Para marcar a mudança do Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP) dentro da estrutura do Ministério da Ciência, Tecnologia e Inovação (MCTI), dando mais autonomia e recursos para as atividades de pesquisa desenvolvidas no órgão, a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), que abriga parte da estrutura física do Instituto, recebeu autoridades de diferentes áreas e esferas durante um evento nesta quinta-feira (15).
Desde 2013, como estratégia para consolidar o Instituto, sua estrutura administrativa estava ligada a outro órgão do Ministério, o Museu Paraense Emílio Goeldi. Esse arranjo deixou de ser necessário com o crescimento do Instituto e, agora, sua estrutura administrativa se torna independente, dando mais flexibilidade para suas ações.
“Na prática o que muda é que o instituto terá autonomia, com direção aqui em Mato Grosso, com recursos humanos do estado, das nossas universidades, e com o centro de decisões mais próximo de onde as coisas acontecem de fato”, explica o reitor da UFMT, professor Evandro soares da Silva.
De acordo com o Ministro do MCTI, Paulo Alvim, a estratégia do governo é incentivar as pesquisas sobre os biomas brasileiros, por causa da riqueza de sua biodiversidade, que podem gerar novos recursos e tecnologias. “O pantanal tem que ser visto pela perspectiva de seu potencial para agregar valor para a sociedade, e pelo seu papel no desenvolvimento sustentável”, afirmou.
Presentes na cerimônia, o senador Wellington Fagundes e o senador eleito Marcos Pontes também falaram sobre a importância da pesquisa que é desenvolvida no INPP.
“Mais do que nunca queremos continuar investindo em ciência e tecnologia e o Instituto permite que façamos o somatório de esforços de nossas universidades federais, estaduais, institutos de pesquisa, para que possam ajudar a revigorar o Pantanal, sempre tendo em mente as pessoas que vivem lá: os ribeirinhos, os quilombolas, os indígenas, os que investem lá”, disse o senador Wellington Fagundes.
“Precisamos construir conhecimento e contribuir para a qualidade da vida da população e, traduzindo essa ideia para este momento, temos no INPP a possibilidade de congregar esforços de pesquisa de todo o Brasil, funcionando como uma cabeça de rede nos esforços de preservação do bioma”, completou o senador eleito Marcos Pontes.
Também presente no evento e apontado por diferentes autoridades como idealizador do INPP estava o professor Paulo Teixeira, que falou sobre o que motivava a criação do Instituto. “O Pantanal é de grande importância por causa dos serviços ecossistêmicos que presta, como a armazenagem e purificação da água, estabilização do microclima regional e fornecimento de proteínas e fibras. Apesar disso, é também um ecossistema frágil que precisa ser devidamente preservado, então o papel do INPP é trabalhar em rede, em sincronia, para garantir essa preservação”, concluiu.
Também participaram do evento o chefe da Casa Civil de Mato Grosso, Mauro Carvalho, representando o governo estadual, o conselheiro Sérgio Ricardo, representando o Tribunal de Contas do Estado, e o Juiz Rodrigo Curvo, representando o poder judiciário.