2017
ENRAIZAMENTO in vitro DE
Eucalyptus cloeziana F. Muell
Autor: ALEXSSANDRA
JÉSSICA RONDON DE FIGUEIREDO
Palavras-chave: Rizogênese,
micropropagação, pH, carboidratos, carvão ativado
Resumo:
Dentre as espécies de Eucalyptus utilizadas no
setor florestal, o E. cloeziana destaca-se pela alta
qualidade da madeira, possibilitando o uso no setor madeireiro, industrial e
construção civil. Porém, a expansão dos plantios comerciais tem sido
prejudicada pois a espécie é pouco responsiva à rizogênese. O objetivo do
trabalho foi estabeleber uma metologia da fase de enraizamento in
vitro e ex vitro que irá promover a formação de
raízes adventícias em Eucalyptus cloeziana. Explantes de um
protocolo de micropropagação através da organogênese indireta foram utilizados
como fonte de propágulos, e submetidos a multiplicação em meio de cultura WPM
contendo 0,50 mg.L-1 de BAP e 0,05 mg L-1 de ANA. A etapa de
alongamento foi realizada em dois meios de cultura, o primeiro suplementado com
0,05 mg.L-1 de BAP, 0,1 mg.L-1 de ANA e 0,1 mg.L-1 de AIB, com
metade da concentrações de sais do meio WPM. O segundo continha 0,1 mg.L-1 de
ANA e 0,1 mg.L-1 de AIB, com 2,5 g.L-1 de carvão ativado. O primeiro
experimento de enraizamento in vitro e ex vitro foi
realizado com explantes do primeiro meio de alongamento, e composto por quatro
ajustes de pH (3,8; 4,8; 5,8 e 6,8) e três concentrações de sacarose (0, 15 e
30 g.L-1). O segundo experimento possuía as mesmas condições do anterior, mas
os explantes utilizados foram submetidos ao segundo meio de alongamento. O
terceiro testou carboidratos e suas combinações (T1= glicose (15 dias) +
sacarose (15 dias) com fitorregulador (0,1 mg.L-1 de AIB e 0,2 mg.L-1 de
ANA); T2= glicose (15 dias) + sacarose (15 dias) sem fitorregulador; T3=
glicose + sacarose com fitorregulador, mesma concentração do tratamento 1 (30
dias); T4= glicose + sacarose sem fitorregulador (30 dias). O quarto objetivou
avaliar o efeito do carvão ativado (2,5 g.L-1) no alongamento e no
enraizamento. Ao final de 30 dias foram avaliadas a porcentagem de
sobrevivência, enraizamento, número e comprimento total e médio das raízes. O
enraizamento ex vitro foi realizado em sistema de mini-estufa
durante 30 dias e ao final as mesmas variáveis da fase anterior foram
analisadas. A aclimatização foi realizada inicialmente em laboratório e depois
finalizada em casa de vegetação, nessa fase foi avaliada a porcentagem de
sobrevivência. No primeiro experimento, nenhum explante enraizou in
vitro, e em condições ex vitro os melhores resultados
foram obtidos em pH 5,8 com 30 g.L-1 de sacarose. No segundo as maiores
taxas de enraizamento foram obtidas com pH 3,8 e 30 g.L-1 de sacarose e pH
5,8 com 15 g.L-1 e 30 g.L-1 de sacarose. No terceiro, os melhores
tratamentos para o enraizamento foram, glicose (15 dias) + sacarose (15 dias)
com fitorregulador e 15 g.L-1 de glicose + 15 g.L-1 de sacarose sem
fitorregulador (30 dias). No experimento testando carvão ativado, se sobressaiu
o tratamento contendo 2,5 g.L-1 desse componente xx no alongamento e no
enraizamento. Levando em consideração a dificuldade da espécie E.
cloeziana na formação de raízes adventícias, os resultados obtidos se
mostram promissores. Na aclimatização, resultados satisfatórios foram obtidos
no experimento testando carvão ativado nas fases de alongamento e enraizamento.
