Fatores de virulência e resistência em isolados de Pseudomonas aeruginosa de animais silvestres

Autor: Jackeliny dos Santos Costa

Categoria(s): 2023, Tese

Palavra(s)-chave: blaKPC-2, Carbapenemases, MDR, Metalo-beta-lactamases

Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria onipresente, muito isolada em infecções nosocomiais que possui uma resistência intrínseca a drogas, por
alterações de permeabilidade da membrana, efluxo ativo de antibióticos, secreção de fatores de virulência além de secreção de enzimas β-lactamases
que podem ser transmitidas através de elementos genéticos móveis como as metalo-beta-lactamase (MBL) IMP, VIM, NDM, SIM, SPM e β-lactamases não
metalogênicas como a KPC. Relatos de P. aeruginosa multirresistentes a drogas (MDR) produtoras de carbapenemases do tipo MBL e carbapenemase KPC-2
em isolados de humanos e animais geram grande preocupação. O objetivo deste trabalho foi detectar os genes de virulência aprA, lasA, lasB, plcH, plcN, toxA e algD, os genes de resistência blaIMP-1, blaSPM-1, blaVIM-2, blaNDM-1 e blaKPC-2 e determinar o grau de resistência a antimicrobianos dos isolados de Pseudomonas aeruginosa de animais silvestres atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso. Nos 27 isolados testados, foram detectados os genes de virulência: aprA (16/27 – 59,3%), lasA (18/27 – 66,7%), lasB (20/27 – 74,1%), plcH (17/27 – 62,9%), plcN (23/27 – 85,2%) e toxA (21/27 – 77,8%) e os genes de resistência: blaVIM-2 (2/27 – 7,4%), blaNDM-1 (5/27 – 18,5%) e blaKPC-2 (11/27 – 40,7%). A taxa de resistência antimicrobiana nas amostras foi: Cefepime (CPM) 85,2%, Amicacina (AMI) 77,8%, Ciprofloxacino (CIP) 70,4%, Meropenem (MER) 51,8%, Piperacilina/Tazobactam (PPT) 44,4% e Imipenem (IMP) 29,6%. Esses dados alertam para o problema de resistência e contribuem para saúde única e traz dados inéditos como a detecção dos genes blaKPC-2 e blaNDM-1 em P. aeruginosa de animais silvestres no Brasil. O gene blaKPC-2 teve maior prevalência, dentre os carbapenêmicos, gerando preocupação, principalmente na fauna silvestre, que possui isolados com multirresistência a drogas, possivelmente por genes adquiridos de forma ambiental.

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Multilocus sequence typing (mlst) de isolados de complexo Klebsiella pneumoniae humanos e animais

