2019
FLORÍSTICA E FITOSSOCIOLOGIA E FATORES
EDÁFICOS EM INTERFACE COM A ETNOECOLOGIA EM ÁREAS DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
Autor: ADEISANY
STEPHANY RAMOS MACHADO DOS SANTOS
Palavras-chave: Amazônia,
Recuperação de áreas degradadas, NDVI, SIG
Resumo: A preservação da cobertura vegetal é fundamental para a conservação dos
recursos hídricos. No entanto, áreas de preservação permanente (APPs) são
alteradas, por diversos motivos, acarretando em severas consequências na
manutenção de recursos hídricos. Diante disso, esse trabalho objetivou
avaliar se o termo de ajuste de conduta (TAC) influenciou em alterações do
histórico de uso e ocupação da cobertura vegetativa e quantificar as
alterações ocorridas, na sub-bacia do Igarapé São Pedrinho, localizado no
município de Rolim de Moura, Rondônia, no período de 2008 a 2018. Duas
unidades amostrais foram estabelecidas para mensurar as alterações da cobertura
vegetativa, denominadas: área com TAC e área sem TAC. Foram realizadas
análises para obtenção da classificação de solo, relevo, altitude e
cobertura do solo por NDVI. O solo foi classificado como latossolo
vermelho distrófico, o relevo como suave ondulado a ondulado e a altitude
média foi de 236 m. Pelo NDVI, foi possível quantificar aumento de
cobertura arbórea nas duas unidades amostrais. Os dados obtidos neste
trabalho levaram a conclusão que as características do solo da sub-bacia
do Igarapé São Pedrinho são favoráveis às atividades agropecuárias, fator
facilitador para a degradação ambiental nestes locais e, o termo de ajuste
de conduta promoveu a recomposição da vegetação de áreas de preservação permanente
(APPs), visto que após a ação judicial a cobertura vegetal aumentou, tanto
nas áreas com TAC, como nas demais áreas da subbacia.
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INFLUÊNCIA DO TAMANHO DE PARCELAS NA
ESTIMATIVA DE PARÂMETROS BIOMÉTRICOS EM UMA ÁREA DE MANEJO FLORESTAL
SUSTENTÁVEL NO MATO GROSSO
Autor: ALAN BERNARDES
DA SILVEIRA
Palavras-chave: manejo
florestal sustentável, amostragem, análise florística, análise estrutural
Resumo:
Uma das principais ferramentas para quantificar e qualificar o potencial
de uma floresta é o inventário florestal. No manejo de florestas amazônicas,
antes da enumeração completa que define os indivíduos a serem explorados, é
obrigatório a apresentação do diagnóstico florestal pra fins de avaliação do
potencial da floresta. Nessa fase todas informações necessárias são extraídas
por amostragem a partir de parcelas lançadas na área a ser explorada. Assim, é
necessário definir o tamanho das unidades de amostra para minimizar os custos
de coleta de dados, e garantindo a precisão do inventário florestal. O objetivo
deste estudo, portanto, é definir o tamanho de parcela que forneça a melhor
amostragem para estimativa de parâmetros biométricos em diagnóstico florestal
para uma área de manejo no noroeste de Mato Grosso. A área de estudo está
localizada na Fazenda São Nicolau, município de Cotriguaçu, onde quatro
diferentes tamanhos de unidades de amostra (2.500 m², 5.000 m², 7.500 m² e
10.000 m²) foram propostos. O número de amostras foi definido como n = 6 de
forma a garantir a intensidade amostral mínima exigida pelo órgão ambiental. Em
todas as simulações foram obtidas as métricas diâmetro à altura do peito (DAP)
(cm), densidade populacional, área basal (m³/ha), e biomassa (t/ha). A
comparação florística foi realizada por meio dos índices de Shannon e Jaccard.
Estruturalmente a comparação foi realizada através da predição da biomassa, da
densidade populacional, e da função de Weibull para representar a estrutura
diamétrica. No aspecto florístico, os resultados indicam que a área da parcela
é diretamente proporcional à similaridade das populações, porém a diversidade
não se altera significativamente. Enquanto avaliada a estrutura da floresta,
sob as diferentes áreas de parcela, os resultados indicam que de maneira geral
não há influência do tamanho da parcela na predição dos atributos biométricos,
biomassa e densidade populacional, bem como na sua estrutura diamétrica. Porém,
foi possível observar que o coeficiente de variação, bem como, a amplitude do
intervalo de confiança é reduzida quando ampliada a área de parcela.
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QUALIDADE DE PISOS MACIÇOS DE MADEIRAS TROPICAIS
Autor: ANA
CAROLINA SILVA COSTA
Palavras-chave: Amazônia
Legal; Ensaios de simulação; Densidade básica.
Resumo: O presente estudo foi realizado com o objetivo de avaliar a
qualidade de pisos produzidos com madeiras de cinco espécies tropicais: Dipteryx odorata (cumaru), Handroanthus spp.
(ipê), Hymenaea courbaril (jatobá), Astronium
lecointei (muiracatiara) e Bowdichia virgilioides (sucupira-preta).
As peças de pisos foram fornecidas pela empresa Brasil Tropical Pisos,
localizada em Alta Floresta, Mato Grosso. Foi determinada a densidade básica da
madeira e realizada a simulação do comportamento de pisos em uso. Nos testes de
simulação foram realizados os ensaios de impacto da esfera de aço cadente, de
atrito estático e dinâmico, de endentação causada por cargas aplicadas em
pequenas áreas, de carga rolante e de abrasividade. Também foi feita a
caracterização colorimétrica e determinado o teor de extrativos totais
presentes na madeira de cada espécie avaliada. Os resultados foram submetidos à
análise de variância, e quando estabelecidas diferenças significativas entre
eles, aplicou-se o teste de Tukey, a 5% de significância. Foi realizada a
correlação de Pearson entre os resultados de densidade básica e a simulação dos
pisos em uso, e entre os parâmetros colorimétricos e o teor de extrativos.