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MICROPROPAGAÇÃO DE Bambusa
vulgaris VISANDO A PRODUÇÃO DE MUDAS CLONAIS
Autor: ANATÁLYA
DOS SANTOS RIBEIRO
Palavras-chave: Bambu;
Cultivo in vitro; Fungicida; Biorreator; Sacarose
Resumo:
Frente a crescente demanda por produtos derivados de biomassa
lenhosa, espécies de bambus apresentam importantes características
silviculturais que as destacam como uma alternativa para a composição de
plantios florestais. Entretanto, devido a dificuldade de produção de mudas em
larga escala através dos métodos tradicionais, esse potencial não tem sido
intensivamente explorado. Dessa forma, o objetivo do presente trabalho foi
contribuir para o aperfeiçoamento da multiplicação clonal em larga escala de Bambusa
vulgaris por meio da técnica de micropropagação. No
estabelecimento in vitro, segmentos nodais foram inoculados em meio
de cultura MS líquido, onde foi testado o efeito de diferentes soluções de um
fungicida sistêmico e de contato considerando diferentes tempos de exposição.
Os explantes considerados estabelecidos foram transferidos para meio de cultura
MS semi-sólido contendo 3 mg.L-1 de BAP objetivando-se analisar o efeito
residual do fungicida ao longo de subcultivos durante a multiplicação e o
alongamento in vitro dos brotos. No segundo experimento,
explantes estabelecidos foram transferidos para três sistemas distintos de
cultivo (biorreator de imersão temporária, tubos de ensaio com meio de cultura
líquido estacionário, e meio de cultura semisólido) combinados com duas
concentrações de sacarose (0 e 30 g.L-1). Ao longo dos experimentos, foram
avaliados a taxa de explantes contaminados, sobrevivência e oxidação, além do
número de explantes, número de explantes que emitiram brotos, número de brotos
por explante e comprimento médio dos brotos por explante. Durante o
estabelecimento in vitro, a imersão de explantes em meio de cultura
líquido contendo 1 mL de fungicida se destacou. Na
multiplicação in vitro, os explantes imersos em meio de cultura
líquido contendo 1 mL de fungicida durante 120 horas apresentaram maior número
de explantes, porcentagem de explantes que emitiram brotos e número médio dos
brotos por explante. O uso de sistema de biorreatores com meio de cultura
suplementado com 30 g.L-1 de sacarose proporcionou, durante a
multiplicação in vitro, a menor taxa de contaminação, maior
sobrevivência e maior taxa de explantes que emitiram brotos. A combinação do
meio de cultura de indução de enraizamento composto por 1 mg.L-1 de ácido
indolbutírico (AIB), 30 g.L-1 de sacarose e 7 g.L-1 de ágar, e uso de
sistema de mini-estufa durante o enraizamento ex vitro foram
efetivos para a formação do sistema radicial. A presença de carvão ativado no
meio de cultura, durante o enraizamento ex vitro, provocou aumento
da taxa de sobrevivência das mudas.
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MODELAGEM
APLICADA AO MANEJO DE POVOAMENTOS DE Tectona
grandis L.f EM MATO GROSSO
Autor: DIOGO
GUIDO STRECK VENDRUSCOLO
Palavras-chave: Teca,
manejo florestal, análise de tronco, modelagem de efeitos mistos, inteligência
artificial
Resumo:
Apesar de Mato Grosso possuir a maior área plantada com Tectona grandis no
Brasil, observa-se ainda uma carência de estudos que envolvam efeitos do local
sobre o crescimento e a produção, bem como técnicas de monitoramento e analises
desses efeitos. Dessa forma, pesquisas voltadas ao potencial produtivo da
espécie em diferentes regiões do Estado geram informações básicas que
contribuem para o manejo florestal da espécie. Neste trabalho objetivou-se
avaliar o crescimento de teca em diferentes locais do estado de Mato Grosso;
verificar a precisão de dados oriundos de análise de tronco (ANATRO) para
estimar a altura das árvores; avaliar espessura e conteúdo de casca das
árvores; e testar a modelagem por inteligência artificial para predição
volumétrica da teca. Foram avaliados seis povoamentos em municípios distintos,
e a base de dados foi oriunda de ANATRO. Para a estimativa do crescimento em
altura dominante foram utilizados modelos de regressão não lineares; a acurácia
da estimativa da altura pela ANATRO foi realizada comparando suas alturas, com
dados observados no campo em nível de árvores individuais de um dos povoamentos
em estudo; a espessura da casca foi estimada utilizando diferentes estratégias
de ajuste, empregando-se um modelo polinomial e outro linear simples, ambos com
efeitos fixos e aleatórios e para a predição volumétrica das árvores de teca
foi utilizado o modelo de regressão de Schumacher-Hall e redes neurais
artificiais. A qualidade das estimativas e das predições foi avaliada por meio
de estatísticas e análises gráficas. Observou-se que a teca apresenta
diferentes tendências de crescimento em altura dominante em cada local. A
técnica da ANATRO superestima as alturas das árvores nas idades inferiores aos
quatro anos. O modelo polinomial pode ser empregado para estimar a espessura da
casca das árvores de teca. A idade influencia na espessura da casca e deve ser
inserida nos processos de modelagem. O conteúdo de casca em teca pode
representar 15% do volume total, em árvores com menores diâmetros (<10 cm).
