Histórico da fundação do Museu

 

O Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia é uma instituição universitária, sem fins lucrativos que visa a pesquisa, o ensino e a extensão nas áreas de Etnologia e Arqueologia. Foi criado pela Resolução nº CD 36/72 de 30 de junho de 1972 e inaugurado em 08 de janeiro de 1973. Inaugurado em 08 de janeiro de 1973, teve a colaboração de indigenistas como Orlando Villas Boas, João Américo Peret e Apoena Meireles, vinculados ao museu como pesquisadores, tornando-se os “principais fornecedores de acervo de cultura material exposto no salão de refeições do prédio do antigo restaurante universitário, situado no Parque Aquático, ao lado da piscina, onde permanece até hoje” (MACHADO, 2007, p. 29).

 

 O MUSEAR é unidade administrativa do Instituto de Ciências Humanas e Sociais da Universidade Federal de Mato Grosso.  A Resolução CONSUNI n.º11, de 27 de agosto de 2014, aprovou o Regimento Interno do MUSEAR e alterou o nome Museu Rondon para Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia da UFMT (MUSEAR). Após a reforma e ampliação, o MUSEAR foi reinaugurado em 10 de outubro de 2016 com nova curadoria da exposição de longa duração, Diversidade Étnica e Cultural em Mato Grosso, o Auditório para 100 pessoas, a Reserva Técnica e as dependências administrativas com a inserção do Programa de Mestrado em Antropologia Social (PPGAS/UFMT) e do Programa de Educação Tutorial PET Indígena – Conexões de Saberes.

 

O acervo do MUSEAR é constituído por uma variedade de peças de povos indígenas da Amazônia, referente a 59 povos indígenas que habitam 15 estados do território brasileiro e outros povos que habitam países vizinhos, tais como Paraguai, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Venezuela, Suriname e Peru: Apiaká, Apurinã, Asurini, Bakairi, Baniwa, Bororo, Canela, Cinta-Larga, Chiquitano, Desana, Enawenê-nawê, Guarani Kaiowá, Guató, Ikpeng, Manoki, Juma, Juruna, Kadiwéu, Kaingang, Kalapalo, Kamayurá, Kampa, Karajá, Javaé, Karitiana, Huni Kuin, Kayabi, Kayapó, Krahô, Kuikuro, Kuripaco, Macú, Macuxi, Matipú, Mehinako, Nambikwara, Pakaá Nova, Panará, Paresí, Rikbaktsá, Surui, Suyá-Kisêdjê, Tapirapé, Taulipang, Tembé, Terena, Tikuna, Tukano, Tupari, Umutina, Urubu Ka’apor, Uru-Eu-Wau-Wau, Waiwai, Waiana-Apalai, Waimiri Atroari, Waurá, Xavante, Yanomami, Yawalapiti, Zoró. As diferentes peças são de origem animal (couros, penas, ossos, dentes) e vegetal (palha, madeira, bambu e vime, etc.).  (SOUZA, 2016)

 

O Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia está cadastrado no Centro Nacional de Arqueologia (CNA), do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (IPHAN), como instituição apta para emissão de Carta de Endosso Institucional a projetos de escavação, prospecção e pesquisa arqueológica de instituições de pesquisa, pesquisadores e empresas externas à UFMT. Como instituição de salvaguarda de material arqueológico, passou a aumentar significativamente o acervo arqueológico com remanescentes arqueológicos provenientes de diversos empreendimentos em desenvolvimento na região.  

Acesse aqui a Galeria de imagens com o registro visual  da reabertura do Museu

Bibliografia Consultada

MACHADO, Maria Fátima Roberto. 2007. Museu Rondon: antropologia e indigenismo na Universidade da Selva. Tese de Pós-doutorado em Antropologia Social. Rio de Janeiro: Museu Nacional-UFRJ.

SOUZA, Ryanddre Os Museus e os Outros: Uma etnografia das classificações, alteridades e agenciamentos no Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia da UFMT. Dissertação de Mestrado (Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social). 195 fls. Universidade Federal de Mato Grosso. Cuiabá, Mato Grosso, 2016.

Resolução CONSELHO DIRETOR Nº 36 CD-30/72.

Resolução CONSELHO DIRETOR Nº 30 CD-30/82

Resolução CONSUNI N.º11, de 27 de agosto de 2014