2020

VARIAÇÃO ESPACIAL DO EFEITO DE BORDA EM POVOAMENTO DE TECA DESBASTADO

Autor: ALINE FERREIRA SILVEIRA

Palavras-chave: Bordadura. Heterogeneidade estrutural. Desbaste seletivo.

Resumo:
O volume de madeira de uma floresta é uma variável quantitativa que, quando determinada de forma adequada, permite o gerenciamento e o planejamento do uso dos recursos florestais. Partindo-se da hipótese de que as árvores situadas na bordadura apresentam características dendrométricas distintas quando comparadas com as do interior do povoamento, apresentando maior altura, diâmetro e volume e que essa superioridade diminui gradativamente até o tamanho das árvores seja semelhante ao das árvores internas, o trabalho teve como objetivo conhecer a variação espacial do efeito de borda e a sua contribuição na produção e na produtividade de povoamento de teca desbastado. O estudo foi desenvolvido em um povoamento equiâneo e homogêneo de teca, de origem seminal, com 17 anos de idade, localizado no município de Nossa Senhora do Livramento, Mato Grosso. Na coleta de dados foi considerada a qualidade do sítio, e realizado o inventário das parcelas permanentes, além de censo do diâmetro a 1,3m das árvores (D1,3m) e o respectivo georreferenciamento das árvores. As variáveis estudadas dos tratamentos foram altura (h), diâmetro a 1,3 m do solo (D1,3m), área basal (G) e volume (V). Os dados foram avaliados tanto qualitativamente por meio da classificação de dominância, quanto quantitativamente, comparando às variáveis dendrometricas pelo teste Wilcoxon. A partir da análise dos dados foi possível determinar que em povoamento de teca de origem seminal, aos dezessete anos de idade, submetido a três desbastes, o efeito de borda aumenta a frequência de indivíduos nas classes superiores de dominância nas árvores localizadas na borda em relação as árvores internas dos talhões. E que o efeito de borda influência a produtividade média dos talhões e é variável da borda para o interior, refletindo no aumento da área basal e do volume dos talhões, independentemente da classe de sítio.

ESTRATÉGIAS DE AVALIAÇÃO DA RESISTÊNCIA À MURCHA-DECERATOCYSTIS CAUSADA POR Ceratocystis fimbriata EM Tectona grandis

Autor: FLÁVIA SAMPAIO ALEXANDRE

Palavras-chave: Imunização genética. Variabilidade. Indução de resistência. Micorrizas. Rizobactérias

Resumo:
A murcha-de-ceratocystis causada pelo fungo Ceratocystis fimbriata é uma doença que tem gerado sérios prejuízos em plantios de Tectona grandis (teca). Uma vez que o patógeno penetra e coloniza os tecidos da planta, os danos são irreversíveis. Para o controle da doença, deve-se adotar medidas preventivas. Dentre essas, a seleção e o plantio de genótipos resistentes é a medida mais eficiente para minimizar as perdas causadas pela doença. Entretanto, a falta de um método de inoculação do patógeno e de avaliação da doença em condições controladas dificulta a seleção de genótipos resistentes. Por outro lado, em materiais genéticos suscetíveis, pode ser explorado o mecanismo de indução de resistência sistêmica (IRS) promovido por microrganismos simbióticos e associativos da rizosfera, viabilizando o plantio de materiais genéticos suscetíveis, mas altamente produtivos. Assim, os objetivos do presente trabalho foram selecionar um método de inoculação e avaliação da severidade da doença para classificar genótipos resistentes à murcha-de-ceratocystis em condições de temperatura e umidade controladas e avaliar o potencial da associação de microrganismos benéficos da rizosfera na indução sistêmica de resistência à murcha-de-ceratocystis em teca, utilizando o fungo micorrízico arbuscular (FMA) Rhizophagus clarus e a rizobactéria Bacillus subtilis. Três métodos de inoculação de C. fimbriata foram testados: (I) injeção de suspensão de esporos no caule, (II) substituição de casca por disco de micélio e (III) inoculação de suspensão de esporos nas raízes. Com base nos resultados obtidos neste trabalho, conclui-se que a seleção de genótipos de teca resistente à murcha-de-ceratocystis é mais eficiente por meio de inoculaçõe sem condições controladas utilizando o método II. Foi observado variabilidade para resistência nos seis clones comerciais de teca avaliados, sendo dois classificados como altamente suscetíveis, dois como suscetíveis e dois como resistentes. Complementar ao uso de genótipos resistentes, a utilização da resistência induzida por microrganismos benéficos da rizosfera, utilizando o FMA R. clarus e a rizobactéria B. subtilis, apresentou-se como uma estratégia promissora de controle da murcha-de-ceratocystis em clones suscetíveis à doença. 

