Hepcidina, parâmetros hematológicos e metabolismo de ferro em gatos obesos ou com sobrepeso

Autor: Edison Lorran Jerdlicka Coelho

Categoria(s): 2024

Palavra(s)-chave: anemia, felinos, Hepcidina, Obesidade.

A obesidade em felinos domésticos é uma doença crônica nutricional e metabólica, caracterizada pelo acúmulo excessivo de tecido adiposo devido a balanço energético positivo. Essa condição está associada a diversas complicações, incluindo diabetes mellitus, lipidose hepática, hipertensão, distúrbios urinários, artrite, dermatopatias, complicações respiratórias, dislipidemia, câncer e uma diminuição na longevidade. Além disso, a obesidade em humanos pode levar à deficiência de ferro, resultando em anemia crônica, influenciada pela inflamação crônica associada à obesidade. Entretanto, não está consolidado se a anemia ferropriva ocorre nos gatos, como ocorre nos seres humanos. Essas complicações destacam a importância da gestão adequada do peso em gatos para prevenir morbidade e melhorar a qualidade de vida. O objetivo desse trabalho foi avaliar o perfil hematológico de gatos obesos eu com sobrepeso e verificar se apresentam anemia e/ou deficiência de ferro e sua relação com as concentrações séricas de hepcidina. Participaram do estudo 79 felinos, sendo 25 com escore corporal normal, 27 com sobrepeso e 27 obesos. De todos os felinos
foram realizadas análise hematológica completa, ferro, capacidade de ligação de ferro, dosagem sérica de hepcidina, do perfil lipídico e hepático. Não foram encontradas alterações hematológicas significativas, tão pouco anemia nos gatos avaliados. Gatos obesos apresentaram concentração mais elevadas de triglicerídeos e colesterol e suas frações. Não foram observadas alterações no metabolismo de ferro, mesmo com as concentrações de hepcidina mais elevadas nos gatos obesos e com sobrepeso, pelo contrário, a concentração de ferro e capacidade de ligação de ferro foram maiores em gatos obesos/sobrepeso. Concluiu-se que a obesidade não induziu a anemia e nem influenciou no metabolismo de ferro nos gatos avaliados. A concentração de hepcidina foi maior em gatos com sobrepeso e obesidade, porém este aumento não interferiu nas concentrações séricas de ferro. As alterações nos níveis de colesterol e suas frações e triglicerídeos destaca a importância de abordar os distúrbios metabólicos que frequentemente acompanham a condição de obesidade felina.

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Hemoplasmose em felídeos silvestres de vida livre e cativeiro no estado do Mato Grosso, Brasil

Autor: Letícia Camara Pitchenin

Categoria(s): Tese

Palavra(s)-chave: felinos, Hemoplasmose, Mycoplasma, PCR

Os hemoplasmas são parasitos de eritrócitos, caracterizados por estarem sempre na posição epieritrocitária e por causarem anemia nos animais infectados. Em felinos, três espécies de Mycoplasmas são descritas: Mhf, CMhm e CMt. Considerados importantes reservatórios de doenças, os felídeos silvestres podem desempenhar um papel crucial na epidemiologia das hemoplasmoses. Logo, o objetivo deste estudo foi detectar a ocorrência dessas três espécies de hemoplasmas de importância clínica em felídeos silvestres de vida livre e cativeiro. Foram coletadas, extraídas e submetidas a reação em cadeia da polimerase (PCR), amostras de sangue de 23 felídeos silvestres de 6 espécies distintas (Leopardus colocolo, Leopardus pardalis, Leopardus wiedii, Panthera onca, Puma concolor e Puma yagouaroundi) no período de agosto de 2014 a agosto de 2018. Não houve detecção de Mhf nos felídeos deste estudo. CMhm foi detectado em 12,5% (3/23) animais, dois de vida livre e um de cativeiro, sendo estes pertencentes à mesma espécie (Leopardus pardalis). CMt estava presente 52,2% dos felídeos (12/23), sendo 6 animais de vida livre e 6 animais de cativeiro. Todas as espécies de felídeos silvestres testadas apresentaram pelo menos um animal positivo para este microrganismo, sendo encontrada a um animal com coinfecção de CMhm e CMt. Este é o primeiro relato pela técnica de PCR da ocorrência de CMt em Leopardus colocolo, Leopardus wiedii, Puma concolor, Panthera onca e Puma yagouaroundi. Os mecanismos de transmissão são ainda incertos para estes microrganismos. O estudo das populações felinas silvestres pode contribuir ativamente para compreensão da epidemiologia das hemoplasmoses e da importância destes animais como reservatórios, podendo afetar significativamente a saúde humana e as populações domésticas e silvestres.

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DETECÇÃO MOLECULAR E SOROLÓGICA DE Ehrlichia spp. EM FELINOS DOMÉSTICOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CUIABÁ, BRASIL

Autor: Ísis Assis Braga

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: Carrapatos, erliquiose, felinos, PCR, RIFI

A erliquiose é uma doença de distribuição mundial, causada pelas Rickettsias Ehrlichia spp.. É considerada endêmica em cães de várias regiões do Brasil, porém em felinos essa informação é desconhecida e poucos estudos foram realizados até o momento no país. Com o intuito de detectar a presença de infecção por Ehrlichia spp. em gatos da região metropolitana de Cuiabá, Mato Grosso, foram coletadas amostras de sangue de uma população de 212 indivíduos da região e submetidos a Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) para Ehrlichia spp. e a Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR) visando a amplificação de um fragmento de 409 pb do gene dsb de Ehrlichia. Dos animais avaliados 88 (41,5%) foram soropositivos pela RIFI e 20 (9,4%) foram positivos pela PCR. Sequências parciais de DNA obtidas a partir dos produtos da PCR foram idênticas às sequências de E. canis depositadas no GenBank.

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Prevalência de Enteroparasitos em gatos de Cuiabá, Mato Grosso, com ênfase na infecção por Toxoplasma gondii.

Autor: Fernando Antonio Gavioli

Categoria(s): 2011, Dissertação

Palavra(s)-chave: Brasil, felinos, parasitos, Toxoplasmose, verminoses, zoonoses

Conhecer o impacto de enteroparasitos na espécie felina é de extrema importância, pois, além de causar altas taxas de morbidade na espécie apresenta um aspecto zoonótico. Os felinos são fontes de infecção do Toxoplasma gondii, agente que causa uma das zoonoses mais prevalentes no mundo, a toxoplasmose. Este estudo se propôs a determinar a prevalência de enteroparasitos em gatos de abrigos e a soroprevalência (IgM e IgG) para T. gondii em gatos de abrigo e aqueles atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. No total, 50 amostras de fezes e 260 amostras de soro foram coletadas no período entre abril de 2009 a maio de 2010.

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