Investigação molecular e epidemiológica dos vírus da influenza Aviária e avulavírus aviário sorotipo 1 em aves silvestres no estado de Mato Grosso, Brasil

Autor: Tayane Bruna Soares Magalhães

Categoria(s): 2024, Dissertação

Palavra(s)-chave: Charadrius collaris, Pantanal, RT-qPCR, Vigilância epidemiológica

As aves silvestres aquáticas das ordens Anseriformes e Charadriiformes são hospedeiras naturais do vírus da influenza aviária (AIV) e do vírus da doença de Newcastle. As espécies migratórias desempenham um papel significativo na disseminação intra e intercontinental desses patógenos, além de contribuírem para amplificação e manutenção viral em ambientes silvestres. A ocorrência de transbordamento viral interespécies não é incomum, portanto, o monitoramento epidemiológico que visa detectar a circulação desses vírus na avifauna é imprescindível, principalmente em locais que funcionam como sítios de escala e invernada de aves migrantes. O estado de Mato Grosso (MT), situado no Brasil Central, é percorrido por duas importantes rotas migratórias intercontinentais, onde alguns sítios de concentração aviária estão localizados em regiões periurbanas, sendo comumente observado o contato próximo entre a fauna silvestre, doméstica e seres humanos. Esse estado é composto por três biomas ricos em biodiversidade: Amazônia, Cerrado e Pantanal, nos quais já foram catalogadas 916 espécies diferentes de aves silvestres. Tendo em vista as características ecológicas do estado de MT, o objetivo desta pesquisa foi investigar indícios de atividade viral de AIV e NDV na avifauna local. Ao todo, foram testadas para ambos agentes, pela técnica de RT-qPCR 1.138 amostras de swabs orotraqueais e cloacais. Resultado positivo para Alphainfluenzavirus foi detectado em amostra coletada de uma ave silvestre pertencente á espécie Charadrius collaris, capturada na Baía de Chacororé, localizada no município de Barão de Melgaço (MT). A amostra positiva foi submetida ao equenciamento genômico (NGS), mas não foi possível obter o genoma completo para confirmação do subtipo viral. Todas as demais amostras testaram negativas para ambos agentes. O monitoramento epidemiológico na região e novas buscas deverão ser realizadas para investigação desses vírus na região do Pantanal mato-grossense.

Leia mais

Aspectos macroscópicos e microscópicos de lesões cutâneas e pulmonares em tapirus terrestris (TAPIRIDAE) associadas a incêndios florestais no Pantanal Mato-Grossense

Autor: Camilo Eduardo Barcenas Olaya

Categoria(s): 2024

Palavra(s)-chave: alterações pulmonares, Anta brasileira, incêndios florestais, lesões dérmicas, Pantanal

Incêndios florestais são relativamente comuns no Brasil e trazem como uma das consequências, riscos à saúde de animais que vivem nas áreas afetadas. Em 2020 numerosos focos de incêndios
destruíram vastas áreas do pantanal atingindo milhares de animais, incluindo Tapirus terrestris, uma espécie de alto valor biológico catalogada como vulnerável pela União Internacional para a Conservação da Natureza. Entre setembro e novembro de 2020, 12 antas resgatadas com queimaduras de pele e anexos foram encaminhadas para o Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso. Dentre essas, 11 morreram e uma sobreviveu. Todas foram submetidas a avaliação da extensão e profundidade das queimaduras na pele e anexos. As que morreram foram submetidas à necropsia e amostras foram coletadas para avaliação morfológica e microbiológica. A área de queimadura de pele variou entre 2,3% e 26,15% e foram classificadas entre Grau II profunda a IV. Lesões podais foram observadas em 11 antas, notando-se queda do estojo córneo em oito. Pneumonia bacteriana ocorreu em sete antas. Verificou-se que as lesões podais em
articulações dos membros ou que causam queda do estojo córneo restringindo a movimentação compromete a sobrevivência dessa espécie. As lesões dérmicas predispõem a pneumonias bacterianas que reduzem ainda mais as chances de sobrevivência de antas vítimas de incêndios florestais.

Leia mais

Trypanosoma evansi em cães de Barão de Melgaço, Mato Grosso: Prevalência molecular e fatores de risco

