Trypanosoma evansi em cães de Barão de Melgaço, Mato Grosso: Prevalência molecular e fatores de risco

Autor: Ana Lúcia Vasconcelos

Categoria(s): 2023, Dissertação

Palavra(s)-chave: Cães, Pantanal, protozoário, Trypanosoma

O patógeno hemoflagelado Trypanosoma evansi, agente etiológico da doença conhecida como “surra” ou mal das ‘cadeiras”, é um protozoário que infecta diversos mamíferos ao redor do mundo, acometendo principalmente cavalos, camelos, cães e animais silvestres. Na região do pantanal brasileiro, já foram relatados casos de tripanossomíase canina causada por T. evansi. O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de T. evansi em
cães oriundo de município localizado no pantanal de Mato Grosso e pesquisar os possíveis fatores de risco associados à infecção. Esta pesquisa foi realizada no município de Barão de Melgaço (16011’40’’S e 55058’03’’ W), no Pantanal do estado de Mato Grosso, Brasil, com amostras de sangue de cães. Questionário epidemiológico estruturado foi aplicado ao tutor contendo informações sobre os possíveis fatores de risco. A detecção do DNA de T. evansi foi realizada pela técnica de qPCR com primers espécies específicos (TevF:5’TGCAGACGACCTGACGCTACT-3’ e TevR: 5’CTCCTAGAAGCTTCGGTGTCCT –
3’) que amplificaram uma porção de 227 pares de base da glicoproteína de superfície variante (VSG) T. evansi Rode Trypanozoon (RoTat) 1.2. Das 403 amostras, em duas (prevalência de 0,5%) foi detectado material genético de T. evansi. Embora nenhum fator de risco tenha sido associado à infecção (p > 0,05), foram observadas nas casas dos cães positivos, proximidade com vegetação e córregos, presença de tabanídeos, de roedores e
marsupiais. Esses fatores são conhecidos por estarem relacionados a ocorrência da infecção. Essas informações sugerem que o município de Barão de Melgaço possui características epidemiológicas que possibilitam a infecção canina por T. evansi.

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Sequenciamento de nova geração – 16S rRNA do microbioma urinário e resistência antimicrobiana de isolados bacterianos na urina de cães saudáveis e com infecções urinárias e isolados bacterianos de cães com Neoplasias submetidos a tratamento quimioterápico

Autor: Andreia Rizzieri Yamanaka

Categoria(s): Tese

Palavra(s)-chave: Cães, Cistite, Infecções, Microbioma, quimioterapia, Urina

A urina de indivíduos saudáveis sempre foi considerada um ambiente estéril, até novas técnicas de diagnóstico serem utilizadas na detecção de bactérias nesse ambiente; técnicas essas como o sequenciamento através do gene 16S rRNA, que permitiu caracterizar o microbioma urinário e mudar o paradigma clínico de que urina é estéril. O presente estudo objetivou determinar a presença de isolados bacterianos na urina de cães saudáveis (grupo controle) e com infecção urinária (grupo cistite), identificar os micro-organismos através do exame padrão de cultura urinária e pelo antibiograma e avaliar a presença de bactérias multirresistentes; além de determinar os principais agentes do microbioma da urina de cães saudáveis e com infecções urinárias, através do sequenciamento do gene 16S rRNA objetivou ainda avaliar o perfil de micro-organismos presentes na urina, o padrão de susceptibilidade antimicrobiana e as covariáveis raça, sexo e tipo do tumor no desenvolvimento de infecção urinária em cães que foram sendo submetidos a tratamento quimioterápico. A urina dos cães dos três grupos, foi coletada através da técnica de cistocentese e realizada cultura e antibiograma de todas as amostras; amostras selecionadas aleatoriamente de cães saudáveis e com infecção do trato urinário também foram sequenciadas pelo método 16S rRNA através do sequenciador de nova geração Illumina®. No grupo controle 24,39% (10/41) e no grupo cistite 60,27% (44/73) dos animais que tiveram isolados bacterianos, o grupo cistite foi associado com maior risco da presença dos mesmos em relação ao grupo controle (OR=7,5; IC95% 2,81-22,40). Os principais isolados foram de Staphylococcus spp., E. coli, Proteus sp. e Enterobacter, em ambos os grupos, com diferentes percentuais de isolamento entre os grupos, porém sem significância estatística. Um alto percentual de isolados foram resistentes a ampicilina (68,18%), enrofloxacina (61,36%) e marbofloxacina (59,09%) no grupo cistite e a ampicilina (50%), nitrofurantoína (50%) e cloranfenicol (40%) no grupo controle. O número de isolados multirresistentes foi de 70% (7/10) e 65,91(29/44) nos grupos controle e cistite, respectivamente. No entanto, animais do grupo cistite tiveram a maior chance de apresentar uma bactéria multirresistente (OR=4,3; IC95 1,57-13,61). Quanto ao sequenciamento, os filos mais encontrados tanto no microbioma do grupo controle e cistite foram: Actinobacteria, Firmicutes e Proteobacteria. No grupo controle os gêneros com maior abundância foram: Propionibacterium, Streptococcus, Enterococcus, Sphingomonas, Acinetobacter e Pasteurella; e no grupo cistite foram: Staphylococcus, Rhodococcus, Bacillus e Luteimonas. Quando analisados os cães com neoplasias foi obtida cultura positiva em 68,75% dos pacientes em pelo menos uma das coletas realizadas, sendo a bactéria Staphylococcus a mais isolada. Quanto ao padrão de susceptibilidade antimicrobiana os antibióticos como imipenem e meropenem não tiveram resistência, e a ampicilina, enrofloxacina e nitrofurantoína foram os com maior resistência. Cães de raça tiveram mais chances de desenvolver infecção que os cães SRD. Os resultados do estudo evidenciaram que existe um microbioma na urina de cães saudáveis, e que pesquisas nessa área são essenciais para entender o papel desse microbioma na saúde e doença no trato urinário dos cães.

