2017

ENRAIZAMENTO in vitro DE Eucalyptus cloeziana F. Muell

Autor: ALEXSSANDRA JÉSSICA RONDON DE FIGUEIREDO

Palavras-chave: Rizogênese, micropropagação, pH, carboidratos, carvão ativado

Resumo:
Dentre as espécies de Eucalyptus utilizadas no setor florestal, o E. cloeziana destaca-se pela alta qualidade da madeira, possibilitando o uso no setor madeireiro, industrial e construção civil. Porém, a expansão dos plantios comerciais tem sido prejudicada pois a espécie é pouco responsiva à rizogênese. O objetivo do trabalho foi estabeleber uma metologia da fase de enraizamento in vitro ex vitro que irá promover a formação de raízes adventícias em Eucalyptus cloeziana. Explantes de um protocolo de micropropagação através da organogênese indireta foram utilizados como fonte de propágulos, e submetidos a multiplicação em meio de cultura WPM contendo 0,50 mg.L-1 de BAP e 0,05 mg L-1 de ANA. A etapa de alongamento foi realizada em dois meios de cultura, o primeiro suplementado com 0,05 mg.L-1 de BAP, 0,1 mg.L-1 de ANA e 0,1 mg.L-1 de AIB, com metade da concentrações de sais do meio WPM. O segundo continha 0,1 mg.L-1 de ANA e 0,1 mg.L-1 de AIB, com 2,5 g.L-1 de carvão ativado. O primeiro experimento de enraizamento in vitro ex vitro foi realizado com explantes do primeiro meio de alongamento, e composto por quatro ajustes de pH (3,8; 4,8; 5,8 e 6,8) e três concentrações de sacarose (0, 15 e 30 g.L-1). O segundo experimento possuía as mesmas condições do anterior, mas os explantes utilizados foram submetidos ao segundo meio de alongamento. O terceiro testou carboidratos e suas combinações (T1= glicose (15 dias) + sacarose (15 dias) com fitorregulador (0,1 mg.L-1 de AIB e 0,2 mg.L-1 de ANA); T2= glicose (15 dias) + sacarose (15 dias) sem fitorregulador; T3= glicose + sacarose com fitorregulador, mesma concentração do tratamento 1 (30 dias); T4= glicose + sacarose sem fitorregulador (30 dias). O quarto objetivou avaliar o efeito do carvão ativado (2,5 g.L-1) no alongamento e no enraizamento. Ao final de 30 dias foram avaliadas a porcentagem de sobrevivência, enraizamento, número e comprimento total e médio das raízes. O enraizamento ex vitro foi realizado em sistema de mini-estufa durante 30 dias e ao final as mesmas variáveis da fase anterior foram analisadas. A aclimatização foi realizada inicialmente em laboratório e depois finalizada em casa de vegetação, nessa fase foi avaliada a porcentagem de sobrevivência. No primeiro experimento, nenhum explante enraizou in vitro, e em condições ex vitro os melhores resultados foram obtidos em pH 5,8 com 30 g.L-1 de sacarose. No segundo as maiores taxas de enraizamento foram obtidas com pH 3,8 e 30 g.L-1 de sacarose e pH 5,8 com 15 g.L-1 e 30 g.L-1 de sacarose. No terceiro, os melhores tratamentos para o enraizamento foram, glicose (15 dias) + sacarose (15 dias) com fitorregulador e 15 g.L-1 de glicose + 15 g.L-1 de sacarose sem fitorregulador (30 dias). No experimento testando carvão ativado, se sobressaiu o tratamento contendo 2,5 g.L-1 desse componente xx no alongamento e no enraizamento. Levando em consideração a dificuldade da espécie E. cloeziana na formação de raízes adventícias, os resultados obtidos se mostram promissores. Na aclimatização, resultados satisfatórios foram obtidos no experimento testando carvão ativado nas fases de alongamento e enraizamento.