Redes neurais artificiais é eficiente para a estimativa e predição volumétrica
de árvores de Tectona grandis.
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MULTIPLICAÇÃO in vitro E
ENRAIZAMENTO ex vitro DE Eucalyptus cloeziana
Autor: GABRIELA
CRISTINA RECH TORMEN
Palavras-chave: micropropagação,
ácido indolbutírico, sacarose, glicose, alanina
Resumo:
O presente estudo teve como objetivo avaliar a multiplicação in
vitro com diferentes concentrações de fontes de carboidratos (sacarose
e glicose) e de alanina, e o enraizamento ex vitro com
aplicação de ácido indolbutírico (AIB) no cultivo de explantes de Eucalyptus
cloeziana. Os explantes utilizados consistiram de brotações adventícias
provenientes de um protocolo de organogênese indireta de plântulas de E.
cloeziana. Na multiplicação in vitro, foram estabelecidos os
tratamentos nas concentrações de 0, 15, 30, 45 e 60 g.L-1 para as fontes
de carboidratos sacarose, glicose e a combinação (1:1, m/m) de sacarose e
glicose. E para a fonte de aminoácido avaliada, foram estabelecidas as
concentrações de 0, 20, 40, 80 e 160 mg.L-1 de alanina. Após 30 dias de
cultivo in vitro, foram avaliados a comprimento do explante (cm), o
número de brotos por explante, a porcentagem de oxidação, de sobrevivência e de
calos. O delineamento dos experimentos foi inteiramente casualizado com quatro
repetições com cinco explantes por repetição. Para o enraizamento ex
vitro, foram estabelecidos dois fatores estudados: fator 1 – tempo de
exposição ao AIB (0, 24, 48, 72 e 96h) e fator 2 – concentração de AIB (0 mg.L-1,
1 mg.L-1, 3 mg.L-1 e 5 mg.L-1), ou pulsing in vitro.
Microestacas coletadas da fase de alongamento de brotações, após o pulsing de
AIB, foram transferidas para recipientes contendo substrato composto de
material orgânico comercial e vermiculita expandida (1:1, v/v), onde
permaneceram no sistema de miniestufa durante 30 dias. Foram avaliados a
porcentagem de enraizamento, porcentagem de sobrevivência, número de raízes,
comprimento total de raízes e o comprimento médio total de raízes aos 30 dias.
O delineamento experimental foi inteiramente casualizado com três repetições
com cinco explantes por repetição. A multiplicação in vitro com
15 g.L-1 de glicose destacou-se das demais concentrações e fontes de
carboidratos utilizadas, a qual também apresentou o maior número de brotos por
explantes juntamente de um percentual reduzido de oxidação. A suplementação do
meio de cultura com alanina para a fase de multiplicação in vitro não
foi eficiente, visto que o tratamento testemunha apresentou resultado igual ou
superior aos demais. Os melhores tratamentos para a porcentagem de enraizamento
e sobrevivência foram: 0 mg.L-1 de AIB e 48h; 3 mg.L-1 de AIB e 72h;
5 mg.L-1 de AIB e 72h; e 5 mg.L-1 de AIB e 96h. Dentre esses
tratamentos, o 0 mg.L-1 de AIB e 48h foi o que melhor teve a xv indução de
raízes sem a aplicação de regulador de crescimento. Isso denota que a não
aplicação do AIB é uma opção viável para obter sucesso nessa etapa da
micropropagação, reduzindo assim os custos e tornando essa alternativa mais
acessível economicamente. Todos os tratamentos observados apresentaram alta
porcentagem de sobrevivência na avaliação após 30 dias, variando de 76,7% até
100%. Dessa forma, a aplicação da micropropagação visando o enraizamento e a
obtenção de mudas é praticável, desde que essa técnica seja realizada nas
condições adequadas de aclimatização.
