUVEIA ORTIZ
Palavras-chave: Eucalyptus,
seletividade, formigas cortadeiras
Resumo:
Este trabalho foi desenvolvido em duas etapas: 1° etapa,
avaliar a influência de diferentes nutrientes na
preferência de carregamento de discos foliares obtidos de
folhas de Eucalyptus camaldulensis Dehnh.
por Acromyrmex rugosus e Acromyrmex balzani; 2°
etapa, identificar a preferência de carregamento
de discos foliares obtidos de folhas de espécies
de Eucalyptus spp.
e Corymbia citriodora,
utilizadas em reflorestamentos em Mato Grosso. Na 1° etapa foi comparado
o efeito dos tratamentos nas duas espécies de Acromyrmex spp. em formigueiros localizados em área urbana e rural
do município de Várzea Grande, MT, em períodos chuvoso de novembro a abril e
seco de maio a outubro. Constatou-se que no período de novembro a abril, ocorreu o maior
carregamento dos discos de folhas em relação aos meses de maio a
outubro do mesmo ano, porém não houve diferença estatística entre os
períodos. Os discos foliares provenientes do tratamento sem Fósforo foi o
mais transportado pelas formigas seguido de forma decrescente pelos
tratamentos em Potássio, Cálcio, água, Nitrogênio e os tratamentos que menos
contribuíram para escolha dos discos para transporte foram
Magnésio, Enxofre e Completo. Ambas as espécies de Acromyrmex
apresentaram as mesmas preferências de transporte de discos foliares, no
entanto, A. balzani apresentou uma taxa de transporte menor
que A. rugosus. Na 2° etapa do trabalho foi comparado o efeito
dos tratamentos em Acromyrmex spp.
utilizando formigueiros localizados em área urbana e rural do município de Várzea
Grande. Os discos provenientes de folhas das mudas seminais de Eucalyptus urophylla, foram os mais
transportados, seguidos pelos discos das mudas
seminais do híbrido urograndis e seminais de Corymbia citriodora. Os menos
transportados foram os discos dos clones do híbrido urograndis “GG100”, seguidos dos híbridos de
urograndis “H13” e “I144” e dos clones do híbrido urocan VM01.
Download: Clique aqui para realizar o download
Desempenho silvicultural de
clones de Eucalyptus em duas regiões do estado de Mato Grosso
Autor: ANNE
FRANCIS AGOSTINI SANTOS
Palavras-chave: Adaptabilidade,
Materiais clonais, Seleção, Plantios puros, Espécies exóticas
Resumo:
Objetivou-se avaliar o desempenho silvicultural de 18 clones do
gênero Eucalyptus em duas condições edafoclimáticas diferenciadas, do estado de
Mato Grosso. Os plantios experimentais foram instalados em 2010 no delineamento
de blocos ao acaso com quatro repetições. Avaliou-se a altura total, altura
dominante, DAP, área transversal média, área basal, e a morfometria d e copa
dos 18 clones nas duas regiões. Os dados obtidos foram submetidos a análise de
variância e, posteriormente, teste de média de Scott-knott a 1% de
probabilidade. Comportamento distinto foi encontrado entre os materiais
testados nas áreas avaliadas. Os clones que apresentaram características
superiores em Sinop foram os S-0102, S-0206 e S-0302em Chapada dos Guimarães
foram os S-0410, S-0411, S-0412. O clone S-0402 apresentou características
silviculturais superiores nas duas regiões de estudo.
Download: Clique aqui para realizar o download
FATOR DE FORMA E AFILAMENTO PARA
POVOAMENTOS NÃO DESBASTADOS DE Pinus
caribaea var. caribaea NA REGIÃO
CENTRO-SUL DE MATO GROSSO
Autor: ARIEL
SOUZA ROSSI
Palavras-chave: Taper,
forma do fuste, volume, regressão linear
Resumo:
O objetivo desta pesquisa consistiu em ajustar um modelo de fator
de forma e modelo de afilamento para Pinus
caribaea var. caribaea Barr. et
Golf. para a região Centro-Sul de Mato Grosso. O povoamento localizado no
município de Nova Marilândia possui área de 215,47ha, e o seu entorno é ocupado
por atividades agrícolas. A implantação foi efetuada com mudas de origem
seminal e o povoamento não recebeu qualquer tratamento silvicultural e os dados
foram coletados em 2014, quando o povoamento possuía 36 anos. A descrição do
povoamento ocorreu através de um inventário aleatório, visando representar todo
o povoamento. Posteriormente foi realizada a classificação sociológica do povoamento
de acordo com a metodologia de Hozokawa e Souza. Os dados coletados são
provenientes de 90 árvores, oriundas de todas as classes sociológicas. Para o
ajuste do fator de forma foram testados 10 modelos e para o ajuste do
afilamento foram testados os modelos de Kozak, Polinômio de Potências
Fracionárias e Hradetzky. Além disso, foram comparados os volumes obtidos
através do fator de forma e através da integral da função de afilamento com o
volume obtido através da cubagem rigorosa. Dentre os modelos de fator de forma
avaliados, o que melhor ajustou aos dados foi um modelo logarítmico; o modelo
de Hradetzky apresentou melhor ajuste ao afilamento e calculou mais
precisamente o volume total. A comparação dos volumes estimados e o calculado,
ao nível de 5% (? = 0,05) para o teste de Tukey não foi verificada diferença
estatisticamente significativa.