Quanto à densidade básica, as madeiras de cumaru, ipê e jatobá foram
classificadas como pesadas e as madeiras de muiracatiara e sucupirapreta, como
moderadamente pesadas. De acordo com os ensaios de simulação de pisos em uso,
cumaru e ipê enquadram-se na classe de qualidade alta, jatobá e sucupira-preta
na classe de qualidade intermediária e muiracatiara na classe de qualidade
baixa. Houve correlação entre a densidade básica da madeira e os ensaios de
simulação dos pisos em uso. Na análise colorimétrica, os pisos de madeira das
espécies cumaru e sucupira-preta foram caracterizados como marrom-claros,
muiracatiara como rosa, jatobá enquadrou-se em duas classes, rosa e
amareloamarronzada, e a cor da madeira de ipê foi caracterizada como oliva.
Para o teor de extrativos, os resultados encontrados foram superiores a 8%.
Houve correlação entre parâmetros colorimétricos e teor de extrativos.
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EFEITO DA ACETILAÇÃO NAS PROPRIEDADES TECNOLÓGICAS DA MADEIRA DE
Jacarandacopaia
Autor: ANDRESSA
MIDORI YAMAUCHI BAUFLEUR
Categoria: Dissertações
- 2019
Palavras-chave: modificação
química, propriedades físicas, resistência biológica, colorimetria, FT-IR
Resumo: Partindo do pressuposto que a modificação química, especificamente o método de acetilação, resulta em melhoria nas propriedades da madeira devido à alteraçãoda estrutura molecular básica dos componentes da parede celular, este trabalho teve como objetivo comprovar esta eficiência. Para isso, foram obtidos espectros de infravermelho com transformada de Fourier para análise qualitativa das modificações químicas proporcionadas pela acetilação. Adicionalmente, foram avaliadas as alterações proporcionadas na madeira de Jacaranda copaia em relação aos seguintes parâmetros quantitativos: ganho de massa, propriedades colorimétricas (L*, a*, b*, C e h*), propriedades físicas (densidade aparente e básica, absorção em água e inchamento volumétrico), resistência mecânica (dureza Rockwell) e resistência à biodeterioração (durabilidade ao ataque de fungos apodrecedores e detérmitas). A acetilação da madeira de Jacaranda copaiafoi realizada mediante imersão de amostras em anidrido acético, sendo avaliados 5 tratamentos: a) testemunha (não acetiladas); b) acetilação por 2 horas; c) acetilação por 4 horas; d) acetilação por 6 horas; e) acetilação por 8 horas; todos com temperatura constante de reação de 90°C. As madeiras acetiladas apresentaram ganho de massa entre 18 e 21%, de modo a proporcionar aumento na sua densidade, em comparação às madeiras não acetiladas. Foi evidenciada a modificação química nos componentes estruturais da madeira acetilada, através do aumento dos picos nas bandas1735, 1375 e 1250 cm-1 referentes a adição de grupos acetatos.Em relação à colorimetria verificou-se o escurecimento da madeira acetilada em todos os tratamentos.A acetilação melhorou a estabilidade dimensional da madeira de Jacaranda copaia, sendo verificada redução na absorção e no inchamento volumétrico por 2h, 24h e até saturação total em água. Em relação à dureza Rockwell, a acetilação proporcionou aumento na resistência à penetração superficial da madeira. A madeira acetilada apresentou diminuição na perda de massa quando submetida ao ensaio de apodrecimento acelerado em laboratório, para fungos de podridão branca (Trametes versicolor) e podridão parda (Gloeophyllum trabeum) em todos os tratamentos, porém sendo mais expressiva para a acetilação de 8 horas. Não houve perda de massa para o ataque de cupins Nasutitermes sp em todos os tratamentos para a madeira acetilada.
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DESEMPENHO DO BANCO DE SEMENTES E DO POVOAMENTO DE TECA NA
REGENERAÇÃO NATURAL POR ALTO FUSTE
Autor: BRUNA
MARIA BARBOSA CORRÊA
Palavras-chave: reflorestamento,
Tectona grandis, germinação.
