MUSEAR
Museu de Etnologia e Arqueologia da UFMT
O Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia (MUSEAR) é uma instituição sem fins lucrativos que visa a pesquisa, o ensino, a extensão e a salvaguarda do patrimônio cultural de povos indígenas.
Acervo Museológico
O
acervo do MUSEAR soma mais de dois mil objetos, classificados em 13 categorias:
adorno plumário, indumentária, arma, artefato ritual, cerâmica, corda e cordão,
instrumento musical, material lúdico, tecelagem, trançado, utensílio e
implemento, material arqueológico e suporte técnico. Do total do acervo, 770
são objetos de povos indígenas habitantes originários no estado de Mato Grosso
e 179 objetos de povos indígenas de outros estados. Os objetos são arqueológicos e etnológicos
provenientes da colaboração de vários povos indígenas, de pesquisadores e
colecionadores particulares.
Na década de 1980, o acervo
tinha aproximadamente 500 objetos, sem catalogação, provenientes das incursões
dos Vilas Boas no Xingu e das missões jesuíticas no Utiariri, “outrora uma das estações telegráficas
estabelecidas pela Comissão Rondon que, após o término do interesse pelas
linhas telegráficas nas políticas de expansão do país, fora ocupada pelas
missões jesuíticas com a finalidade de amansar e catequizar os índios da região
sendo, inclusive, erguido um internato para que as crianças indígenas fossem
batizadas, seus nomes substituídos e alfabetizadas em português sem receber
catalogação (SOUZA, 2015, p. 102)
O acervo do museu possui objetos atribuídos a aproximadamente sessenta etnias distribuídas por quinze estados do território brasileiro, algumas delas presentes em países vizinhos, tais como Paraguai, Colômbia, Guiana, Guiana Francesa, Venezuela, Suriname e Peru. Conforme o estudo de Souza (2015, P. 102), museólogo e antropólogo do MUSEAR, “toda a produção material coletada dessas quase sessenta etnias é classificada em treze categorias diferentes, relativas tanto a sua composição material quanto ao seu uso” [...] “Dentro de um total de 2.372 peças, 866 (36,5%) não possui etnia atribuída no inventário museológico, mas apenas oito peças não estão classificadas em nenhuma das treze categorias descritivas adotadas para a catalogação (SOUZA, 2015, p. 102).
Bibliografia Consultada
SOUZA, Ryanddre. Para uma Antropologia dos agenciamentos e
visibilidades: objetos, discursos e alteridade no Museu Rondon de Etnologia e
Arqueologia da UFMT. Campos
- Revista de Antropologia, [S.l.], v. 16, n. 2, p. 94-112, dez. 2015. ISSN
2317-6830. Disponível em: <https://revistas.ufpr.br/campos/article/view/48254>. Acesso em: 19 out. 2021. doi:http://dx.doi.org/10.5380/campos.v16i2.48254.