Download: Clique aqui para realizar o download
PARÂMETROS GENÉTICOS EM PROGÊNIES
DE MEIOIRMÃOS PARA CARACTERES DE EMERGÊNCIA E CRESCIMENTO INICIAL DE Dipteryx alata VOGEL E Handroanthus heptaphyllus (VELL.) MATTOS
EM VIVEIRO
Autor: BRUNA
CRISTINA ALMEIDA
Palavras-chave: herdabilidade,
melhoramento florestal, deviance, Pantanal
Resumo:
O conhecimento da variabilidade genética através da mensuração de
caracteres biométricos pode ser uma das alternativas para auxiliar em programas
de conservação genética e também em programas de melhoramento florestal. No
presente trabalho objetivou-se analisar e estimar parâmetros genéticos,
correlações genéticas entre caracteres de emergência e crescimento inicial de
D. alata e H. heptaphyllus, em viveiro. O delineamento para todos os
experimentos foram de blocos ao acaso e 28 tratamentos. Para D. alata foram
cinco plantas por parcela e cinco blocos e para H. heptaphyllus foram seis
blocos e seis mudas por parcela. Aos 30 dias para emergência foram avaliadas
porcentagem, tempo médio e índice de velocidade de emergência e para as mudas
de D. alata (aos 30 dias) a sobrevivência; altura da parte aérea (cm); diâmetro
do colo (cm). Após 140 dias foram avaliadas as seguintes variáveis:
sobrevivência; altura da parte aérea (cm); comprimento da raiz (cm); diâmetro
do colo (cm), massas secas (folhas, caule e raízes) (g) para H. heptaphyllus.
Os caracteres foram analisados por meio da metodologia de modelos mistos,
procedimento REML (Máxima Verossimilhança Restrita) / BLUP (Melhor Predição
Linear não Viesada). Foram plicados aos testes de progênies de meios-irmãos, delineamento
de blocos ao acaso, várias plantas por parcela, conforme o modelo um do
software SELEGEN-REML/BLUP para as mudas de H. heptaphyllus e D. alata, para
emergência foi utilizado o modelo 95. Os valores de herdabilidades individuais
e médias de progênies, acurácia, os coeficientes de variação genética
individual e experimental foram considerados altos para mudas de D. alata. Os
valores de herdabilidades individuais e médias de progênies, acurácia seletiva
obtidas foram de alta magnitude para maioria dos caracteres avaliados, os
coeficientes de variação genética individual e experimental foram considerados
altos para mudas de H. heptaphyllus. Os valores de herdabilidade individual e
média de progênies, acurácia seletiva para caráter IVE foram de alta magnitude.
Assim os resultados indicam que existe variabilidade genética para todos os
caracteres avaliados para mudas de H. heptaphyllus e existe variabilidade
genética para os caracteres IVE para emergência e altura da parte área para
plântulas de D. alata.
Download: Clique aqui para realizar o download
DANOS NA COPA: CRESCIMENTO,
PRODUÇÃO E DESBASTE EM POVOAMENTOS CLONAIS E SEMINAIS DE TECA EM DUAS REGIÕES
DE MATO GROSSO
Autor: FERNANDO
HENRIQUE GAVA
Palavras-chave: Copa
quebrada, relação hipsométrica, volume
Resumo:
O objetivo desta pesquisa foi avaliar o desenvolvimento de plantas
clonais e seminais de Teca associado às intensidades de danos na copa, em duas
regiões no sudoeste de Mato Grosso. O trabalho foi conduzido nos municípios de
Figueirópolis D’Oeste e Lambari D’Oeste com clones procedentes de Perlis,
Malásia, e de Ilhas Salomão, e plantas seminais da região de estudo. Os
tratamentos foram estruturados em delineamento em blocos casualizados, com
medição da circunferência à altura do peito, das alturas comercial e total em
parcelas permanentes aos seis e sete anos de idade. Complementarmente, foi feita
a cubagem rigorosa, a análise de tronco e quantificada a frequência de copa
quebrada. Para o conjunto total de dados e separados por copa quebrada e copa
sem danos, foram testados modelos para relação hipsométrica. Com os dados
coletados foi simulado o desbaste seletivo na intensidade de 40% das árvores,
com determinação dos volumes, incrementos em altura, DAP e volume do
povoamento, além do volume extraído pelo do desbaste. Em ambas regiões, os
clones foram mais afetados por danos nas copas em relação às plantas seminais.