Resumo: Diante da necessidade de conhecer e avaliar o potencial que o
banco de semente de teca possui para formar povoamentos da espécie, a partir da
regeneração natural por alto fuste, os objetivos foram quantificar e qualificar
o banco de sementes, avaliar a influência da serapilheira na regeneração
natural por alto fuste, assim como caracterizar as mudas produzidas e um
povoamento regenerado naturalmente por alto fuste aos 16 anos de idade. Para
isso, foram coletados o banco de sementes de um povoamento de teca aos 34 anos
de idade, antes da colheita por corte raso, e avaliado outro povoamento, aos 16
anos de idade, conduzido por regeneração natural por alto fuste. O potencial
fisiológico das sementes foi avaliado pelo teste padrão de germinação, com
leituras diárias até 30 dias, e obtidos a porcentagem de germinação e os
respectivos tempo médio e o índice de velocidade de germinação. Durante 90
dias, em canteiros com substrato comercial e sem irrigação, foi avaliada a
influência de diferentes biomassas de serapilheira na emergência das sementes
do banco com a determinação das mesmas variáveis. Paralelamente aos canteiros,
foram produzidas mudas embaladas em tubetes e em sacolas de plástico com o
registro da altura da parte aérea, do diâmetro do coleto, do comprimento da
raiz primária das mudas, além das massas secas da parte aérea e do sistema
radicular e determinado o índice de qualidade de Dickson aos 90 dias após a
semeadura. Os dados foram submetidos à análise de variância e comparados pelo
teste Tukey. A caracterização do povoamento se deu pela avaliação da densidade,
a mensuração da altura e do diâmetro a 1,3m do solo, e por meio da cubagem
rigorosa de 30 indivíduos. O banco de sementes apresenta médias de 526
sementes.m², germinação de 13,4% e respectivo tempo médio de 8 dias. A ausência
de serapilheira diminui a germinação das sementes do banco e não há diferença
na germinação para as variações de massa de serapilheira. A qualidade das mudas
produzidas com cobertura de serapilheira é superior àquelas produzidas em
tubetes e em sacolas de plástico. Aos 16 anos após a regeneração por alto
fuste, o povoamento de teca apresenta árvores com médias de 30 cm para diâmetro
a 1,3m, 19,6m para a altura total, volume total de 163,6m3.ha-1 e a
aplicação de desbaste seletivo gera volume de 68,2m³.ha-1. O banco de sementes
apresenta potencial para a condução da regeneração natural por alto fuste e as
características deste povoamento são semelhantes àqueles de origem seminal
produzidos por regeneração artificial.
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ANÁLISE TÉCNICA E DE CUSTOS DO PROCESSAMENTO E DA IDENTIFICAÇÃO DE TORAS DE TECA COM SISTEMA DIGITAL
Autor: EUDES DOS SANTOS DA SILVA
Palavras-chave: código de barras; colheita florestal; análise técnica; análise de custos.
Resumo: Objetivou-se com este trabalho analisar os aspectos técnicos e econômicos das etapas de processamento e da inserção do código de barras na identificação de toras de Teca (Tectonas grandis L. f.). Os dados foram coletados na fazenda Campina, distrito do Pirizal, município de Nossa Senhora do Livramento, Mato Grosso. Foram avaliadas as etapas de processamento e de identificação das toras de teca, com código de barras. A etapa de processamento é composta pelas operações de limpeza das árvores, mensuração do fuste e traçamento/toragem. A etapa de identificação de toras é composta pelas operações de etiquetagem e registro de código de barras. A última etapa é denominada, popularmente, de “chipagem”. A análise técnica consistiu em estudos de tempo e movimentos, em que foi possível determinar o tempo dos ciclos operacionais das etapas e interrupções de cada operação. A análise de custo foi embasada no levantamento dos custos operacionais, baseados em valores reais e estimados. Com base nos resultados da análise técnica, obteve-se uma produtividade média de 0,75 m³cc/ciclo e eficiência peracional média de 63,61%, para a etapa de processamento, e uma produtividade média de 0,50 m³cc/ciclo e eficiência operacional média de 63,25%, para a etapa de identificação. Com base nas análises de custos, obteve se um custo operacional médio de 7,95 R$/h, para a etapa de processamento, e 5,84 R$/h, para etapa de identificação de toras com código de barras. Por intermédio da análise da cadeia produtiva de toras de teca, foi possível ter uma visão mais ampla em relação aos procedimentos operacionais, como também sobre quais tipos de produtos e subprodutos de madeira atende a cada mercado. O código de barras, na etapa de identificação, permite ganhos, a posteriori, devido à facilidade e acompanhamento das toras por um dossiê ao longo da cadeia produtiva, melhorando o controle sobre o tempo de estocagem e desembarque de cargas. Os estudos de tempo e movimento permitiram constatar que há necessidade de maior treinamento das equipes de trabalho, para aprimorar a eficiência operacional do processamento e da identificação de toras. Constatou-se ainda, uma redução dos custos nas etapas de processamento e identificação, por classe de toras. Na etapa de identificação de toras com código de barras, os maiores custos foram com o consumo de grampos e etiquetas, o consumo de grampos e etiquetas, na operação de etiquetagem
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ETNOBOTÂNICA E SABERES TRADICIONAIS NA COMUNIDADE VALE DOS SONHOS.
BARRA DO GARÇAS, MATO GROSSO - BRASIL
Autor: FABÍOLA
DALLA VECHIA
Palavras-chave: Quintais
Produtivos, Plantas medicinais, Serra do Roncador.