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Avaliação de polimorfismo no gene BRCA1 em cadelas com tumores mamários

Autor: Camila Calvi Menegassi Ferreira

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: Cães, gene BRCA1, polimorfismo, tumor mamário

Tumores mamários (TM) são altamente incidentes em fêmeas inteiras, adultas e possui padrão multifatorial. O gene BRCA1 é um gene supressor tumoral e, por isso, mutações nele causam defeitos no reparo de danos ao DNA e uma instabilidade genética que favorece a tumorigênese. Está diretamente relacionado ao risco de desenvolvimento do câncer mamário humano familiar. Há poucos estudos na veterinária que associam o desenvolvimento de TM caninos com polimorfismos em nucleotídeo simples (SNP) encontrados no BRCA1.

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Estudo epidemiológico da Parvovirose canina e caracterização Genomica de um isolado do tipo 2c no município de Cuiabá-MT.

Autor: Felipe Wolf Jaune

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: anticorpos, Cães, cultura, diarreia, Microscopia eletrônica de transmissão

O parvovírus canino é um DNA vírus não envelopado de capsídeo icosaédrico responsável por quadros de enterite e miocardite em cães que foi identificado pela primeira vez nos anos 70 e rapidamente se espalhou pelo mundo. Até a presente data, três variantes antigênicas foram descritas (CPV-2a / b / c). Este estudo foi conduzido com o objetivo de isolar o parvovírus canino de uma amostra de fezes de um cão infectado da região Centro-Oeste do Brasil seguindo de sequenciamento de todo o genoma e sua aplicabilidade em um ensaio de inibição de hemaglutinação para detectar anticorpos contra CPV em uma coleção de amostras de soro de uma população de cães.

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AVALIAÇÃO DE PEPTÍDEO NATRIURÉTICO EM CÃES DOENTES RENAIS CRÔNICOS

Autor: Felipe Augusto Constantino Seabra da Cruz

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: Cães, Doença renal crônica, Hipertensão Arterial, Peptídeos natriuréticos

A hipertensão arterial é uma das complicações mais comuns da doença renal crônica (DRC). Os miócitos liberam peptídeos natriuréticos e estudos revelam elevação da concentração dos peptídeos em animais hipertensos ao compará-los com animais saudáveis. Este trabalho teve como objetivo avaliar pacientes com doença renal crônica através de hemograma, uréia, creatinina, urinálise, relação creatinina e proteína urinária (UPC), pressão arterial, mensuração de eletrólitos, eletrocardiograma e dosagem de peptídeo natriurético B (BNP) para assim definir seu caráter prognóstico nos distintos estágios da DRC