Os danos nas copas afetam a relação hipsométrica e os modelos testados não se
adequam para estimar a altura. Em Lambari D’Oeste, para os clones 62 e 68 e
plantas seminais, o comprimento médio do dano nas copas ao sexto ano, foi maior
que o incremento médio registrado ao sétimo ano. Em ambas regiões, o clone 61
se destacou pelo volume estimado para o desbaste e em Lambari D’Oeste o clone
62 foi estatisticamente igual ao 61. Em Figueirópolis D’Oeste, os clones de
Perlis foram superiores aos de Ilhas Salomão e, em ambas regiões o menor volume
de desbaste foi produzido pelas plantas seminais.
Download: Clique aqui para realizar o download
PEQUI (Caryocar brasiliense Camb.) E
FORRAGEIRAS EM SISTEMA SILVIPASTORIL NO PANTANAL MATOGROSSENSE, BRASIL
Autor: HENRIQUE
GUIMARAES DE FAVARE
Palavras-chave: Pequizeiros;
Sistema silvipastoril; Organização Espacial
Resumo:
O sinergismo dos componentes de um sistema está ligado na escolha das
espécies a se associarem, o que requer conhecimentos sobre as suas
características, de tal forma que os componentes envolvidos beneficie-se dessa
integração. Conhecer as características silviculturais e a forma de
distribuição espacial da espécie nativa pode auxiliar no manejo e implantação
do sistema silvipastoril. Este estudo avaliou o padrão de distribuição espacial
de indivíduos adultos de pequi (Caryocar
brasiliense), em área de pastagem mista de gramíneas e leguminosas no
pantanal mato-grossense. Efetuou-se um censo dos indivíduos adultos de pequi em
uma área remanescente do bioma cerrado, cujas coordenadas geográficas foram
15º58’25.49”S e 57º34’36.11”O. O mapeamento dos indivíduos e da área foram
efetuados usando o sistema de coordenadas retangulares (UTM) através de
georreferenciamento utilizando GPS de precisão e posteriormente exportado para
o TrackMaker 3.5. Os indivíduos foram analisados quanto à população e em função
da seleção de classes da área de copa. A seleção foi feita a partir do desvio
padrão (S), onde foram estabelecidas cinco classes amostrais, onde uma classe
representa à média e as outras quatro a média mais e menos um e dois S. A
densidade de distribuição da população de pequi foi analisada pelo estimador de
Kernel e a distribuição espacial foi calculada a partir da Função K de Ripley,
usando o programa estatístico R, com o pacote spatstat. O número de vizinhos
próximos a uma árvore aleatória de pequi está acima do previsto para a Completa
Aleatoriedade. Deste modo, a população de pequi apresentou um padrão de distribuição
espacial agregado e quando analisado em função da área de copa observou -se a
distribuição de árvores com tendência a aleatoriedade. A formação de
adensamentos de indivíduos com áreas de transição possibilita a passagem dos
raios solares para o desenvolvimento das gramíneas apresentando as
características necessárias para condução do sistema silvipastoril.
