O presente estudo investigou a prevalência de brucelose em equídeos no Estado de Mato Grosso, testando 3.858 amostras, sendo 3.230 equinos, 602 muares e 26 asininos, pertencentes a um banco de soro de 2014, colhidos nos 141 municípios e abrangendo os três biomas: amazônia, cerrado e pantanal. As amostras foram analisadas incialmente por triagem pela técnica do Antígeno Acidifica Tamponado (AAT), e àquelas que foram reagentes foram confirmadas posteriormente pela técnica de Fixação do Complemento (FC). Os procedimentos estão em conformidade com a Instrução Normativa no 34, de 8 de setembro de 2017 (IN 34 MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) que trata sobre o diagnóstico da brucelose. Pelo AAT, 173 amostras foram reagentes, sendo 70 amostras provenientes do bioma amazônico, 56 do cerrado e 47 do pantanal. Desse total, 30 amostras foram
confirmadas na FC, sendo 14 amostras do bioma amazônico, 14 do cerrado e 2 do pantanal. A prevalência estimada para o Estado de Mato Grosso foi de 0,82%, enquanto os valores nos biomas da amazônia, do cerrado e do pantanal foram estimados em 0,90%, 0,88% e 0,12%, respetivamente. Considerando por espécie, observou-se 456 (0,65%) equinos, 987 (1,25%) muares e 67 (2,95%) asininos positivos. Com relação à prevalência entre os sexos, observou-se que as fêmeas apresentaram 0,86% e os machos 0,78%. Quando comparado a idade, 0,10% positivos estão na faixa de idade 6 meses a 3 anos, 0,92% na faixa de 3 anos a 10 anos e 0,92% na faixa de animais com mais de 10 anos. Das propriedades testadas, 27 apresentaram animais positivos e dessas, apenas 9 apresentou bovinos positivos para brucelose, não constatando associação quanto as propriedades testadas para bovinos e equídeos (p>0,05). Com base nos resultados obtidos, conclui-se a prevalência de anticorpos anti-Brucella spp. em equideos no Estado de Mato Grosso foi estimada em 0,82%, e este valor é próximo dos detectados em outros estudos pelo Brasil. A frequência de anticorpos em equideos foi maior nos biomas amazônico e de cerrado, entretanto o risco relativo de focos de brucelose equídea é constante para todo o estado. Não foi observado associação entre foco de brucelose equina com bovinos ou foco de brucelose bovina.
Palvra-chave: Sorologia
A anemia infecciosa equina (aie) no estado de Mato Grosso: prevalência, distribuição espacial de focos e possíveis fatores de risco associados à infecção em equídeos.
O presente estudo avaliou a prevalência da Anemia Infecciosa Equina (AIE) no estado de Mato Grosso, composto por três biomas (Amazônico, Cerrado e Pantanal). Foram analisadas 3858 amostras de soro sanguíneo de equídeos provenientes de 1067 rebanhos, coletadas entre setembro e dezembro de 2014, nos 141 municípios do Estado. Utilizou-se o teste de imunodifusão em gel de ágar (IDGA) para determinar a presença de anticorpos contra o VAIE, enquanto a presença de um animal soropositivo classifica a propriedade como positiva (foco). As prevalências estimadas foram de 17,2% [IC95%;14,9-19,8%] para rebanhos e de 6,6% [IC95%;5,8-7,5%] para animais.
OCORRÊNCIA DE ANTICORPOS CONTRA O VÍRUS DA CINOMOSE CANINA, PARVOVÍRUS E Ehrlichia spp. EM CARNÍVOROS CATIVOS DO ZOOLÓGICO DA UNIVERSIDADE FEDERAL DE MATO GROSSO, BRASIL
A ocorrência de anticorpos contra o vírus da cinomose canina (CDV), parvorvírus e Ehrlichia spp. em carnívoros selvagens cativos foram avaliados em um jardim zoológico no Centro Oeste do Brasil. As amostras foram coletadas entre os anos de 2007 e 2014 de 45 carnívoros, incluindo espécies das famílias Canidae, Felidae, Procyonidae e Mustelidae.
Soroprevalência de Rickettsia spp. em equídeos e pesquisa de Rickettsia spp. em carrapatos Amblyomma cajennense e Dermacentor nitens da região do Pantanal Mato-grossense, Brasil
O objetivo do estudo foi estimar a infecção Rickettsial ( Rickettsia rickettsii , Rickettsia parkeri , ‘ Candidatus R. amblyommii ‘ , Rickettsia rhipicephali e Rickettsia bellii ) em eqüídeos , e carrapatos de uma região do Pantanal do Brasil. Amostras de 547 eqüídeos (500 cavalos e 47 asininos e muares ) foram avaliados pelo teste de imunofluorescência indireta (IFI ) . Um total de 665 adultos e 106 “pools” de ninfas de Amblyomma cajennense F.s1 , 10 carrapatos Dermacentor nitens Neumann, e 88 pools de larvas de Amblyomma sp. foram testadas por PCR .
OCORRÊNCIA DA INFECÇÃO POR Toxoplasma gondii POR SOROLOGIA E PCR ASSOCIADO A FATORES DE RISCO EM CÃES
A toxoplasmose é uma infecção comum nos animais e no homem, causada pelo Toxoplasma gondii configurando-se como uma importante protozoonose. O cão apresenta importância epidemiológica por atuar como sentinela da infecção para o homem. Levantamentos soro-epidemiológicos desses animais são importantes ferramentas de vigilância e controle da doença em programas de saúde.
Ocorrência de anticorpos contra os vírus das Encefalomielites e anemia infecciosa equina em equídeos do estado de Mato Grosso
O presente trabalho determinou a ocorrência de anticorpos contra os vírus das encefalomielites virais equinas leste (EEL), oeste (EEO) e venezuelana (EEV) e Anemia infecciosa equina (AIE) em equídeos dos biomas amazônico, pantaneiro e cerrado do Estado de Mato Grosso, utilizando banco de soros do Laboratório de Sanidade Animal (LASA) do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso referente ao ano de 2008. A detecção de anticorpos contra AIE foi realizada em 886 soros pela prova de Imunodifusão em gel de ágar (IDGA) enquanto que a detecção de anticorpos contra os vírus EEL, EEO e EEV foi realizada em 473 soros pela microtécnica de soroneutralização viral em culturas de células VERO. Para AIE, 46 (5,1%) equídeos foram positivos e nas encefalites virais 168 (35,5%) equídeos positivos foram detectados para EEL e 31 (6,5%) para EEV. As maiores frequências (P<0,05) de animais positivos foram observadas no Pantanal e na Amazônia para AIE e EEL respectivamente