 

ETNOBOTÂNICA NA COMUNIDADE PANTANEIRA MIMOSEANA EM MATO GROSSO - BRASIL E O POTÊNCIAL ALELOPATICO DE Myracrodruon urundeuva Allemão

Autor: GÉSICA RAMOS DO ESPIRITO SANTO

Palavras-chave: Mimoso; Pantanal; Fitotoxicidade; Aroeira.

Resumo:
A utilização das plantas é uma prática comum entre as populações humanas. Desde os primórdios da humanidade, o homem utiliza a diversidade vegetal para diversas finalidades, como artesanal, alimentação, construção, remédios entre outros. Historicamente o cenário do uso popular de produtos naturais para o tratamento de diversas patologias é relatado nos mais variados contextos, desde as práticas ritual-religiosa e cultural até a respeitada medicina tradicional. O uso popular de plantas medicinais é uma prática que tem sido propalada por sucessivas gerações. O conhecimento relativo às plantas medicinais por uma comunidade é inerente a sua historicidade cultural e perpassa ao longo de sucessivas gerações. Objetivou-se com esta pesquisa caracterizar de forma integrada o conhecimento tradicional que os moradores da comunidade de Mimoso, no município de Santo Antônio do Leverger – MT possuem a respeito da flora local, bem como da utilização, do manejo e da conservação dos recursos vegetais disponíveis e avaliar o potencial alelopático da espécie medicinal mais citada. Para tanto utilizou-se tratamentos qualitativo e quantitativo. O qualitativo utilizou a técnica snowball sampling com aplicação do pré-teste, entrevistas semi estruturadas e abertas, turnê guiada e registro fotográfico. Para o tratamento quantitativo foi utilizado o Consenso Informante, que avaliou o Nível de Fidelidade (NF), Fator de Correção (FC) e a importância relativa de concordância de uso (Pcup%) entre os informantes usuários das plantas medicinais. Fez-se um ensaio de fitotoxicidade de Myracrodrun urundeuva com os preparos das folhas da planta, uma vez que esta espécie foi a mais citada pela população. Foram entrevistados 55 moradores em suas residências, sendo a maioria do sexo feminino (59%). A idade variou entre 18 a 94 anos. Quanto a origem 53% nasceram em Mimoso, sendo que a maioria reside há mais de 40 anos na comunidade. A renda familiar mensal (71%) chega a um salário mínimo, e 89% dos entrevistados possuem filhos. Quanto à escolaridade dos entrevistados, variou de não escolarizado até o ensino superior, com ênfase para o ensino fundamental com 51%. Quanto ao estado civil 60% dos informantes são casados, e o trabalho no lar é a principal atividade realizada por 38%. Segundo relatos dos Mimoseanos o cunho religioso configura-se tradicionalmente pelo catolicismo (67%). No total foram citadas 164 espécies vegetais, com 964 citações de uso, pertencentes a 64 famílias botânicas. As plantas com maior representatividade incluem -se nas famílias botânicas Fabaceae (9%); Asteraceae, (6%); Anarcadiacea (6%), Lamiaceae (6%); Solanaceae (5%). Entre as etnocategorias de usos dos vegetais na comunidade Mimoseana destacam-se a medicinal com 71% das espécies citadas (113 espécies), alimentícia com 31% (19 espécies), mística com 6% e ornamental com 4%. No que diz respeito ao preparo dos remédios caseiros, o chá ou infusão, equivalente a 82% foi à forma mais utilizada pelos entrevistados, sendo a folha (56%) à parte mais utilizada da planta para tratamentos terapêuticos empíricos, usados como há, na forma de infusão. Os Percentuais de Concordância corrigida dos Usos Principais para cada uma das espécies Pcup (%) registradas na comunidade Mimoseana, destaca-se a M. urundeuva (PCUP 56%). Nos ensaios realizados com os extratos aquosos de M. urundeuva os resultados obtidos mostram que as diferentes concentrações do extrato foliar não afetaram a germinação das sementes de alface e o potencial alelopático foi observado nas características de desenvolvimento das plântulas. É possível a similaridade das ações dos compostos secundários presentes nas folhas da aroeira com função de bioherbicida nos cultivos pertencentes às unidades de paisagens, principalmente, nas hortas e quintais, como forma de controle das ervas daninhas.

ANÁLISE DE DADOS ORBITAIS E SUBORBITAIS NO DIAGNÓSTICO E MAPEAMENTO DE ÁREAS PRIORITÁRIAS PARA CONSERVAÇÃO NO CORREDOR DA CHAPADA DOS GUIMARÃES

Autor: JÉSSIKA CRISTINA NASCENTE

Palavras-chave: OBIA. RPAS. Áreas úmidas. Dicranopteris flexuosa. Sucessão ecológica, KBA.