Download: Clique aqui para realizar o download
SISTEMA WEB PARA
GESTÃO E ELABORAÇÃO DE PROJETOS DE RECUPERAÇÃO DE ÁREAS DEGRADADAS: UMA
AVALIAÇÃO
Autor: JEAN CARLOS
FERREIRA
Palavras-chave: Recursos
Naturais, Fragmentação da Paisagem, Sistema Especialista, Sistema Agroflorestal
Resumo:
Devido ao aumento gradativo do número de processos de licenciamento
ambiental com objetivo de recuperar áreas degradadas, prevê-se uma situação de
insolvência para os próximos anos na gestão ambiental. Deste modo, torna-se
imperiosa a concepção de novas tecnologias baseadas na web que permitam
inovação no sistema de gestão dos recursos naturais, principalmente para a
recuperação de áreas degradadas. Assim, nesta pesquisa investigou-se a
aplicação dos sistemas inteligentes como uma alternativa para à tomada de
decisões durante a elaboração e gestão de projetos de recuperação de áreas
degradadas. O objetivo desta pesquisa é analisar os impactos para a melhoria do
processo de elaboração e avaliação de projetos de recuperação de áreas
degradadas com a utilização do Sistema de Elaboração de Projetos de Recuperação
de Áreas Degradadas. A simulação dos experimentos dos projetos de recuperação
de áreas degradadas priorizou empreendimentos em propriedades rurais, os quais
são responsáveis pelo maior número de processos para regularização e
licenciamento ambiental. As aplicações dos experimentos no Sistema de
Elaboração de Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas resultaram, nas
configurações para os projetos de qualquer situação em áreas rurais ou urbanas,
na descrição dos experimentos, nas regras para permitir as recomendações
técnicas através das combinações das perguntas e respostas, na descrição atual
do fluxo dos processos de regularização e licenciamento ambiental com projetos
de recuperação de áreas degradadas e na descrição de um sistema de gestão
ambiental, exclusivo para áreas degradadas. Conclui-se, que o Sistema de
Elaboração de Projetos de Recuperação de Áreas Degradadas, apresenta um impacto
positivo, tanto para aqueles que analisam os projetos, quanto para os que os
elaboram, e demonstrou-se uma solução educativa eficiente no gerenciamento de
processos com projetos de recuperação de áreas degradadas. É uma ferramenta da
inteligência artificial para auxiliar à tomada de decisões, com um banco de
dados inicial, em desenvolvimento e classificado como sistema especialista de
planejamento. Pois a análise mais aprofundada sobre os impactos ambientais da
área degradada, compete ao especialista, recomendar as alternativas que levem
ao sucesso da recuperação do passivo ambiental. Este sistema poderá ter conexão
com outros sistemas utilizados na gestão ambiental, e visará garantir maior
eficiência e efetividade como um todo, alinhando-se, sobretudo, às novas regras
trazidas pela legislação.
Download: Clique aqui para realizar o download
OS RECURSOS VEGETAIS
E O SABER LOCAL NA COMUNIDADE RURAL SÃO MIGUEL EM VÁRZEA GRANDE, MT: UMA
ABORDAGEM ETNOBOTÂNICA
Autor: JENEFFER SOARES
DOS SANTOS MAMEDE
Palavras-chave: Cerrado; Dados
socioeconômicos; Etnocategorias de uso; Unidades de paisagens
Resumo:
O presente estudo teve como objetivo geral caracterizar os principais
aspectos socioeconômicos, culturais e ambientais da Comunidade São Miguel, bem
como classificar as etnocategorias de uso dos recursos vegetais manejados pela
população nas diferentes unidades de paisagem. O trabalho foi dividido em dois
capítulos, sendo abordado, no primeiro, o perfil social, econômico e cultural
na comunidade. O segundo capítulo abrangeu as unidades de paisagem na
comunidade. Realizou-se a aplicação de entrevistas semiestruturadas. Para cada
espécie foi calculado o Valor de Uso e para determinar as plantas mais
importantes quanto à finalidade foi calculado o Consenso Informante por meio do
Nível de Fidelidade. Foram entrevistados 46 moradores. A maior parte dos
entrevistados é natural de Mato Grosso (52%). Quanto à escolaridade, 46% não
concluíram o ensino fundamental. Grande parte das mulheres são donas-de-casa
(44,8%). A casa de alvenaria foi o tipo de moradia mais encontrado na
comunidade (95,6%) e todas possuem fornecimento de energia elétrica. Quanto ao
uso da água para o consumo humano, 83% dos informantes retiram do poço
artesiano, 10% retiram do rio e 7% compram água mineral. A agricultura em
pequena escala é a principal atividade encontrada na região, onde grande parte
planta apenas para o consumo familiar (72%). A mandioca é o cultivo principal.
