O objetivo do estudo foi mensurar radiograficamente ângulos femorais e tibiais de cães da raça spitz alemão com luxação patelar medial grau I a III. Foram avaliados 35 membros pélvicos e classificados em três grupos: grau I, grau II e grau III de LPM. As imagens foram obtidas através de radiografias padronizadas sob anestesia. Os valores dos ângulos foram mensurados em imagens radiográficas craniocaudais de fêmures e caudocraniais e mediolaterais de tíbias. Foram determinados: ângulo anatômico proximal lateral femoral (aLPFA), ângulo anatômico distal lateral femoral
(aLDFA), ângulo mecânico proximal lateral femoral (mLPFA), ângulo mecânico distal lateral femoral (mLDFA), ângulo de inclinação (ICA), ângulo varus femoral (FVA), ângulo mecânico proximal medial tibial (mMPTA), ângulo mecânico distal medial tibial (mMDTA), ângulo mecânico proximal cranial tibial (mCrPTA), ângulo mecânico distal cranial tibial (mCrDTA) e ângulo do platô tibial (TPA). Não foi encontrada diferença significativa (p > 0,05) nos valores obtidos de ICA, FVA e aLDFA. Médias de mLPFA foram significativamente maiores conforme aumentava o grau de LPM. Diferenças significativas não foram observadas em mensurações dos ângulos tibiais. Portanto, os resultados justificam investigações de ângulos femorais e tibiais em cães da raça spitz alemão sem e com LPM e também a comparação com mensurações obtidas através de imagens de tomografia computadorizada.
Dissertações/Teses
Variações anatômicas relacionadas ao sistema biliar extra-hepático em canis lúpus familiaris: estudo preliminar.
Cães domésticos (Canis lupus familiaris) podem apresentar variações anatômicas do sistema extra-hepático (ductos hepáticos, ducto cístico e ducto biliar comum); tais alterações anatômicas interferem diretamente na escolha da técnica cirúrgica relacionada à patologia pré-existente no sistema extra-hepático canino. O objetivo desse estudo é detalhar aspectos anatômicos da conformação extra-hepática e ramificações dos ductos hepáticos focando na determinação de uma média entre as amostras e o tamanho do ducto cístico (D-cis). Foram avaliados 41 fígados de cães sem raça definida, acima de 12 meses de idade, pesando entre 1 a 30 kg, sem histórico de lesão hepática, submetidos à eutanásia ou com óbito natural, analisando
o comprimento e largura (cm) de vesícula biliar (Vb), ducto cístico, ducto comum (D-Com) e padrões lobares da árvore biliar. Para essa avaliação injetado corante radiográfico, em seguida realizando técnica de resinagem e corrosão, tornando possível visualização radiográfica e macroscópica das estruturas da árvore biliar. Observou-se conformações anatômicas e tamanhos distintos de D-cis, D-com e Vb, apresentando os dados do peso versus C-Cis que refletem um comportamento linear. Através da análise dos dados, pode-se observar que peso versus C-Cis refletem um comportamento linear com r2 = 92,32%, sendo possível estimar um comprimento sugestivo de acordo com o peso do paciente assim diminuindo o risco pós cirúrgico de colecistectomias associados derramamento de bile para cavidade. Este estudo é o propõe uma forma de se estimar o comprimento do ducto cístico de um animal utilizando apenas o seu peso.
