Palicourea marcgravii contém monofluoroacetato de sódio (MF) e é a principal planta associada a “morte súbita” em bovinos no Brasil. A dose tóxica de folhas frescas para bovinos e ovinos é de 0,6g/kg. Estudos demonstram a existência de microorganismos ruminais, no solo e nas plantas, capazes de degradar o MF. Este estudo tem como objetivo verificar se ovinos tornam-se resistentes ao consumo da P. marcgravii depois de repetidas administrações de doses não tóxicas e se essa resistência pode ser transferida para ovinos suscetíveis por transfaunação de conteúdo ruminal coletado de ovinos resistentes
Dissertações/Teses
INTOXICAÇÃO EXPERIMENTAL POR PTERODON EMARGINATUS (FABACEAE) EM BOVINOS E OVINOS
Pterodon emarginatus (Fabaceae) é uma espécie arbórea distribuída pelo cerrado e região de transição da mata atlântica brasileira. Conhecida popularmente como “sucupira” ou “faveiro”, é conhecida, empiricamente, pela capacidade terapêutica de extratos e chás de seus frutos e casca. Este conhecimento popular é fundamentado com alguns estudos, que já comprovaram efeitos anti-inflamatório e antibiótico de extratos dessa planta, porém são escassos os estudos sobre possíveis efeitos tóxicos. Estudos recentes relatam a mortalidade de bovinos após o consumo de P. emarginatus.
ESTUDO CASO-CONTROLE AVALIANDO OS FATORES DE RISCO RELACIONADOS À NATIMORTALIDADE EM LEITÕES DO CENTRO OESTE DO BRASIL
Falhas reprodutivas em suínos são muitas vezes um problema de diagnóstico difícil. O objetivo do trabalho foi identificar potenciais fatores de riscos (infecciosos / não infecciosos) correlacionados com a ocorrência de leitões natimortos em duas granjas comerciais de suínos situadas na região centro-oeste do Brasil. Os dados foram coletados a partir do acompanhamento de 96 fêmeas suínas com natimorto (casos) e 96 fêmeas sem natimortos (controles). Os potenciais fatores de risco foram incluídos no modelo de regressão logística multivariada e alguns dados foram categorizados: parição (1, 2, 3-6 e > 6), momento do parto (durante o dia ou noite: entre 6:00h-20:00h e as 20:00h-06:00h, respectivamente) e de duração do parto (< 2hs, 2- 4hs e > 4hs).
ANÁLISE PROTEÔMICA DO FUNGO Conidiobolus lamprauges CULTIVADO EM DIFERENTES TEMPERATURAS
A temperatura é um dos fatores abióticos mais importantes para o desenvolvimento do ciclo biológico dos fungos. Para sobreviver na temperatura corpórea de seu hospedeiro, os fungos patogênicos têm desenvolvido mecanismos moleculares importantes, como a expressão de proteínas relacionadas ao crescimento em altas temperaturas. Assim, o objetivo desse trabalho foi analisar o crescimento in vitro do C. lamprauges em diferentes temperaturas e comparar, através da análise proteômica, o patógeno cultivado em duas temperaturas distintas, sendo uma considerada baixa (28ºC) e outra alta (37ºC) em relação à temperatura ótima de crescimento obtida nesse experimento.
DETECÇÃO MOLECULAR E SOROLÓGICA DE Ehrlichia spp. EM FELINOS DOMÉSTICOS DA REGIÃO METROPOLITANA DE CUIABÁ, BRASIL
A erliquiose é uma doença de distribuição mundial, causada pelas Rickettsias Ehrlichia spp.. É considerada endêmica em cães de várias regiões do Brasil, porém em felinos essa informação é desconhecida e poucos estudos foram realizados até o momento no país. Com o intuito de detectar a presença de infecção por Ehrlichia spp. em gatos da região metropolitana de Cuiabá, Mato Grosso, foram coletadas amostras de sangue de uma população de 212 indivíduos da região e submetidos a Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) para Ehrlichia spp. e a Reação em Cadeia pela Polimerase (PCR) visando a amplificação de um fragmento de 409 pb do gene dsb de Ehrlichia. Dos animais avaliados 88 (41,5%) foram soropositivos pela RIFI e 20 (9,4%) foram positivos pela PCR. Sequências parciais de DNA obtidas a partir dos produtos da PCR foram idênticas às sequências de E. canis depositadas no GenBank.