A maior parte dos quintais localizam-se no entorno das residências; as mulheres
são na maioria responsável pelo manejo do local (43%). Os moradores usam as
folhas caídas para fazer adubo. A criação de animais domésticos foi encontrada
em 90% dos das residências visitadas. Nos quintais foram citadas 207 espécies,
onde as principais famílias botânicas foram Asteraceae, Fabaceae e Lauraceae. O
uso medicinal foi a etnocategoria mais representativa. Em relação à valoração
unitária, a planta que representou muito bem o valor de uso das plantas locais
(Vusp= 3,00) foi Solanum gilo Raddi. Para frequência relativa da concordância
quanto aos usos principais (Pcusp) acima de 25%, são referidos 19 casos para
problemas digestivos (como gastrite, azia, males do estômago) e problemas
respiratórios (como gripe, bronquite, pneumonia, tosse) - 61,5% cada. Não foram
mencionadas dosagens específicas para os remédios caseiros. O modo de preparo
prevalecente foi o chá, obtido por decocção (45%). A parte da planta mais
empregada foi a folha (55,7%). Nas matas de galerias encontramos 68 espécies
vegetais. A maioria das espécies (48%) citadas apresenta hábito arbóreo. Entre
as espécies que representam muito bem o valor de uso das plantas locais (Vusp
> 1,50) estão Myracroduon urundeuva
Allemão e Anadenanthera colubrina var.
cebil (Griseb.) Reis. Entre os produtos que foram retirados destaca-se a
madeira para construção (50%) e sementes para produção de mudas (17%). O
desenvolvimento de ações nas áreas econômicas e sociais, como a implantação de
postos de saúde, inclusão do ensino médio em período diurno, acompanhamento da
gestantes durante o pré-natal, é imprescindível para continuação da comunidade.
As unidades de paisagem oferecem meios diversificados para a sobrevivência das
famílias, portanto são espaços que merecem ser estudados.
Download: Clique aqui para realizar o download
MINIESTAQUIA,
ENXERTIA E ALPORQUIA DE Khaya anthotheca
Autor: JOAMIR BARBOSA
FILHO
Palavras-chave: Clonagem, mogno
africano, reprodução assexuada, enraizamento adventício, cicatrização de
enxertos
Resumo:
A Khaya anthotheca A. Juss.
(Welw.) é uma espécie de mogno africano que desponta no cenário brasileiro como
alternativa promissora para o florestamento visando a produção de madeira
nobre. Contudo, o elevado custo de suas sementes aliado ao curto período de
viabilidade são alguns fatores que dificultam a oferta de mudas no mercado a
preços acessíveis. O objetivo da presente pesquisa foi avaliar a eficiência das
técnicas de miniestaquia, enxertia e alporquia visando estabelecer protocolos
de propagação clonal de genótipos de Khaya
anthotheca. Na primeira etapa do experimento de miniestaquia, as minicepas
foram submetidas às seguintes soluções de fertirrigação: S100 - 100% da
concentração dos sais da solução nutritiva básica (testemunha), S50 - 50% da
concentração dos sais da solução nutritiva básica e S25 - 25% da concentração
dos sais da solução nutritiva básica. O delineamento experimental foi em blocos
completos ao acaso em arranjo fatorial (3x5) com parcelas subdivididas no
tempo, sendo os fatores constituídos por 3 soluções de fertirrigação (S100, S
50 e S25) e 5 coletas de propágulos, sendo avaliadas a sobrevivência e a
produção de miniestacas. Na segunda etapa do experimento de miniestaquia, foram
confeccionadas miniestacas a partir dos propágulos obtidos de minicepas, as
quais foram submetidas a diferentes soluções nutritivas (S100, S50 e S25).
Parte das miniestacas foram tratadas com ácido indolbutírico (AIB), na
concentração de 2 g.L-1 e a outra parte não foi tratada com AIB (testemunha). O
experimento foi conduzido no delineamento inteiramente casualizado no arranjo
fatorial (3x5x2) com parcelas subdivididas no tempo, sendo os fatores
constituídos por 3 soluções de fertirrigação (S100, S50 e S25), 5 coletas de
propágulos e duas concentrações de AIB (A0- ausência de AIB, testemunha e A2- 2
g.L-1 de AIB), sendo avaliada a sobrevivência de miniestacas na saída da casa
de vegetação (SCV); sobrevência na saída da casa de sombra (SCS); enraizamento
em pleno sol (EAPS) e presença de calo (CAL). Em um terceiro experimento
referente às combinações entre enxertos de Khaya
anthotheca e Swietenia macrophylla
King, foram testadas combinações de porta-enxerto + enxerto, as quais foram:
TSK - Swietenia macrophylla + Khaya anthotheca; TKS- Khaya
anthotheca + Swietenia macrophylla;
TSS- Swietenia macrophylla + Swietenia macrophylla; TKK- Khaya anthotheca + Khaya anthotheca. O experimento foi conduzido no delineamento em
blocos ao acaso, sendo os tratamentos constituídos pela combinação dos
materiais enxertados onde foi avaliado o pegamento aos 45 e aos 200 dias após a
realização do enxerto, seguido da análise histológica. No quarto experimento
foi realizada a alporquia nas mudas de Khaya
anthotheca que estavam sendo fertirrigadas com as soluções S100, S50 e S25
