A raiva é uma doença fatal que acomete os mamíferos, inclusive os humanos. Apesar de não ter tratamento eficaz após o início dos sintomas, pode ser prevenida com vacinação. O período de incubação é variável, causando meningoencefalite não-supurativa. O agente etiológico é um vírus RNA do gênero Lyssavirus, o qual está distribuído pelo mundo todo, exceto na Antártida. O diagnóstico conclusivo é realizado com amostras do sistema nervoso central coletadas post mortem, sendo a prova diagnóstica padrão é a imunofluorescência direta. De 2005 a 2019, mais de 49 mil casos da doença foram registrados em animais no Brasil, sendo 3.418 registrados em animais de interesse pecuário no Estado Mato Grosso. A falta de informações sobre
a genética, a diversidade e distribuição do vírus da raiva no Mato Grosso foi a motivação para a realização deste estudo. Um total de 117 amostras de tecido cerebral de bovinos, equinos, asininos, muares e ovinos de 29 municípios do estado de Mato Grosso e um município do estado de Rondônia, coletadas entre 2014 a 2021, foram positivas para a doença ao teste de imunofluorescência direta e/ou testes biológicos. O material genético foi extraído e a análise molecular foi realizado usando Transcriptase reversa seguida de Reação em Cadeia da Polimerase para o gene N. Das 117 amostras analisadas, 50 foram amplificadas por Transcriptase reversa seguida de Reação em Cadeia da Polimerase, purificadas e sequenciadas, apresentando 93,13%–100% de identidade com o vírus da raiva. Na análise filogenética, houve a formação de quatro clados, os quais foram geneticamente agrupados em regiões distintas dentro da linhagem Desmodus rotundus. Os resultados da geolocalização dos clados contribuirão para orientar os programas de
monitoramento, controle e vigilância sanitária em MT. Foi capturado, identificado e registrado um exemplar da espécie Diphylla ecaudata que não tinha registro científico no estado de Mato Grosso.
Palvra-chave: Mato Grosso
Diversidade de carrapatos e pesquisa de agentes infecciosos transmitidos por artrópodes em pequenos mamíferos silvestres do estado de Mato Grosso, Brasil
Os pequenos mamíferos e seus ectoparasitas participam da cadeia de transmissão de diferentes patógenos, podendo exercer papel de reservatórios e vetores agentes patogênicos que causam doenças. Neste contexto, carrapatos e amostras de tecidos (sangue, baço, fígado e pulmão) de pequenos mamíferos de onze diferentes municípios do Estado de Mato Grosso, Brasil, foram submetidos à extração de DNA e, posteriormente, à Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR) com objetivo de amplificar um fragmento de DNA de bactérias do gênero Bartonella spp. e Coxiella burnetii, protozoários dos gêneros Hepatozoon e Ordem Piroplasmorida (gêneros Babesia e Theileria). Além disso, os carrapatos coletados de pequenos mamíferos terrestres foram submetidos a detecção molecular de Rickettsia spp. No total, 5,7, 5,34 e 0,63% das amostras foram positivas para Bartonella spp., Babesia spp. e
Hepatozoon spp., respectivamente, em pequenos mamíferos. O total de 72 carrapatos foi identificado e DNA de Rickettsia amblyommatis e Rickettsia belliii foram detectados em Amblyomma auricularium. Relatamos pela primeira vez em Mato Grosso: i. Bartonella spp. em morcegos Lophostoma silvicolum, Myotis nigricans, Phyllostomus elongatus e Pteronotus rubiginosus, além de um possível novo genótipo de Bartonella spp. em L. silvicolum; ii. Neacomys amoenus infectados com Hepatozoon sp.; iii. diferente morfotipo de Ornithodoros guaporensis; iv. ocorrência de argasídeo O. guaporensis no bioma Cerrado; v. ninfas de Amblyomma cajennense sensu stricto e A. auricularium parasitando roedores Thrichomys pachyurus. Portanto, importantes patógenos circulam em pequenos mamíferos silvestres no Estado de Mato Grosso e também nos carrapatos, sendo algumas espécies descritas pela primeira vez como hospedeiras por meio desse estudo.
