O ICHS atua nas áreas em que se privilegiam as relações humanas e sociais, partindo-se do estudo do cotidiano para compreender as macroestruturas da sociedade e suas várias manifestações.

Geografia - Projetos de Pesquisa

Análise de mudanças ambientais no Bioma Cerrado por Sensoriamento Remoto


Resumo: Esta pesquisa tem como objetivo realizar o monitoramento de características ambientais, naturais e antropogênicas, considerando o recorte espacial do Bioma Cerrado, utilizando dados de sensoriamento remoto. Os dados serão coletados em plataformas como o Projeto MapBiomas (para dados de uso e cobertura da terra e cicatrizes de fogo), TerraBrasilis/BDQueimadas mantidos pelo Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (para dados de focos de calor), Google Earth Engine (para dados climatológicos) e ainda, dados de alta resolução espacial da Planet Scope. Espera-se obter resultados que demonstrem a dinâmica espacial e temporal das características de uso e cobertura da terra e impactos ambientais decorrentes de atividades antrópicas ou eventos naturais.

Coordenadora: Profa. Carline Biasoli Trentin
Contato: carline.trentin@ufmt.br


Mudança do uso e cobertura da terra nas microrregiões Médio Araguaia e Tesouro: alteração e fragmentação paisagística, identificação e diagnóstico de áreas úmidas através das geotecnologias.



Resumo: O entendimento da relação homem-natureza contribui para desvelar o jogo de interesses que move o processo de apropriação da natureza. A forma de apropriação e transformação da natureza responde pela existência dos problemas ambientais. Nesse contexto, verificamos atualmente intensas transformações paisagísticas ocorridas no Cerrado. Estas transformações seguem viés economicista/pragmático, por livre arbítrio e cobiça, ignorando os limites de sustentabilidade da natureza, causando graves impactos ambientais. As principais ameaças à biodiversidade do Cerrado estão relacionadas a duas atividades econômicas: a monocultura intensiva de grãos e a pecuária extensiva de baixa tecnologia. Nem mesmo as áreas úmidas, importantes para a conservação da biodiversidade e para a manutenção dos recursos hídricos têm sido poupadas. Diante desta problemática buscamos analisar a mudança de uso e cobertura da terra nos últimos 40 anos, nas microrregiões Médio Araguaia e Tesouro, Mato Grosso, verificando a alteração paisagística, em especial das áreas úmidas. A avaliação da mudança de uso e cobertura da terra, bem como, a identificação de áreas úmidas, permitirá análise das alterações paisagísticas, principalmente, nas áreas de vegetação nativa, demonstrando o processo de fragmentação florestal. Diante do exposto optamos pelo desenvolvimento da presente pesquisa nas microrregiões Médio Araguaia (integrante da mesorregião Nordeste de Mato Grosso) e da microrregião Tesouro (integrante da mesorregião Sudeste de Mato Grosso). A microrregião Médio Araguaia é composta pelos municípios de Araguaiana, Barra do Garças e Cocalinho. A microrregião Tesouro é composta pelos municípios de Araguainha, General Carneiro, Guiratinga, Pontal do Araguaia, Ponte Branca, Poxoréu, Ribeirãozinho, Tesouro e Torixoréu. Com a intensificação das alterações paisagísticas, a Geografia permite uma visão ampla e uma abordagem multidisciplinar, contribuindo para que atividades de planejamento e gestão sejam mais eficazes. Em especial, com a utilização de aparato técnico das Geotecnologias, a possibilidade de levantamento de informações tem se ampliado.

Coordenador: Prof. Eduardo Vieira dos Santos
Publicações relacionadas ao projeto:
Artigo: Áreas úmidas do Cerrado e a distribuição espacial das Veredas no Estado de Mato Grosso a partir do Cadastros Ambiental Rural.
Contatos: Prof. Eduardo (66) 9 8131-6944


Projeto: Desafios e Potencialidades no Desenvolvimento Didático da Geografia Escolar em Barra do Garças (MT) a partir do Estudo Geográfico da Violência