Resumo: Etnobotânica é um campo interdisciplinar que compreende o estudo e
a interpretação do conhecimento, significação cultural, manejo e usos
tradicionais dos elementos da flora. Objetivou-se registrar e sistematizar a
importância etnobotânica em quintais produtivos, por meio do conhecimento
empírico na comunidade Vale dos Sonhos – MT. A vertente metodológica se deu
através das técnicas etnobotânicas qualitativas e quantitativas. Para o
tratamento qualitativo foram aplicadas as técnicas Snow Ball (bola-de-neve),
Pré-teste, Turnê-guiada, Entrevista semiestruturada, com registro do nome
popular, indicações de usos e formas de usos das plantas. Para testar
quantitativamente as informações etnobotânicas foram utilizados índices Nível
de Fidelidade (FL) e a Frequencia Relativa do Uso (Pcup %). No total foram
entrevistados 50 moradores, 60% do sexo feminino. A idade variou de 18 a 83
anos, sendo 42% natural do estado de Mato Grosso. Residem há mais de 40 anos na
comunidade 44% dos entrevistados. O grau de instrução variou de não
alfabetizados a nível superior. As profissões, para mulheres a maioria do lar e
para os homens trabalhos ligados ao campo, nas fazendas da região. Foi
encontrada uma riqueza florística de 105 espécies vegetais distribuídas em 45
famílias botânicas, com 1003 citações, nas etnocategorias: alimentar a mais
citada e medicinal a mais representada em relação à riqueza. As etnocategorias
de usos das plantas na comunidade Vale dos Sonhos com as maiores frequências de
citações, em relação à citação por categorias, são, medicinal com 51,42%,
alimentar com 48,57%, místico-religiosa (3,8%) e ornamental (1,9). As espécie
medicinais com maior Pcup % foram Hortelã (Mentha x villosa), mais
expressiva (69%), seguido de Dysphania ambrosioides (Mentruz)
(38%), Lippia alba (Mill.) E.Br. ex P. Wilson (erva cidreira),
(31%). Na sequência Plectranthus barbatus (Boldo), Rosmarinus
officinalis (Alecrim), Mentha pulegium L. (poeijo), Aloe
vera (Babosa). Foram citadas 36 afecções orgânicas, que são tratadas
com plantas medicinais. Os quintais da comunidade Vale dos Sonhos-MT
representam uma unidade de paisagem, modificado, representando configurações de
valores e simbolismos pelos usos múltiplos. Estes quintais representam um local
para a conservação in situ de espécies, como também são locais de propagação de
plantas nativas do Cerrado e plantas exóticas.
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DESCRITORES
MORFOLÓGICOS PARA CARACTERIZAÇÃO DE CLONES DE TECA (Tectona grandis L.f.)
Autor: JORGE
LUIS REATEGUI BETANCOURT
Palavras-chave: proteção
de cultivares, características morfológicas, distinguibilidade, homogeneidade e
estabilidade.
Resumo: A teca (Tectona grandis L.f.) é uma espécie florestal
que está se expandindo no Brasil, com certo grau de melhoramento. Assim, tem se
aumentado o interesse pela proteção de genótipos superiores desta espécie de
acordo com os requisitos da lei brasileira. As exigências legais são que o
genótipo deve ser fruto de melhoramento genético e apresentar
distinguibilidade, homogeneidade e estabilidade (DHE). Os critérios de DHE são
verificados por meio de descritores morfológicos previamente divulgados pelo
Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA). Assim, este
trabalho teve como objetivo identificar possíveis descritores morfológicos para
clones de teca e aplicar os descritores morfológicos em teste clonais em
distintas localidades e plantios comerciais de teca para diferentes idades a
fim de viabilizar o processo de proteção de clones da espécie. Para isso,
analisou-se mudas clonais de teca, em delineamento inteiramente casualizado,
com avaliação de 7 clones, 15 mudas por clone e 21 características
morfológicas, avaliadas aos 30, 60, 90 e 120 dias de idade. Para diferenciar
clones de teca em plantações aos 29 e 41 meses de idade, avaliou-se 41
características morfológicas previamente estabelecidas, relacionadas
principalmente aos ramos, folhas e tronco em 18 clones, em delineamento de
blocos casualizados, constituído por 3 blocos, com avaliação de 5 indivíduos de
cada clone por bloco. As informações foram organizadas com base nas matrizes de
presença e ausência e, posteriormente, estimou-se medidas de similaridade
genética, por meio do índice de Jaccard e realizou-se o agrupamento pelo método
UPGMA. Foi possível identificar descritores morfológicos segundo o teste de DHE
tanto na fase de mudas quanto no campo. Na fase de muda foram obtidos 12, 7, 9
e 11 características morfológicas para 30, 60, 90 e 120 dias de idade
respectivamente. No entanto, para mudas sugere-se que sejam realizadas as avaliações
nas idades de 30 e 120 dias, pois estas apresentaram um maior número de
descritores. Na fase de campo foram identificados 26 características
morfológicas para 29 meses de idade e 28 características morfológicas para 41
meses de idade. Dessas, 17 características apresentaram o mesmo comportamento
aos 29 e 41 meses de idade. Assim, sugere-se que estas características sejam
usadas na proposta dos descritores, a fim de propiciar aos interessados um
maior intervalo para a avaliação dos materiais. As características morfológicas
encontradas, tanto na fase de mudas e no campo, podem compor a lista de
descritores morfológicos potenciais para sua utilização no processo de proteção
de cultivares, mas é importante ressaltar que a avaliação deve ser realizada nas
mesmas condições do plantio na qual os descritores foram desenvolvidos. Da
aplicação das características morfológicas que apresentaram distinguibilidade e
homogeneidade em clones com 29 meses de idade, a maioria dos descritores
deixaram de ser homogêneos perdendo a sua aplicabilidade, em teste clonal de 21
meses de idade.
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QUALIDADE DA MADEIRA JUVENIL DE CLONES DE EUCALIPTO CULTIVADOS NA
REGIÃO NORTE DE MATO GROSSO
Autor: LAERCIO
SERENINE JUNIOR
Palavras-chave: densidade,
propriedades mecânicas, retratibilidade, tecnologia da madeira.