e, após 45 dias, foi realizada a alporquia com três concentrações de AIB (A0-
ausência de AIB, testemunha; A3-3 g.L-1de AIB e A8- 8 g.L-1de AIB). O
experimento foi conduzido no delineamento em blocos completos ao acaso, em
arranjo fatorial (3x3), sendo os fatores constituídos por 3 soluções de
fertirrigação e 3 concentrações de AIB. A sobrevivência de minicepas não variou
significativamente ao longo das coletas de brotações e não dependeu da solução
nutritiva. A produção de miniestacas por metro quadrado ao ano dependeu da
solução nutritiva, onde a S100 (100% da concentração de macro e
micronutrientes) resultou nos maiores valores para a maioria das coletas de
brotações. Houve elevada sobrevivência de miniestacas na saída da casa de
vegetação, independente das coletas de propágulos, solução nutritiva e
aplicação de AIB. A porcentagem de sobrevivência de miniestacas na saída da
casa de sombra e o enraizamento em área de pleno sol foram maiores quando as
minicepas receberam as soluções de fertirrigação S100 e S50 associada a
presença de AIB na concentração de 2 g.L-1. Os menores índices de enraizamento
e os maiores de calos ocorreram nas miniestacas advindas de minicepas tratadas
com a solução S25 na ausência da aplicação de AIB. Na enxertia, o melhor
tratamento em relação à sobrevivência dos enxertos, tanto aos 45, quanto aos
200 dias foi a combinação de TKK (92%), seguido pela combinação TSK (52%), TSS (48%).
Não houve pegamento nos enxertos de TKS, demonstrando incompatibilidade entre
as espécies ao usar esse tipo de enxertia. Para a alporquia, as mudas tratadas
com solução S100 e S50, seguidas de aplicação de AIB (3 g.L-1ou 8 g.L-1)
apresentaram os maiores percentuais de enraizamento. No tratamento com a
solução S25 sem aplicação de AIB ocorreu maior formação de calos e menor de
enraizamento. No geral, as três técnicas de propagação (miniestaquia, enxertia
e alporquia) foram adequadas para a multiplicação de Khaya anthotheca,
demostrando viabilidade para a produção de mudas.
Download: Clique aqui para realizar o download
Composição e
estrutura de grupos florísticos em fragmento de floresta secundária
Autor: KAREN JANONES
DA ROCHA
Palavras-chave: Floresta
Estacional Semidecidual, associação de espécies, coeficiente de Kendall,
Análise de Correlação Canônica, Análise de Redundância Canônica
Resumo:
O objetivo geral do presente estudo foi caracterizar um fragmento
secundário de Floresta Estacional Semidecidual localizado em Tapurah-MT, quanto
a sua estrutura e composição florestal, verificar a formação de grupos
florísticos e, ainda, explorar possíveis relações com o ambiente. Aplicou-se o
método de área fixa com conglomerados retangulares de dimensões de 10 x 250 m,
foram alocados e medidos cinco conglomerados com cinco subunidades cada de 10 X
50 m. Em cada subunidade amostral foi considerada todas as espécies arbóreas e
arbustivas com diâmetro à altura do peito (DAP) superior ou igual a 10 cm. A
composição florística foi analisada quanto ao número de famílias, gêneros e
espécies botânicas encontradas no levantamento do componente arbóreo e a
suficiência amostral do levantamento florístico foi verificada pelo
procedimento Bootstrap. A similaridade florística entre as subunidades
amostrais foi obtida através do Índice de Jaccard e a diversidade de espécies
nas subunidades amostrais foi medida pelo Índice de Shannon (H’) e pelo Índice
de Equabilidade de Pielou (J’). A caracterização da estrutura horizontal da
vegetação foi feita a partir dos parâmetros fitossociológicos e a estrutura
diamétrica pelo procedimento de Spiegel. A presença de grupos florísticos foi
verificada pelo método de associação das espécies e o número de grupos foi
estabelecido pelo coeficiente de concordância de Kendall, onde para cada grupo
florístico foi analisada a estrutura horizontal, o padrão de distribuição
espacial das espécies pelo índice de Payandeh e a estrutura diamétrica dos
indivíduos pelo procedimento de Spiegel. A construção da matriz das variáveis
edáficas foi realizada através de uma análise preliminar para identificar
variáveis semelhantes entre as subunidades amostrais, as quais não apresentaram
influência foram retiradas. A correlação entre os dados de vegetação e dados
ambientais foi realizada por meio da Análise de Correlação Canônica, que
permitiu confirmar se os nutrientes do solo influenciam na presença das
espécies e pela Análise de Redundância Canônica para avaliar quais as variáveis
ambientais apresentaram maior influência sobre os indivíduos. No fragmento foi
verificada uma alta variabilidade florística e estrutural, que pode ser
explicada pelos históricos de perturbação local a que este fragmento foi
submetido no passado. De uma forma geral, a vegetação corresponde a de
florestas secundárias jovens e apresenta uma comunidade estável e
autorregenerativa, além de preservar características da estrutura original.
