Incidência da infecção por Leishmania Infantum em cães da Cidade de Cuiabá, Mato Grosso, entre 2021 e 2022

Autor: Sayanne Luns Hatum de Almeida

Categoria(s): 2024

Palavra(s)-chave: Diagnóstico, Leishmaniose, qPCR

As Leishmanioses são doenças infecciosas não contagiosas de evolução crônica e zoonóticas de relevância mundial. O presente trabalho objetivou estimar a incidência da infecção por Leishmania infantum em cães oriundos de diferentes clinicas e hospitais veterinários de Cuiabá, Mato Grosso, Brasil, entre 2021 e 2022. O diganóstico foi baseado na detecção molecular do agente, inicialmente por qPCR TaqMan para detectar o kinetoplasto de Leishmania spp. seguida por testagem das amostras positivas por qPCR Sybr e endpointPCR do gene da catepsina de L.
infantum. Amostras que apresentaram disparidade entre as análises supracitadas foram testadas novamente com intuito de amplificar para fins de sequenciamento, o gene ITS de Leishmania spp. De 896 amostras testadas, 210 (23,44%) foram positivas para L. infantum pelo método qPCR TaqMan. A incidência de cães detectados com DNA de Leishmania sp., variou de 13,5% a 32,4%. A taxa de incidência da leishmaniose entre 2021 e 2022 foi de 0,23 casos por mês. A densidade de incidência foi ajustada para 234 casos a cada 1.000 cães por mês. Das amostras positivas pela
qPCR TaqMan, 134 foram confirmadas pela reação de qPCR utilizando como alvo o gene da catepsina de L. infantum. E quando este protocolo foi avaliado em reação endpointPCR foram observadas 114 amostras positivas, apresentando bandas de 223 pares de bases. Comparando com estudos anteriores na mesma região foi observada uma variação significativa nas taxas de prevalência de Leishmania Visceral Canina (LVC), que podem ser explicados por fatores ambientais e os métodos diagnósticos utilizados. A qPCR TaqMan mostrou-se mais eficaz na detecção durante todo o estudo, em comparação com o SYBR e a PCR convencional. Conclui-se que métodos diagnósticos rápidos e confiáveis são de extrema importância para controle e prevenção da LVC. Apesar de no presente estudo a qPCR TaqMan ter se mostrado mais eficaz e uma taxa de detecção maior, os dois métodos tem suas vantagens e limitações e a escolha depende nas necessidades específicas de cada estudo.

Leia mais

Análise clínico-patológica e soroepidemiológica pelo uso de peptídeos sintéticos de proteínas trp de Ehrlichia canis e Ehrlichia chaffeensis no Brasil

Autor: Isis Indaiara Gonçalves Granjeiro Taques

Categoria(s): 2020, Tese

Palavra(s)-chave: Diagnóstico, erliquia, TRP19, TRP32, TRP36

Erliquias são bactérias Gram negativas classificadas na ordem Rickettsiales e família Anaplasmataceae. Dentre as seis espécies descritas, destacamos Ehrlichia canis que é o agente etiológico da Erliquiose Monocítica Canina (EMC), uma doença grave e endêmica no Brasil, e E. chaffeensis que é o agente etiológico da Erliquiose Monocítica Humana (EMH), uma zoonose emergente difundida na América do Norte. A partir de avanços no campo da biologia molecular um grupo de proteínas que apresentam sequências de repetições de aminoácidos (tandem repeat protein-TRP) foram identificadas e caracterizadas. As proteínas TRP19 e TRP32 apresentaram-se conservadas entre diferentes isolados de E. canis e E. chaffeensis respectivamente. Contudo, a TRP36 de E. canis demonstrou divergência entre isolados, tornando-a excelente alvo para identificar diferentes genótipos da bactéria. Essas proteínas são importantes e excelentes para o diagnóstico das erliquioses. O presente estudo objetivou avaliar a aplicabilidade das TRPs no diagnóstico da EMC em população canina suspeita em área endêmica, verificar se existem diferenças clínicas e hematológicas em cães infectados pelos diferentes genótipos, determinar a distribuição dos diferentes genótipos de E. canis no Brasil e investigar cães sororreagentes ao antígeno de E. chaffeensis. A TRP19 mostrou ser excelente ferramenta para o diagnóstico sorológico de EMC em área endêmica para erliquiose canina. Não observamos diferenças clínicas em cães infectados pelos genótipos distintos de E. canis. TRP19 apresentou correlação positiva com a variável proteína e correlação negativa com hematócrito e plaquetas. USTRP36 mostrou forte correlação positiva com proteínas. Ainda, o diagnóstico baseado em TRP19 mostrou associação com anemia, trombocitopenia e hiperproteinemia. De modo geral, os genótipos americano e brasileiro de E. canis estão amplamente distribuídos pelo Brasil, com exceção da região Sul do Brasil onde a soro-ocorrência é baixa. Reação sorológica frente ao genótipo da TRP36 “Costa Rica” e à proteína TRP32, específica de E. chaffeensis,foi observado pela primeira vez no Brasil.