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AS PLANTAS, O POVO E A CULTURA NA
COMUNIDADE PASSAGEM DA CONCEIÇÃO, VÁRZEA GRANDE, MATO GROSSO, BRASIL
Autor: GABRIELA
DE ÁVILA FIEBIG
Palavras-chave: Planta
medicinal, saber local, comunidade ribeirinha
Resumo:
O resgate do etnoconhecimento desperta na
ciência a importância da sabedoria de povos tradicionais em busca de
informações empíricas a respeito da ligação entre plantas e o ser humano. O
presente trabalho tem como objetivo resgatar a sabedoria quanto ao uso das
plantas locais pelos moradores da comunidade Passagem da Conceição, Várzea
Grande, MT focando os aspectos etnobotânicos. O procedimento metodológico
utilizado combinou aspectos qualitativos e quantitativos: o qualitativo
utilizou a técnica snowball com aplicação do pré-teste, entrevista semiestruturada e não
estruturada, registro fotográfico, turnê guiada, história oral e observação
direta; o quantitativo demonstrou o Consenso Informante través dos cálculos do
o Nível de Fidelidade (NF), Fator de Correção (FC) e o Percentual de
Concordância quanto ao Uso Principal (Pcup %). As estruturas reprodutivas e/ou
vegetativas das plantas foram coletadas, identificadas e depositadas no
Herbário Central da Universidade Federal de Mato Grosso. As coletas foram realizadas
de maio de 2015 a maio de 2016, com frequência mensal. Os informantes citaram
187 espécies vegetais distribuídas em 64 famílias botânicas. As espécies
catalogadas foram distribuídas em etnocategorias de uso medicinal (70%),
alimentar (22%) e outros usos (8%). As famílias com maior representatividade
foram: Lamiaceae (8%), Fabaceae (7%), Rutaceae e Asteraceae com 6% cada, sendo
60% exóticas e 40% nativas, em quatro unidades de paisagem: quintal, roça,
cerrado e mata ripária. O melão-de-são-caetano (Momordica
charantia L.) se destacou pelo seu valor
relativo de concordância quanto ao uso principal com 100%. O manejo dos
quintais é realizado pela própria família pelo menos uma vez na semana e são
utilizados apenas insumos agrícolas naturais. O cultivo de diferentes espécies,
o manejo, a finalidade e a forma de uso retratam as necessidades da
subsistência familiar com pouco impacto ambiental. O conhecimento empírico
acumulado ao longo dos anos é transmitido para as gerações seguintes no
dia-a-dia pelo convívio familiar e talvez seja a riqueza maior da comunidade.
As manifestações culturais são expressadas a todos momento pela culinária
típica da baixada cuiabana e pela fé e devoção à Nossa Senhora da Imaculada
Conceição.
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ANÁLISE MULTIVARIADA DE ATRIBUTOS
QUÍMICOS E FÍSICOS DO SOLO E CRESCIMENTO DA TECA EM SISTEMA AGROFLORESTAL
Autor: HUDSON
SANTOS SOUZA
Resumo:
O trabalho foi dividido em dois capítulos. O primeiro capítulo
foi: Análise multivariada de atributos químicos e físicos do solo em sistema
agroflorestal com teca. E o segundo capítulo foi: Crescimento e produtividade
de teca em sistema agroflorestal. No primeiro capítulo, o objetivo do estudo
foi avaliar os atributos químicos e físicos do solo e o desenvolvimento inicial
de teca em sistema agroflorestal. O experimento foi instalado em 2010 no
município de Figueirópolis D’Oeste, Mato Grosso. O delineamento experimental
utilizado foi blocos casualizados, com 12 tratamentos e quatro blocos, no
esquema de parcelas subdivididas. Para a realização das análises dos dados, foi
utilizado a análise multivariada. Para a teca em sua fase inicial de
desenvolvimento, as variáveis Ca, Ca+Mg, SB, CTC, Areia, H, pH CaCl2, Mg e MO
foram as mais influentes demonstrado pela análise de componentes principais
(ACP). A Tectona grandis L.f. de material genético clonal
implantada em preparo de solo convencional, covas e escarificação apresenta
maior crescimento em relação aos demais sistemas de cultivo aos 36 meses de
idade. A cultura agrícola influencia no crescimento de teca aos 12 meses de idade.
