As leishmanioses formam um grupo de doenças parasitárias causadas por protozoários do gênero Leishmania, transmitida por flebotomíneos. Os objetivos: 1) avaliar a situação epidemiológica das leishmanioses nos municípios abrangentes do Pantanal de Mato Grosso; 2) verificar a fauna flebotomínea, bem como estabelecer a distribuição, riqueza e abundância das espécies em um município do Pantanal de Mato Grosso. Os dados epidemiológicos com respeito aos casos humanos, caninos e vetoriais foram coletados do Sistema de Informação de Agravos de Notificação (SINAN) e do Departamento de Vigilância Ambiental da Secretaria de Estado de Saúde, respectivamente; correspondendo ao período de 2007 a 2016. Estudo de campo e laboratório: os insetos foram coletados com armadilhas de luz (CDC), instaladas em dez residências na área urbana do município de Barão de Melgaço, no período de 2015 a 2017. Entre 2007 e 2016, dez casos humanos de leishmaniose visceral (LV) e 499 casos da forma cutânea (LT) foram identificados na região do Pantanal, com seis dos sete municípios apresentando circulação do parasito em cães (variadas prevalências) e presença de vetores LV em cinco municípios e de LT em seis deles. O monitoramento de 2015 a 2017 resultou em 6.013 flebotomíneos distribuídos em dois gêneros e 26 espécies, com predomínio de Brumptomyia brumpti, seguido por Lutzomyia evandroi e Lu. walkeri, juntos representaram 81,4% dos indivíduos coletados. Lutzomyia cruzi (vetor de LV), Lu. antunesi, Lu. flaviscutellata e Lu. whitmani (vetores de LT) foram coletados em algumas residências em baixa densidade. Embora a região do Pantanal não tenha apresentado números expressivos de casos de leishmanioses entre os anos de 2007 e 2016, aliado ao fato do município de Barão de Melgaço apresentar baixa densidade de espécies transmissoras do agravo em questão, o fortalecimento dos serviços de vigilância é fundamental para evitar um crescimento na população vetorial com consequente aumento de casos caninos e humanos.
Palvra-chave: Leishmaniose Visceral
Relação de carga parasitária com parâmetros reológicos e imunológicos na leishmaniose visceral canina
A leishmaniose visceral é uma zoonose causada por um protozoário da família Trypanosomatidae, gênero Leishmania. No Brasil, Leishmania chagasi é o agente da doença, transmitida para seres humanos e animais principalmente por flebotomíneos, Lutzomyia longipalpis. A enfermidade é caracterizada por manifestações clínicas que variam de discretas e moderadas até às graves. Anemia, uremia, hiperproteinemia e hiperglobulinemia são alterações clínicopatológicas comuns na leishmaniose visceral canina (LVC).
Leishmania chagasi EM CÃES NO MUNICÍPIO DE JACIARA, MATO GROSSO, BRASIL
A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença causada pelo protozoário Leishmania chagasi e transmitida pela picada de fêmeas de flebotomíneos. O cão é considerado o principal reservatório do agente em áreas urbanas e a eutanásia de cães sororreagentes é um dos métodos de controle da LV. As técnicas utilizadas para o diagnóstico da leishmaniose visceral canina (LVC) no Brasil, Ensaio Imunoenzimático (ELISA) e Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), foram amplamente questionadas devido à precisão desses testes.
Fauna de flebotomíneos, taxa de infecção natural e hábito alimentar de Lutzomyia cruzi em Jaciara, Mato Grosso
A leishmaniose visceral no Brasil é uma doença causada por protozoários da espécie Leishmania (Leishmania) infantum chagasi, transmitida por flebotomíneos denominados Lutzomyia longipalpis e Lu. cruzi. O estudo da fauna desses insetos, aliado à pesquisa do hábito alimentar e a determinação das taxas de infecção natural por Leishmania, é uma importante ferramenta para a compreensão da cadeia epidemiológica das leishmanioses e da competência vetorial. As coletas desses insetos foram realizadas na área urbana de Jaciara/MT com uso de armadilhas luminosas no período de 2010 a 2013.