NAI
Núcleo de Acessibilidade e Inclusão
Núcleo de Acessibilidade e Inclusão
Material Informativo
Direito à comunicação
Algumas legislações como: A Lei 10.436/2002, Decreto 5626/2005 e a Lei 13. 146/2015 garantem ao surdo o direito de um intérprete de Libras/Português em instituições e eventos em que ele participe. Assim, nos espaços que tenham a presença de surdos, caso os envolvidos não tenham habilidade em Língua de Sinais, é necessário a atuação de um Intérprete de Libras/Português.
Dicas de acolhimento/convivência com pessoa com deficiência auditiva ou surdez
Não é correto utilizar o termo: surdo-mudo. O termo correto é: Surdo. Alguns se identificam como deficiente auditivo. Todavia, chame a pessoa pelo nome. Não devemos dar ênfase à deficiência, mas, à pessoa.
Uma dica muito valiosa é: manter a calma.
- Ao desejar falar com uma pessoa surda, acene para ela ou toque levemente em seu braço ou ombro para que ela volte sua atenção para você. Posicione-se de frente para ela deixando a boca visível de forma a possibilitar a leitura labial caso ela tenha essa habilidade.
- Evite fazer gestos bruscos. Fale de maneira clara, pronunciando bem as palavras, mas sem exagero. Use a sua velocidade normal.
- Seja expressivo, pois as pessoas surdas não podem ouvir mudanças sutis de tom de voz que indicam sentimentos de alegria, tristeza, sarcasmo ou seriedade, e as expressões faciais, os gestos e o movimento do seu corpo são excelentes indicações do que você quer dizer.
- Enquanto estiver conversando, mantenha sempre contato visual. Se você desviar o olhar, a pessoa surda pode achar que a conversa terminou.
- Caso a pessoa surda seja oralizada, nem sempre tem uma boa dicção. Se tiver dificuldade para compreender o que ela está dizendo, não se acanhe em pedir para que repita. Geralmente, elas não se incomodam em repetir quantas vezes for preciso para que sejam entendidas.
- Uma das ações relevantes em eventos que tenham surdos é a presença de um Intérprete de Libras. Neste caso, dirija-se a ela, e não ao intérprete.
- Caso haja interpretação, não passe na frente do intérprete, se o surdo perder um sinal, pode perder todo o contexto;
- Algumas pessoas surdas preferem a comunicação escrita, outras usam Língua de Sinais e outras ainda preferem códigos próprios. Estes métodos podem ser lentos, requerem paciência e concentração.
- Ao usar a estratégia da escrita na interação, não utilize o português muito rebuscado. A língua de conforto do surdo é a Língua de Sinais.
Referências
CÂMARA DOS DEPUTADOS. Como lidar com as pessoas com deficiência. Disponível em: https://www2.camara.leg.br/a-camara/estruturaadm/gestao-nacamara-dosdeputados/responsabilidadesocial-e-ambiental/acessibilidade/Comolidar.html. Acesso em 19/08/2021
Lei Nº 10.098, de 19 de dezembro de 2000. Estabelece normas gerais e critérios básicos para a promoção da acessibilidade das pessoas portadoras de deficiência ou com mobilidade reduzida, e dá outras providências. Diário Oficial da União, 20 dez. 2000.
Lei Nº 13.146, de 6 de julho de 2015. Institui a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (Estatuto da Pessoa com Deficiência). Diário Oficial da União, 7 jul. 2015.