O Museu de Etnologia e Arqueologia da Universidade Federal de Mato Grosso (Musear-UFMT)  recebeu, nesta quinta-feira (13.07) estudantes indígenas do povo Kurâ-Bakairi, da Terra Indígena Santana, em Nobres, que integram o projeto de extensão "Educação Científica em Contexto Intercultural", apoiado pelo Laboratório de Investigação da Química, da Diversidade e das Aprendizagens (LIQUIDA), do Departamento de Química da UFMT.

Mariuce Campos de Moraes, professora do Departamento de Química e uma das responsáveis pelo projeto, explica que a iniciativa surgiu em 2016, já está na 8ª edição e faz parte de uma rede de colaboração de diversas instituições. O grupo realiza oficinas itinerantes na área Estudos da Terra junto a professores de ciências da natureza de escolas do campo, quilombolas e indígenas.  

"A partir de 2017 nós conseguimos financiamento na Fundação de Amparo à Pesquisa do Estado de Mato Grosso (Fapemat) de modo que desenvolveu todas essas atividades a Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat), a UFMT e outras instituições do Brasil. Com este projeto podemos intensificar as oficinas itinerantes, ampliar o número de atividades também", conta. 

Ainda de acordo com a professora, a visita na UFMT foi uma demanda dos próprios estudantes, que queriam ver de perto essa produção de conhecimento científico na Universidade. Com recurso disponibilizado pela Secretaria Estadual de Educação (Seduc-MT) foi possível trazer os alunos para Cuiabá, possibilitando locomoção e hospedagem. A alimentação foi disponibilizada pela UFMT. 

"A organização da programação desse evento tem a ver com todos os estudos que desenvolvemos ao longo desses anos. Nós viemos ao Musear justamente por ser um lugar que proporciona esse diálogo intercultural dentro da Universidade", ressalta a docente. Além do Musear, também estão sendo visitados lugares importante da Universidade, como  Cineclube Coxiponés, Museu de Arte e de Cultura Popular (MACP), Estação Climatológica, Laboratório de análise de água, Laboratório de Microscopia e Biologia. 

Por: Safira Campos, Bolsista de Apoio Técnico - Comunicação