Resumo:
As áreas de Cerrado gradativamente estão sendo reduzidas por fatores diversos, seja por produção agropecuária, invasões biológicas e até mesmo por decorrente supressão do fogo. Em vista as modificações espaço-temporal da paisagem o uso do sensoriamento remoto é vastamente empregado na discriminação de tipologias vegetais, e aliados a técnicas de classificação proporcionam resultados que possibilitam políticas públicas de recuperação e acompanhamento de extensas áreas. O mapeamento de formações vegetais está limitado as resoluções do sensor, ao passo que as tecnologias RPAS se mostraram vantajosas, visto as escalas de detalhe quando comparadas as plataformas tradicionais e aerotransportadas tripuladas. O mapeamento de modo geral por Processamento Digital de Imagem é realizado por algoritmos classificadores “pixel a pixel” ou por “regiões”, obtendo-se os melhores resultados via aplicação deste último, onde destaca-se o método de Análise de Imagem Baseada em Objetos (Object-Based Image Analysis - OBIA). Sendo assim, este trabalho teve por objetivo integrar as técnicas de mapeamento via dados orbitais e Sistemas de Aeronaves Remotamente Pilotadas (RPAS) amparados por coletas de dados de campo. O capítulo 1 abrange a fundamentação teórica abordando conceitos quanto a importância das Áreas Úmidas (AUs) no Cerrado como áreas prioritárias para a conservação e a aplicabilidade dos sensores a esse estudo. O capítulo 2 aborda a classificação de três Áreas-Chave para a Biodiversidade (Key Biodiversity Areas - KBAs) na discriminação das fitofisionomias de vereda e outras fitofisionomias do Cerrado, auxiliada por técnicas de Sensoriamento Remoto e Sistemas de Informação Geográficas, integrado a lógica Booleana com distintos planos de informação. A classe “vereda” foi delimitada manualmente na tipologia de “Áreas Úmidas” a partir do reconhecimento de campo, totalizando 157,39 ha. A classificação obtida alcançou índice Kappa de 0,92. Conclui-se que trabalho conseguiu identificar locais possíveis de presença de habitats de vereda de interflúvios, porém, precisa aprimorar os critérios para cruzamento dos planos de informação, visando abranger as tipologias de veredas existentes. O capítulo 3 oferece um estudo focal de uma vereda de 20 ha inserida no Parque Nacional da Chapada dos Guimarães submetido ao Manejo Integrado do Fogo (MIF) sendo monitorado por um RPAS multirotor, resultando após a etapa de processamento dos dados obtidos nas missões, três ortomosaicos e modelos digitais que foram avaliados em laboratório e validados em campo. Os produtos gerados com os dados obtidos pelo RPAS possibilitaram diagnosticar a vegetação nativa e invasora da área quanto a resposta à queima prescrita, podendo inferir que o fogo atuou como renovador da vegetação e inibidor do crescimento de espécie de samambaia invasora no mesmo local. O levantamento fitossociológico demonstrou que a vereda está em processo de maturação devido o grupo ecológico as quais pertencem as espécies inventariadas. Obteve-se índice Kappa maior que 0,8 para todas as classificações geradas. A localização de AUs e posteriormente de veredas, são ferramentas de gestão de financiamento para instituições como o CEPF e de pesquisas para organizações como o INAU onde desenvolvem recomendações técnicas que orientam a instalação de empreendimentos e licenciamento para regularização rural. 

COMPOSIÇÃO FLORÍSTICA, RELAÇÃO VEGETAÇÃO-SOLO E CARBONO EM FORMAÇÕES FLORESTAIS NATURAIS DO PARAGUAI

Autor: LILA MABEL GAMARRA RUIZ DÍAZ

Palavras-chave: Floresta subtropical. Parâmetros fitossociológicos. Análise de Correlação Canônica. Análise de Redundância Canônica. Equações alométricas