A análise multivariada dos atributos do solo é adequada para identificar os
nutrientes que apresentam maior influência sobre o crescimento da teca em
sistemas agroflorestais. No segundo capítulo, o objetivo foi avaliar o
crescimento e estimar a produtividade de teca em no sistema agroflorestal.
Foram avaliados dois projetos, projeto A e projeto B. O delineamento
experimental utilizado para ambos os projetos foi blocos casualizados, com
quatro tratamentos e seis blocos. Cada parcela possui sete linhas de plantio de
teca, no espaçamento 4 x 2 m. A teca de clonal obteve desenvolvimentos
satisfatórios em todos os tratamentos avaliados para as variáveis altura total,
diâmetro à altura do peito, área basal, volume total e taxa de sobrevivência em
todas as idades avaliadas. Até aos 72 meses a presença do milho não influenciou
significativamente no crescimento da teca. Não houve diferença significativa em
volume total entre plantar teca clonal com milho e gado em comparação com o
plantio de teca clonal com milho aos 36, 48, 60 e 72 meses de idade.
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DIVERSIDADE DE FORMIGAS
(HYMENOPTERA:FORMICIDAE) EM PLANTIO DE TECA NO PANTANAL MATO-GROSSENSE
Autor: JEANE
RODRIGUES LOPES SANTOS
Palavras-chave: mirmecofauna,
armadilha pitfall, extrator de Winkler, índices faunísticos
Resumo:
Embora a monocultura da teca seja uma das espécies florestais mais
comercializadas e lucrativas no estado de Mato Grosso, ainda faltam informações
sobre a diversidade de formigas que ocorrem dentro desses plantios no Estado.
Diante disto, o presente estudo objetivou avaliar a diversidade de formigas em
monocultura de teca, com a utilização de dois métodos de coleta, armadilhas
pitfall e extrator de Winkler. As coletas ocorreram entre maio de 2015 e maio
de 2016, na fazenda Campina, no município de Nossa Senhora do Livramento-MT,
com um total de 480 amostras. Os indivíduos coletados foram triados e identificados
taxonomicamente ao nível de gênero e de espécie, sendo coletadas 13.139
formigas nos dois métodos de amostragem, com 12.649 indivíduos coletados nas
armadilhas pitffal e 356 pelo extrator de Winkler, pertencentes a 18 gêneros e
cinco subfamílias. Myrmicinae, Formicinae foram as mais representativas em
quantidade de espécies. Os gêneros Pheidole e Camponotus foram
os representativos em número de espécies. No período de um ano foram amostradas
28 espécies, sendo 26 espécies de formigas coletadas com armadilha pitfall e 16
com o extrator de Winkler. Cerca de 17 espécies (60,71%) apresentam hábito
alimentar onívoro, seguido de oito espécies (28,57%) apresentando hábito
alimentar predador, e três (10,71%) sendo cultivadoras de fungo. Em relação ao
índice de Shannon, no período anual (extrator de Winkler) foi o que apresentou
maior índice de diversidade. A curva de acumulação de espécie demonstrou que o
esforço amostral foi suficiente.
