Composição e estrutura das comunidades de helmintos de Didelphis marsupialis linnaeus. 1758, (didelphimorphia, didelphidae), Em ambiente de transição dos biomas cerrado e amazônia no Estado do Mato Grosso.

Autor: Leodil da Costa Freitas

Categoria(s): 2022, Tese

Palavra(s)-chave: Didelphis marsupialis, Didelphonema longispiculata, Domínios fitogeográficos, helmintofauna, Spirocercidae

Dentre as espécies de marsupiais do Brasil o gênero Didelphis é o mais parasitado por helmintos. Apesar da ampla ocorrência de endoparasitos em animais silvestres do gênero Didelphis, existe um déficit de informações sobre a helmintofauna destes animais no bioma Floresta Amazônica. Além disso, estudos de estrutura de comunidade de helmintos são raros no Brasil e nenhum foi feito até o momento para didelfídeos no bioma amazônico. Os objetivos desta tese foram descrever a composição de espécies e analisar a estrutura das comunidades de helmintos do gambá Didelphis marsupialis do domínio fitogeográfico de transição Floresta Amazônica e Cerrado. Este estudo busca ampliar conhecimento da fauna helmintológica desses hospedeiros silvestres com grande importância na realização de um inventário da diversidade de espécies e na determinação do risco para a saúde pública e animal. Neste manuscrito relatamos a ocorrência de algumas espécies de helmintos encontradas em Didelphis marsupialis, popularmente conhecido por
gambá-de-orelha-preta. Na área de estudo foram coletados em 17 transecções, no município de Sinop e Cláudia, Mato Grosso, Brasil. O conteúdo do canal alimentar fora processado individualmente e examinados em microscópio estereoscópico em 10X. Um dos mais importantes resultados obtidos foi a presença do helminto Didelphonema longispiculata pela primeira vez encontrado no Brasil, foi observado com uma prevalência de 43,75% (14/32) de animais positivos, intensidade média 7,71 e abundância de 3,38 (Tabela 2). Didelphonema longispiculata, o qual só havia sido relatado nos Estados Unidos em Didelphis virginiana e Tirinidad e Tobago no gambá insular Didelphis marsupialis insularis. Toda morfometria do parasita está de acordo
com as descrições na literatura para esta espécie Didelphonema longispiculata, o que confirma a identificação da espécie, este estudo também apresenta análises molecular e filogenética, imagens por microscopia óptica e de microscopia por varredura eletrônica os quais não haviam sido mostradas anteriormente. Os resultados indicaram que a fauna helmíntica de D. marsupialis no sul da Amazônia de transição com Cerrado, foi semelhante à fauna helmíntica observada em outras regiões e às espécies mais congêneras D. aurita e D. albiventris. O sexo hospedeiro não estava relacionado à abundância ou prevalência. No entanto, a idade do hospedeiro influenciou a abundância e prevalência de acantocéfalas e do
nematódeo D. longispiculata.

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