DIAGNÓSTICO MOLECULAR DA LEISHMANIOSE VISCERAL CANINA ATRAVÉS DA TÉCNICA DE SONDA DE NANOPARTÍCULAS DE OURO (AuNPprobes)
A Leishmaniose Visceral Canina (LVC) é uma doença de caráter zoonótico causada pelo protozoário Leishmania (L.) infantum chagasi e transmitida pelos flebotomíneos Lutzomyia longipalpis e L. cruzi. O cão é o principal reservatório da doença. O Ministério da Saúde preconiza a eutanásia de cães reagentes em inquéritos sorológicos como forma de controle da doença. Mas a possibilidade de reação cruzada e a ocorrência de co-infecção com outros tripanosomatídeos tem alertado para a utilização de ferramentas diagnósticas mais precisas. Este projeto teve por objetivo estudar a LVC através da sonda de nanopartículas de ouro (AuNPprobes) e avaliar comparativamente os métodos diagnósticos LVC, utilizando-se a reação de imunofluorescência indireta (RIFI), a AuNPprobes e a PCR em tecidos de órgãos como fígado. Os resultados demonstraram que ao ser comparada com a RIFI a AuNPprobe apresentou sensibilidade e especificidade de 56% e 80%, respectivamente.
Prevalência e fatores de risco de anticorpos anti-Neospora caninum em cães do município de Poconé, Mato Grosso.
O objetivo do presente estudo foi estimar a prevalência de anticorpos antiNeospora caninum em cães do município de Poconé, Estado de Mato Grosso e identificar possíveis fatores de risco para a infecção. Foram avaliadas amostras de soro sanguíneo de 320 cães das áreas urbana e rural do município de Poconé, por meio da Reação de Imunofluorescência Indireta (RIFI) com ponto de corte de 1:50. As variáveis sexo, faixa etária, contato com animais de produção ou animais silvestres, dieta, ambiente e acesso à rua foram avaliadas pelo Teste Qui-Quadrado ou exato de Fischer quando necessário
INFLUÊNCIA DA MORFINA, FENTANIL E TRAMADOL NA CONCENTRAÇÃO ANESTÉSICA MÍNIMA DO ISOFLUORANO EM PAPAGAIOS-VERDADEIROS (Amazona aestiva)
A demanda de atendimento de aves silvestres tem aumentado, porém há poucos relatos científicos sobre analgesia nessa classe animal. A anestesia inalatória é uma alternativa bastante utilizada em aves, sendo considerada a mais segura para essa classe. Entretanto tem a desvantagem de possuir sua Concentração Anestésica Mínima (CAM) muito próxima do Índice Anestésico (IA). O uso de anestesia balanceada tem ganhado destaques por promover resultados positivos, como menores efeitos indesejáveis à estabilidade hemodinâmica. A exemplo, tem o uso associado de um agente opióide com anestésico inalatório. A avaliação dos efeitos dos analgésicos em aves tem sido realizada de duas maneiras. Uma delas é realizada nas aves conscientes empoleiradas liberando-se estímulos elétricos ou térmicos, seja no poleiro ou em placas.
PREVALÊNCIA DE ANTICORPOS CONTRA O VÍRUS DA INFLUENZA EM EQUÍDEOS DE POCONÉ, MT
O presente estudo avaliou a prevalência de anticorpos para o vírus da Influenza Equina (VIE) no município de Poconé, MT. em 529 equídeos pela técnica de Inibição da hemaglutinação utilizando como antígeno a variante H3N8 (SP/1/85). A prevalência de anticorpos no município foi determinada pela ponderação de cada animal em relação à população de equídeos do município. O teste do Qui-Quadrado foi realizado para averiguar possíveis associações com variáveis referentes aos animais. A distribuição da positividade e possíveis associações entre as propriedades foram avaliadas pelos modelos espacial auto regressivo misto e de regressão linear múltiplahttps://drive.google.com/file/d/1BBAKloYR8iHbkP0PlEpuWtQ2xHsyHgl0/view?usp=sharing
A IMPORTÂNCIA DA INTOXICAÇÃO NATURAL POR Amorimia pubiflora (MALPIGHIACEA) EM BOVINOS NO ESTADO DE MATO GROSSO, REPRODUÇÃO EXPERIMENTAL DA INTOXICAÇÃO EM OVINOS E BOVINOS E INDUÇÃO E TRANSFERÊNCIA DE RESISTÊNCIA A INTOXICAÇÃO POR A. pubiflora EM OVINOS
Este trabalho relata aspectos epidemiológicos da intoxicação natural por Amorimia (=Mascagnia) pubiflora, (A. Juss.) W.R. Anderson em bovinos no município de Colniza, MT e a reprodução dessa intoxicação com administração de folhas jovens, coletadas em dois períodos do ano para ovinos e bovinos, da administração de folhas maduras e frutos para ovinos e investiga a indução e transferência de resistência às intoxicações por A. pubiflora em ovinos. A ocorrência de intoxicação por A. pubiflora foi constatada em visitas a fazendas nos anos de 2004, 2011 e 2012 através do quadro clínico patológico e da presença da planta nas pastagens. A intoxicação foi reproduzida em bovinos e ovinos; o início do quadro clínico ocorreu em média 8 horas após a administração da planta e a evolução clínica foi em torno de 4 horas, com fase final super aguda que variou de 3 a 21 min. As principais alterações clínicas encontradas foram taquicardia, evidenciação da jugular, tremores musculares, apatia e relutância à movimentação.