Resumo: O Eucalipto é uma das espécies mais importantes e a base da
silvicultura florestal no Brasil. Porém, no estado de Mato Grosso estudos
voltados aos plantios florestais ainda são bastante incipientes. Híbridos
de Eucalyptus vêm apresentando elevado potencial, porém, para
a região norte de Mato Grosso, não há um material genético produzido para as
características edafoclimáticas da região e o eucalipto plantado no estado é
utilizado quase que exclusivamente para fins energéticos. Logo, a sua
caracterização tecnológica apresenta grande importância. Diante disso, o
presente estudo teve por objetivo realizar a avaliação das propriedades
tecnológicas da madeira juvenil de clones de eucalipto cultivados na região
Norte do Mato Grosso. Para isso, foi feito a medição do diâmetro à altura do
peito e altura de todas as árvores de um plantio contendo 21 clones de Eucalyptus plantados
no município de Sinop. Com base na mortalidade e produtividade de cada
material, foram escolhidos seis clones dentre os superiores, e destes abatidas
cinco árvores aleatoriamente. Os clones selecionados foram utilizados para a
caracterização tecnológica da madeira. Foram determinadas: a variação axial e
radial da densidade básica da madeira; a retratibilidade da madeira foi
determinada por meio das contrações lineares no sentido radial e tangencial,
contração volumétrica, e determinação do coeficiente anisotrópico; a densidade
aparente; e as propriedades mecânicas da madeira (compressão paralela,
compressão perpendicular; flexão estática e dureza). Dentre os clones
avaliados, o híbrido Eucalyptus urophylla x Eucalyptus grandis foi
que apresentou o melhor desempenho. Não foi possível determinar um
padrão de comportamento na variação da densidade básica no sentido axial,
porém, no sentido radial a densidade aumentou no sentido medula-casca. Em relação
a variação dimensional, identificou-se que dois dos seis clones avaliados
obtiveram a classificação da madeira como sendo excelente, já os outros
materiais estudados foram classificados como madeira normal. Considerando os
ensaios mecânicos, de maneira geral, os clones analisados obtiveram valores
intermediários de resistência e rigidez, podendo ser empregadas em usos
estruturais menos exigentes.
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DIVERSIDADE DE COLEÓPTEROS EM TRÊS FITOFISIONOMIAS DO CERRADO NO
PERÍMETRO URBANO DE CUIABÁ-MT
Autor: MARCELO
LARA RODRIGUES
Palavras-chave: Armadilha
etanólica; Ecologia dos insetos; Monitoramento; Savana; Entomologia urbana.
Resumo: Os
coleópteros são considerados bioindicadores de qualidade e degradação
ambiental, devido às várias funções que desempenham na natureza, à estreita
relação com a heterogeneidade dos ecossistemas e processos ecológicos, bem como
seu grau de sensibilidade às mudanças ambientais. O conhecimento das
diversidades biológicas nos fragmentos urbanos é fundamental para verificar se
nesses ambientes, modificados e influenciados pelo entorno antropizado, ocorre
perda da diversidade da comunidade de coleópteros. Nesse contexto, o estudo
teve como objetivo comparar a diversidade de coleópteros entre diferentes
fitofisionomias em um fragmento de Cerrado, em perímetro urbano na cidade de
Cuiabá-MT. Para a amostragem dos coleópteros, em cada fitofisionomia do Cerrado
(mata de galeria, cerradão e cerrado ralo) foram instaladas dez armadilhas
etanólicas, modelo PET-SM sem a mangueira de atratividade, com distâncias de 30
metros entre as armadilhas. As coletas em campo foram realizadas a cada 15
dias, no período de junho de 2017 a junho de 2018, totalizando 13 meses. No
total 5.584 indivíduos foram coletados, sendo três famílias (Curculionidae, Cerambycidae
e Bostrichidae), distribuídos em 43 gêneros e 71 espécies. Cerambycidae e
Curculionidae apresentaram-se com a maior riqueza de espécies, 32 em cada
família. Entretanto, a mais abundante foi Curculionidae, com 92,66% dos
indivíduos coletados, sendo Hypothenemus obscurus a espécie
dominante nas três fitofisionomias, com 39,86% do total coletado. O cerrado
ralo foi o ambiente que apresentou maior abundância de indivíduos, 2.057 no
total. Sendo que no cerradão ocorreu a maior riqueza de espécies, com 54 no
total. No entanto, a fitofisionomia que apresentou maior diversidade foi a mata
de galeria, pois foram observadas espécies com menor dominância no ambiente. As
fitofisionomias cerrado ralo e cerradão foram os ambientes mais similares entre
si. No período de seca, houve maior riqueza de espécies e abundância de
indivíduos, mostrando que este fragmento urbano apresenta condições para a
manutenção da biodiversidade de coleópteros do Cerrado.
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Produção de mudas clonais de Tectona grandis (Linn f.) em
diferentes sistemas de minijardim
Autor: MARIA
ANGÉLICA DI CARVALHO
Categoria: Dissertações
- 2019
Palavras-chave: Teca,
miniestaquia, enraizamento adventício, produtividade de minicepa, qualidade da
muda.