Efeitos de baixa dose de dexmedetomidina no ponto de acupuntura yintang comparado a outras vias de administração em gatos
A contenção química é frequentemente necessária na prática veterinária felina para melhorar a segurança e facilitar o manuseio na realização de procedimentos menores nesses animais, sem anestesia geral. Uma das possibilidades estudadas é o uso dos efeitos sedativos e ansiolíticos da estimulação de alguns pontos de acupuntura associados a administração de fármacos tranquilizantes e/ou sedativos, através da farmacopuntura. Como o uso da farmacopuntura com dexmedetomidina em cães e gatos tem determinado resultados variáveis, o objetivo deste estudo foi comparar os
efeitos sedativos e cardiorrespiratórios da dexmedetomidina em diferentes vias de administração. Oito gatos foram sedados com 3mcg/kg de dexmedetomidina injetada pelas vias subcutânea no ponto de acupuntura Yintang, intramuscular, subcutânea na região cervical, e solução fisiológica no ponto de acupuntura Yintang. As avaliações da sedação e das variáveis fisiológicas foram realizadas 10 minutos antes da aplicação, e seguiram em intervalos regulares de 10 minutos até se completar 60 minutos da administração ou enquanto durasse o efeito do sedativo. A duração e a
qualidade da sedação foram avaliadas através do uso de duas escalas propostas por Selmi et al. (2003) e Granholm et al. (2006). As frequências cardíaca e respiratória, pressões arteriais, sistólica, diastólica e média, foram registradas em todos os tempos, porém, a temperatura corporal, aferida pela via retal, foi registrada apenas na avaliação basal e final. A duração e intensidade da sedação oscilou de acordo com a
via de administração, sem que houvessem alterações significativas importantes ou tendencias de oscilações sobre as variáveis cardiorrespiratórias aferidas. Tanto as vias acuponto (grupo YT) como a IM tiveram tempos e graus semelhantes, com persistência da sedação por pelo menos 60 minutos, graus de sedação mais elevados entre T20 e T50 e picos de ação do fármaco entre T30 e T40 na maioria dos parâmetros avaliados. A via SC, por outro lado, apresentou graus e tempo de sedação reduzido em relação à dos demais tratamentos com dexmedetomidina e similar ao tratamento PLA.
Trypanosoma evansi em cães de Barão de Melgaço, Mato Grosso: Prevalência molecular e fatores de risco
O patógeno hemoflagelado Trypanosoma evansi, agente etiológico da doença conhecida como “surra” ou mal das ‘cadeiras”, é um protozoário que infecta diversos mamíferos ao redor do mundo, acometendo principalmente cavalos, camelos, cães e animais silvestres. Na região do pantanal brasileiro, já foram relatados casos de tripanossomíase canina causada por T. evansi. O objetivo deste estudo foi identificar a prevalência de T. evansi em
cães oriundo de município localizado no pantanal de Mato Grosso e pesquisar os possíveis fatores de risco associados à infecção. Esta pesquisa foi realizada no município de Barão de Melgaço (16011’40’’S e 55058’03’’ W), no Pantanal do estado de Mato Grosso, Brasil, com amostras de sangue de cães. Questionário epidemiológico estruturado foi aplicado ao tutor contendo informações sobre os possíveis fatores de risco. A detecção do DNA de T. evansi foi realizada pela técnica de qPCR com primers espécies específicos (TevF:5’TGCAGACGACCTGACGCTACT-3’ e TevR: 5’CTCCTAGAAGCTTCGGTGTCCT –
3’) que amplificaram uma porção de 227 pares de base da glicoproteína de superfície variante (VSG) T. evansi Rode Trypanozoon (RoTat) 1.2. Das 403 amostras, em duas (prevalência de 0,5%) foi detectado material genético de T. evansi. Embora nenhum fator de risco tenha sido associado à infecção (p > 0,05), foram observadas nas casas dos cães positivos, proximidade com vegetação e córregos, presença de tabanídeos, de roedores e
marsupiais. Esses fatores são conhecidos por estarem relacionados a ocorrência da infecção. Essas informações sugerem que o município de Barão de Melgaço possui características epidemiológicas que possibilitam a infecção canina por T. evansi.