Platynosomum fastosum em felinos domésticos em Cuiabá, região Centro- oeste do Brasil
Platynosomum fastosum apresenta distribuição em regiões tropicais e subtropicais, e é o principal parasito do sistema biliar dos gatos domésticos. Os gatos podem ser assintomáticos ou apresentar sinais graves de colangite. No Brasil a infecção é relatada em todo território, porém na região Centro-oeste do país, há apenas estudos post mortem. Diante disso o objetivo dessa pesquisa foi pesquisar a frequência do parasitismo por P. fastosum em gatos domésticos atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Cuiabá, associando alterações
clínicas e laboratoriais (hemograma, bioquímico e ultrassonografia) com diferentes técnicas coproparasitológicas (sedimentação formalina-éter, Faust e Hoffmann).
Foram avaliados 171 gatos clínica e laboratorialmente e um questionário epidemiológico semiestruturado foi aplicado aos tutores. A prevalência observada foi de 26,90%, sem associação significativa com gênero, estado reprodutivo, idade, hábito de caça, acesso à rua, tratamento anti-helmíntico recente e desconhecimento do tutor em relação ao parasitismo. Dos gatos avaliados, 55 (32,16%, valor de p< 0,01) apresentaram sinais clínicos sugestivos de colangite com associação significativa ao parasitismo. Em relação as variáveis clínico patológicas, observou-se leve neutrofilia e elevação não significativa da atividade sérica de ALT e FA, enquanto os valores médios de eosinófilos, leucócitos totais, proteína total, albumina e globulina se encontravam dentro da normalidade. Os achados ultrassonográficos foram semelhantes com os já descritos, ductos biliares dilatados, vesícula biliar espessada, hepatomegalia e sedimento na vesícula biliar. O parasitismo por P. fastosum ocorreu em aproximadamente um quarto (26,90%) dos gatos da amostra avaliada em Cuiabá-MT, com associação significativa com os sinais clínicos de colangite e concordância regular entre as técnicas coproparasitológicas empregadas.
Platynosomum fastosum em felinos domésticos em Cuiabá, região Centro-oeste do Brasil
Platynosomum fastosum apresenta distribuição em regiões tropicais e subtropicais, e o principal parasito do sistema biliar dos gatos domésticos. Os gatos podem ser assintomáticos ou apresentar sinais graves de colangite. No Brasil a infecção é relatada em todo território, porém na região Centro-oeste do país, há apenas estudos post mortem. Diante disso o objetivo dessa pesquisa foi pesquisar a frequência do parasitismo por P. fastosum em gatos domésticos atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso, campus Cuiabá, associando alterações clínicas e laboratoriais (hemograma, bioquímico e ultrassonografia) com diferentes técnicas coproparasitológicas (sedimentação formalina-éter, Faust e Hoffmann). Foram avaliados 171 gatos clínica e laboratorialmente e um questionário epidemiológico semiestruturado foi aplicado aos tutores. A prevalência observada foi de 26,90%, sem associação significativa com gênero, estado reprodutivo, idade, hábito de caça, acesso à rua, tratamento anti-helmíntico recente e desconhecimento do tutor em relação ao parasitismo. Dos gatos avaliados, 55 (32,16%, valor de p< 0,01) apresentaram sinais clínicos sugestivos de colangite com associação significativa ao parasitismo. Em relação as variáveis clínico patológicas, observou-se leve neutrofilia e elevação não significativa da atividade sérica de ALT e FA, enquanto os valores médios de eosinófilos, leucócitos totais, proteína total, albumina e globulina se encontravam dentro da normalidade. Os achados ultrassonográficos foram semelhantes com os já descritos, ductos biliares dilatados, vesícula biliar espessada, hepatomegalia e sedimento na vesícula biliar. O parasitismo por P. fastosum ocorreu em aproximadamente um quarto (26,90%) dos gatos da amostra avaliada em Cuiabá- MT, com associação significativa com os sinais clínicos de colangite e concordância regular entre as técnicas coproparasitológicas empregadas.
SITUAÇÃO EPIDEMIOLÓGICA DA BRUCELOSE BOVINA NO ESTADO DE MATO GROSSO
A situação epidemiológica da brucelose bovina no Estado de Mato Grosso foi avaliada com intuito de verificar a eficácia do programa de vacinação contra brucelose bovina implementado pelo estado de Mato Grosso, utilizando-se a prevalência da doença como indicador. Para o estudo, o Estado foi dividido em quatro regiões assim denominadas: Pantanal, Leite, Engorda e Cria.