Resumo: A espécie Tectona grandis tem ocupado cada vez
mais espaço dentre as espécies exóticas plantadas no Brasil e no exterior,
visto sua alta qualidade madeireira. Para sua rápida propagação recomenda-se a
utilização de genótipos superiores, advindos de programas de melhoramento genético,
para tanto, faz-se necessário a constante aprimoração de técnicas de produção
de mudas para a obtenção de mudas clonais com qualidade e maior sobrevivência
em campo. Baseado nisto, o objetivo geral deste trabalho foi avaliar ao longo
de sucessivas coletas e imagens anatômicas, o melhor sistema de minijardim,
canaletão (SC) ou tubete (ST), para produção de muda clonal de T.
grandis. As mudas clonais foram plantadas em dois sistemas de minijardim e
no 10o dia foi realizada a poda apical para emissão de brotações. As
miniestacas foram coletadas para cada sistema de minijardim com 7sete cm de
comprimento, folhas reduzidas a 25 % da dimensão original, corte da base em
bisel e posterior foram estaqueadas com adição de ácido indolbutírico em pó a
500 mg. L-1. Como variáveis, mensurou-se a produtividade de miniestacas, brotos
remanescentes, sobrevivência de minicepas, análise nutricional foliar, número
de raízes, comprimento total de raízes, comprimento da maior raiz,
sobrevivência da muda, altura, diâmetro, massa seca (raiz, aérea e total),
índice de qualidade de Dickson e relação altura/ diâmetro. Durante os oito
meses de experimento foram realizadas oito coletas em sistema canaletão e
quatro em sistema tubete, ambos os minijardins apresentaram sobrevivência acima
de 94 %. As minicepas de T. grandis apresentam comportamento
cíclico. O sistema de minijardim em canaletão (0,62 miniestacas. minicepa-
1) apresentou maior produtividade em relação ao sistema de tubete (0,56
miniestacas. minicepa -1). Bem como melhor vigor radicial, análise
nutricional, sobrevivência em casa de vegetação, casa de sombra e pleno sol, e
qualidade da muda. Já o segundo experimento seguiu os passos descritos
anteriormente para realizar o estaqueamento, sendo as mudas levadas a casa de
vegetação e avaliadas a cada 10 dias no quesito comportamento rizogênico,
porcentagem calogênica e de enraizamento durante 40 dias, e geradas imagens
anatômicas de ambos os minijardins. As miniestacas oriundas do minijardim
tubete apresentaram maior lignificação, menor porcentagem calogênica, presença
de fibras, crescimento secundário mais acentuado e emissão de raízes primeiro,
entretanto o comportamento de raízes após 30 dias de estaqueamento foi o mesmo
para ambos os sistemas de minijardim, não existindo diferença estatística. Logo
conclui-se que o melhor minijardim foi em sistema xvii canaletão, apresentando
melhores resultados para produção e qualidade da muda
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SORTIMENTOS DE EUCALIPTO NA REGIÃO
CENTRO-OESTE DE MATO GROSSO
Autor: MARTHA AGUIAR
DOS SANTOS
Palavras-chave: afilamento;
multiprodutos; modelagem; Eucalyptus
urograndis
Resumo: Os gestores florestais buscam atualmente alternativas cada vez mais
rentáveis nas atividades florestais, como a quantificação e qualificação do
volume e dos produtos madeiráveis que possibilitam a predição de múltiplos usos
da madeira, viabilizando e agregando valor significativo aos produtos oriundos
da floresta. Neste cenário, o objetivo do trabalho foi descrever o perfil do
fuste e calcular os sortimentos do híbrido Eucalyptus
grandis W. Hill x Eucalyptus
urophylla S. T. Blake para otimização da madeira no intuito de um melhor
aproveitamento do fuste em árvores da região Centro-Oeste de Mato Grosso. A
base de dados foi composta por 270 árvores cubadas através do método de Smalian
e abrangendo diâmetros entre 6,0 cm e 40,0 cm no DAP (diâmetro a 1,30 m) com
idade entre 5 e 12 anos, de origem seminal e clonal. Foram estudadas seis
funções de afilamento, em nível do povoamento e para os dados estratificados em
material genético e em classes de DAP. A acurácia das estimativas dos diâmetros
ao longo do fuste foi comparada através em função do coeficiente de
determinação, erro padrão da estimativa, do Critério de Informação de Akaike,
do Critério de informação Bayesiano e do gráfico dos resíduos. E para avaliar a
acurácia das estimativas de volume comercial e parcial foi utilizado a análise
gráfica dos resíduos, erro padrão da estimativa percentual e Critério de
Informação de Akaike. Além disso, foram determinadas cinco classes de
sortimentos de madeira, sendo estas: energia; mourão de cerca; serraria 1;
serraria 2 e laminação. Os cálculos dos sortimentos foram feitos através do
Programa FlorExel®. Com base nos critérios estatísticos de avaliação dos
resultados estimados, observouse que a função de Kozak (1988) é mais indicada
para estudos de afilamento quando não há estratificação no banco de dados.
Através do teste de identidade de modelos foi verificado que não é recomendado
o ajuste uma única equação o conjunto total de dados. Na estratificação por
classe diamétrica, a função de Clark III et al. (1991) é indicada para classe
1, Max e Burkhart (1976) é indicada para as classes de 1 a 5 e Schöpfer (1966)
para classe 6. Na estratificação por material genético, a função Clark III et
al. (1991) é indicada para o material clonal e Kozak (1988) para o seminal. A
equação de Clark III et al. (1991) é indicada para estimar o volume comercial
quando não estratificado. Nas estimativas de volume parcial, os erros
aumentaram com o aumento das alturas. No povoamento clonal o sortimento de
maior volume é mourão de cerca e no povoamento seminal é a laminação e a
serraria 1. O estudo revelou o potencial dos povoamentos para destinação de
produtos nobres, como serraria e xiv
laminação. Através da tabela de sortimento verificou-se a evolução do
sortimento dentro das classes diamétricas, sendo que indivíduos que apresentam
maiores dimensões apresentam maiores possibilidades de diversificar sua
destinação.
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QUALIDADE DA TORA DE ESPÉCIES TROPICAIS E RENDIMENTO EM MADEIRA
SERRADA PARA EXPORTAÇÃO
Autor: MICHELLY
CASAGRANDE STRAGLIOTTO
Palavras-chave: Indústria
madeireira, serraria, espécies nativas, Floresta Amazônica.
