Objetivo: avaliar o impacto da instilação de trometamol cetorolaco (TC) por três vezes ao dia durante 15 dias consecutivos nos parâmetros do hemograma, bioquímica sérica, urinálise, tempo de sangramento (TS) e no teste de sangue oculto nas fezes (SOF) em gatos saudáveis. Metodologia: amostras de sangue foram coletadas de 15 gatos para avaliar parâmetros hematológicos e da bioquímica sérica nos períodos basal e 15 dias após a instilação de TC por três vezes ao dia. Assim como urinálise e a presença de SOF foram realizadas nesses mesmos períodos. Resultados: valores basais do hemograma, bioquímica sérica e urinálise se mantiveram dentro das faixas de referências. No dia 15, depois do tratamento, foram observadas reduções significativas nos valores do hematócrito (p = 0.03), proteína total (p = 0.02) e potássio (p = 0.004) quando comparados com os valores basais. Apesar dessas mudanças, todas as mensurações se mantiveram dentro dos valores de referência, exceto a ALT, a que se elevou de forma significativa quando comparada aos valores basais (p = 0.01). O TS no período basal (133.5 ± 61.33 seg.) foi significativamente maior do que aquele mensurado após 15 dias de tratamento (102.1 ± 32.76 sec.) (p = 0.03). No período basal, todas as 15 amostras de fezes testaram negativo para o SOF (Figura 1A). Entretanto, no dia 15 após do tratamento, 11 das 15 amostras testaram positivas para SOF (p < 0.0001). Conclusão: o presente estudo demonstrou que instilações de TC por três vezes ao dia por 15 dias contínuos induziram injúria hepatocelular e sangramento gastrointestinal, com possíveis repercussões no hematócrito, proteína total e nos níveis de potássio. Contudo, nossos resultados devem ser interpretados com cautela devido à ausência de um grupo controle nesse estudo.
Palvra-chave: gatos
Efeitos da dorzolamida à 2% na re-epitelização corneal e nos níveis da metaloprotease-9 na lágrima de gatos com úlcera de córnea induzida experimentalmente
O presente estudo objetivou determinar se a instilação três vezes ao dia de dorzolamida a 2% altera o tempo de cicatrização da ferida na córnea e a expressão precoce de MMP-9 em lágrimas de gatos com ceratite ulcerativa superficial induzida experimentalmente. Foram utilizados 16 gatos domésticos, com peso e idade 3,08kg (variando: 2,02 a 5,04kg) e 3,2 anos (variando: 1 a 5 anos), respectivamente. Os animais foram distribuídos de forma aleatória em dois grupos com n=8/cada, no qual o grupo tratamento (GT) recebeu 40μL de dorzolamida a 2% (três vezes ao dia) enquanto o controle (GC) recebeu 40μL solução salina, no mesmo período de tempo. Ambos os grupos receberam uma gota de tobramicina 0,3% (quatro vezes ao
dia) até resultado negativo da fluoresceína na córnea. Lágrimas foram coletadas 24 e 48h após a ceratectomia e a MMP-9 total foi quantificada por ELISA. A taxa de reepitelização da córnea nao diferiu entre os grupos (p=0,26) e variou de 0,21 a 0,77 mm2/h. O tempo médio de cicatrização da ferida em córnea não diferiu entre os grupos (p=0,36) e foi de 65,50±3,62h no GC e 71,00±4,58h no GT. A única diferença significativa com relação às dimensões das áreas ulceradas foi observada nas primeiras 24h de avaliação, sendo a área do GC 3,34mm2 maior que a observada no GT (p=0,04). 24h após a ceratectomia, o nível de MMP-0 no GC foi de 6,09±2,62 ng/mL maior quando comparado ao nível de MMP-9 no GT no mesmo momento (p=0,03). Podemos concluir que a instilação de uma solução oftálmica de dorzolamida 2% preservada com cloreto de benzalconio (CB) não prejudicou o tempo de cicatrização da ferida em córnea e a expressão precoce de MMP-9 nas lágrimas de gatos com ceratite ulcerativa superficial induzida experimentalmente. No entanto, nossos resultados justificam uma investigação mais aprofundada de uma solução oftálmica de dorzolamida 2% livre de conservante de CB em um experimento conduzido com uma metodologia semelhante.
