Diagnóstico molecular de Mycobacterium leprae no estado de Mato Grosso, Centro-Oeste, Brasil

Autor: Maerle Oliveira Maia

Categoria(s): 2021, Tese

Palavra(s)-chave: animais silvestres, Brasil, genótipos., Humanos, Mycobacterium leprae

O Mycobacterium leprae é um bacilo causador da hanseníase, uma doença infecciosa crônica, sendo hiperendêmica, no Estado do Mato Grosso, Brasil. Além dos humanos, infecções em animais silvestres já foram relatadas na literatura. Devido à alta prevalência em humanos e a falta de dados sobre infecção natural em animais, o objetivo da pesquisa foi investigar a infecção por M. leprae em animais de vida livre e à ocorrência de genótipos com base em números variáveis de repetições de polimorfismos (TTC) em humanos. Foi utilizado a reação em cadeia da polimerase (PCR) usando par de primers específicos RLEP e TTC. Assim a extração de DNA ocorreu em 228 lâminas de baciloscopia de esfregaço cutâneo de pacientes humanos atendidos no centro de referência para controle da hanseníase da região Centro-oeste do Brasil, em 144 amostras de tecidos (sangue e baço) pertencentes a 25 espécimes de animais silvestres de vida livre atropelados nas rodovias. E em 269 amostras de baço de pequenos mamíferos silvestres não-voadores, pertencentes a ordem Didelphimorphia e Rondentia, oriundos de expedições a campo nos biomas Amazônia e Cerrado. Todas as amostras são
provenientes do Estado de Mato Grosso, Brasil. Assim, foram positivas 18,8% (43/228) das lâminas de baciloscopia. No entanto, M. leprae foi detectado pela PCR pelo gene RLEP em 75,9% (173/228) das lâminas. Desses positivos, foi realizada a genotipagem com o primer TTC, amplificando 50,86% (88/173). Os genótipos TTC encontrados apresentaram grande variabilidade dos TTC11 17% (15/88) e TTC12 45,4% (40/88). Dos 25 espécimes dos animais silvestres de vida livre atropelados, 44% (11/25) foram positivos no PCR-RLEP. Nos pequenos mamíferos silvestres não-voadores foram positivos no PCR-RLEP em 13,75% (37/269) das amostras. De acordo com esses estudos, com base na metodologia utilizada, podemos concluir
que a sensibilidade da PCR-RLEP em relação a baciloscopia é relativamente superior, e que os genótipos de M. leprae apresentaram variabilidade em humanos, com isso indica que esses genótipos podem estar geograficamente relacionados à região estudada. Os animais de vida livre, Cavia aperea, Cerdocyon thirty, Chrysocyon brachyurus, Euphractus sexcinctus, Hydrochoerus hydrochaeris, Mazama gouazoubira, Mico melanurus, Nasua nasua, Puma
concolor e Tamandua tetradactyla; e os mamíferos silvestres não-voadores, Cryptonanus sp., Marmosa constantiae, Didelphis albiventris, Gracilinanus agilis, Proechimys roberti, Cerradomys sp., Neacomys sp., e Thrichomys pachyurus; podem desempenhar um papel importante na epidemiologia da hanseníase o que contribui para uma visão de Saúde Única. Diante do exposto, se faz necessário explorar os achados em humanos e animais descritos nessa pesquisa para o entendimento futuro da correlação desses resultados na transmissão entre humanos, animais e meio ambiente.

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Detecção molecular de protozoários da família Sarcocystidae em fragmentos de coração de animais silvestres do estado de Mato Grosso

Autor: Karina Mendes Soriano Venande

Categoria(s): 2022, Dissertação

Palavra(s)-chave: Brasil, PCR18S, Sarcocystis sp., Toxoplasma gondii

O Estado de Mato Grosso possui uma vasta dimensão territorial, com grande abundância e diversidade de espécies e habitats, contudo pouco se sabe sobre a epidemiologia das doenças que acometem os animais silvestres, incluindo as zoonóticas. Os animais silvestres podem servir como reservatórios para diferentes agentes infecciosos, havendo um grande potencial para pesquisas aplicadas, cuja literatura ainda é bastante escassa. Diante disso, foi realizada a detecção molecular de protozoários da família Sarcocystidae a partir de fragmentos teciduais do coração (n=158) obtidos de animais silvestres de vida livre atropelados nas rodovias estaduais e/ou federais do estado de Mato Grosso e animais de cativeiro encaminhados ao
Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso (HOVET/UFMT). A técnica de reação em cadeia pela polimerase (PCR) foi utilizada objetivando-se à amplificação do gene RNA ribossômico 18s para a detecção de protozoários da família Sarcocystidae e sequenciamento dos produtos amplificados. No total, 31% (30/158) animais foram positivos, porém, devido a qualidade do DNA algumas amostras não foram sequenciadas. Dessa forma, 36%(11/30) foram identificadas como Sarcocystis sp. e 30% (9/30) positivas para Toxoplasma gondii. Os resultados obtidos indicam a presença do parasito em animais silvestres e a possibilidade de realizar a detecção molecular dos protozoários a partir de fragmentos teciduais (coração). Este é o primeiro relato de Sarcocystis spp. infectando Aotus infulatus, Ara macao, Chelonoidis carbonaria, Crotophaga mayor, Lontra longicaudis, Sciurus aestuans de vida livre.

