Cultura

Coletivo Universitário lança filme com temática ambiental


Lucas Arruda

O projeto “Nossos Sonhos Pela Janela” combina elementos de documentário e ficção, a fim de pensar sobre as visões das novas gerações e o impacto ambiental. Em um experimento com uma turma de crianças do ensino fundamental, que foram questionadas sobre suas perspectivas e ideias para o futuro. A partir daí, cinco delas foram chamadas para mais uma produção artística, onde interpretaram personagens que representam seus próprios descendentes vivendo em um centro-oeste destruído pela devastação ambiental. O projeto tem sua produção encabeçada pela Bora Fazer Filmes em parceria com a Adjodja Filmes, produtoras independentes de Cuiabá-MT. A direção foi de Italo Evangelista, com argumento e roteiro de Italo Evangelista, Libel Queiroz, Luan Mello e Lucas Arruda.


A ideia é trazer contraste da vida das crianças do presente com as do futuro enquanto são indicados os problemas que estão causando essa crise climática, cujas consequências serão mostradas no futuro ficcional e os registros de suas falas colherão perspectivas infantis sobre futuro e meio ambiente trazendo a singularidade e inocência das crianças ao foco de um assunto que poderia ser considerado um tanto melancólico e desesperançoso. A proposta busca atingir positivamente as crianças que formam o público-alvo, resultando em uma obra audiovisual que brote de uma ação social, e que plante a semente do debate sobre um tema urgente.



As filmagens ocorreram em uma Escola Estadual Professor Honório Rodrigues Amorim com os alunos do oitavo ano com uma aula sobre a Importância do Meio Ambiente e dos Povos Indígenas com Professor e Historiador Kaique Alves. A preparadora cênica e artista plástica Wenni Justo colaborou com a produção ao ministrar uma Oficina de Atuação com intuito de provocar nas crianças o imaginário sobre como será o futuro. A partir daí, houve a escolha de elenco; Eyke Batista, João Pedro Ferreira, Manoela Siqueira, Felipe Leite e Igor Gabriel, alunos da escola, que tem sua vocação voltada às linguagens e artes. A Coordenadora Luana Glaucia, juntamente do Diretor Sérgio Fidelis firmaram a parceria  da escola com a produtora.


O projeto foi financiado pela Fundação Tide Setubal, uma organização não governamental e de origem familiar criada em 2006. As periferias urbanas são o foco do trabalho e o bairro de São Miguel Paulista foi o ponto de partida para a atuação. Por isso, a região na zona leste de São Paulo foi onde Tide Setubal realizou ações sociais na década de 1970, inspirando a criação da entidade.


Desse modo, a presença diária da Fundação Tide Setubal nesse território foi construída por meio da escuta e da atuação conjunta e permitiu conhecer e reconhecer uma periferia potente, criativa e com capacidade de renovação e inovação.


Por outro lado, reafirmou que a segregação entre centro e periferia faz com que alguns territórios aglutinem problemas múltiplos e de diversas naturezas. Há um ciclo de concentração das oportunidades sociais e econômicas que aprofunda as desigualdades nas grandes cidades brasileiras.


O parceria entre a produtora e a Fundação se deu através de um projeto da Tide que propõem ministrar oficinas diversas voltadas à área de produção audiovisual, e que atendem diversos coletivos, aquilombamentos e produtoras ao redor do Brasil através do Lab Enfrente, já no seu quarto ano de trabalho. Sequencialmente, a Fundação escolhe propostas de projetos entre essas produtoras participantes para compor os episódios da web-série “Ancestrais do Futuro”, que pode ser encontrada no Youtube e que na sua quarta temporada aborda o tema sobre mudanças climáticas.


A Bora Fazer Filmes nasceu dentro da Faculdade de Cinema e Audiovisual da Universidade Federal de Mato Grosso e tem em seu catálogo uma gama de curtas, videoclipes e conteúdos criados para redes sociais com foco em debater sobre cinema. Ao longo dos dois anos de existência, o coletivo teve como foco a produção comunitária de várias mentes e braços que, em sua grande maioria, se identifica como LGBTQIAPN+.


O que reflete muito em nossas produções também visto que em sua maioria, são obras que possuem essa representatividade tanto nos filmes, quanto por trás das câmeras. Assim como na nossa mais recente produção, agora em desenvolvimento, um curta-metragem dirigido por uma mulher trans que conta sobre suas vivências. 


O coletivo começou do zero, aprendendo a fazer cinema, e criou sua própria dinâmica de trabalho pautada num modelo que pode ser imaginado como um círculo, onde no centro se encontra o núcleo de direção e criação, mas todo o círculo se constitui como parte integrante e importante do processo. 


Liderado por 12 integrantes, nos organizamos e reorganizamos de acordo com cada projeto: os cargos de lideranças e liderados mudam para se adequar ao que faz sentido ao projeto, e trazer a possibilidade de movimentação e experiência mais ampla no setor audiovisual. 


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