Através da análise de agrupamento foi verificado que as características autoecológicas
das espécies assim como os DAP’s médios de cada espécie foram os principais
responsáveis pela associação e similaridade entre os grupos. Também foi
verificada que apesar das perturbações no ambiente que salientam a saturação do
sítio florestal, o fragmento está se recuperando. A heterogeneidade das
variáveis edáficas relacionadas influencia no comportamento
florístico-estrutural do fragmento secundário de Floresta Estacional
Semidecidual. Sendo, as espécies das famílias Fabaceae, Lauraceae, Moraceae e
Vochysiaceae as mais influentes para o presente estudo. Destacando a Qualea paraensis Ducke quanto à
importância ecológica e a sua adaptabilidade ao ambiente.
Download: Clique aqui para realizar o download
OS RECURSOS VEGETAIS
E A ETNOBOTÂNICA EM QUINTAIS URBANOS DE VÁRZEA GRANDE, MATO GROSSO, BRASIL
Autor: MARGÔ DE DAVID
Palavras-chave: Saber local;
manejo; plantas; etnocategorias de usos.
Resumo:
O uso dos recursos naturais é essencial no cotidiano de diferentes
comunidades. Neste sentido, as pesquisas etnobotânicas proporcionam inúmeras contribuições
para a compreensão da relação entre essas comunidades e as plantas. Portanto,
este estudo teve como objetivo catalogar, sistematizar e analisar de forma
integrada o conhecimento que os moradores de quatro bairros de Várzea Grande,
Mato Grosso, Brasil, possuem a respeito da flora nas unidades de paisagens, bem
como da utilização, do manejo e da conservação dos recursos vegetais nos
quintais. A área de estudo foi escolhida através de um sorteio dos
questionários aplicados aos alunos da Escola Estadual Professor Jercy Jacob,
que residem em diferentes bairros. Foram sorteados quatro bairros: Água
Vermelha, Bonsucesso, Cristo Rei e Santa Isabel e cinco quadras em cada um,
totalizando 20 quadras. Dentro de cada quadra foram sorteadas quatro residências,
totalizando 80 residências para aplicação das entrevistas. As técnicas de
pesquisa utilizadas foram: pré-teste, observação direta, entrevista
semiestruturada, história de vida e turnê guiada. As coletas etnobotânicas
consistiram-se através de visitas nas residências dos moradores, no período de
maio de 2013 a abril de 2014, com um total de 127 informantes. No levantamento
os informantes citaram 249 espécies vegetais distribuídas em 84 famílias
botânicas. As espécies catalogadas foram distribuídas em etnocategorias de uso
Alimentar (34%), Medicinal (64%), Ornamental (24%) e Outros usos (29%). Assim
identificou-se os principais usos das espécies relatadas pelos informantes, com
destaque para a categoria Medicinal. As famílias com maior representatividade foram
Asteraceae (16 espécies), Lamiaceae (15 espécies), Fabaceae (14 espécies),
Solanaceae (11 espécies), Araceae (nove espécies), Cucurbitaceae (oito
espécies) e Anacardiaceae, Myrtaceae, Rutaceae (cada qual com sete espécies).
Estas espécies estavam presentes principalmente nos quintais, mas também em
outras unidades de paisagens do cerrado, mata de galeria e roça. Dentre as
plantas que se destacaram quanto a Frequência Relativa de Concordância Quanto
aos Usos Principais estão: Mangifera
indica L., Cymbopogon citratus
(DC.) Stapf., Plectranthus barbatus
Andrews, Saccharum officinarum L., Punica
granatum L., Alloe vera (L.) Burm
f., Allium fistulosum L. O
conhecimento que essa população possui sobre as plantas presentes nos quintais
é transmitido preferencialmente por meio do convívio familiar. Quanto ao manejo
dos quintais são utilizados, principalmente, insumos agrícolas naturais e as
regas são feitas ao amanhecer ou no final da tarde, sendo esta manutenção
realizada sobretudo pelas mulheres. Deste modo, o cultivo de diferentes
espécies, o manejo, a finalidade e a forma de uso contribuem para a conservação
das plantas nesses ambientes.