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Uso de modelo aditivo generalizado para análise espacial de risco da Brucelose bovina no estado de Mato Grosso nos anos de 2002 e 2014

Autor: Isana Souza Silva

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: Brasil, Brucella abortus, foco, modelo aditivo generalizado

As doenças As doenças dos bovinos representam entraves para o desenvolvimento da atividade pecuária, sendo a brucelose uma das principais, por ser transmissível, possuir caráter crônico e ocasionar prejuízos de ordem sanitária e econômica ao rebanho e produtor rural. Com intuito de identificar a distribuição espacial da brucelose bovina, avaliar aglomerados de focos e áreas de maior risco no estado de Mato Grosso, Brasil, comparou-se os dados dos inquéritos realizados em 2002 e 2014 por meio de modelo estatístico baseado em processo pontual espacial denominado modelo aditivo generalizado (GAM) a partir dos dados obtidos nas investigações supracitadas. A análise possibilitou identificar as regiões de maior e menor risco no estado de Mato Grosso. Das 1001 propriedades analisadas em 2002, 198 estão em área de alto risco e 121 em área de baixo risco. Das 1248 propriedades amostradas em 2014, 119 estão em área de alto risco e 162 em área de baixo risco. Os resultados do presente estudo ressaltam a redução de focos, de prevalência e sua relação com a distribuição espacial da brucelose bovina. Os resultados das análises deverão auxiliar o serviço de defesa oficial de Mato Grosso, direcionando suas atividades conforme o perfil de cada região.

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Infecção e diversidade genética de Babesia caballi e Theileria equi em equídeos do estado de Mato Grosso.

Autor: Fabio Bernardo Schein

Categoria(s): Tese

Palavra(s)-chave: análise filogenética, Brasil, Brasil piroplasmose., fatores associados ao risco

A piroplasmose equina é uma doença transmitida por carrapatos, causada pelos hemoprotozoários Theileria equi e Babesia caballi. Tem importância econômica devido ao impacto no movimento internacional de cavalos para o comércio e para a participação em eventos. O objetivo deste estudo foi pesquisar a distribuição da T. equi e da B. caballi em equídeos do estado de Mato Grosso, por meio de métodos moleculares, e identificar fatores de risco associados à positividade, além de avaliar a diversidade genética dos agentes.

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Ocorrência de agentes infecciosos em Javalis (Sus scrofa) de vida livre.

Autor: Laila Natasha Santos Brandão

Categoria(s): Tese

Palavra(s)-chave: Brasil, Caça, zoonoses

Os javalis (Sus scrofa) tornaram-se uma importante espécie invasora em todo o mundo, aumentam sua população exponencialmente uma vez que encontram alimentos em abundancia e ausência de predadores, esse aumento provoca problemas de ordem econômica a produtores rurais, uma vez que estes atacam criações, invadem e destroem lavouras. Como alternativa para proteger suas culturas e criações, produtores caçam e muitas vezes consomem o produto desta caça sem qualquer tipo de controle sanitário.

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Rickettsia Parkeri em carrapatos Amblyomma Triste Do Pantanal Brasileiro

Autor: Andréia Lima Tomé Melo

Categoria(s): Tese

Palavra(s)-chave: Amblyomma triste., Brasil, Carrapatos, isolamento, Pantanal, Rickettsia parkeri.

O gênero Rickettsia contempla espécies de bactérias que são transmitidas por carrapatos e podem causar doença em seres humanos e animais. Este trabalho objetivou investigar a presença de agentes pertencentes a este gênero em carrapatos em fase de parasitismo e de vida livre; bem como, realizar isolamento de Rickettsia spp. a partir de carrapatos Amblyomma triste de vida livre do município de Poconé, Estado de Mato Grosso. O presente estudo investigou a infecção por Rickettsia spp. em 151 Rhipicephalus sanguineus sensu lato (s.l.), 59 Amblyomma ovale, 166 Amblyomma triste, um Amblyomma dissimile e quatro Amblyomma dubitatum coletados neste município.