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ANÁLISE DE
SISTEMA DE EXTRAÇÃO DE TORAS LONGAS DE Tectona
grandis L.f. COM TRATOR ARRASTADOR ADAPTADO EM FLORESTA PLANTADA
Autor: JHONNY
PINTO VIEIRA MENDES MOURA
Palavras-chave: Tempo
e movimento, análise operacional, indicadores de qualidade, análise de modos de
falhas e efeitos, qualidade florestal
Resumo:
Neste estudo objetivou-se descrever e analisar os fatores
técnicos, econômicos e de qualidade do ciclo operacional do trator arrastador
adaptado na atividade de extração de toras longas de Tectona grandis L.f. no sudoeste de
Mato Grosso. Foi avaliado o trator arrastador, composto de um trator agrícola
Massey Ferguson com uma garra hidráulica acoplada. A coleta de dados foi
realizada em agosto de 2015, época seca, e em janeiro de 2016, época chuvosa. A
área foi dividida em 4 distâncias de extração (até 20 metros, de 20 a 40
metros, de 40 a 60 metros e acima de 60 metros). Utilizou-se o método de
cronometragem parcial para registrar os tempos individuais do ciclo
operacional, o qual é composto pelas etapas de viagem sem carga, viagem de
carga, viagem com carga e descarregamento. A etapa que mais demandou tempo foi
a de viagem de carga em virtude da desorganização das toras no interior do
talhão e, no período chuvoso, pela baixa visualização no interior do talhão;
avaliada as interrupções, as pausas mecânicas foram mais frequentes. A
disponibilidade mecânica média (95,75%) e eficiência operacional média (87,5%)
foram consideradas altas. A produtividade média (28,95 m³cc/he) pode ser
explicada pelo tempo e volume extraído individual do ciclo, além de ser
inversamente influenciada pela distância de extração. Na análise econômica o
custo de produção (R$2,11/m³cc) foi considerado baixo em relação às maquinas
florestais tradicionais utilizadas para esta mesma atividade. O custo
operacional teve como maiores fatores de composição, os custos com mão de obra
e manutenção. Analisando a sensibilidade do custo de produção, a produtividade
teve maior influência na variação dos custos. Ao avaliar a qualidade pela
metodologia Failure Mode and Effect
Analysis (FMEA), foi possível identificar, a
partir do índice de risco, as etapas de viagem de carga e descarregamento como
as mais críticas, e pela mesma metodologia, os pontos críticos destas etapas
foram obtidos. Considerando os pontos críticos e a análise de suas variáveis, a
qualidade do sistema de extração de toras longas é considerado baixo por não haver
um programa de qualidade instalado não só na atividade de extração, mas em todo
o sistema de colheita da empresa. Não há investimentos em avaliação
e prevenção, aumentando assim os custos com falhas, o qual é o único fator
que compõe o custo de qualidade (R$ 89,63/ha). O nível de qualidade da
atividade de extração de toras longas com o trator arrastador adaptado foi
considerado baixo em virtude da falta de treinamento do operador, da falta de
supervisão e de investimentos em qualidade.
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DIVERSIDADE DE
FORMIGAS (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) EM UM FRAGMENTO FLORESTAL URBANO EM CUIABÁ,
MT
Autor: MARIA TERESA
CAMPOS CARVALHO
Palavras-chave: MARIA TERESA
CAMPOS CARVALHO
Resumo:
Neste trabalho realizou-se o estudo da diversidade de formigas, em um
fragmento florestal urbano no município de Cuiabá, MT, próximo ao Parque
Estadual Mãe Bonifácia, nos períodos de fevereiro a abril, correspondendo ao
período de chuva e julho a setembro ao período de seca, cujo objetivo foi
identificar a diversidade de formigas nativas, de acordo com níveis de
antropização do fragmento. Foram amostrados os ambientes: A1) Cerrado nativo;
A2) Cerrado Antropizado; A3) Zona de Transição. Em cada ambiente utilizou-se 15
armadilhas “pitfall” distribuídas em um transecto, equidistantes 20 metros
entre si, para coleta de formigas em um período de sete dias. Os indivíduos
coletados foram triados e identificados taxonomicamente a nível de gênero e de
espécie. Foram utilizados para análise, Teste de Tukey, análises faunísticas,
Índices de Diversidade, Equitatividade, Similaridade e Curva de Acumulação de
Espécies. As análises de variância para número de espécies coletadas,
demonstraram que não ocorreu diferença estatística significativa, entre os
ambientes de transição e antropizado, enquanto que para número de indivíduos,
houve diferença significativa entre nativo e antropizado no período seco. As
analises faunísticas indicaram a ocorrência de cinco subfamílias, sendo
Myrmicinae e Formicinae, as mais representativas em quantidade de espécies, independente
do ambiente e períodos analisados. As espécies Solenopsis sp., Solenopsis
invicta, Atta sexdens, Labidus praedator, Pheidole jelskii e Pheidole
obscurithorax, foram as mais importantes na também na análise
faunística, devido as classificações máximas obtidos nos itens que compõe o
índice. Quanto ao Índice de Soronsen, o ambiente de transição e antropizado
foram similares entre si, independente do período analisado.
