Estudo sorológico de SARS-COV-2 em cães, gatos e animais silvestres

Autor: Samar Afif Jarrah

Categoria(s): 2024

Palavra(s)-chave: ELISA., One Health, Soroneutralização, zoonoses

Em dezembro de 2019 iniciava-se um processo epidemiológico que teria consequências catastróficas ao mundo. Um vírus já conhecido pela comunidade cientifica transpassava barreiras interespécies novamente e se adaptava a um novo hospedeiro: o ser humano. Em janeiro de 2020 a OMS declarou que um novo vírus surgia na China, de acordo com informações, o ponto em comum era mais precisamente um mercado de pescados em Wuhan onde várias espécies de animais eram comercializadas. Logo o novo vírus chamado de SARS-CoV-2 se espalhou pelo mundo devido às movimentações de pessoas. Infecções naturais e experimentais em animais começaram a ser relatadas. Esse estudo procurou entender qual a prevalência das infecções naturais em cães, gatos e animais silvestres numa região em que foram confirmados 115.853 casos em humanos numa população total de 612.574 pessoas e a taxa de mortalidade alcançou 5,8 durante o período de 2020 e 2021. Um total de 762 cães, 182 gatos e 36 animais silvestres foram testados para SARS-CoV-2 pelos testes de Elisa e soroneutralização. Em cães obtivemos 33 positivos no teste de Elisa e três na soroneutralização. Em felinos, 4 foram positivos no Elisa e 3 na soroneutralização. Em silvestres todos foram negativos nos dois testes. Baseado nos dados, concluímos que cães e gatos apresentam baixa soroprevalência em uma cidade altamente afetada pela Covid-19, são necessários mais estudos de soroprevalência em animais silvestres de vida livre para que se possa compreender sua real importância e que apesar do Elisa baseado na proteínade nucleocapsídeo N ser um bom teste de triagem, reações cruzadas com outros coronavírus caninos podem estar presentes por ser uma proteína altamente conservada entre coronavírus. A soroneutralização mostrou-se eficiente para encontrar anticorpos neutralizantes.

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