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DETECÇÃO DO VÍRUS DA CINOMOSE EM CÃES NATURALMENTE INFECTADOS NO MATO GROSSO

Autor: Leticya Lerner Lopes

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: Brasil, gene H, Imuno-histoquímica, sinais neurológicos, vírus da cinomose canina

O vírus da cinomose canina (VCC) é um vírus RNA, que pertence ao gênero Morbillivírus e família Paramyxoviridae. A capacidade de resposta imune, assim como sua virulência são fatores críticos para a invasão viral dos tecidos epiteliais e do sistema nervoso central (SNC). O VCC é o maior responsável pelas encefalites em cães, acometendo diversas idades. O objetivo desse estudo foi detectar o VCC nos cães com sinais neurológicos encaminhados para necropsia no Laboratório de Patologia Veterinária da Universidade Federal de Mato Grosso (LPV-UFMT). Durante um período de um ano, 85% (68/80) dos cães necropsiados tinham lesões microscópicas compatíveis com encefalomielite causada pelo VCC.

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PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS CONTRA O VÍRUS DA INFLUENZA EM EQUÍDEOS DE POCONÉ, MT

Autor: Lucas Gaíva e Silva

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: Anticorpo, Brasil, equinos, influenza vírus, Pantanal

O presente estudo avaliou a prevalência de anticorpos para o vírus da Influenza Equina (VIE) no município de Poconé, MT. em 529 equídeos pela técnica de Inibição da hemaglutinação utilizando como antígeno a variante H3N8 (SP/1/85). A prevalência de anticorpos no município foi determinada pela ponderação de cada animal em relação à população de equídeos do município. O teste do Qui-Quadrado foi realizado para averiguar possíveis associações com variáveis referentes aos animais. A distribuição da positividade e possíveis associações entre as propriedades foram avaliadas pelos modelos espacial auto regressivo misto e de regressão linear múltiplahttps://drive.google.com/file/d/1BBAKloYR8iHbkP0PlEpuWtQ2xHsyHgl0/view?usp=sharing

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OCORRÊNCIA DE HEPATITE E EM SUÍNOS CRIADOS EM DIFERENTES SISTEMAS DE PRODUÇÃO

Autor: Marconni Victor da Costa Lana

Categoria(s): Dissertação

Palavra(s)-chave: Brasil, Genótipo 3f, Suíno, Vírus da hepatite E

A hepatite E é uma doença zoonótica presente em muitos países em desenvolvimento e industrializados. É causada pelo vírus da hepatite E (HEV), sendo os suínos reservatórios do vírus e a transmissão associada com a contaminação fecal-oral. Seqüências HEV foram classificados em quatro genótipos, sendo o genótipo 3 associado em casos humanos autóctones da Europa, Ásia e América, incluindo o Brasil. Um total de 50 suínos pertencentes a 10 propriedades localizadas no estado de Mato Grosso foram divididos de acordo com o tipo de sistema de produção em sistema intensivo (n=5) e sistema extensivo (n=5) sendo investigados quanto a presença do HEV. Amostras de bile, fígado e fezes e fragmentos de fígado, intestino delgado e grosso foram avaliadas pela PCR na região ORF2 e imuno-histoquímica, respectivamente

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Prevalência de Enteroparasitos em gatos de Cuiabá, Mato Grosso, com ênfase na infecção por Toxoplasma gondii.

Autor: Fernando Antonio Gavioli

Categoria(s): 2011, Dissertação

Palavra(s)-chave: Brasil, felinos, parasitos, Toxoplasmose, verminoses, zoonoses

Conhecer o impacto de enteroparasitos na espécie felina é de extrema importância, pois, além de causar altas taxas de morbidade na espécie apresenta um aspecto zoonótico. Os felinos são fontes de infecção do Toxoplasma gondii, agente que causa uma das zoonoses mais prevalentes no mundo, a toxoplasmose. Este estudo se propôs a determinar a prevalência de enteroparasitos em gatos de abrigos e a soroprevalência (IgM e IgG) para T. gondii em gatos de abrigo e aqueles atendidos no Hospital Veterinário da Universidade Federal de Mato Grosso, Cuiabá, Mato Grosso, Brasil. No total, 50 amostras de fezes e 260 amostras de soro foram coletadas no período entre abril de 2009 a maio de 2010.

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