Diagnóstico e efeitos da contaminação por urina em sêmen canino refrigerado
Atualmente o método utilizado para diagnóstico de contaminação por urina no sêmen é a observação da coloração, odor e pH da amostra. Entretanto, esse apresenta baixa sensibilidade quando a contaminação é pequena. O objetivo do presente trabalho foi avaliar a sensibilidade da uréia e creatinina para diagnóstico de contaminação por urina em sêmen de cães coletados por manipulação digital e avaliar os efeitos da contaminação intencional por urina em sêmen refrigerado usando a dosagem de uréia e creatinina. No experimento 1, foram coletados sêmen (segunda fração – F2 e
terceira fração – F3) e urina (SU) de 6 cães adultos (2-7 anos), clinicamente saudáveis e dosados os níveis de creatinina, ureia e o pH das amostras. A média e desvio padrão da ureia de F2, F3 e SU foram, respectivamente, 75,4±93,8 mg/dL; 35,4±8,35 mg/dL; 2175±497 U/L, de creatinina foram 3,48±4,49 mg/dL; 0,6±0,34 mg/dL; 269±99,9 mg/dL e o pH foram de 5,57±0,53; 5,8±0,84 e 6,92±1,28. Houve diferença entre o pH das amostras da F2 com SU (p<0,05), das amostras de F3 com SU (p<0,05), apresentando-se mais elevado na urina em relação ao sêmen. A diferença estatística na ureia ocorreu entre F2 e F3 em relação a SU (p<0,001) e houve diferença entre todas as amostras em relação a creatinina(p<0,05). No experimento 2 foi coletado o sêmen de nove cães machos adultos por manipulação digital e diluído em CaniPlus Chill ST conforme recomendação do fabricante, sendo que cada amostra foi dividida em 4 eppendorfs: sem contaminação (S0), contaminado com 5% (S1), 10% (S2) e 20% (S3) de urina e avaliado no tempo inicial T0 (sêmen fresco), após 6 horas (T1), 12 horas (T2) e 24 horas (T3) durante refrigeração. Foram avaliados valores de creatinina, uréia e pH do sêmen fresco (SF), dos demais tratamentos e da urina. Os valores obtidos foram 1,53±0,95mg/dL (SF), 0,41±0,16 mg/dL (S0); 16,5±7,3 mg/dL (S1); 30,8±14,2 mg/dL (S2); 52,3±22,2 mg/dL (S3) para creatinina e 37,2±23,1mg/dL (SF); 6,98±7,31mg/dL (S0); 110±76,3mg/dL (S1); 208±167mg/dL (S2); 317±194mg/dL
(S3), respectivamente. O pH não apresentou diferença entre sêmen fresco, os tratamentos e urina. A motilidade apresentou declínio imediato em S3 em comparação com S0 (86,7±3,5% e 94±3,2%, respectivamente), em T1 houve acentuação da perda de motilidade em S3 (25,7±22,7%), em T2 houve diferença entre os tratamentos S2 e S3 em comparação a S0 (36,1±20,4%; 13±13,2% versus 82,78±6,7%). Em T3 os tratamentos com contaminação por urina demonstraram diferença com S0 (61,7±12% em S1; 21,1±16,4% e 2,72±4,6% versus 78,9±4,8%). Houve diferença no vigor a partir de T1 em S2 e S3 (1,89±0,49 e 1,39±0,33) em comparação com S0 (2,67±0,43), se mantendo em T2 e T3 (1,56±0,39 e 1,11±0,22 em T2; 1,28±0,27 e 1±0 em T3,
respectivamente) em comparação com S0 (2,5±0,5 em T2 e 2,28±0,51 em T3). A integridade acrossomal apresentou diferença apenas em T2 entre S3 (92,7±2,3%) e S0 (95,7±1,1). A integridade de membrana plasmática e porcentagem de defeitos menores, maiores e totais não apresentou diferença (p>0,05) entre os tratamentos ao longo do tempo. Os efeitos da urina no sêmen foram agravados em amostras com níveis maiores de creatinina e uréia consequentes dos maiores níveis de contaminação por urina. Os compostos urinários podem ser responsáveis pelos efeitos deletérios no sêmen e o tempo de contato é um fator relevante nesses efeitos. O uso de extensores a base de frutose e glicose podem atenuar os efeitos negativos na integridade de membrana plasmática e acrossomal, assim como nos defeitos espermáticos. É possível afirmar que a dosagem de uréia e creatinina para o
diagnóstico de contaminação de sêmen canino por urina mostrou ser um método sensível e que os efeitos deletérios da contaminação por urina em amostras de sêmen canino são dose-dependente e agravados conforme o tempo em contato com urina.