Resumo:
O objetivo geral do presente estudo foi caracterizar as diferentes formações florestais presentes no Paraguai, quanto a sua estrutura e composição florística, determinar possíveis relações com variáveis edáficas e estimar o estoque de carbono por ha. Foram selecionadas de maneira aleatória 100 unidades amostrais (UA) de 60 m x 60 m, distribuídas em cinco estratos arbóreos (20 UA para cada estrato: Floresta Seca do Chaco, Floresta Sub-úmida inundável do Rio Paraguai, Floresta de Palmeiras, Floresta Sub-úmida do Cerrado e Floresta Úmida da Região Oriental), localizadas em todo o Paraguai. Tem-se registros dos diâmetros a 1,30 m de altura (d1,30) de todos os indivíduos arbustivo-arbóreos vivos com d1,30 5 cm. A composição florística foi analisada quanto ao número de espécies, gêneros e famílias botânicas registradas em cada estrato, onde, a semelhança florística foi determinada por meio do índice de similaridade de Jaccard, a riqueza por meio do estimador Jackknife I e diversidade das espécies através de perfis de Diversidade a partir da série exponencial de Rényi. A caracterização da estrutura horizontal de cada estrato foi feita a partir dos parâmetros fitossociológicos e foi utilizada a análise de espécies indicadoras combinando dados de abundância e presencia nos estratos. A construção das matrizes de vegetação e variáveis edáficas foi feita mediante uma análise preliminar, onde as que não apresentaram influência foram retiradas. A correlação entre os dados de vegetação e variáveis edáficas foi realizada por meio da Análise de Correlação Canônica, para determinar se as variáveis do solo influenciam na presencia das espécies e pela Análise de Redundância Canônica para avaliar se quais as variáveis do solo apresentaram maior influência sobre os indivíduos. Para os cálculos de biomassa foram utilizadas equações alométricas específicas para quatro estratos e de carbono foi utilizado o fator médio padrão do IPCC sugerido para florestas subtropicais. Nos diferentes estratos amostrados foi verificado uma dissimilaridade florística total, devido principalmente às grandes distâncias que existem entre os estratos. As famílias mais representativas (riqueza) foram Fabaceae, Myrtaceae, Rutaceae, Bignoniaceae e Euphorbiaceae. Foi verificado que as diferentes variáveis do solo influenciam na presença e no comportamento das espécies amostradas e destaca-se a forte correlação entre material orgânico e carbono orgânico, além de silte e argila. A Floresta Úmida da Região Oriental apresentou maiores valores de carbono aéreo, por conta de características próprias deste tipo de formação florestal relacionadas a sua estrutura, composição, fertilidade de solo, disponibilidade de água, entre outros, destacando-se espécies como Handroanthus sp.Caesalpinia paraguariensisSchinopsis lorentzii Jacaratia spinosa nos diferentes estratos amostrados.

ATRIBUTOS DO SOLO E SERVIÇOS AMBIENTAIS EM SISTEMAS AGROFLORESTAIS COM SERINGUEIRA (Hevea brasiliensis Müll.Arg.) NA ZONA DA MATA RONDONIENSE

Autor: LUCAS HENRIQUE VIEIRA LENCI

Palavras-chave: Mudanças climáticas. Serviços ecossistêmicos. Desenvolvimento sustentável. Indicadores de serviços ambientais. Qualidade do solo.

Resumo:
No contexto atual das mudanças climáticas e problemas ambientais, os sistemas agroflorestais (SAFs) são importantes sistemas de manejo que podem fornecer diversos serviços ambientais. Entretanto, esse potencial depende de fatores como: composição florística, densidade de plantio, idade, técnicas de manejo e características ambientais. Nesse sentido, este trabalho teve como objetivo determinar a qualidade do solo, avaliar o estoque de carbono e estimar serviços ambientais em sistemas agroflorestais multiestratificados com seringueira (Hevea brasiliensis Müll.Arg.) na Zona da Mata Rondoniense, Amazônia Sul-Ocidental. Para fins de comparação, também foram avaliados uma área de pastagem e um fragmento florestal da região. No primeiro estudo, buscou-se determinar a qualidade do solo, por meio de atributos físicos e químicos, e estimar serviços ambientais relacionados ao solo nos SAFs, pastagem e floresta. No segundo estudo, buscou-se caracterizar esses agroecossistemas e avaliar o estoque de carbono na biomassa arbórea, na serapilheira e no solo. Foram instaladas cinco parcelas de 30 x 30 m em cada uma das áreas, onde foi realizado o inventário florestal e coletadas amostras de serapilheira e amostras indeformadas, deformadas e monolitos de solo. As amostras de solos foram utilizadas para determinar os atributos físicos e químicos do solo. O estoque de carbono foi determinado em três compartimentos: na biomassa arbórea com equações alométricas, na serapilheira e no solo com a coleta de material e análises químicas. A densidade, porosidade e agregação do solo foram semelhantes em todas as áreas avaliadas, evidenciando o potencial dos SAFs em manter a qualidade física do solo. Os atributos químicos, principalmente pH, alumínio e saturação por bases, constataram o caráter ácido e baixa fertilidade química, que é característica da maioria dos solos tropicais. Os serviços ambientais relativos à ciclagem de nutrientes, retenção de água e manutenção da qualidade do solo foram eficientes principalmente nos SAFs sob solos argilosos, que tiveram valores semelhantes aos da floresta. Para a biomassaarbórea, os valores variaram de 22,92 a 79,20 Mg ha-1, sendo maiores na floresta e nos SAFs mais velhos e com maior proporção de indivíduos de maiores diâmetros. Para a serapilheira, os valores foram entre 2,60 e 4,08 Mg ha-1, sendo maior nos SAFs com espécies caducifólias. Para o solo, os valores variaram entre 72,68 e 108,06 Mg ha-1, sendo maior nas áreas sob solos argilosos. Considerando todos os compartimentos, o estoque total de carbono teve a seguinte ordem: floresta (188,02 Mg ha-1) > SAFs (valores entre 99,08 e 181,36 Mg ha-1) > pastagem (88,19 Mg ha-1). De maneira geral, os estoques de carbono variaram em função das diferenças de estrutura da vegetação e da textura do solo, todavia, os SAFs com seringueira contribuem para mitigação deste gás de efeito estufa. Os sistemas agroflorestais com seringueira na Zona da Mata Rondoniense têm potencial de fornecer diversos serviços ambientais, especialmente a manutenção da qualidade do solo e estocagem de carbono, demonstrando ser uma alternativa eficiente para conciliar a produção agrícola com a conservação dos recursos naturais.  