Autor: Alessandra Tammy Hayakawa Ito de Sousa

Categoria(s): 2022, Tese

Palavra(s)-chave: diagnóstico molecular, Klebsiella spp., MDR, MLST, One Health

Uma das maiores preocupações na saúde pública são microrganismos multirresistentes a drogas (MDR) e a Klebsiella spp. que possui uma grande
importância na medicina humana e veterinária, causando diversos tipos de infecções e alta resistencia a drogas. Com o contato proximo de humanos e animais domesticos e silvestres, há o risco de doenças zoonoticas e a propagação de superbactérias multirresistentes. Visando o conceito One health, animais, humanos e ambiente podem atuar como reservatórios e disseminadores de superbactérias MDR. O objetivo deste trabalho foi traçar o grau de similaridade entre os isolados do complexo de Klebsiella spp. detectados em humanos, animais domésticos e silvestres, além de verificar a disseminação de clones resistentes dentro do estado de Mato Grosso e comparar com dados epidemiológicos de diferentes regiões do Brasil e do mundo. Os isolados oriundos de diferentes sítios de lesão foram identificados e confirmados pelo sequenciamento do gene 16S rRNA como pertencentes ao complexo K. pneumoniae e foi realizado o teste de susceptibilidade antimicrobiana, pelo método de difusão em disco em animais e em humanos pelo método de Concentração Inibitória Mínima (MIC) realizados nos sistemas Bact / Alert 3D e Vitek2. Os isolados extraídos foram submetidos a técnica de Multi Locus Sequence Typing (MLST) como descrito pelo Instituto Pasteur. Um total de 85% (62/73) de todos os isolados deste estudo foram considerados multirresistentes a drogas (MDR). Nos isolados de animais domesticos e silvestres foram observados altas taxas de resistência a amoxicilina 97% (56/58), ampicilina 93% (54/58), sulfonamidas 93% (54/58) e nitrofurantoína 91% (53/58). Taxas menores foram encontradas em amicacina 17% (10/58), meropenem 7% (4/58) e imipenem 3% (2/58), sendo 93% (54/58) dos isolados dos animais considerados MDR. Os isolados de humanos apresentaram uma alta resistência aos betas lactâmicos principalmente a ampicilina 100% (15/15) e menor resistência a amicacina 13% (02/15) e a colistina 33% (05/15), sendo 53% (08/15) dessesconsiderados MDR. Foram encontrados 60 Sequence type (ST) e destes, 20 foram considerados ST novos, pois houve detecção de novos alelos e não houve predomínio de STs. Devido aos poucos dados de infecção em animais silvestres e domésticos no estado de Mato Grosso, Brasil, que possui 3 biomas como o Pantanal, Amazônia e Cerrado, e considerando a importância da Klebsiella spp. em One Health,
o conhecimento da estrutura populacional do complexo K. pneumoniae é importante para determinar a relação entre os organismos MDR, bem como a fonte de infecção durante surtos fornecendo dados para um maior controle na saúde pública.

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Atividade antimicrobiana do óleo de Pequi (Caryocar brasiliense) e do óleo essencial de cravo-da-índia (Syzygium aromaticum) frente a isolados de Pseudomonas aeruginosa de otite canina.

Autor: Larissa Vieira Costa

Categoria(s): 2022, Dissertação

Palavra(s)-chave: MDR, multirresistência, óleo essencial, P. aeruginosa, suscetibilidade

Pseudomonas aeruginosa é uma bactéria Gram-negativa oportunista e sua crescente resistência é uma ameaça global a saúde pública. É comumente
identificada em otites caninas de difícil tratamento como em infecções hospitalares graves. Mediante tal cenário, há a necessidade na busca de
alternativas terapêuticas aos usos dos antimicrobianos e, nesse contexto, os fitoterápicos são conhecidos por suas diversas atividades biológicas dentre elas sua ação antimicrobiana. O objetivo dessa pesquisa foi avaliar o efeito antibacteriano do óleo essencial de cravo da índia e do óleo vegetal de pequi frente a isolados de P. aeruginosa oriundas de otite canina, bem como seu perfil de resistência. Foram avaliados 41 isolados de P. aeruginosa e testados 20 antibióticos destacando-se a alta resistência aos betalactâmicos incluindo os carbapenêmicos. Destes, 97,56% (40/41) dos isolados foram classificados como multirresistentes. A eficácia antimicrobiana do óleo de cravo foi avaliada pelo método de microdiluição e comparados com a gentamicina. A concentração inibitória mínima (CIM) e bactericida mínima (CBM) foram similares e variou entre 3,26mg/mL e 6,53mg/mL. Não foi possível realizar a CIM do óleo de pequi. Diante desses resultados concluiu-se que o óleo essencial de cravo da índia demonstrou-se ter ação antimicrobiana contra isolados multirresistentes de P. aeruginosa o que proporciona uma alternativa natural ao uso de antimicrobianos.

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Perfil de susceptibilidade antimicrobiana in vitro de Klebsiella pneumoniae isoladas de animais domésticos e silvestres

Autor: Alessandra Tammy Hayakawa Ito

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: Klebsiella pneumoniae, MDR, multirresistência, perfil de susceptibilidade

Klebsiella pneumoniae (K. pneumoniae) é um patógeno oportunista responsável por diversos tipos de infecções nosocomiais e é considerado um microrganismo multirresistente. Dados na literatura que forneçam informações a respeito da resistência desse microrganismo a antimicrobianos em amostras de animais são escassos. Dessa forma, o objetivo deste trabalho foi avaliar o perfil de resistências a antimicrobianos dentro da Medicina Veterinária.

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