RESUMO: Esta proposta de pesquisa busca compreender como o fenômeno da violência pode ser abordada a partir da Educação Geográfica. Os índices alarmantes da violência no Brasil revelam uma realidade problemática na produção socioespacial do país, impondo grandes desafios ao trabalho docente. O fenômeno da violência em suas diferentes manifestações seja direta, estrutural e simbólica resultam em transformações de ordem tanto material quanto imaterial, as quais, quando não aniquilam os corpos, podem arruinar as mentes dos indivíduos, na medida em que não se estabelecem as condições básicas para o seu enfrentamento. Diante dessa complexidade, a pesquisa levanta algumas questões-chave: Qual a relação do fenômeno da violência com a produção de espacialidades? Como o fenômeno da violência é compreendida no processo de ensino e aprendizagem na Geografia Escolar? É possível conceber uma didática a respeito do conhecimento geográfico da violência no contexto escolar? Quais são os limites e potencialidades de se trabalhar o conhecimento geográfico da violência na Educação Básica? O objetivo é entender como a didática e o desenvolvimento do estudo geográfico da violência podem ser estruturados no contexto da Educação Básica em Barra do Garças (MT), identificando desafios e potencialidades para o ensino de Geografia. Os objetivos específicos se estruturam: a) Investigar as diferentes formas de compreensão teórico-conceituais do fenômeno da violência e suas implicações espaciais; b) Compreender como o fenômeno da violência impacta na produção de espacialidades; c) Conceituar o conhecimento geográfico da violência como uma base teórica para a educação geográfica; d) Desenvolver propostas de ensino sobre a violência para escolas em Barra do Garças (MT); e) Avaliar os pontos positivos e negativos dessa abordagem. A pesquisa ocorrerá em metodologia colaborativa, a qual o processo de pesquisa se estabelece de forma mútua na produção, na organização, na problematização, nos processos reflexivos e na reelaboração de práticas no contexto educativo. Serão elencadas: 1) Pesquisa bibliográfica em livros, artigos científicos, dissertações e teses; 2) Levantamentos de campo para a busca de evidencias de formas e funções da paisagem que coadunam as diversas expressões de violência na cidade de Barra do Garças (MT); 3) Sistematização de concepções teórico-metodológicas para o processo de mediação do conhecimento geográfico da violência no contexto escolar local; 4) Articulação da teoria pedagógica do desenvolvimento como possibilidade de avaliar os processos de aprendizagem do conhecimento geográfico da violência. Palavras-chave: Didática da Geografia; Geografia Escolar; Violência; Conhecimento Geográfico da Violência.


Coordenador: Prof. Magno Emerson Barbosa da Silva

Período: 29/05/2024 a 29/05/2027


A Direção da Chuva em Barra do Garças-MT


O potencial erosivo da chuva pode ser avaliado conhecendo-se, principalmente, a energia cinética transferida aos solos pelos impactos das gotas de chuva. Estudos relacionando a perda de solos pelo impacto, as características do tamanho das gotas e sua distribuição, e à velocidade terminal dessas gotas, tem demonstrado que a energia cinética é o parâmetro apropriado para indicar a proporção do potencial erosivo das chuvas O objetivo do presente projeto será estimar a direção preferencial das chuvas no município de Barra do Garças-MT, a partir da utilização de pluviômetros vetoriais de PVC. A metodologia a ser desenvolvida, seguirá as seguintes etapas: 1-construção de pluviômetros do tipo vetorial; 2-instalação de bateria de pluviômetro vetorial; 3-observação dos valores pluviométricos; 4-geração de banco de dados; 5-modelagem estatística. Para obtenção das componentes direcionais das chuvas será utilizada uma bateria de pluviômetros vetoriais simples, orientados nas direções Norte (PN), Sul (PS), Leste(PE) e Oeste (PW), com áreas coletoras inclinadas em 45°. Assim espera-se visualizar a direção preferencial das chuvas na área de estudo.