ESTABELECIMENTO DE PADRÕES DE UNIFORMIDADE EM PLANTIOS DE Tectona grandis Linn. F. POR MEIO DE IMAGENS RAPIDEYE E SISTEMAS DE AERONAVES REMOTAMENTE PILOTADAS (RPA)

Autor: LUCAS HENDERSON DE OLIVEIRA SANTOS

Palavras-chave: Índice de uniformidade, Inventário florestal, Percentis, Silvicultura clonal.

Resumo:
Este trabalho teve como objetivo avaliar padrões de uniformidade e a relação entre variáveis dendrométricas em plantios de teca. O estudo foi realizado em 3 talhões que totalizam 154,83 hectares, e plantados nos anos de 2014 e 2015. Os dados de campo foram obtidos em unidades amostrais com área variando de 987 a 1248 m². Ao todo foram implementadas 6 unidades amostrais em cada talhão, em um total de 18. A mensuração das variáveis dendrométricas foram realizadas, anualmente, de 2016 à 2019, em que foram obtidas as alturas totais dos indivíduos, e o d1,3, (Diâmetro altura do peito). A fim de avaliar a relação entre as variáveis dendrométricas, foram calculados os índices de uniformidade como os Percentis 25, 50 e 75, o coeficiente de variação, coeficiente de Gini, assimetria, além da sobrevivência e da altura média do povoamento. Os resultados permitiram caracterizar relações entre variáveis dendrométricas e a uniformidade além do Percentil 50 ser o índice que melhor expressa a uniformidade em povoamentos de teca.

DIVERSIDADE E ESTRUTURA GENÉTICA DE CLONES E EM POPULAÇÕES SEMINAIS DE TECA NO ESTADO DE MATO GROSSO

Autor: MARIANA DE MOURA QUEIROZ

Palavras-chave: Tectona grandis. Melhoramento florestal. Proteção de cultivar

Resumo:
A teca é uma espécie florestal de clima tropical e seus plantios se encontram em crescente ascensão no mercado mundial, devido à beleza peculiar e à qualidade de sua madeira. No Brasil, existe carência de pesquisas que viabilizem programas de melhoramento desta espécie. Assim, a fim de gerar informações a esse respeito, primeiramente foram avaliados marcadores moleculares microssatélites (SSR) mínimos para serem usados no processo de proteção de cultivares de teca e também, por meio destes marcadores, foram estudadas as relações de parentesco e a diversidade genética entre 50 clones comerciais ou em teste da espécie disponibilizados por duas empresas florestais do estado de Mato Grosso. Os clones foram divididos em dois grupos (referentes a cada uma das empresas) com 25 indivíduos para a realização das análises de parentesco e de diversidade genética. Dos 24 primers testados, 20 geraram alto conteúdo de informação polimórfica (PIC) e padrão de amplificação satisfatório. A partir das probabilidades de identidade (PI) e de exclusão de paternidade (PE) foi identificado um número mínimo de quatro marcadores SSR capazes de detectar o polimorfismo entre os indivíduos. Com a análise de coancestria foi possível determinar clones e possíveis clones entre e dentro dos grupos. Entre os grupos foram encontrados números semelhantes de alelos médios e totais por locus, assim como estimativas de heterozigosidade esperada (He) e observada (Ho) (Grupo 1: He = 0,72 e Ho = 0,60; Grupo 2: He = 0,75 e Ho = 0,63). Já a diferenciação genética entre os grupos ( = 0,02) foi baixa. Através das estimativas de distâncias genéticas de Nei foi possível identificar três grupos entres os clones, com um grupo geneticamente distinto, formado por apenas um indivíduo. Com estes resultados é possível indicar descritores moleculares eficazes na distinção de indivíduos de teca para processos de proteção de cultivares e a possibilidade de desenvolvimento de programas de melhoramento visando aumentar a diversidade genética com esses materiais, bem como a criação de clones. Posteriormente, no segundo capítulo, objetivou-se estimar a diversidade e a estrutura genética de diferentes populações seminais e clonais de teca presentes no estado de Mato Grosso por meio de marcadores ISSR. Foram testados 31 primers em 113 indivíduos separados em nove populações. Seis primers foram selecionados para realizar as análises, com 55 locus amplificados e considerados eficientes para a caracterização da diversidade, com base na correlação de Pearson e estresse de Kruskal. Todos os primers ISSR obtiveram alto conteúdo de informação polimórfica. Foi detectada porcentagem de locus polimórficos de 50,9 a 90,9%, com diversidade variando de 0,21 a 0,33 e índice de Shannon de 0,30 a 0,49. A maior parte da diversidade genética observada foi dentro das populações (86%). Quatro grupos genéticos foram identificados, formados por materiais genéticos da África, Índia e Brasil (oriundos de Tenasserim). Assim, existe diversidade genética potencial que pode ser explorada em futuros programas de melhoramento genético, a fim de viabilizar o aumento da produtividade da espécie.