Download: Clique aqui para realizar o download
ESTRATÉGIAS DE
SELEÇÃO NO MELHORAMENTO GENÉTICO DE Eucalyptus
camaldulensis EM MATO GROSSO
Autor: THAIANNY
RODRIGUES DE SOUZA
Palavras-chave: Seleção
individual, Seleção entre e dentro, Seleção combinada.
Resumo:
Para o sucesso de programas de melhoramento é necessário um bom
material genético disponível, fatores ambientais favoráveis e métodos de
seleção adequados aos objetivos do programa. Neste contexto, o presente estudo objetivou avaliar a variabilidade genética existente, bem como
métodos de seleção adequados para uma população de Eucalyptus
camaldulensis em teste de progênie. O Eucalyptus camaldulensis Dehnh
é uma espécie que se destaca no gênero Eucalyptus, com ampla
plasticidade, adaptabilidade e usos múltiplos. O experimento está instalado no
município de Santo Antônio do Leverger – MT, contendo 117 progênies, em experimento conduzido em blocos ao acaso. Os
resultados obtidos através dos parâmetros genéticos indicaram herdabilidade individual e
média de progênies de média magnitude para os caracteres DAP e FF e
de baixa magnitude para ALTT, ALTC e
SOB. indicando certo controle genético. Detectou-se
variabilidade genética para os caracteres analisados na população de Eucalyptus
camaldulensis, com possibilidades de ganhos genéticos na sequência do
programa de melhoramento genético. A seleção entre e dentro de progênies
bem como a seleção combinada, indicam a possibilidade de ganhos genéticos,
no entanto a seleção individual permitiu maximizar os ganhos mediante seleção
para os caracteres estudados.
Download: Clique aqui para realizar o download
ALTERAÇÃO ESTRUTURAL
E OS PRODUTOS OBTIDOS DE POVOAMENTOS DE Tectona grandis L.f. SUBMETIDOS A
DESBASTES
Autor: VIVIANN MACIEL
DA SILVA ALVES
Palavras-chave: Desbaste
seletivo, desbaste misto, teca, estrutura florestal.
Resumo:
O desbaste é prática silvicultural que visa reduzir a competição entre indivíduos e
reestabelecer o crescimento das árvores remanescentes. A idade
em que o
desbaste é aplicado, o tipo utilizado e a sua intensidade promovem alterações
estruturais e melhoram a qualidade do povoamento e o seu volume. Assim, o
objetivo deste trabalho foi comparar a alteração estrutural e os produtos
obtidos de povoamentos de Tectona grandis submetidos ao desbaste seletivo e ao desbaste
misto. O trabalho foi desenvolvido em dois povoamentos homogêneos e coetâneos
de teca, implantados no espaçamento de 3,0m x 3,0m, e
desbastados aos cinco anos de idade. Foram estabelecidas parcelas
permanentes de 15 m x 60m, sendo 23 em Nossa Senhora do Livramento e
22 em São José dos Quatro Marcos, onde foram medidas as alturas total e comercial e a circunferência à altura do peito e
calculados o DAP, a área transversal média, além dos volumes total e
comercial e a área basal. As árvores foram qualificadas quanto à forma de
fuste, quanto ao estado fitossanitário e determinadas às respectivas causas e intensidade do dano. Para
cada parcela, os indivíduos ainda foram qualificados quanto à classe de
dominância e determinados os valores das mesmas variáveis para cada
classe. Para comparar os produtos e as alterações estruturais de cada um dos desbastes, os valores
médios das parcelas foram submetidos ao teste de Student. Com os valores médios
das parcelas para as classes de dominância foram confeccionados os perfis
horizontal e vertical para representar esquematicamente a alteração estrutural
dos povoamentos desbastados. De forma independente, o desenvolvimento de cada
povoamento desbastado ao quinto ano foi avaliado e descrito aos sexto e sétimo
anos de idade. O tipo de desbaste aplicado interfere na qualidade da floresta
remanescente de Teca e nos produtos obtidos com a operação. O desbaste
misto remove toras de qualidade superior ás toras do desbaste seletivo. As árvores
remanescentes do desbaste misto apresentam maior frequência de indivíduos de
qualidade inferior e presença alternada de linhas com maior ou menor
adensamento. O desbaste seletivo proporciona aumento da qualidade das árvores
remanescentes, com desenvolvimento superior em relação ao desbaste misto, ainda
que, no primeiro ano apresente desenvolvimento superior em relação ao seletivo.
Download: Clique aqui para realizar o download