Soroprevalência e fatores de risco para brucella spp. em equídeos do estado de Mato Grosso, Brasil
O presente estudo investigou a prevalência de brucelose em equídeos no Estado de Mato Grosso, testando 3.858 amostras, sendo 3.230 equinos, 602 muares e 26 asininos, pertencentes a um banco de soro de 2014, colhidos nos 141 municípios e abrangendo os três biomas: amazônia, cerrado e pantanal. As amostras foram analisadas incialmente por triagem pela técnica do Antígeno Acidifica Tamponado (AAT), e àquelas que foram reagentes foram confirmadas posteriormente pela técnica de Fixação do Complemento (FC). Os procedimentos estão em conformidade com a Instrução Normativa no 34, de 8 de setembro de 2017 (IN 34 MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) que trata sobre o diagnóstico da brucelose. Pelo AAT, 173 amostras foram reagentes, sendo 70 amostras provenientes do bioma amazônico, 56 do cerrado e 47 do pantanal. Desse total, 30 amostras foram
confirmadas na FC, sendo 14 amostras do bioma amazônico, 14 do cerrado e 2 do pantanal. A prevalência estimada para o Estado de Mato Grosso foi de 0,82%, enquanto os valores nos biomas da amazônia, do cerrado e do pantanal foram estimados em 0,90%, 0,88% e 0,12%, respetivamente. Considerando por espécie, observou-se 456 (0,65%) equinos, 987 (1,25%) muares e 67 (2,95%) asininos positivos. Com relação à prevalência entre os sexos, observou-se que as fêmeas apresentaram 0,86% e os machos 0,78%. Quando comparado a idade, 0,10% positivos estão na faixa de idade 6 meses a 3 anos, 0,92% na faixa de 3 anos a 10 anos e 0,92% na faixa de animais com mais de 10 anos. Das propriedades testadas, 27 apresentaram animais positivos e dessas, apenas 9 apresentou bovinos positivos para brucelose, não constatando associação quanto as propriedades testadas para bovinos e equídeos (p>0,05). Com base nos resultados obtidos, conclui-se a prevalência de anticorpos anti-Brucella spp. em equideos no Estado de Mato Grosso foi estimada em 0,82%, e este valor é próximo dos detectados em outros estudos pelo Brasil. A frequência de anticorpos em equideos foi maior nos biomas amazônico e de cerrado, entretanto o risco relativo de focos de brucelose equídea é constante para todo o estado. Não foi observado associação entre foco de brucelose equina com bovinos ou foco de brucelose bovina.
Confecção de modelo canino 3d para ensino em anestesiologia veterinária
O bloqueio epidural em cães é uma técnica de anestesia locorregional amplamente utilizada na medicina veterinária, tornando-se uma ferramenta
valiosa no protocolo anestésico para proporcionar uma analgesia mais eficaz aos pacientes. Para isso, os profissionais devem seguir diretrizes rigorosas e possuir habilidade técnica. Neste contexto, o desenvolvimento de habilidades clínicas práticas é vital para a educação veterinária, porém os métodos tradicionais de ensino têm sido insuficientes para garantir um nível consistente de competência em recém-formados. A introdução de alternativas não animais para fins educacionais contribuiu para o desenvolvimento do ensino baseado na simulação, um campo de estudo inovador e acessível capaz de melhorar as habilidades práticas dos estudantes e reduzir o uso de animais vivos e cadáveres. Apesar do seu uso em várias áreas da educação veterinária, até o momento não resultados conclusivos quanto ao desenvolvimento de simuladores acessíveis capazes de melhorar efetivamente o ensino das habilidades práticas no treinamento do bloqueio epidural em cães. Logo, este artigo representa um estudo pioneiro que tem como objetivo compartilhar um método inovador para a confecção de um simulador realista para treinamento de bloqueio epidural em cães. O simulador foi desenvolvido totalmente por pesquisadores veterinários com experiência limitada na área de impressão 3D, e após análises preliminares, apresentou bom desempenho e uma excelente anatomia ultrassonográfica. Um trabalho futuro se concentrará na validação formal deste simulador com objetivo de melhorar a proficiência pré-clínica de estudantes e residentes em anestesiologia veterinária.
Investigação de Trypanossoma caninum em cães de municípios das regiões do cerrado e pantanal no brasil
Trypanosoma caninum (T. caninum) foi identificado e relatado em diferentes regiões do Brasil pelo isolamento da pele íntegra de cão, crescimento em cultura axenica e posterior detecção molecular e sequenciamento. No entanto, são necessários métodos diagnósticos mais sensíveis que utilizem alvos específicos para estimar a frequência real da infecção. Este estudo visou detectar e quantificar a carga parasitária de T. caninum em amostras de pele íntegra, sangue e linfonodos de cães em diferentes municípios, localizados na região centro-oeste do Brasil, utilizando a técnica de PCR quantitativo com alvo específico para T. caninum e cultura parasitológica. Dos 349 cães analisados, 54 (15,5%) foram positivos, independente da técnica utilizada. A infecção por T. caninum ocorreu em todos os municípios, com uma elevada frequência notificada em Várzea Grande (66,7%). A frequência de T. caninum foi estatisticamente associada à infecção por leishmaniose visceral (p = 0,02). A cultura parasitológica e o PCR quantitativo foram positivos em 1,4% e 14% dos cães, respectivamente. Foi encontrado DNA do parasito na pele, linfonodo e sangue em 10%, 3,7% e 1,7% dos cães, respectivamente. A carga parasitária média de T. caninum foi mais elevada em amostras de pele, seguida por linfonodo e sangue, sem diferença significativa (p = 0,06). A infecção por T. caninum foi superior às encontradas anteriormente, ressaltando que a frequência
desse parasito seja subestimada. Nenhum fator de risco foi associado à infecção (p > 0,05), mas os cães com leishmaniose visceral tinham um risco 2,2 maior de infecção pelo parasito do que os cães sem a doença. A carga do parasito nas amostras biológicas foi considerada baixa, contudo, a pele apresentou maior número de cópias de DNA, reforçando a predileção por este sítio e a baixa ocorrência de alterações clínicas nos cães infectados.