MICROPROPAGAÇÃO DE Bambusa vulgaris VISANDO A PRODUÇÃO DE MUDAS CLONAIS

Autor: ANATÁLYA DOS SANTOS RIBEIRO

Palavras-chave: Bambu; Cultivo in vitro; Fungicida; Biorreator; Sacarose

Resumo:
Frente a crescente demanda por produtos derivados de biomassa lenhosa, espécies de bambus apresentam importantes características silviculturais que as destacam como uma alternativa para a composição de plantios florestais. Entretanto, devido a dificuldade de produção de mudas em larga escala através dos métodos tradicionais, esse potencial não tem sido intensivamente explorado. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi contribuir para o aperfeiçoamento da multiplicação clonal em larga escala de Bambusa vulgaris por meio da técnica de micropropagação. No estabelecimento in vitro, segmentos nodais foram inoculados em meio de cultura MS líquido, onde foi testado o efeito de diferentes soluções de um fungicida sistêmico e de contato considerando diferentes tempos de exposição. Os explantes considerados estabelecidos foram transferidos para meio de cultura MS semi-sólido contendo 3 mg.L-1 de BAP objetivando-se analisar o efeito residual do fungicida ao longo de subcultivos durante a multiplicação e o alongamento in vitro dos brotos. No segundo experimento, explantes estabelecidos foram transferidos para três sistemas distintos de cultivo (biorreator de imersão temporária, tubos de ensaio com meio de cultura líquido estacionário, e meio de cultura semisólido) combinados com duas concentrações de sacarose (0 e 30 g.L-1). Ao longo dos experimentos, foram avaliados a taxa de explantes contaminados, sobrevivência e oxidação, além do número de explantes, número de explantes que emitiram brotos, número de brotos por explante e comprimento médio dos brotos por explante. Durante o estabelecimento in vitro, a imersão de explantes em meio de cultura líquido contendo 1 mL de fungicida se destacouNa multiplicação in vitro, os explantes imersos em meio de cultura líquido contendo 1 mL de fungicida durante 120 horas apresentaram maior número de explantes, porcentagem de explantes que emitiram brotos e número médio dos brotos por explante. O uso de sistema de biorreatores com meio de cultura suplementado com 30 g.L-1 de sacarose proporcionou, durante a multiplicação in vitro, a menor taxa de contaminação, maior sobrevivência e maior taxa de explantes que emitiram brotos. A combinação do meio de cultura de indução de enraizamento composto por 1 mg.L-1 de ácido indolbutírico (AIB), 30 g.L-1 de sacarose e 7 g.L-1 de ágar, e uso de sistema de mini-estufa durante o enraizamento ex vitro foram efetivos para a formação do sistema radicial. A presença de carvão ativado no meio de cultura, durante o enraizamento ex vitro, provocou aumento da taxa de sobrevivência das mudas.


MODELAGEM APLICADA AO MANEJO DE POVOAMENTOS DE Tectona grandis L.f EM MATO GROSSO

Autor: DIOGO GUIDO STRECK VENDRUSCOLO

Palavras-chave: Teca, manejo florestal, análise de tronco, modelagem de efeitos mistos, inteligência artificial

Resumo:
Apesar de Mato Grosso possuir a maior área plantada com Tectona grandis no Brasil, observa-se ainda uma carência de estudos que envolvam efeitos do local sobre o crescimento e a produção, bem como técnicas de monitoramento e analises desses efeitos. Dessa forma, pesquisas voltadas ao potencial produtivo da espécie em diferentes regiões do Estado geram informações básicas que contribuem para o manejo florestal da espécie. Neste trabalho objetivou-se avaliar o crescimento de teca em diferentes locais do estado de Mato Grosso; verificar a precisão de dados oriundos de análise de tronco (ANATRO) para estimar a altura das árvores; avaliar espessura e conteúdo de casca das árvores; e testar a modelagem por inteligência artificial para predição volumétrica da teca. Foram avaliados seis povoamentos em municípios distintos, e a base de dados foi oriunda de ANATRO. Para a estimativa do crescimento em altura dominante foram utilizados modelos de regressão não lineares; a acurácia da estimativa da altura pela ANATRO foi realizada comparando suas alturas, com dados observados no campo em nível de árvores individuais de um dos povoamentos em estudo; a espessura da casca foi estimada utilizando diferentes estratégias de ajuste, empregando-se um modelo polinomial e outro linear simples, ambos com efeitos fixos e aleatórios e para a predição volumétrica das árvores de teca foi utilizado o modelo de regressão de Schumacher-Hall e redes neurais artificiais. A qualidade das estimativas e das predições foi avaliada por meio de estatísticas e análises gráficas. Observou-se que a teca apresenta diferentes tendências de crescimento em altura dominante em cada local. A técnica da ANATRO superestima as alturas das árvores nas idades inferiores aos quatro anos. O modelo polinomial pode ser empregado para estimar a espessura da casca das árvores de teca. A idade influencia na espessura da casca e deve ser inserida nos processos de modelagem. O conteúdo de casca em teca pode representar 15% do volume total, em árvores com menores diâmetros (<10 cm). Redes neurais artificiais é eficiente para a estimativa e predição volumétrica de árvores de Tectona grandis.