Resumo: O baixo
rendimento em madeira serrada ocasionado, dentre outros fatores, pela qualidade
das toras é um dos principais problemas do setor madeireiro. Portanto, o
objetivo deste estudo foi avaliar a qualidade das toras e o rendimento em
madeira serrada para exportação das espécies amazônicas Hymenolobium
heterocarpum Ducke (angelim-pedra), Dinizia excelsa Ducke
(faveira-ferro), Dipteryx odorata (Aubl.) Willd.
(Cumaru), Qualea paraensis Ducke (cambará) e Astronium
lecointei Ducke (muiracatiara). O delineamento utilizado foi o
inteiramente casualizado, com 19 repetições (toras) para cada um dos cinco
tratamentos (espécies). Os dados foram coletados na indústria madeireira AMATA
S.A., no município de Itapoã do Oeste, em Rondônia. Inicialmente foram
avaliados os parâmetros da qualidade das toras: conicidade, achatamento,
encurvamento, sapopemas, rachadura diametral, rachadura de superfície,
rachadura anelar, porcentagem de cerne e volume líquido, e, então, as toras
foram agrupadas em classes de qualidade. Em seguida, as toras foram desdobradas
para obtenção de peças de madeira serrada bruta e para determinação do
rendimento em madeira serrada. Para conicidade e achatamento, não houve
diferença significativa entre as espécies, com valores médios iguais a 0,92
cm/m e 96%, respectivamente. Qualea paraensis apresentou
a menor porcentagem de toras com encurvamento (5,26%) e a melhor classificação
para rachadura anelar. Astronium lecointei destacou-se por não
apresentar nenhuma tora com presença de sapopemas. Dipteryx odorata foi
a espécie que obteve a menor frequência de toras com presença de rachadura de
superfície (5,26%) e a melhor classificação para rachadura diametral. Para
porcentagem de cerne, as espécies Dipteryx odorata (86,75%)
e Hymenolobium heterocarpum (82,44%) apresentaram os melhores
resultados e não diferiram entre si. Para volume líquido, Dinizia
excelsa (90,08%), Dipteryx odorata (83,62%) e Hymenolobium
heterocarpum (82,64%) tiveram as maiores médias. O rendimento em
madeira serrada apresentou diferença significativa entre as espécies e variou
de 23,91% a 40,18%, respectivamente, para Dinizia excelsa e Qualea
paraensis. Conclui-se que houve grande variação quanto à qualidade das
toras e ao rendimento em madeira serrada, devido às diferentes características das
espécies avaliadas
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DESEMPENHO SILVICULTURAL DE ESPÉCIES AUTÓCTONES NA REVEGETAÇÃO DE
ÁREA DE PRESERVAÇÃO PERMANENTE
Autor: OTNYEL
PEDRO DE MATOS SANTOS
Palavras-chave: Reflorestamento,
silvicultura de nativas, Myracrodruon urundeuva, Cerrado.
Resumo: O presente trabalho teve os objetivos de identificar espécies promissoras para o plantio em programas de reflorestamentos por meio da avaliação de variáveis dendrométricas de espécies autóctones implantadas na revegetação de área de preservação permanente no bioma Cerrado, e de avaliar a sobrevivência, crescimento e recobrimento da área, quantificar a produção de serapilheira e a capacidade de retenção hídrica de espécies autóctones plantadas para revegetar área de preservação permanente e também determinar o estágio de sucessão do povoamento. O estudo foi conduzido no município de Nossa Senhora do Livramento, Estado de Mato Grosso. Foi verificada a sobrevivência aos 16 anos de idade e realizada medição de todas as árvores quanto à altura total (Ht), diâmetro à 1,3 m do solo (D1,3m) e diâmetro de copa (DC). Posteriormente, foram calculados a densidade (D), a área basal (G), o diâmetro da copa (DC) e a área de projeção de copa (AC), além os índices morfométricos. Durante as medições em campo foram registrados o estado fitossanitário e a forma de fuste de cada árvore. Coletou-se amostras de serapilheira sistematicamente no centro de cada uma das 96 parcelas, para avaliar a sua capacidade de retenção hídrica (CRH). As espécies Plathymenia reticulata, Myracrodruon urundeuva e Enterolobium contortisiliquum foram qualificadas com potencial para plantios de reflorestamento no Cerrado. Myracrodruon urundeuva e Caesalpinia ferrea apresentaram as maiores taxas de sobrevivência. Enterolobium contortisiliquum e Anadenanthera falcata foram responsáveis por maior produção de serapilheira, a serapilheira produzida por Genipa americana e Samanea tubulosa contribuíram com maior capacidade de retenção hídrica. O povoamento estudado apresenta comportamento de floresta secundária em estágio médio de sucessão.
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RESISTÊNCIA, CAPACIDADE REGENERATIVA E DANOS RESULTANTES DA
DESFOLHA EM MUDAS CLONAIS DE Tectona
grandis L. f.
Autor: PAULA
CAIRES COLOGNESE TEIXEIRA
Palavras-chave: tolerância,
perda de área foliar, seleção de clones, teca.