Autor: Ana Lúcia Vasconcelos

Categoria(s): 2023, Dissertação

Palavra(s)-chave: Cães, Pantanal, protozoário, Trypanosoma

O patógeno hemoflagelado Trypanosoma evansi, agente etiológico da doença conhecida como “surra” ou mal das ‘cadeiras”, é um protozoário que infecta diversos mamíferos ao redor do mundo, acometendo principalmente cavalos, camelos, cães e animais silvestres. Na região do pantanal brasileiro, já foram relatados casos de tripanossomíase canina causada por T. evansi. O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de T. evansi em
cães oriundo de município localizado no pantanal de Mato Grosso e pesquisar os possíveis fatores de risco associados à infecção. Esta pesquisa foi realizada no município de Barão de Melgaço (16011’40’’S e 55058’03’’ W), no Pantanal do estado de Mato Grosso, Brasil, com amostras de sangue de cães. Questionário epidemiológico estruturado foi aplicado ao tutor contendo informações sobre os possíveis fatores de risco. A detecção do DNA de T. evansi foi realizada pela técnica de qPCR com primers espécies específicos (TevF:5’TGCAGACGACCTGACGCTACT-3’ e TevR: 5’CTCCTAGAAGCTTCGGTGTCCT –
3’) que amplificaram uma porção de 227 pares de base da glicoproteína de superfície variante (VSG) T. evansi Rode Trypanozoon (RoTat) 1.2. Das 403 amostras, em duas (prevalência de 0,5%) foi detectado material genético de T. evansi. Embora nenhum fator de risco tenha sido associado à infecção (p > 0,05), foram observadas nas casas dos cães positivos, proximidade com vegetação e córregos, presença de tabanídeos, de roedores e
marsupiais. Esses fatores são conhecidos por estarem relacionados a ocorrência da infecção. Essas informações sugerem que o município de Barão de Melgaço possui características epidemiológicas que possibilitam a infecção canina por T. evansi.

Leia mais

Vigilância de doenças virais em aves de subsistência criadas próximas a sítios de aves migratórias no estado de Mato Grosso

Autor: Caroline Lemes Pereira Rego Bourscheid

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: Araguaia, Influenza, Pantanal, Vírus

No estado de Mato Grosso, nos municípios de Cáceres e Araguaiana há áreas de interface entre aves migratórias e de subsistência. A circulação dos vírus da influenza aviária (AIV), doença de Newcastle (NDV), metapneumovirus aviário (aMPV) e da bronquite infecciosa aviária (IBV) é desconhecida nesses locais devido à escassez de estudos. Este trabalho teve como objetivo realizar inquérito soro epidemiológico em aves domésticas de subsistência para estes agentes que causam prejuízos econômicos e sociais na avicultura comercial mundialmente. Infecções por AIV e NDV foram avaliadas por meio dos testes de ELISA, Inibição da Hemaglutinação e RT-PCR em tempo real em amostras de soro, suabes de cloaca e traqueia de 1.068 aves, entre galinhas, codornas, perus, patos e gansos. Para aMPV e IBV foram analisadas 623 amostras de soro de galinhas por ELISA. A frequência de aves soropositivas ao ELISA para AIV, NDV, aMPV e IBV em Araguaiana foram de 0,7%, 23%, 85% e 69% respectivamente; enquanto em Cáceres a frequência foi de 0,8%, 43,5%, 88,5% e 70%, respectivamente. Somente em Cáceres houve um pato (0,6%) positivo ao HI para NDV. Não houve amostras reagentes ao PCR para AIV e NDV. A análise espacial detectou a presença de aglomeração entre as propriedades com aves soropositivas ao NDV na zona urbana de Cáceres, sugerindo a participação dessa área na manutenção ou disseminação do virus. Este estudo evidenciou infecção por patógenos virais, em aves de subsistência nas regiões de sítio de aves migratórias no estado de Mato Grosso demonstrando a importância dessas aves como fontes de infecção para outras aves.

Leia mais

Dados epidemiológicos sobre a infecção por Sarcocystis spp., Neospora spp. e Toxoplasma gondii em equídeos do Pantanal Brasileiro

Autor: Alice Mamede Costa Marques Borges

Categoria(s): Tese

Palavra(s)-chave: Equídeos, Pantanal, soroprevalência, transmissão vertical

Sarcocystis neurona é agente etiológico da Mieloencefalite protozoária equina (MPE), doença grave, geralmente fatal e caracterizada por quadros neurológicos. O hospedeiro definitivo do parasito é o gambá (Didelphys virginiana, na América do Norte e D. albiventris, na América do Sul). Espécies do gênero Neospora são associadas a abortamento, doenças neonatais e também neurológicas. O hospedeiro definitivo para N. caninum são os canídeos domésticos e selvagens e este agente tem sido responsável pela maioria dos casos de abortamento em bovinos, já N. hughesi ainda tem seu hospedeiro definitivo indefinido e tem sido implicado também como possível agente causador da MPE. Toxoplasma gondii, parasita de distribuição mundial e causador da Toxoplasmose, uma zoonose de importância médica e veterinária tem como hospedeiros definitivos os felídeos domésticos e selvagens e praticamente todas as espécies de sangue quente podem desempenhar o papel de hospedeiros intermediários. Embora alguns dados da epidemiologia para esses protozoários sejam conhecidos, como as vias de transmissão, hospedeiros e vias de eliminação, informações particulares a regiões distintas como a do Pantanal mato-grossense são desconhecidas. Considerando a importância destas infecções o presente estudo objetivou avaliar a presença de anticorpos anti-S. neurona, Neospora spp. e T. gondii e detectar qual a importância da transmissão vertical como forma de manutenção das infecções para equídeos da região, fornecendo subsídios para a melhor compreensão dessas enfermidades nesta espécie.