Coordenador: Prof. Romário Rosa de Sousa
Período: 01/07/2022 a 30/06/2025


Dinâmica Demográfica de Torixoréu - MT e Suas Implicações Sócio Espaciais na Cidade


Torixoréu é um município localizado no interior de Mato Grosso, segundo o IBGE o município teve no censo de 2010 a população de 4.071 habitantes. A estimativa para o ano 2021 de acordo com o IBGE foi de 3.487 habitantes (IBGE), ainda segundo esse órgão, o município chegou a ter uma população de 8.352 habitantes no ano de 1991. Mediante tais informações, percebe-se que o município teve uma perda significativa de sua população dos anos 90 do séc. XX, até as primeiras duas décadas do séc. XXI. Assim, entender a dinâmica demográfica desse município à luz da ciência geográfica, mostra-se necessária, em razão de que somente a analise dos números não revelam os processos que levaram a perda de sua população, bem como não mostram os impactos que esse processo incide sobre a cidade e os sujeitos que ali permanecem. Isto posto, é necessário analisar o município e a cidade, suas relações espaciais. Estudar os fenômenos espaciais é desvendar e compreender seu dinamismo, os processos, as lógicas, as tramas, as implicações e os sujeitos que, resistem, mas que colaboram (?) e tornam/tornaram Torixoréu um lugar que não cresce. Além disso, também é significativo diagnosticar se a perda de sua população promove impactos, e como revelam-se espacialmente. As relações espaciais é que vão definir como uma cidade vai se caracterizar CARLOS (2007), e a espacialidade não se define em si, independente de um conteúdo real, o espaço é um produto do trabalho humano, ou seja, o espaço ele é histórico e social, e por isso mesmo, é uma vertente analítica a partir da qual se pode fazer a leitura do conjunto da sociedade, desde modo, para se fazer a análise do espaço deve se fazer uma análise em conjunto. Mediante essa assertiva, ao se fazer uma análise crítica sobre a espacialidade e a realidade da dinâmica demográfica de Torixoréu (com uma perda de mais de 50% de sua população nos últimos 30 anos), reitera-se uma série de questionamentos, entre estes quais são os motivos de sua dinâmica demográfica? Quais as implicações para o espaço urbano de Torixoréu? De que maneira isso se projeta na dinâmica sócio espacial do lugar, dos sujeitos, de sua história, de sua economia, de sua memória e representação? Isso é oque se pretende investigar ao longo dessa pesquisa, e com ela possa ter ferramentas para os agentes municipais de Torixoréu refletirem para onde pretendem projetar o futuro da cidade.


Coordenador: Prof. Sandro Cristino de Melo

Período: 04/0/2022 a 31/03/2025



O PROCESSO DE URBANIZAÇÃO NO LESTE MATO-GROSSENSE: TERRITÓRIO, CULTURA E DINÂMICAS SOCIOESPACIAIS


O fenômeno urbano constitui um dos temas básicos da Geografia, e visa focalizar o crescimento, o desenvolvimento urbano, a organização e a dinâmica socioespacial das cidades. Esse fenômeno evidencia a prevalência de a população viver em áreas urbanas e a importância de compreender a urbanização. O objetivo geral desta pesquisa é investigar como a urbanização se formaliza na Região Leste de Mato Grosso, e verificar os resultados tangíveis e intangíveis decorrentes desse processo. Essa região é definida como Região Intermediária pelo IBGE e a cidade polo, classificada como Centro Sub-Regional nível A, é representada pelo Arranjo Populacional (AP) de Barra do Garças que exerce influência em 30 municípios. Diante da necessidade de entender a estruturação do território, da cultura e das dinâmicas socioespaciais, nas quais as cidades estão inseridas, e também as singularidades e as similaridades entre elas, busca-se identificar os agentes que promovem o processo de urbanização, bem como as tensões e conflitos resultantes desse processo.


Coordenadora: Profa. Zenilda Lopes Ribeiro
Período: 03/08/2023 a 31/07/2026
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Câmpus Cuiabá

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(65) 3615-8000

Funcionamento Administrativo 7h30 às 11h30 e 13h30 às 17h30

Câmpus Araguaia

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Unidade II - Barra do Garças
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Barra do Garças - MT
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(66) 3533-3100

(66) 3533-3122

Funcionamento Administrativo 7h30 às 11h30 e 13h30 às 17h30

Câmpus Várzea Grande

Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2367
Bairro Boa Esperança - Cuiabá - MT
CEP: 78060-900

(65) 3615-6296

Funcionamento Administrativo 7h30 às 11h30 e 13h30 às 17h30