VEGETAÇÃO CILIAR SOB EFEITO DE BORDA EM MATRIZ FRAGMENTADA NA AMAZÔNIA ORIENTAL

Autor: MARISTELA VOLPATO

Palavras-chave: Fragmentação. Mata ciliar. Pastagem. Ação antrópica.

Resumo:
O trabalho teve como objetivo estudar a estrutura e composição da vegetação de Áreas de Preservação Permanente ciliares em matriz fragmentada por atividade pecuária na Amazônia oriental. O primeiro capítulo aborda a descrição florística e a similaridade entre essa vegetação e a área de referência. No segundo os dados foram compartimentados em segmentos para verificar os efeitos da fragmentação ao longo da faixa de vegetação e no terceiro buscou-se a influência de variáveis do solo na distribuição das espécies encontradas nessas áreas. Para alcançar tais informações o estudo foi realizado em dois trechos de fragmentos de vegetação ciliar imersos em área de pastagem e um trecho circundado por vegetação florestal nativa no município de Juara, Mato Grosso. A vegetação adulta, com diâmetro medido a 1,30 m do solo (DAP) ? 5 cm, foi amostrada em parcelas de 10x30 m, medidas a partir do curso d’água, subdivididas em três parcelas de 10x10 m, localizadas de 0 a 10, 10 a 20 e 20 a 30 m do curso. Os regenerantes foram amostrados em parcelas de 2x2 m localizadas a 10, 20 e 30 m do curso d’água, no canto interior esquerdo das subparcelas. A estrutura e composição florística da vegetação ciliar adulta nas áreas fragmentadas mostraram características similares a área de referência. Os efeitos decorrentes desse evento têm se revelado, a princípio, com maior intensidade na regeneração natural, facilitando a colonização de espécies herbáceas que não foram verificadas com tamanha intensidade na área de referência. Na vegetação adulta os efeitos não são tão evidentes, mas não devem ser descartados, já que as plantas lenhosas possuem mecanismos distintos e podem demorar a manifestar resposta. Verificamos também que a vegetação possui uma elevada variação e que atributos do solo como umidade, matéria orgânica, areia, argila e silte atuam no ordenamento das espécies.  

PROGRAMAS DE SECAGEM PARA QUATRO MADEIRAS TROPICAIS

Autor: MAÚCHA FERNANDA MOTA DE LIMA

Palavras-chave: Secagem da madeira. Secagem drástica. Qualidade da madeira. Defeitos de secagem. Madeiras amazônicas.