MULTIPLICAÇÃO in vitro E ENRAIZAMENTO ex vitro DE Eucalyptus cloeziana

Autor: GABRIELA CRISTINA RECH TORMEN

Palavras-chave: micropropagação, ácido indolbutírico, sacarose, glicose, alanina

Resumo:
O presente estudo teve como objetivo avaliar a multiplicação in vitro com diferentes concentrações de fontes de carboidratos (sacarose e glicose) e de alanina, e o enraizamento ex vitro com aplicação de ácido indolbutírico (AIB) no cultivo de explantes de Eucalyptus cloeziana. Os explantes utilizados consistiram de brotações adventícias provenientes de um protocolo de organogênese indireta de plântulas de E. cloeziana. Na multiplicação in vitro, foram estabelecidos os tratamentos nas concentrações de 0, 15, 30, 45 e 60 g.L-1 para as fontes de carboidratos sacarose, glicose e a combinação (1:1, m/m) de sacarose e glicose. E para a fonte de aminoácido avaliada, foram estabelecidas as concentrações de 0, 20, 40, 80 e 160 mg.L-1 de alanina. Após 30 dias de cultivo in vitro, foram avaliados a comprimento do explante (cm), o número de brotos por explante, a porcentagem de oxidação, de sobrevivência e de calos. O delineamento dos experimentos foi inteiramente casualizado com quatro repetições com cinco explantes por repetição. Para o enraizamento ex vitro, foram estabelecidos dois fatores estudados: fator 1 – tempo de exposição ao AIB (0, 24, 48, 72 e 96h) e fator 2 – concentração de AIB (0 mg.L-1, 1 mg.L-1, 3 mg.L-1 e 5 mg.L-1), ou pulsing in vitro. Microestacas coletadas da fase de alongamento de brotações, após o pulsing de AIB, foram transferidas para recipientes contendo substrato composto de material orgânico comercial e vermiculita expandida (1:1, v/v), onde permaneceram no sistema de miniestufa durante 30 dias. Foram avaliados a porcentagem de enraizamento, porcentagem de sobrevivência, número de raízes, comprimento total de raízes e o comprimento médio total de raízes aos 30 dias. O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com três repetições com cinco explantes por repetição. A multiplicação in vitro com 15 g.L-1 de glicose destacou-se das demais concentrações e fontes de carboidratos utilizadas, a qual também apresentou o maior número de brotos por explantes juntamente de um percentual reduzido de oxidação. A suplementação do meio de cultura com alanina para a fase de multiplicação in vitro não foi eficiente, visto que o tratamento testemunha apresentou resultado igual ou superior aos demais. Os melhores tratamentos para a porcentagem de enraizamento e sobrevivência foram: 0 mg.L-1 de AIB e 48h; 3 mg.L-1 de AIB e 72h; 5 mg.L-1 de AIB e 72h; e 5 mg.L-1 de AIB e 96h. Dentre esses tratamentos, o 0 mg.L-1 de AIB e 48h foi o que melhor teve a xv indução de raízes sem a aplicação de regulador de crescimento. Isso denota que a não aplicação do AIB é uma opção viável para obter sucesso nessa etapa da micropropagação, reduzindo assim os custos e tornando essa alternativa mais acessível economicamente. Todos os tratamentos observados apresentaram alta porcentagem de sobrevivência na avaliação após 30 dias, variando de 76,7% até 100%. Dessa forma, a aplicação da micropropagação visando o enraizamento e a obtenção de mudas é praticável, desde que essa técnica seja realizada nas condições adequadas de aclimatização.

