Soroprevalência e fatores de risco para brucella spp. em equídeos do estado de Mato Grosso, Brasil

Autor: Nilton Ferreira Borges

Categoria(s): 2023, Dissertação

Palavra(s)-chave: anticorpos, Brucella spp., equinos, Sorologia

O presente estudo investigou a prevalência de brucelose em equídeos no Estado de Mato Grosso, testando 3.858 amostras, sendo 3.230 equinos, 602 muares e 26 asininos, pertencentes a um banco de soro de 2014, colhidos nos 141 municípios e abrangendo os três biomas: amazônia, cerrado e pantanal. As amostras foram analisadas incialmente por triagem pela técnica do Antígeno Acidifica Tamponado (AAT), e àquelas que foram reagentes foram confirmadas posteriormente pela técnica de Fixação do Complemento (FC). Os procedimentos estão em conformidade com a Instrução Normativa no 34, de 8 de setembro de 2017 (IN 34 MAPA (Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento) que trata sobre o diagnóstico da brucelose. Pelo AAT, 173 amostras foram reagentes, sendo 70 amostras provenientes do bioma amazônico, 56 do cerrado e 47 do pantanal. Desse total, 30 amostras foram
confirmadas na FC, sendo 14 amostras do bioma amazônico, 14 do cerrado e 2 do pantanal. A prevalência estimada para o Estado de Mato Grosso foi de 0,82%, enquanto os valores nos biomas da amazônia, do cerrado e do pantanal foram estimados em 0,90%, 0,88% e 0,12%, respetivamente. Considerando por espécie, observou-se 456 (0,65%) equinos, 987 (1,25%) muares e 67 (2,95%) asininos positivos. Com relação à prevalência entre os sexos, observou-se que as fêmeas apresentaram 0,86% e os machos 0,78%. Quando comparado a idade, 0,10% positivos estão na faixa de idade 6 meses a 3 anos, 0,92% na faixa de 3 anos a 10 anos e 0,92% na faixa de animais com mais de 10 anos. Das propriedades testadas, 27 apresentaram animais positivos e dessas, apenas 9 apresentou bovinos positivos para brucelose, não constatando associação quanto as propriedades testadas para bovinos e equídeos (p>0,05). Com base nos resultados obtidos, conclui-se a prevalência de anticorpos anti-Brucella spp. em equideos no Estado de Mato Grosso foi estimada em 0,82%, e este valor é próximo dos detectados em outros estudos pelo Brasil. A frequência de anticorpos em equideos foi maior nos biomas amazônico e de cerrado, entretanto o risco relativo de focos de brucelose equídea é constante para todo o estado. Não foi observado associação entre foco de brucelose equina com bovinos ou foco de brucelose bovina.

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