Resumo:
A secagem é um processo imprescindível na industrialização da madeira, pois oferece maior estabilidade, durabilidade, qualidade e valor agregado ao produto final. No entanto, para que a secagem seja conduzida de maneira adequada, é necessário estabelecer um programa a partir das características peculiares das madeiras. Saliente-se que, existem programas pré-estabelecidos para espécies tropicais, todavia foram pouco avaliados. Deste modo, objetivou-se elaborar e avaliar programas de secagem para as espécies tropicais elaborados a partir da secagem drásticas. Para tanto, foram utilizadas as madeiras de Astronium lecointeiDinizia excelsaHymenolobium heterocarpum Qualea paraensis oriundas da Floresta Nacional do Jamari, as quais se determinaram as propriedades químicas, anatômicas e físicas. Para a elaboração dos programas de secagem de cada madeira, foi utilizado o potencial de secagem, as temperaturas inicial e final estimados. Os programas elaborados foram aplicados em estufa laboratorial com circulação forçada de ar, e após avaliou-se as taxas e defeitos de secagem de cada madeira. Assim, verificou-se para a madeira de Dinizia excelsa elevado teor de extrativos, e diâmetro de vasos com frequência reduzida, e obstruídos, com massa específica básica pesada e baixa porosidade. A madeira de Astronium lecointei apresentou comportamento semelhante à madeira anterior, diferindo com frequência elevada de vasos, porém totalmente obstruídos por tilos. Dessa maneira, se observaram para essas madeiras baixos teores de umidade inicial e reduzidas taxas de secagem. A madeira de Qualea  paraensiHymenolobium heterocarpum apresentaram características semelhantes, assim constataram-se baixos teores de extrativos, vasos com diâmetro grandes e frequência baixa, a massa especifica foi média com porosidade elevada. Desse modo, resultou em altos teores de umidade inicial, e maiores taxas de secagem, acima de 10 % dia-1 de verde ao PSF para essas madeiras. Em relação aos defeitos de secagem, em todas as madeiras se observaram rachaduras de topo e superfície. Destaque-se que, as madeiras apresentaram mais de um tipo de empenamento, no entanto os valores foram inferiores ao limite máximo estabelecido pela NBR 14806. Entretanto, verificou-se torcimento para as madeiras que apresentaram grã irregular, sendo classificadas como defeituosas. O colapso foi observado em grau leve para as madeiras de Dinizia excelsa Hymenolobium heterocarpum valores inferiores a 0,5 mm. Conclui-se que, conhecer as características anatômica, físicas e químicas, pode auxiliar a compreender o comportamento das madeiras no decorrer da secagem, visto que o movimento da água dentro da madeira está relacionada a sua estrutura. Em relação aos defeitos de secagem, as madeiras foram classificadas como defeituosas devido à alta incidência de rachaduras e presença de torcimento.

BIOPROSPECÇÃO ETNOFARMACOLÓGICA DE PLANTAS MEDICINAIS NA AMAZÔNIA OCIDENTAL

Autor: NHAÁRA DA VILA PEREIRA

Palavras-chave: Citotoxicidade,CHO-K1, Compostos bioativos, Antioxidante, DPPH, Etnofarmacologia e Snowball sampling.

Resumo:
Historicamente o uso popular de produtos naturais para as mais diversas finalidades é relatado nos mais variados contextos da história da humanidade. Destacar a importância da Etnofarmacologica é fundamental a partir do entendimento de que os saberes empíricos e as práticas de saber local são ferramentas indissociáveis dos valores culturais de diferentes formações sociais a assim constituindo recursos produtivos para a conservação da natureza e autogestão dos recursos naturais. Oriundas deste conhecimento, diversas plantas tem sido utilizadas na medicina tradicional com propósito terapêutico para tratamento e prevenção de diversas doenças. Os extratos obtidos a partir destes vegetais contém uma mistura complexa de diversos componentes que de maneira sinérgica podem contribuir na atividade biológica ou terapêutica. O presente estudo teve como objetivo realizar um levantamento etnofarmacológico das plantas medicinais e avaliar a atividade antioxidante e o potencial citotóxico in vitro. O estudo foi realizado na região de Mirante da Serra- RO, na área rural da Linha (Lh) 58. Aplicou-se um pré-teste para escolher e avaliar as técnicas a serem utilizadas junto à população local para melhor ajustamento às finalidades da pesquisa. A coleta de informações consistiu na aplicação de entrevistas semiestruturadas com perguntas fechadas e abertas, e observação direta e para a coleta de dados foi utilizada a técnica snowball sampling. Com o intuito de analisar a associação do uso de espécies medicinais com as categorias nosológicas, utilizou-se a Classificação Estatística Internacional de Doenças e Problemas Relacionados à Saúde (CID-10). Para o tratamento dos dados etnofarmacológicos foram utilizados os cálculos de Nível de Fidelidade (NF), Fator de Correção (FC), frequência relativa do uso de cada espécie citada (Pcup%) e similaridade de Jaccard. As espécies Adenocalymma bracteolatum, Stachytarpheta cayennensis, Piper hispidinervum, Pfaffia glomerata e Petiveria alliaceae, obtiveram destaque quanto ao nível de fidelidade, e foram submetidas para a avaliação in vitro do potencial citotóxico e antioxidante. O potencial citotóxico in vitro foi avaliado pelo método de Alamar Blue, utilizando células não metabolizadoras CHO-K1 e a atividade antioxidante foram realizadas pelo método 1,1-difenil-2-picril-hidrazil (DPPH). Novas descobertas vêm sendo feitas continuamente com produtos derivados das plantas. Diversos extratos vegetais são objetos de estudo em inúmeras pesquisas que avaliam ação antioxidante citotoxicidade, antiviral antifúngica, entre outras. Nesse sentido, o desempenho das técnicas e métodos avaliados frente às potencialidades terapêuticas com vistas ao uso tradicional aponta para um futuro promissor.