 

AS PLANTAS, O POVO E A CULTURA NA COMUNIDADE PASSAGEM DA CONCEIÇÃO, VÁRZEA GRANDE, MATO GROSSO, BRASIL

Autor: GABRIELA DE ÁVILA FIEBIG

Palavras-chave: Planta medicinal, saber local, comunidade ribeirinha

Resumo:
 O resgate do etnoconhecimento desperta na ciência a importância da sabedoria de povos tradicionais em busca de informações empíricas a respeito da ligação entre plantas e o ser humano. O presente trabalho tem como objetivo resgatar a sabedoria quanto ao uso das plantas locais pelos moradores da comunidade Passagem da Conceição, Várzea Grande, MT focando os aspectos etnobotânicos. O procedimento metodológico utilizado combinou aspectos qualitativos e quantitativos: o qualitativo utilizou a técnica snowball com aplicação do pré-teste, entrevista semiestruturada e não estruturada, registro fotográfico, turnê guiada, história oral e observação direta; o quantitativo demonstrou o Consenso Informante través dos cálculos do o Nível de Fidelidade (NF), Fator de Correção (FC) e o Percentual de Concordância quanto ao Uso Principal (Pcup %). As estruturas reprodutivas e/ou vegetativas das plantas foram coletadas, identificadas e depositadas no Herbário Central da Universidade Federal de Mato Grosso. As coletas foram realizadas de maio de 2015 a maio de 2016, com frequência mensal. Os informantes citaram 187 espécies vegetais distribuídas em 64 famílias botânicas. As espécies catalogadas foram distribuídas em etnocategorias de uso medicinal (70%), alimentar (22%) e outros usos (8%). As famílias com maior representatividade foram: Lamiaceae (8%), Fabaceae (7%), Rutaceae e Asteraceae com 6% cada, sendo 60% exóticas e 40% nativas, em quatro unidades de paisagem: quintal, roça, cerrado e mata ripária. O melão-de-são-caetano (Momordica charantia L.) se destacou pelo seu valor relativo de concordância quanto ao uso principal com 100%. O manejo dos quintais é realizado pela própria família pelo menos uma vez na semana e são utilizados apenas insumos agrícolas naturais. O cultivo de diferentes espécies, o manejo, a finalidade e a forma de uso retratam as necessidades da subsistência familiar com pouco impacto ambiental. O conhecimento empírico acumulado ao longo dos anos é transmitido para as gerações seguintes no dia-a-dia pelo convívio familiar e talvez seja a riqueza maior da comunidade. As manifestações culturais são expressadas a todos momento pela culinária típica da baixada cuiabana e pela fé e devoção à Nossa Senhora da Imaculada Conceição.


