Análise eletrocardiográfica, da pressão arterial e de citocinas séricas em cães epilépticos

Autor: Yolanda Paim Arruda Trevisan

Categoria(s): 2024

Palavra(s)-chave: “morte súbita”, crises epilépticas, neuroinflamação, SUDEP.

A epilepsia idiopática é a doença neurológica crônica mais comum em cães. Em humanos com epilepsia há maior chance de morta súbita (Sudden Unexpected Death in Epilepsy – SUDEP), contudo ainda não está esclarecido o mecanismo, mas a hipertensão arterial pode diminuir o limiar convulsivo e precipitar crises epilépticas. Ao mesmo tempo, o início das crises está relacionado com o aumento do tônus simpático que pode elevar a pressão arterial, afetar o ritmo e a frequência dos batimentos cardíacos. Estudos com animais mostram que as vias neuroinflamatórias contribuem para o desenvolvimento e progressão da epilepsia e que podem ser alvo para terapia. No geral, a neuroinflamação é uma resposta normal que ajuda a manter a homeostase, contudo, a resposta neuroinflamatória prolongada ou muito intensa pode se tornar desfavorável, levando a uma disfunção celular. Baseado nisso, se ressalta a importância de avaliar a ocorrência da epilepsia idiopática com a hipertensão arterial ou alterações de ritmo cardíaco na medicina veterinária, bem como o perfil inflamatório na epilepsia canina. Os objetivos deste estudo foram: 1) avaliar os valores de pressão arterial e achados eletrocardiográficos, além dos parâmetros hematológicos, bioquímicos séricos e urinários, e hemogasométricos em cães com epilepsia idiopática tratados com fenobarbital; 2) investigar o perfil inflamatório das citocinas em cães com epilepsia idiopática e estrutural sob tratamento em comparação com cães não epilépticos. Os valores do completo QRS e do intervalo ST foram estatisticamente diferentes entre os grupos de cães epilépticos e cães saudáveis, contudo a pressão arterial não apresentou diferença estatística. Com relação às citocinas, a
concentração sérica de IFN-γ foi significativamente diferente entre o grupo controle e cães com epilepsia estrutural. Com estes resultados, a epilepsia idiopática sugere ser uma doença que pode promover alterações na condução cardíaca e cães epilépticos apresentaram valores séricos de citocinas pro-inflamatórias reduzidos. Com base nos resultados, sugere que a epilepsia interfere na condução elétrica pelas atividades autonômicas desencadeadas durante a crise epiléptica e que os cães devem realizar acompanhamento cardiológico devido às complicações secundárias. A busca por biomarcadores periféricos em cães com epilepsia pode ajudar a identificar o papel da neuroinflamação no sistema nervoso desses animais.

Leia mais

Importância da intoxicação espontânea por niedenzuella stannea (malpighiaceae) em bovinos no estado de Mato Grosso e reprodução do quadro clínico e lesional da intoxicação em ovinos

Autor: Flávio Henrique Bravim Caldeira

Categoria(s): Tese

Palavra(s)-chave: “morte súbita”, intoxicação experimental, Niedenzuella stannea, plantas tóxicas

O objetivo deste trabalho é relatar os aspectos epidemiológicos de uma enfermidade de caráter agudo, caracterizada por morte súbita associada ao exercício, que acomete bovinos na região de bacias hidrográficas do Rio Araguaia, especialmente no município de Torixoréu, sudeste do estado de Mato Grosso, Brasil, e também relatar os achados clínicos e patológicos da intoxicação experimental por Niedenzuella stannea em ovinos. Entre agosto e setembro de 2013, foram visitadas e inspecionadas as pastagens em 80 propriedades rurais do município, e em 65 aplicado um questionário epidemiológico.

Leia mais

INTOXICAÇÃO EXPERIMENTAL POR Niedenzuella stannea (MALPIGHIACEAE) EM BOVINOS E CORRESPONDENTE DETECÇÃO DE MONOFLUORACETATO

Autor: Felipe Peixoto de Arruda

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: “morte súbita”, bovinos, monofluoracetato de sódio, Niedenzuella stannea, plantas tóxicas

No Brasil, há ao menos 11 espécies de plantas toxicas de importância para pecuária as quais contém monofluoroacetato de sódio (MFA). Estas espécies estão contidas principalmente em três gêneros, Palicourea (Rubiaceae), Amorimia (Malpighiaceae) e Tanaecium (Bignoniaceae). Estas plantas podem causar insuficiência cardíaca aguda em bovinos, muitas vezes referida como a síndrome da morte súbita.

Leia mais

A INOCULAÇÃO RUMINAL DE ENTEROCOCCUS FAECALIS É EFICIENTE NO CONTROLE DA INTOXICAÇÃO POR MONOFLUOROACETATO DE SÓDIO EM OVINOS?

Autor: Geovanny Bruno Gonçalves Dias

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: “morte súbita”, Amorimia sp., defluoração, fluoroacetato dehalogenase, resistência

Do grupo das plantas que causa morte súbita em animais de interesse pecuário no Brasil, sete delas contém monofluoroacetato de sódio (MFA) como princípio tóxico. MFA causa bloqueio do ciclo de Krebs e consequente acúmulo de citrato nos tecidos. A movimentação dos animais intoxicados desencadeia os sinais clínicos e a morte com evolução superaguda. Uma das alternativas preconizadas para prevenção da intoxicação é a ingestão de doses não tóxicas de plantas que contém MFA.

Leia mais

A IMPORTÂNCIA DA INTOXICAÇÃO NATURAL POR Amorimia pubiflora (MALPIGHIACEA) EM BOVINOS NO ESTADO DE MATO GROSSO, REPRODUÇÃO EXPERIMENTAL DA INTOXICAÇÃO EM OVINOS E BOVINOS E INDUÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE RESISTÊNCIA A INTOXICAÇÃO POR A. pubiflora EM OVINOS

Autor: Marciel Becker

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: “morte súbita”, Amorimia pubiflora, Mascagnia pubiflora, micriobiota ruminal, monofluoroacetato, ovino, plantas tóxicas

Este trabalho relata aspectos epidemiológicos da intoxicação natural por Amorimia (=Mascagnia) pubiflora, (A. Juss.) W.R. Anderson em bovinos no município de Colniza, MT e a reprodução dessa intoxicação com administração de folhas jovens, coletadas em dois períodos do ano para ovinos e bovinos, da administração de folhas maduras e frutos para ovinos e investiga a indução e transferência de resistência às intoxicações por A. pubiflora em ovinos. A ocorrência de intoxicação por A. pubiflora foi constatada em visitas a fazendas nos anos de 2004, 2011 e 2012 através do quadro clínico patológico e da presença da planta nas pastagens. A intoxicação foi reproduzida em bovinos e ovinos; o início do quadro clínico ocorreu em média 8 horas após a administração da planta e a evolução clínica foi em torno de 4 horas, com fase final super aguda que variou de 3 a 21 min. As principais alterações clínicas encontradas foram taquicardia, evidenciação da jugular, tremores musculares, apatia e relutância à movimentação.

Leia mais