Leia mais

Correlação entre parâmetros bioquímicos e soropositividade para diferentes genótipos de ehrlichia canis em Cuiabá-MT

Autor: Carolina Zorzo

Categoria(s): 2023, Dissertação

Palavra(s)-chave: Diagnóstico, erliquiose, proteínas de repetição em tandem

Proteínas com sequencias de repetição de aminoácidos (tandem repeats proteins) de Ehrlichia canis são imunorreativas (TRPs) e foram empregadas no diagnóstico sorológico da erliquiose monocítica canina (EMC). Nas mesmas amostras, foram analisados parâmetros bioquímicos para avaliar a função renal, hepática e muscular. O objetivo do presente estudo foi de avaliar o uso de peptídeos sintéticos referentes as posições imunoreativas das proteinas TRP19, TRP36US, TRP36BR e TRP36CR em ensaio imunoenzimático (ELISA) para avaliar possíveis associações entre alterações bioquímicas em cães naturalmente infectados por E. canis. Duzentos soros foram submetidos a ELISA com antígenos das proteínas TRP19, TRP36US,TRP36BR e TRP36CR de E. canis. Os soros também foram avaliados através de oito parâmetros bioquímicos e os resultados foram avaliados por análise de componentes principais e correlação canônica. O ELISA revelou que 47 (23,5%) amostras de soro reagiram ao peptídeo TRP36BR, 36 (18%) ao peptídeo TRP19, 8
(4%) ao peptídeo TRP36US e 8 (4%) ao peptídeo TRP36CR. O método diagnóstico que mais se destacou na análise de correlação canônica foi o TRP36BR seguido do TRP19, que foram correlacionados com hiperglobulinemia e hipoalbuminemia, sugerindo que o genótipo brasileiro possa estar associado a desordens imunopatológicas observadas no curso da doença em cães. Os resultados da análise canônica aliado as características fisiológicas de cada variável dependente analisada, demonstram que a reatividade conjunta dos peptídeos TRP19 e TRP36 está associada a fase crônica da infecção por E. canis na região estudada.

Leia mais

DIAGNÓSTICO MOLECULAR DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA ATRAVÉS DA TÉCNICA DE SONDA DE NANOPARTÍCULAS DE OURO (AuNPprobes)

Autor: Janaina Marcela Assunção Rosa

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: Cães, Diagnóstico, Leishmaniose visceral canina, nanopartículas de ouro

A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma doença de caráter zoonótico causada pelo protozoário Leishmania (L.) infantum chagasi e transmitida pelos flebotomíneos Lutzomyia longipalpis e L. cruzi. O cão é o principal reservatório da doença. O Ministério da Saúde preconiza a eutanásia de cães reagentes em inquéritos sorológicos como forma de controle da doença. Mas a possibilidade de reação cruzada e a ocorrência de co-infecção com outros tripanosomatídeos tem alertado para a utilização de ferramentas diagnósticas mais precisas. Este projeto teve por objetivo estudar a LVC através da sonda de nanopartículas de ouro (AuNPprobes) e avaliar comparativamente os métodos diagnósticos LVC, utilizando-se a reação de imunofluorescência indireta (RIFI), a AuNPprobes e a PCR em tecidos de órgãos como fígado. Os resultados demonstraram que ao ser comparada com a RIFI a AuNPprobe apresentou sensibilidade e especificidade de 56% e 80%, respectivamente.

Leia mais

Progressão da osteoartrite experimental em coelhos (Oryctolagus cuniculus)

Autor: Wilma Neres da Silva Campos

Categoria(s): 2012, Dissertação

Palavra(s)-chave: Coelhos, Diagnóstico, Indução experimental, Osteoartrite, Progressão

O objetivo deste estudo foi avaliar a progressão das lesões em diferentes períodos da osteoartrite (OA) experimental em coelhos, através da radiografia (RX), tomografia computadorizada (TC), macroscopia e histopatologia, interligar estes diferentes métodos diagnósticos, bem como trazer informações que ajudem na decisão do melhor momento para a abordagem terapêutica. Foram delineados quatro períodos experimentais às 3, 6, 9 e 12 semanas após a indução da OA, denominados como PI, PII, PIII e PIV, respectivamente, cada qual com seis animais.  Avaliaram-se os cinco compartimentos da articulação femorotibial: côndilo femoral medial (CFM), côndilo femoral lateral (CFL), platô tibial medial (PTM), platô tibial lateral (PTL) e tróclea femoral (TF).

Leia mais