ANÁLISE MULTIVARIADA DE ATRIBUTOS QUÍMICOS E FÍSICOS DO SOLO E CRESCIMENTO DA TECA EM SISTEMA AGROFLORESTAL

Autor: HUDSON SANTOS SOUZA


Resumo:
O trabalho foi dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo foi: Análise multivariada de atributos químicos e físicos do solo em sistema agroflorestal com teca. E o segundo capítulo foi: Crescimento e produtividade de teca em sistema agroflorestal. No primeiro capítulo, o objetivo do estudo foi avaliar os atributos químicos e físicos do solo e o desenvolvimento inicial de teca em sistema agroflorestal. O experimento foi instalado em 2010 no município de Figueirópolis D’Oeste, Mato Grosso. O delineamento experimental utilizado foi blocos casualizados, com 12 tratamentos e quatro blocos, no esquema de parcelas subdivididas. Para a realização das análises dos dados, foi utilizado a análise multivariada. Para a teca em sua fase inicial de desenvolvimento, as variáveis Ca, Ca+Mg, SB, CTC, Areia, H, pH CaCl2, Mg e MO foram as mais influentes demonstrado pela análise de componentes principais (ACP). A Tectona grandis L.f. de material genético clonal implantada em preparo de solo convencional, covas e escarificação apresenta maior crescimento em relação aos demais sistemas de cultivo aos 36 meses de idade. A cultura agrícola influencia no crescimento de teca aos 12 meses de idade. A análise multivariada dos atributos do solo é adequada para identificar os nutrientes que apresentam maior influência sobre o crescimento da teca em sistemas agroflorestais. No segundo capítulo, o objetivo foi avaliar o crescimento e estimar a produtividade de teca em no sistema agroflorestal. Foram avaliados dois projetos, projeto A e projeto B. O delineamento experimental utilizado para ambos os projetos foi blocos casualizados, com quatro tratamentos e seis blocos. Cada parcela possui sete linhas de plantio de teca, no espaçamento 4 x 2 m. A teca de clonal obteve desenvolvimentos satisfatórios em todos os tratamentos avaliados para as variáveis altura total, diâmetro à altura do peito, área basal, volume total e taxa de sobrevivência em todas as idades avaliadas. Até aos 72 meses a presença do milho não influenciou significativamente no crescimento da teca. Não houve diferença significativa em volume total entre plantar teca clonal com milho e gado em comparação com o plantio de teca clonal com milho aos 36, 48, 60 e 72 meses de idade.


DIVERSIDADE DE FORMIGAS (HYMENOPTERA:FORMICIDAE) EM PLANTIO DE TECA NO PANTANAL MATO-GROSSENSE

Autor: JEANE RODRIGUES LOPES SANTOS

Palavras-chave: mirmecofauna, armadilha pitfall, extrator de Winkler, índices faunísticos

Resumo:
Embora a monocultura da teca seja uma das espécies florestais mais comercializadas e lucrativas no estado de Mato Grosso, ainda faltam informações sobre a diversidade de formigas que ocorrem dentro desses plantios no Estado. Diante disto, o presente estudo objetivou avaliar a diversidade de formigas em monocultura de teca, com a utilização de dois métodos de coleta, armadilhas pitfall e extrator de Winkler. As coletas ocorreram entre maio de 2015 e maio de 2016, na fazenda Campina, no município de Nossa Senhora do Livramento-MT, com um total de 480 amostras. Os indivíduos coletados foram triados e identificados taxonomicamente ao nível de gênero e de espécie, sendo coletadas 13.139 formigas nos dois métodos de amostragem, com 12.649 indivíduos coletados nas armadilhas pitffal e 356 pelo extrator de Winkler, pertencentes a 18 gêneros e cinco subfamílias. Myrmicinae, Formicinae foram as mais representativas em quantidade de espécies. Os gêneros Pheidole Camponotus foram os representativos em número de espécies. No período de um ano foram amostradas 28 espécies, sendo 26 espécies de formigas coletadas com armadilha pitfall e 16 com o extrator de Winkler. Cerca de 17 espécies (60,71%) apresentam hábito alimentar onívoro, seguido de oito espécies (28,57%) apresentando hábito alimentar predador, e três (10,71%) sendo cultivadoras de fungo. Em relação ao índice de Shannon, no período anual (extrator de Winkler) foi o que apresentou maior índice de diversidade. A curva de acumulação de espécie demonstrou que o esforço amostral foi suficiente.


ANÁLISE DE SISTEMA DE EXTRAÇÃO DE TORAS LONGAS DE Tectona grandis L.f. COM TRATOR ARRASTADOR ADAPTADO EM FLORESTA PLANTADA

Autor: JHONNY PINTO VIEIRA MENDES MOURA

Palavras-chave: Tempo e movimento, análise operacional, indicadores de qualidade, análise de modos de falhas e efeitos, qualidade florestal