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FLORÍSTICA E
DIAGNÓSTICO DA ARBORIZAÇÃO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, campus
CUIABÁ
Autor: POLIANE PIERRA
MAROTO PATRICIO
Palavras-chave: áreas verdes,
ecologia urbana, floresta urbana, silvicultura urbana
Resumo:
A arborização urbana é um dos fatores que está relacionado à melhor
qualidade de vida da população. Em vista disso, o conhecimento da estrutura e
da qualidade de áreas verdes torna-se cada vez mais importante para a
intensificação deste benefício. O objetivo deste trabalho foi quantificar a
composição florística da UFMT, campus Cuiabá, e diagnosticar a
sua qualidade. Foi realizado um censo que contabilizou todos os
indivíduos com cincunferência ao nível do solo? 15,7 cm, com registro das
variáveis: circunferência à altura do peito (cap), altura total (ht), diâmetro
de copa (dc), altura da primeira bifurcação (hc), presença de raízes acima do
nível do solo, forma de fuste (FF), necessidade de poda e fitossanidade. Foram
identificadas 190 espécies, sendo Fabaceae a família com maior
representatividade, 24,2%. As espécies de maior abundância são Licania
tomentosa, 8,9%, Mangifera indica, 7,8%, Jacaranda
cuspidifolia, 6,3%, Handroanthus impetiginosos, 5,4%, e Anadenanthera
peregrina, 4,4%. Do total, 23,7% são espécies exóticas. O valor médio para
cap é de 74 cm, para ht de 8,5 m e para o dc de 4,5 m. Do total,
36% dos indivíduos apresenta bifurcação abaixo de 1,8 m, 7,2% com raízes
expostas, 51% com fuste retilíneo, 50% necessita de alguma intervenção de poda,
e 97,7% apresenta algum tipo de dano, ocorrendo em sua maioria nas folhas.
Mesmo com elevada riqueza na área de estudo, a arborização do campus necessita
de ações de manejo providas de técnicas adequadas, além da aplicação das normas
vigentes sobre a arborização do munícipio.
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USO DE AERONAVE
REMOTAMENTE PILOTADA (RPA) PARA O MAPEAMENTO E ANÁLISE DE MACROHABITATS NO
PANTANAL DE MATO GROSSO
Autor: RODRIGO ADVERSI
SILVA
Palavras-chave: Áreas úmidas,
sensoriamento remoto, Análise de Imagens Baseada em Objetos (OBIA).
Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar o potencial de dados obtidos
por sensores a bordo de Aeronave Remotamente Pilotada (RPA) para geração e
análise de produtos visando o mapeamento e análise espacial de macrohabitats no
Pantanal de Mato Grosso. Com o uso de Análise de Imagens Baseada em Objetos
(OBIA), foi possível mapear a vegetação e diferentes macrohabitats na área de
estudo. Os dados obtidos foram utilizados para extração de informações sobre
fatores ambientais relacionados e a distribuição espacial. Também, através do
mapeamento foi estudada a estrutura e distribuição do macrohabitat Florestas
dominadas por Vochysia divergens Pohl (Cambarazal), a fim de
compreender a distribuição no gradiente de inundação, através de modelo digital
de elevação gerado com dados de RPA. A classificação foi eficiente para
mapeamento da vegetação e dos macrohabitats em escala de detalhe. A vegetação
da área distribui-se em um gradiente de inundação, sendo as áreas cobertas com
Cerrado sensu lato, mais elevadas, áreas com Campos de murundus e Florestas
dominadas por Vochysia divergens Pohl intermediárias, e áreas
de Campo de mimoso (Axonopus purpusii (Mez) Chase) e Pântanos de
plantas herbáceas (brejos) mais baixas. A comunidade de Florestas dominadas
por Vochysia divergens Pohl possui forte dependência espacial,
em relação a fatores ambientais, sendo o gradiente de inundação uma das
variáveis.