“VULVOVAGINITE PUSTULAR POR Ureaplasma diversum EM FÊMEAS BOVINAS DE CORTE NO VALE DO GUAPORÉ, MATO GROSSO”
Ureaplasma diversum tem sido associado a vários problemas reprodutivos em bovinos, incluindo vulvovaginite granular, bezerros fracos e aborto. Este estudo foi realizado em um rebanho bovino na região Centro-Oeste do Brasil, com o objetivo de identificar U. diversum com possível causa da vulvovaginite pustulosa em novilhas e sua relação com o desempenho reprodutivo nesse rebanho.
Caracterização microbiológica, histopatológica e molecular de pasteurella multocida de suínos com pneumonia nos estados do Mato Grosso e Mato Grosso do Sul
A Pasteurella multocida acomete suínos em todo o mundo causando rinite atrófica e pneumonia, resultando em muitas perdas econômicas na atividade suinícola. O objetivo deste trabalho foi caracterizar microbiologicamente, histopatologicamente e molecularmente as amostras de P. multocida isoladas de pulmões de suínos com pneumonia dos estados de Mato Grosso e Mato Grosso do Sul. Quarenta amostras de pulmões com pneumonia foram enviadas ao laboratório de patologia veterinária onde foram fixadas em formol 10%, emblocados em parafina e coradas para observação histológica. No laboratório de microbiologia os pulmões foram semeadas em agar sangue ovino 5% e agar MacConkey e incubadas a 37º C por até 48 horas.
Características do sistema de produção de suínos em unidades de terminação do estado de Mato Grosso, Brasil
A importância da suinocultura industrial no agronegócio brasileiro e mundial em conjunto com o desenvolvimento econômico nacional, com os efeitos multiplicadores de renda e emprego em todos os setores da economia, que vem intensificando a demanda de insumos agropecuários e a expansão e modernização dos setores de comercialização e agroindústrias aliadas ao avanço tecnológico e o crescente aumento de consumo de carne suína por habitante e necessidade de maiores informações sobre o manejo produtivo e sanitário das granjas de produção, motivaram este estudo.
Ocorrência de anticorpos contra os vírus das Encefalomielites e anemia infecciosa equina em equídeos do estado de Mato Grosso
O presente trabalho determinou a ocorrência de anticorpos contra os vírus das encefalomielites virais equinas leste (EEL), oeste (EEO) e venezuelana (EEV) e Anemia infecciosa equina (AIE) em equídeos dos biomas amazônico, pantaneiro e cerrado do Estado de Mato Grosso, utilizando banco de soros do Laboratório de Sanidade Animal (LASA) do Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso referente ao ano de 2008. A detecção de anticorpos contra AIE foi realizada em 886 soros pela prova de Imunodifusão em gel de ágar (IDGA) enquanto que a detecção de anticorpos contra os vírus EEL, EEO e EEV foi realizada em 473 soros pela microtécnica de soroneutralização viral em culturas de células VERO. Para AIE, 46 (5,1%) equídeos foram positivos e nas encefalites virais 168 (35,5%) equídeos positivos foram detectados para EEL e 31 (6,5%) para EEV. As maiores frequências (P<0,05) de animais positivos foram observadas no Pantanal e na Amazônia para AIE e EEL respectivamente
A ecoepidemiologia das leishmanioses: levantamento de flebotomíneos em Cuiabá e investigação quanto a participação de roedores e marsupiais em Rondonópolis, Mato Grosso.
As leishmanioses são doenças zoonóticas que no Brasil apresentam a forma visceral (LV) causada pela Leishmania (Leishmania) infantum chagasi e as formas tegumentares e mucosas, causadas principalmente pela Leishmania (Viannia) braziliensis. Esta dissertação apresenta os resultados do estudo entomológico realizado em bairros de Cuiabá, objetivando identificar os flebotomíneos vetores participantes da cadeia de transmissão de LV, bem como, os resultados da pesquisa epidemiológica transversal de infecção por L. (L.) i. chagasi e por L. (V.) braziliensis em pequenos mamíferos capturados em Rondonópolis, através de métodos moleculares (PCR-RFLP).