QUALIDADE DE Tectona grandis L.f. PARA PRODUÇÃO DE MADEIRA SERRADA

Autor: THEONIZI ANGÉLICA SILVA ALBUÊS

Palavras-chave: Teca, Melhoramento genético, Grã, Secagem

Resumo:
Na busca por maior produção de madeira em um tempo reduzido, as empresas florestais têm investido intensamente em melhoramento genético. Adicionalmente, são necessários estudos sobre a qualidade da madeira serrada para determinar se o material clonal apresenta características iguais ou superiores às do material seminal. Portanto, objetivou-se analisar a produção de medula, cerne, alburno e casca e avaliar a densidade básica e as propriedades mecânicas da madeira de Tectona grandis de origem seminal e clonal, além de avaliar a qualidade da madeira serrada submetida à secagem ao ar livre e em estufa. Foram coletadas seis árvores por material genético, com aproximadamente 15 anos de idade, sendo dois materiais clonais (C1 e C2) e um de origem seminal (S). De cada árvore foram mensurados o diâmetro à altura do peito e a altura comercial, e seccionados discos nas regiões de 0% (base da árvore), 25%, 50%, 75% e 100% (topo) em relação à altura comercial, e duas toras de aproximadamente 1 metro da região basal. A partir dos discos foram mensuradas as proporções de medula, cerne, alburno e casca e determinados o máximo desvio angular, a excentricidade de medula e a densidade básica. Os corpos de prova dos ensaios mecânicos de compressão paralela às fibras, dureza Janka e cisalhamento foram confeccionados a partir de uma das toras. Para avaliar a madeira antes e após os processos de secagem ao ar livre e em estufa, utilizou-se a outra tora, que foi desdobrada em tábuas, e, então, foram quantificados o rendimento de madeira serrada e a presença de nós e defeitos (encurvamento, arqueamento e rachadura). O clone C2 foi o que apresentou a menor proporção de casca (11%). O material C2 apresentou 51% de cerne até a metade da altura comercial, enquanto para C1 e S foi de até 25% da altura. Os três materiais não diferiram estatisticamente para máximo desvio angular, excentricidade de medula, densidade básica e dureza Janka. Eles foram classificados com grã moderadamente intercruzada e apresentaram densidade básica média de 0,52 g.cm-³ e valores de compressão paralela às fibras e dureza Janka superiores a 40 MPa. Não houve diferença estatística entre os materiais para rendimento total (77,58%) e comercial (55,72%) de madeira serrada. Após os processos de secagem, os índices de encurvamento e arqueamento foram inferiores a 5 mm.m-1, no entanto o material seminal apresentou maior incidência de rachadura antes e após a secagem ao ar livre e em estufa. Conclui-se que a qualidade da madeira serrada dos três materiais genéticos é satisfatória. A secagem em estufa desencadeou menor proporção de defeitos nos três materiais, e os materiais clonais apresentaram menores proporções de defeitos de secagem, comparados ao material seminal.

ACEIROS E ESTRADAS FLORESTAIS: UMA QUESTÃO SOBRE COMPATIBILIDADE ECONÔMICA E DE PROTEÇÃO

Autor: YASNAY MARIA DE MORAES MASSOLA FREITAS

Palavras-chave: construção; manutenção; incêndios florestais; parâmetros

Resumo:
Há uma linha muito tênue sobre estradas florestais e aceiros, bem como, sobre a definição de suas funções, dimensões, conceitos e características. O presente trabalho tem como objetivo o levantamento bibliográfico sobre essa temática, definição do conceito de estradas florestais e aceiros, seu uso e importância para o Brasil, além de um breve panorama sobre os incêndios no país, apresentando a deficiência sobre legislações que regulamentem a manutenção dos aceiros e estradas florestais. Por fim, foi possível observar que a maioria dos trabalhos utilizados nesta revisão são exclusivos da temática de estradas florestais ou de aceiros florestais, de forma isolada, constatou-se a necessidade de estudos que proponham densidade ótima também para aceiros, bem como, posteriormente, um estudo otimizado para proposição de uma densidade ótima efetiva para infraestruturas florestais que considerem aceiros e estradas de forma conjunta.

 

 

 

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