Resumo:
Neste estudo objetivou-se descrever e analisar os fatores técnicos, econômicos e de qualidade do ciclo operacional do trator arrastador adaptado na atividade de extração de toras longas de Tectona grandis L.f. no sudoeste de Mato Grosso. Foi avaliado o trator arrastador, composto de um trator agrícola Massey Ferguson com uma garra hidráulica acoplada. A coleta de dados foi realizada em agosto de 2015, época seca, e em janeiro de 2016, época chuvosa. A área foi dividida em 4 distâncias de extração (até 20 metros, de 20 a 40 metros, de 40 a 60 metros e acima de 60 metros). Utilizou-se o método de cronometragem parcial para registrar os tempos individuais do ciclo operacional, o qual é composto pelas etapas de viagem sem carga, viagem de carga, viagem com carga e descarregamento. A etapa que mais demandou tempo foi a de viagem de carga em virtude da desorganização das toras no interior do talhão e, no período chuvoso, pela baixa visualização no interior do talhão; avaliada as interrupções, as pausas mecânicas foram mais frequentes. A disponibilidade mecânica média (95,75%) e eficiência operacional média (87,5%) foram consideradas altas. A produtividade média (28,95 m³cc/he) pode ser explicada pelo tempo e volume extraído individual do ciclo, além de ser inversamente influenciada pela distância de extração. Na análise econômica o custo de produção (R$2,11/m³cc) foi considerado baixo em relação às maquinas florestais tradicionais utilizadas para esta mesma atividade. O custo operacional teve como maiores fatores de composição, os custos com mão de obra e manutenção. Analisando a sensibilidade do custo de produção, a produtividade teve maior influência na variação dos custos. Ao avaliar a qualidade pela metodologia Failure Mode and Effect Analysis (FMEA), foi possível identificar, a partir do índice de risco, as etapas de viagem de carga e descarregamento como as mais críticas, e pela mesma metodologia, os pontos críticos destas etapas foram obtidos. Considerando os pontos críticos e a análise de suas variáveis, a qualidade do sistema de extração de toras longas é considerado baixo por não haver um programa de qualidade instalado não só na atividade de extração, mas em todo o sistema de colheita da empresa. Não há investimentos em avaliação e prevenção, aumentando assim os custos com falhas, o qual é o único fator que compõe o custo de qualidade (R$ 89,63/ha). O nível de qualidade da atividade de extração de toras longas com o trator arrastador adaptado foi considerado baixo em virtude da falta de treinamento do operador, da falta de supervisão e de investimentos em qualidade. 


DIVERSIDADE DE FORMIGAS (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) EM UM FRAGMENTO FLORESTAL URBANO EM CUIABÁ, MT

Autor: MARIA TERESA CAMPOS CARVALHO

Palavras-chave: MARIA TERESA CAMPOS CARVALHO

Resumo:
Neste trabalho realizou-se o estudo da diversidade de formigas, em um fragmento florestal urbano no município de Cuiabá, MT, próximo ao Parque Estadual Mãe Bonifácia, nos períodos de fevereiro a abril, correspondendo ao período de chuva e julho a setembro ao período de seca, cujo objetivo foi identificar a diversidade de formigas nativas, de acordo com níveis de antropização do fragmento. Foram amostrados os ambientes: A1) Cerrado nativo; A2) Cerrado Antropizado; A3) Zona de Transição. Em cada ambiente utilizou-se 15 armadilhas “pitfall” distribuídas em um transecto, equidistantes 20 metros entre si, para coleta de formigas em um período de sete dias. Os indivíduos coletados foram triados e identificados taxonomicamente a nível de gênero e de espécie. Foram utilizados para análise, Teste de Tukey, análises faunísticas, Índices de Diversidade, Equitatividade, Similaridade e Curva de Acumulação de Espécies. As análises de variância para número de espécies coletadas, demonstraram que não ocorreu diferença estatística significativa, entre os ambientes de transição e antropizado, enquanto que para número de indivíduos, houve diferença significativa entre nativo e antropizado no período seco. As analises faunísticas indicaram a ocorrência de cinco subfamílias, sendo Myrmicinae e Formicinae, as mais representativas em quantidade de espécies, independente do ambiente e períodos analisados. As espécies Solenopsis sp., Solenopsis invictaAtta sexdens, Labidus praedator, Pheidole jelskii Pheidole obscurithorax, foram as mais importantes na também na análise faunística, devido as classificações máximas obtidos nos itens que compõe o índice. Quanto ao Índice de Soronsen, o ambiente de transição e antropizado foram similares entre si, independente do período analisado.