Efeitos da Dorzolamida à 2% na re-epitelização corneal e nos níveis da metaloprotease-9 na lágrima de gatos com úlcera de córnea induzida experimentalmente
O presente estudo objetivou determinar se a instilação três vezes ao dia de dorzolamida a 2% altera o tempo de cicatrização da ferida na córnea e a expressão precoce de MMP-9 em lágrimas de gatos com ceratite ulcerativa superficial induzida experimentalmente. Foram utilizados 16 gatos domésticos, com peso e idade 3,08kg (variando: 2,02 a 5,04kg) e 3,2 anos (variando: 1 a 5 anos), respectivamente. Os animais foram distribuídos de forma aleatória em dois grupos com n=8/cada, no qual o grupo tratamento (GT) recebeu 40μL de dorzolamida a 2% (três vezes ao dia) enquanto o controle (GC) recebeu 40μL solução salina, no mesmo período de tempo. Ambos os grupos receberam uma gota de tobramicina 0,3% (quatro vezes ao dia) até resultado negativo da fluoresceína na córnea. Lágrimas foram coletadas 24 e 48h após a ceratectomia e a MMP-9 total foi quantificada por ELISA. A taxa de reepitelização da córnea nao diferiu entre os grupos (p=0,26) e variou de 0,21 a 0,77 mm2/h. O tempo médio de cicatrização da ferida em córnea não diferiu entre os grupos (p=0,36) e foi de 65,50±3,62h no GC e 71,00±4,58h no GT. A única diferença significativa com relação às dimensões das áreas ulceradas foi observada nas primeiras 24h de avaliação, sendo a área do GC 3,34mm2 maior que a observada no GT (p=0,04). 24h após a ceratectomia, o nível de MMP-0 no GC foi de 6,09±2,62 ng/mL maior quando comparado ao nível de MMP-9 no GT no mesmo momento (p=0,03). Podemos concluir que a instilação de uma solução oftálmica de dorzolamida 2% preservada com cloreto de benzalconio (CB) não prejudicou o tempo de cicatrização da ferida em córnea e a expressão precoce de MMP-9 nas lágrimas de gatos com ceratite ulcerativa superficial induzida experimentalmente. No entanto, nossos resultados justificam uma investigação mais aprofundada de uma solução oftálmica de dorzolamida 2% livre de conservante de CB em um experimento conduzido com uma metodologia semelhante.
Efeitos da injeção intracameral de Epinefrina e de Lidocaína 2% sobre diâmetro pupilar, pressão intra-ocular e parâmetros cardiovasculares em gatos saudáveis
Objetivou-se investigar os efeitos da injeção intracameral de epinefrina e duas doses de lidocaína a 2% no diâmetro da pupila (PD), pressão intra-ocular (PIO), freqüência cardíaca (FC) e pressão arterial média (MAP) em gatos saudáveis. Foram formados cinco grupos de tratamento (10 gatos / cada). Os animais receberam 0,2 mL de epinefrina, 0,2 ou 0,3 mL de lidocaína a 2%, ou 0,2 mL de BSS. Os gatos foram anestesiados e todas as soluções foram injetadas intracameralmente. PD, PIO, FC e MAP foram avaliados o seu basal, após a paracentese da câmara anterior (T0) e a cada 5 minutos, até o término da anestesia (T60).
Detecção de FIV e FeLV em felídeos domésticos e silvestres naturalmente infectados e avaliação da metodologia de diagnóstico
As retroviroses são importantes doenças virais que afetam os felídeos domésticos e não domésticos, dentre elas estão o vírus da imunodeficiência felina (FIV) e o vírus da leucemia felina (FeLV). Os objetivos deste estudo foram investigar a ocorrência de FIV e FeLV em gatos domésticos na Baixada Cuiabana e onças pintadas de vida livre do Pantanal Mato-Grossense, avaliar as técnicas de diagnósticos (sorologia e PCR) e identificar os possíveis fatores de risco associados à infecção em felídeos naturalmente infectados.