Distribuição espaço-temporal dos casos de leishmaniose visceral canina atendidos em Hospital Veterinário de Cuiabá, Mato Grosso, no período de 2018 a 2023 e sobreposição aos casos humanos

Autor: Thaiza Fernanda Da Silva

Categoria(s): 2024

Palavra(s)-chave: dispersão, Fatores de Risco, Leishmania infantum., Reservatório canino

A leishmaniose visceral (LV) é causada pelo protozoário Leishmania infantum. Os cães são considerados o principal reservatório da LV no ambiente urbano. A LV encontra-se em expansão e estudos de distribuição temporal e espacial são importantes para identificar fatores associados a taxa de infecção da doença. Diante disto, esta pesquisa objetivou descrever a distribuição e o perfil epidemiológico da LV canina e humana na cidade de Cuiabá, Mato Grosso, durante o período de 2018 a 2023. Estudo retrospectivo descritivo foi realizado utilizando o banco de dados do Laboratório de Leishmanioses do HOVET-UFMT, em Cuiabá, Mato Grosso. Para análise, foram utilizados os dados referentes aos métodos de diagnósticos, como o teste sorológico rápido SNAP IDEXX, e parasitológico, pela citologia de medula óssea e/ ou linfonodo, além dos aspectos clínico-epidemiológicos e referentes ao ambiente de moradia dos cães. Adicionalmente, os casos humanos de LV confirmados no município de Cuiabá foram recuperados no sistema de informação de agravos de notificação (SINAN). No período, amostras biológicas de 1400 cães foram enviadas ao Laboratório de Leishmanioses. Desses, 552 (39,4%) cães foram positivos. As variáveis epidemiológicas vinculadas aos cães e associadas ao maior fator risco de infecção foram: cães machos, sem raça definida, com permanência restrita ao peridomicílio e residente em ambiente rural. As taxas de infecção canina mantiveram-se moderada e constante entre os anos de 2018 e 2023 na cidade de Cuiabá. Os casos caninos e humanos encontram-se distribuídos por todo o município, porém, as regionais Norte e Sul detiveram maior números de casos humanos e maior risco de infecção canina em relação à regional Oeste. Ademais, o encontro de cães infectados advindos de outras cidades reforça a importância dos cães como dispersores do parasito e a necessidade de diagnóstico correto dos cães para prover medidas de controle mais eficazes no controle da disseminação da LV.

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