Resumo: Considerando que a utilização de materiais genéticos resistentes
podem diminuir intervenções silviculturais, custos, problemas ambientais e
informações sobre a consequência da desfolha em mudas de teca ser essencial
para silvicultira, este trabalho teve como objetivo analisar os danos,
capacidade regenerativa e resistência em mudas clonais de Tectona
grandis submetidas às desfolhas artificiais de 0%, 25%, 50%, 75% e
100%. Este trabalho foi desenvolvido na Universidade Federal de Mato Grosso,
Campus Cuiabá, Mato Grosso, em viveiro descoberto. Os testes foram realizados
em sete clones, utilizando-se mudas com dois meses de plantio em vasos de 10 L,
sendo avaliadas durante 6 meses, após as desfolhas parciais e total. Para a
análise de danos foram coletados a altura (cm) e o diâmetro do coleto (mm),
mensalmente, e matéria úmida (g) e matéria seca (g) ao final do experimento.
Posteriormente, foram calculados: a perda de incremento e o Índice de Qualidade
da Muda (IQM). Para identificar a capacidade regenerativa, foram coletadas
quinzenalmente a quantidade de folhas antes das desfolhas e depois da desfolha.
A resistência foi determinada através dos dados de regeneração das folhas,
através de equações de porcentagem ponderada de tolerância (PPT) e a
porcentagem ponderada de suscetibilidade (PPS). As mudas que foram submetidas
ao maior percentual de desfolha não foram as que sofreram maior perda de
incremento em altura e diâmetro. Os materiais genéticos tiveram comportamentos
distintos, desde perda de incremento até estimulo no desenvolvimento de partes
da planta. O fator genético interfere na estratégia de crescimento da planta e
capacidade regenerativa da muda, independente na qualidade da muda.
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VOLUMETRIA DE ESPÉCIES NATIVAS EM ÁREA
DE CONCESSÃO FLORESTAL NA AMAZÔNIA OCIDENTAL
Autor: SCHEILA
CRISTINA BIAZATTI
Palavras-chave: manejo de
florestas nativas, cubagem não destrutiva, volumetria de fuste e galhos
Resumo: Estudos sobre a volumetria de espécies florestais amazônicas são
fundamentais para o subsídio das ações de planejamento, execução, fiscalização
e garantia da sustentabilidade em planos de manejo florestal, principalmente em
áreas de concessão florestal. O cálculo do volume comercial das árvores e dos
resíduos florestais são importantes em diversas etapas da exploração florestal
junto com as exigências legais, no entanto, ainda são poucos os métodos e/ou
equações que representem o comportamento das variáveis dendrométricas em
florestas nativas. Nesse sentido, o presente trabalho objetivou avaliar a
eficiência de métodos de estimativa do volume comercial de fuste e de galhos de
copa de espécies nativas em área de manejo florestal na Flona do Jamari, RO,
por meio da comparação de métodos de cubagem destrutivo e não destrutivo na
mensuração do diâmetro e do volume comercial, testando equações de volume
comercial genéricas e específicas e analisando o uso de métodos indireto para
estimar o volume de galhos de copas. O estudo foi realizado em área de
concessão florestal na Unidade de Manejo Florestal (UMF) III da Flona do Jamari
a partir da cubagem do fuste e de galhos da copa, pelo método de Smalian de
árvores de espécies nativas, com destaque para Astronium lecointei, Dinizia
excelsa, Dipterix odorata e Hymenolobium heterocarpum.
Foram avaliados, com base, em cada objetivo proposto, as diferenças
estatísticas entre os métodos de cubagem destrutivo e não destrutivo por
classes de altura e para todo o fuste comercial, o ajuste e desempenho
estatístico de 14 modelos de regressão amplamente difundidos e utilizados no
meio científico, sendo esses, ajustados para todo conjunto de dados (modelos
genéricos) e por espécies e classes de diâmetro (modelos específicos), além do
uso de variável dummy para verificar a validade da
estratificação dos dados e as possibilidades de xiii agrupamento de espécies ou
classes. A avaliação dos métodos de estimativa de volume de galhos de copa,
deu-se, por meio de relação dendrométrica entre volume comercial e volume de
galhos e equações de volume de galhos de copa, com o ajuste de modelos
utilizado em literatura específica e modelados a partir de análise de
correlação e procedimento Stepwise. Para a comparação entre os métodos
de cubagem destrutivo e não destrutivo, os resultados apontaram diferenças
estatísticas apenas para o diâmetro nas maiores alturas e para o fuste
comercial. O volume não apresentou diferença estatística, no entanto,
observou-se tendências de superestimava. De forma geral, o método não
destrutivo, com uso de Criterion® RD 1000, pode ser indicado para gerar
estimativas volumétricas de espécies nativas, mas considera-se que há algumas limitações
de uso do equipamento, principalmente nas maiores alturas do fuste. Os modelos
de regressão ajustados apontaram as equações de Schumacher-Hall e Spurr, em
suas duas formas de ajustes, com os melhores desempenhos estatísticos, de modo
geral, em todas as situações avaliadas, equações genéricas e específicas.
Quando avaliados os ajustes com inserção de variável dummy, para as
classes de diâmetro ficou evidenciado a necessidade de utilização de equações
específicas e para espécies, houve a possibilidade de agrupamento de algumas
espécies. A avaliação dos métodos de estimativa do volume de galhos de copa,
demonstrou para relação dendrométrica avaliada proporção de aproveitamento dos
resíduos inferior ao permitido por lei no primeiro ano de exploração. Para os
modelos de volume de galhos de copa ajustados, os resultados indicam a equação
que utiliza como variáveis explicativas altura e volume comercial, com melhor
desempenho estatístico e praticidade de uso. Assim, o desempenho estatístico
das tecnologias e métodos avaliados apontam precisão e praticidade para
obtenção de estimativas de comercial e de galhos de copa para espécies nativas
em área de concessão florestal na Amazônia Ocidental.
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