 

FLORÍSTICA E DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, campus CUIABÁ

Autor: POLIANE PIERRA MAROTO PATRICIO

Palavras-chave: áreas verdes, ecologia urbana, floresta urbana, silvicultura urbana

Resumo:
A arborização urbana é um dos fatores que está relacionado à melhor qualidade de vida da população. Em vista disso, o conhecimento da estrutura e da qualidade de áreas verdes torna-se cada vez mais importante para a intensificação deste benefício. O objetivo deste trabalho foi quantificar a composição florística da UFMT, campus Cuiabá, e diagnosticar a sua qualidadeFoi realizado um censo que contabilizou todos os indivíduos com cincunferência ao nível do solo? 15,7 cm, com registro das variáveis: circunferência à altura do peito (cap), altura total (ht), diâmetro de copa (dc), altura da primeira bifurcação (hc), presença de raízes acima do nível do solo, forma de fuste (FF), necessidade de poda e fitossanidade. Foram identificadas 190 espécies, sendo Fabaceae a família com maior representatividade, 24,2%. As espécies de maior abundância são Licania tomentosa, 8,9%, Mangifera indica, 7,8%, Jacaranda cuspidifolia, 6,3%, Handroanthus impetiginosos, 5,4%, e Anadenanthera peregrina, 4,4%. Do total, 23,7% são espécies exóticas. O valor médio para cap é de 74 cm, para ht de 8,5 m e para o dc de 4,5 mDo total, 36% dos indivíduos apresenta bifurcação abaixo de 1,8 m, 7,2% com raízes expostas, 51% com fuste retilíneo, 50% necessita de alguma intervenção de poda, e 97,7% apresenta algum tipo de dano, ocorrendo em sua maioria nas folhas. Mesmo com elevada riqueza na área de estudo, a arborização do campus necessita de ações de manejo providas de técnicas adequadas, além da aplicação das normas vigentes sobre a arborização do munícipio.


USO DE AERONAVE REMOTAMENTE PILOTADA (RPA) PARA O MAPEAMENTO E ANÁLISE DE MACROHABITATS NO PANTANAL DE MATO GROSSO

Autor: RODRIGO ADVERSI SILVA

Palavras-chave: Áreas úmidas, sensoriamento remoto, Análise de Imagens Baseada em Objetos (OBIA).

Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de dados obtidos por sensores a bordo de Aeronave Remotamente Pilotada (RPA) para geração e análise de produtos visando o mapeamento e análise espacial de macrohabitats no Pantanal de Mato Grosso. Com o uso de Análise de Imagens Baseada em Objetos (OBIA), foi possível mapear a vegetação e diferentes macrohabitats na área de estudo. Os dados obtidos foram utilizados para extração de informações sobre fatores ambientais relacionados e a distribuição espacial. Também, através do mapeamento foi estudada a estrutura e distribuição do macrohabitat Florestas dominadas por Vochysia divergens Pohl (Cambarazal), a fim de compreender a distribuição no gradiente de inundação, através de modelo digital de elevação gerado com dados de RPA. A classificação foi eficiente para mapeamento da vegetação e dos macrohabitats em escala de detalhe. A vegetação da área distribui-se em um gradiente de inundação, sendo as áreas cobertas com Cerrado sensu lato, mais elevadas, áreas com Campos de murundus e Florestas dominadas por Vochysia divergens Pohl intermediárias, e áreas de Campo de mimoso (Axonopus purpusii (Mez) Chase) e Pântanos de plantas herbáceas (brejos) mais baixas. A comunidade de Florestas dominadas por Vochysia divergens Pohl possui forte dependência espacial, em relação a fatores ambientais, sendo o gradiente de inundação uma das variáveis.