Leia mais

Rickettsia Parkeri em carrapatos Amblyomma Triste Do Pantanal Brasileiro

Autor: Andréia Lima Tomé Melo

Categoria(s): Tese

Palavra(s)-chave: Amblyomma triste., Brasil, Carrapatos, isolamento, Pantanal, Rickettsia parkeri.

O gênero Rickettsia contempla espécies de bactérias que são transmitidas por carrapatos e podem causar doença em seres humanos e animais. Este trabalho objetivou investigar a presença de agentes pertencentes a este gênero em carrapatos em fase de parasitismo e de vida livre; bem como, realizar isolamento de Rickettsia spp. a partir de carrapatos Amblyomma triste de vida livre do município de Poconé, Estado de Mato Grosso. O presente estudo investigou a infecção por Rickettsia spp. em 151 Rhipicephalus sanguineus sensu lato (s.l.), 59 Amblyomma ovale, 166 Amblyomma triste, um Amblyomma dissimile e quatro Amblyomma dubitatum coletados neste município.

Leia mais

TAXA MÍNIMA DE INFECÇÃO POR Ehrlichia minasensis sp. nov. EM CARRAPATOS Amblyomma sculptum E Rhipicephalus microplus E AVALIAÇÃO DO PERFIL SOROLÓGICO E DE INFECÇÃO EM BOVINOS.

Autor: Izabelle Thayná Soares Carvalho

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: bovinos, Carrapatos, Ehrlichia, Pantanal, PCR, RIFI

Uma nova espécie filogeneticamente próxima a Ehrlichia canis foi identificada infectando bovinos e cervídeos no Canadá, bem como em bovinos e carrapatos Rhipicephalus microplus no Brasil. Esta espécie foi recentemente classificada como Ehrlichia minasensis sp. nov. e, embora tenha sido detectada em R. microplus, pouco se sabe sobre a epidemiologia desta infecção, principalmente nas espécies de carrapatos.

Leia mais

Soroprevalência de Rickettsia spp. em equídeos e pesquisa de Rickettsia spp. em carrapatos Amblyomma cajennense e Dermacentor nitens da região do Pantanal Mato-grossense, Brasil

Autor: Alvair da Silva Alves

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: Amblyomma Sculptum, Dermacentor nitens, Detecção Molecular, Equídeos, Pantanal, Rickettsia amblyommii, Sorologia

O objetivo do estudo foi estimar a infecção Rickettsial ( Rickettsia rickettsii , Rickettsia parkeri , ‘ Candidatus R. amblyommii ‘ , Rickettsia rhipicephali e Rickettsia bellii ) em eqüídeos , e carrapatos de uma região do Pantanal do Brasil. Amostras de 547 eqüídeos (500 cavalos e 47 asininos e muares ) foram avaliados pelo teste de imunofluorescência indireta (IFI ) . Um total de 665 adultos e 106 “pools” de ninfas de Amblyomma cajennense F.s1 , 10 carrapatos Dermacentor nitens Neumann, e 88 pools de larvas de Amblyomma sp. foram testadas por PCR .

Leia mais

DETECÇÃO SOROLÓGICA E MOLECULAR DE AGENTES INFECCIOSOS EM ONÇAS-PINTADAS (PANTHERA ONCA) DE VIDA LIVRE EM UNIDADES DE CONSERVAÇÃO DO PANTANAL MATOGROSSENSE, BRASIL

Autor: Selma Samiko Miyazaki Onuma

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: agentes infecciosos, Carrapatos, Pantanal, Panthera onca, unidade de conservação, zoonose

Amostras de sangue de 11 onças-pintadas de vida livre (Panthera onca) foram coletadas em duas unidades de conservação federal no Pantanal de Mato Grosso com objetivo de avaliar o perfil sanitário dessas populações. A presença de anticorpos séricos para Ehrlichia spp., Rickettsia spp., Toxoplasma gondii, Neospora caninum e Sarcocystis neurona foi investigada pela Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI); para Leptospira spp. pela Microtécnica de Soroaglutinação Microscópica (SAM) e para Brucella abortus pelo teste do Antígeno Acidificado Tamponado (Rosa Bengala).

Leia mais

PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS CONTRA O VÍRUS DA INFLUENZA EM EQUÍDEOS DE POCONÉ, MT

Autor: Lucas Gaíva e Silva

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: Anticorpo, Brasil, equinos, influenza vírus, Pantanal

O presente estudo avaliou a prevalência de anticorpos para o vírus da Influenza Equina (VIE) no município de Poconé, MT. em 529 equídeos pela técnica de Inibição da hemaglutinação utilizando como antígeno a variante H3N8 (SP/1/85). A prevalência de anticorpos no município foi determinada pela ponderação de cada animal em relação à população de equídeos do município. O teste do Qui-Quadrado foi realizado para averiguar possíveis associações com variáveis referentes aos animais. A distribuição da positividade e possíveis associações entre as propriedades foram avaliadas pelos modelos espacial auto regressivo misto e de regressão linear múltiplahttps://drive.google.com/file/d/1BBAKloYR8iHbkP0PlEpuWtQ2xHsyHgl0/view?usp=sharing

Leia mais