O Estado de Mato Grosso possui 30% da área total plantada de soja no Brasil, sendo que na safra 2019/20 atingiu uma área de 10 milhões de hectares, com um aumento de 3,1% em relação a safra anterior. Com uma produtividade média de 3.420 kg/ha (60 sacas/ha), e uma produção de 34,2 milhões de toneladas de soja, ou seja, 27,6% da produção nacional dessa cultura (CONAB, 2020). A necessidade de sementes para a efetivação da semeadura nessa área na safra 2019/20 foi de 1,5 sacos de semente de 40 kg por hectare o que totaliza 15 milhões de sacos de sementes somente para atender a necessidade de Mato Grosso. Esse expressivo volume de sementes não é produzido apenas no Mato Grosso, havendo assim a necessidade de importação de sementes de outros estados. Além disso, as áreas de produção de sementes em Mato Grosso se concentram em regiões de elevadas altitudes como a Serra da Petrovina, Campo Verde, Primavera do Leste e a região de Tangará da Serra e Campo Novo do Parecis. Sendo assim, é inevitável a necessidade de armazenamento das sementes produzidas de uma safra para outra, além da necessidade de transporte de sementes a longas distâncias, e, sabemos que o transporte das sementes é uma das fontes de redução de qualidade das mesmas. Diante disso, identificar os fatores que reduzem a qualidade das sementes de soja durante o armazenamento e transporte no estado do Mato Grosso e desenvolver técnicas para manter a qualidade das sementes até o plantio são fatores de grande importância para o setor sementeiro, garantindo ao produtor sementes de alta qualidade para o plantio.