Susceptibilidade a antimicrobianos e detecção do gene de resistencia bla kpc2 em isolados de escherichia coli de urina de cães e gatos
Escherichia coli (E. coli) é uma bactéria da família Enterobacteriaceae, considerada um dos agentes mais comuns de infecções do trato urinário de cães e gatos, com isolados altamente resistentes. O objetivo deste trabalho foi determinar o perfil de susceptibilidade a antimicrobianos e a detecção do gene de resistência Klebsiella pneumoniae carbapenemase tipo 2 (bla KPC2) em isolados de E. coli de urina de cães e gatos na região metropolitana de Cuiabá. Os isolados foram procedentes de 388 urinas recebidas e processados no Laboratório de Microbiologia do Hospital
Veterinário da UFMT de animais domésticos (cão e gato), entre os anos de 2019 a 2022. Dessas amostras, a E. coli foi encontrada em 56 das 388 amostras de urina, sendo 46 cães e 10 gatos. Para o teste de susceptibilidade aos antimicrobianos foram testadas 7 classes de antimicrobianos e classificados quanto ao perfil de resistência. Além disso, também foi detectado o gene de resistência (bla KPC2) Das 56 amostras com E. coli, 43 (76,78%) foram classificadas como multirresistentes a drogas (MDR), sendo 9 isolados de gatos e de 34 cães. O antibiótico que mostrou maior índice de resistência foi Ciprofloxacino 76,78% (43/56). Em relação ao gene bla KPC2, foi detectado em 19 (33,92%) dos isolados, sendo 5 gatos e 14 cães, o que reafirma a importância de testes diagnósticos associados ao tratamento e do uso racional de antibióticos em animais de companhia.
Correlação entre parâmetros bioquímicos e soropositividade para diferentes genótipos de ehrlichia canis em Cuiabá-MT
Proteínas com sequencias de repetição de aminoácidos (tandem repeats proteins) de Ehrlichia canis são imunorreativas (TRPs) e foram empregadas no diagnóstico sorológico da erliquiose monocítica canina (EMC). Nas mesmas amostras, foram analisados parâmetros bioquímicos para avaliar a função renal, hepática e muscular. O objetivo do presente estudo foi de avaliar o uso de peptídeos sintéticos referentes as posições imunoreativas das proteinas TRP19, TRP36US, TRP36BR e TRP36CR em ensaio imunoenzimático (ELISA) para avaliar possíveis associações entre alterações bioquímicas em cães naturalmente infectados por E. canis. Duzentos soros foram submetidos a ELISA com antígenos das proteínas TRP19, TRP36US,TRP36BR e TRP36CR de E. canis. Os soros também foram avaliados através de oito parâmetros bioquímicos e os resultados foram avaliados por análise de componentes principais e correlação canônica. O ELISA revelou que 47 (23,5%) amostras de soro reagiram ao peptídeo TRP36BR, 36 (18%) ao peptídeo TRP19, 8
(4%) ao peptídeo TRP36US e 8 (4%) ao peptídeo TRP36CR. O método diagnóstico que mais se destacou na análise de correlação canônica foi o TRP36BR seguido do TRP19, que foram correlacionados com hiperglobulinemia e hipoalbuminemia, sugerindo que o genótipo brasileiro possa estar associado a desordens imunopatológicas observadas no curso da doença em cães. Os resultados da análise canônica aliado as características fisiológicas de cada variável dependente analisada, demonstram que a reatividade conjunta dos peptídeos TRP19 e TRP36 está associada a fase crônica da infecção por E. canis na região estudada.
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