Descrito na última década, infectando cães em diversas regiões brasileiras, aspectos biológicos e epidemiológicos da infecção por Trypanosoma caninum ainda são desconhecidos. Devido aos avanços das técnicas de Sequenciamento de Nova Geração (SNG), o estudo sobre a biologia evolutiva dos tripanosomatídeos teve um acréscimo substancial de informações genéticas. Dessa forma, o objetivo deste estudo foi apresentar informações sobre o genoma desta espécie e realizar a comparação gênica com outros tripanosomatídeos, utilizando a plataforma Miseq para o sequenciamento parcial do genoma. Filogeneticamente, T. caninum demonstrou proximidade com T. cruzi e T. rangeli. A adaptação deste parasito ao cão doméstico e uma provável redução do seu genoma podem estar elencados ao seu processo evolutivo. Ademais, o sequenciamento do genoma também possibilitou a investigação de genes/proteínas alvos para o seu diagnóstico específico. Assim, os oligonucleotídeos sintéticos 5’-AGCCAATAGCAAGGGTGGAA-3’ e 5’-GCGTCATCCATTTTCGAGGC-3’ foram desenhados baseados na região 18S do rDNA de T. caninum que amplificam um produto de 248 pb. Estes oligonucleotideos
mostraram-se específicos e sensíveis para T. caninum, já que o limite mínimo de detecção foi de 10 cópias de DNA do parasito.
Dissertações