DIVERSIDADE DE FORMIGAS (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) EM PLANTIOS DE TECA, PAU-DEBALSA E ÁREA NATIVA NO BIOMA CERRADO

Autor: SILVIO EDUARDO DE OLIVEIRA THOMAS

Palavras-chave: Riqueza de espécies, formicídeos, mirmecofauna, monoculturas florestais

Resumo:
Este trabalho teve por objetivo avaliar qualitativamente e quantitativamente as espécies de formigas (Hymenoptera) amostradas nos seguintes ambientes florestais: a) ambiente com vegetação de cerrado; b) ambiente com plantio de Tectona grandis; c) ambiente com plantio de Ochroma pyramidale. Dentro de cada ambiente foi instalado um transecto, com 20 armadilhas tipo pitfall, equidistantes 20 metros entre si. Foram realizadas coletas de julho de 2015 a junho de 2016. Os indivíduos coletados foram triados e identificados taxonômicamente ao nível de gênero e espécie. Foram realizados análise de variância (Teste de Tukey) para o número de indivíduos e de espécies amostradas e estudos faunísticos e de similaridade entre os ambientes. Pela análise de variância, há diferença significativa entre o número de espécies registradas por ambiente no decorrer do ano e no período de seca. As análises faunísticas possibilitaram concluir que Labidus coecus (Dorylinae) foi, quantitativamente, uma das espécies mais importantes nos três ambientes e Solenopsis sp. foi a espécie com maior potencial de adaptação aos ambientes; Crematogaster tenuicula Camponotus blandus (Myrmicinae) foram a espécies mais representativas no cerrado; Labidus coecus Solenopsis spforam as mais representativas para o plantio com pau-debalsa e para o ambiente com plantio teca, Labidus coecus e Atta sexdens foram mais representativos. O índice de similaridade de Sorensen indicou alta similaridade na riqueza de formigas entre os ambientes estudados.


SERAPILHEIRA E A REGENERAÇÃO POR ALTO FUSTE APÓS A COLHEITA DE POVOAMENTO DE TECA

Autor: TIAGO ALTOBELLE DA SILVA SIQUEIRA

Palavras-chave: Tectona grandis, banco de sementes, regeneração natural, condução da regeneração

Resumo:A colheita de povoamentos de Tectona grandis no Brasil é feita por corte raso e a sua substituição utiliza a regeneração artificial mediante o plantio de mudas de origem seminal ou clonal. A regeneração natural por alto fuste é opção técnica potencial em razão do banco de sementes formado na serapilheira. Assim, o objetivo do presente estudo foi quantificar e avaliar a regeneração natural por alto fuste após a colheita de um povoamento de teca no município de Indiavaí-MT. Foram feitas coletas de serapilheira em 16 unidades amostrais, de 1m², distribuídas sistematicamente e de forma equidistante no interior do talhão. Em laboratório, as amostras foram separadas nas frações folhas, galhos/raízes, material reprodutivo e amorfo e, posteriormente, secos em estufa a 70ºC por 48 horas com a determinação da massa seca em balança de precisão. Considerou-se massa da fração amorfa apenas o conteúdo retido em peneira com malha de 25 meshes. Quantificou-se a serapilheira total, e a capacidade de retenção hídrica (CRH%) das frações e total da serapilheira coletada antes e após o corte raso. O banco de sementes foi dividido em classes de tamanho, e determinados a viabilidade e o vigor para cada classe, e para cada ponto de coleta. Mediu-se, em campo, a altura e o diâmetro de coleto das mudas oriundas da regeneração. Os dados da serapilheira e do banco de sementes foram submetidos a estatística descritiva e à análise de cluster pelo método do vizinho mais próximo. A quantidade total de serapilheira depositada sobre a superfície do solo é 27,89 Mg.ha-1, com CRH% de 101,97%. O banco de sementes contém 675 sementes.m-2, com médias de 11,66%, 8,61 dias e 0,11 respectivamente para a geminação, tempo de emergência e índice de velocidade de germinação. O potencial do banco de sementes foi estimado em 12 mudas.m-2. A colheita aumenta a massa da serapilheira em 80% e diminui o banco de sementes em cerca 12%. A passagem do rolo-faca diminui o número de sementes do banco em 0,12%. A maioria do banco de sementes é composta por sementes mais antigas, porém as sementes mais recentes são as que mais contribuem com a regeneração.

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