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DIVERSIDADE DE
FORMIGAS (HYMENOPTERA: FORMICIDAE) EM PLANTIOS DE TECA, PAU-DEBALSA E ÁREA
NATIVA NO BIOMA CERRADO
Autor: SILVIO EDUARDO
DE OLIVEIRA THOMAS
Palavras-chave: Riqueza de
espécies, formicídeos, mirmecofauna, monoculturas florestais
Resumo:
Este trabalho teve por objetivo avaliar qualitativamente e
quantitativamente as espécies de formigas (Hymenoptera) amostradas nos
seguintes ambientes florestais: a) ambiente com vegetação de cerrado; b)
ambiente com plantio de Tectona grandis; c) ambiente com plantio
de Ochroma pyramidale. Dentro de cada ambiente foi instalado
um transecto, com 20 armadilhas tipo pitfall, equidistantes 20 metros entre si.
Foram realizadas coletas de julho de 2015 a junho de 2016. Os indivíduos
coletados foram triados e identificados taxonômicamente ao nível de gênero e
espécie. Foram realizados análise de variância (Teste de Tukey) para o número
de indivíduos e de espécies amostradas e estudos faunísticos e de similaridade
entre os ambientes. Pela análise de variância, há diferença significativa entre
o número de espécies registradas por ambiente no decorrer do ano e no período
de seca. As análises faunísticas possibilitaram concluir que Labidus
coecus (Dorylinae) foi, quantitativamente, uma das espécies mais
importantes nos três ambientes e Solenopsis sp. foi a espécie
com maior potencial de adaptação aos ambientes; Crematogaster
tenuicula e Camponotus blandus (Myrmicinae) foram a
espécies mais representativas no cerrado; Labidus coecus e Solenopsis sp. foram
as mais representativas para o plantio com pau-debalsa e para o ambiente com
plantio teca, Labidus coecus e Atta sexdens foram mais
representativos. O índice de similaridade de Sorensen indicou alta similaridade
na riqueza de formigas entre os ambientes estudados.
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SERAPILHEIRA E A
REGENERAÇÃO POR ALTO FUSTE APÓS A COLHEITA DE POVOAMENTO DE TECA
Autor: TIAGO ALTOBELLE
DA SILVA SIQUEIRA
Palavras-chave: Tectona
grandis, banco de sementes, regeneração natural, condução da regeneração
Resumo:A colheita de
povoamentos de Tectona grandis no Brasil é feita por corte
raso e a sua substituição utiliza a regeneração artificial mediante o plantio
de mudas de origem seminal ou clonal. A regeneração natural por alto fuste é
opção técnica potencial em razão do banco de sementes formado na serapilheira.
Assim, o objetivo do presente estudo foi quantificar e avaliar a regeneração
natural por alto fuste após a colheita de um povoamento de teca no município de
Indiavaí-MT. Foram feitas coletas de serapilheira em 16 unidades amostrais, de
1m², distribuídas sistematicamente e de forma equidistante no interior do
talhão. Em laboratório, as amostras foram separadas nas frações folhas,
galhos/raízes, material reprodutivo e amorfo e, posteriormente, secos em estufa
a 70ºC por 48 horas com a determinação da massa seca em balança de precisão.
Considerou-se massa da fração amorfa apenas o conteúdo retido em peneira com
malha de 25 meshes. Quantificou-se a serapilheira total, e a capacidade de
retenção hídrica (CRH%) das frações e total da serapilheira coletada antes e
após o corte raso. O banco de sementes foi dividido em classes de tamanho, e
determinados a viabilidade e o vigor para cada classe, e para cada ponto de
coleta. Mediu-se, em campo, a altura e o diâmetro de coleto das mudas oriundas
da regeneração. Os dados da serapilheira e do banco de sementes foram
submetidos a estatística descritiva e à análise de cluster pelo método do
vizinho mais próximo. A quantidade total de serapilheira depositada sobre a
superfície do solo é 27,89 Mg.ha-1, com CRH% de 101,97%. O banco de sementes
contém 675 sementes.m-2, com médias de 11,66%, 8,61 dias e 0,11 respectivamente
para a geminação, tempo de emergência e índice de velocidade de germinação. O
potencial do banco de sementes foi estimado em 12 mudas.m-2. A colheita aumenta
a massa da serapilheira em 80% e diminui o banco de sementes em cerca 12%. A
passagem do rolo-faca diminui o número de sementes do banco em 0,12%. A maioria
do banco de sementes é composta por sementes mais antigas, porém as sementes
mais recentes são as que mais contribuem com a regeneração.
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