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AVALIAÇÃO DA PRESSÃO INTRALUMINAL EM CISTORRAFIAS COM E SEM REMENDO DE SEROSA INTESTINAL EM CADÁVERES CANINOS

Autor: Paulo Roberto Spiller

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: Cães, Pressão Intravesical, Vesícula Urinária

O presente estudo teve como objetivo avaliar a pressão intraluminal máxima (PILm) suportada por vesículas urinárias de cadáveres caninos submetidas à cistotomia com posterior cistorrafia, com e sem suplementação de remendo serosal intestinal. O experimento foi realizado ex situ. As vesículas urinárias e intestinos foram armazenado em solução salina 0,9% por 48 horas à 5°C. As cistotomias foram realizadas com as vesículas vazias e corresponderam a uma incisão de 2,5 cm de extensão.

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Neoplasmas cutâneas em cães diagnosticados no Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, MT

Autor: Samara Rosolem Lima

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: Cães, dermatopatologia veterinária, estudo retrospectivo, Tumor

A dermatopatologia em cães é um campo em expansão na medicina veterinária havendo uma crescente incidência dos diagnósticos neoplásicos nos últimos anos. Sendo assim, objetivou-se com este estudo determinar a frequência dos tumores de pele diagnosticados em cães encaminhados para o Laboratório de Patologia Verinaria (LPV) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Cuiabá, Brasil, entre os anos de 2007 a 2014.

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Leishmania chagasi EM CÃES NO MUNICÍPIO DE JACIARA, MATO GROSSO, BRASIL

Autor: Patrícia Lazari

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: Cães, ELISA., Leishmaniose Visceral, PCR

A Leishmaniose Visceral (LV) é uma doença causada pelo protozoário Leishmania chagasi e transmitida pela picada de fêmeas de flebotomíneos. O cão é considerado o principal reservatório do agente em áreas urbanas e a eutanásia de cães sororreagentes é um dos métodos de controle da LV. As técnicas utilizadas para o diagnóstico da leishmaniose visceral canina (LVC) no Brasil, Ensaio Imunoenzimático (ELISA) e Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI), foram amplamente questionadas devido à precisão desses testes.

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DIAGNÓSTICO MOLECULAR DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA ATRAVÉS DA TÉCNICA DE SONDA DE NANOPARTÍCULAS DE OURO (AuNPprobes)

Autor: Janaina Marcela Assunção Rosa

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: Cães, Diagnóstico, Leishmaniose visceral canina, nanopartículas de ouro

A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma doença de caráter zoonótico causada pelo protozoário Leishmania (L.) infantum chagasi e transmitida pelos flebotomíneos Lutzomyia longipalpis e L. cruzi. O cão é o principal reservatório da doença. O Ministério da Saúde preconiza a eutanásia de cães reagentes em inquéritos sorológicos como forma de controle da doença. Mas a possibilidade de reação cruzada e a ocorrência de co-infecção com outros tripanosomatídeos tem alertado para a utilização de ferramentas diagnósticas mais precisas. Este projeto teve por objetivo estudar a LVC através da sonda de nanopartículas de ouro (AuNPprobes) e avaliar comparativamente os métodos diagnósticos LVC, utilizando-se a reação de imunofluorescência indireta (RIFI), a AuNPprobes e a PCR em tecidos de órgãos como fígado. Os resultados demonstraram que ao ser comparada com a RIFI a AuNPprobe apresentou sensibilidade e especificidade de 56% e 80%, respectivamente.

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Prevalência e fatores de risco de anticorpos anti-Neospora caninum em cães do município de Poconé, Mato Grosso.

Autor: Juliana Maria Vasconcelos Grangeiro

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: Cães, Fatores de Risco, Neospora caninum, Poconé., prevalência

O objetivo do presente estudo foi estimar a prevalência de anticorpos antiNeospora caninum em cães do município de Poconé, Estado de Mato Grosso e identificar possíveis fatores de risco para a infecção. Foram avaliadas amostras de soro sanguíneo de 320 cães das áreas urbana e rural do município de Poconé, por meio da Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) com ponto de corte de 1:50. As variáveis sexo, faixa etária, contato com animais de produção ou animais silvestres, dieta, ambiente e acesso à rua foram avaliadas pelo Teste Qui-Quadrado ou exato de Fischer quando necessário

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