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DATA13 de Agosto de 2025

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Acadêmico

SBPC atua na consolidação da ciência em Mato Grosso

Secretaria regional articula e incentiva ações na área

Prestes a completar seus 80 anos de fundação, a serem celebrados em 2028, a Sociedade Brasileira para o Progresso da Ciência (SBPC) tem, entre suas missões, contribuir para o desenvolvimento científico e tecnológico do Brasil, lutar pela qualidade e universalidade da educação em todos os níveis e promover a disseminação do conhecimento científico por meio de ações de divulgação da ciência. E para atingir esses objetivos, conta com escritórios regionais, que fomentam ações na área.

O secretário regional da SBPC em Mato Grosso, Paulo Henrique Lana Martins, docente do Instituto de Física (IF) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), explica que a principal função da secretaria é representar a SBPC na região. “Além disso, é importante incentivar qualquer atividade científica, organizar um evento científico de divulgação, seminário, semana de ciência, mobilizar a comunidade acadêmica para as pautas de interesse, tanto regional quanto nacional”, conta, acrescentando também o apoio à participação do pessoal nas atividades nacionais da Sociedade, como, por exemplo, a reunião anual, que acontece em julho. “Temos que tentar aumentar a participação, não só dos associados, mas de todos os interessados aqui do Mato Grosso”, completa.

Outro ponto importante de atuação é estabelecer diálogo entre pesquisadores, professores, universidades, institutos de pesquisa, escolas, tanto de ensino fundamental, ensino médio, as faculdades, sociedade em geral e governo. “É necessário o trabalho em conjunto para definir políticas públicas de apoio à ciência, tecnologia e inovação”, analisa. 

Defesa das universidades

Entre as missões da Sociedade também está a defesa das universidades públicas e consequentemente da pesquisa. “Um dos objetivos da SBPC é contribuir para o desenvolvimento científico tecnológico do país e isso obviamente passa pela defesa das universidades e dos institutos de pesquisa. Grande parte da pesquisa no Brasil é feita nas universidades e isso está em defender a autonomia universitária”, pontua.

“É importante lembrar também que a SBPC está sempre atenta às no Congresso Nacional que são de interesse da ciência e tecnologia, sempre fazendo manifestação, procurando explicar toda essa importância do financiamento constante. Sempre temos contingenciamentos, às vezes cortes, e a SPPC está sempre lutando contra”, acrescenta, exemplificando uma questão sobre a soberania nacional.

“Isso passa pela defesa das instituições que desenvolvem a pesquisa no país. O Brasil depende de insumos, de várias outras coisas importadas, e se tiver um maior incentivo na pesquisa, se a gente conseguir desenvolver ações que não são feitas, mas que temos capacidade para fazer, a gente dá um salto”, analisa.

Ações em Mato Grosso

Paulo Henrique Lana Martins observa que os desafios da ciência e da pesquisa para Mato Grosso é estimular as parcerias entre UFMT, Universidade Federal de Rondonópolis (UFR), Universidade do Estado de Mato Grosso (Unemat) e do Instituto Federal de Mato Grosso (IFMT), bem como com instituições privadas. “Essas parcerias não devem ser só entre as universidades, mas também com setores produtivos, participar também da definição das políticas estaduais e também municipais relacionadas à ciência, tecnologia e inovação”, diz.

“Muitas atividades já são feitas também pelas universidades, pela Seciteci [Secretaria de Ciência, Tecnologia e Inovação de Mato Grosso] ou por vários órgãos, a SBPC também pode contribuir nisso, incentivando os jovens a seguirem as carreiras científicas, a participar das feiras de ciências, da Semana Nacional de Ciências e Tecnologias”, complementa.

Outra função da Sociedade é poder der um canal de diálogo entre os pesquisadores de Mato Grosso com os órgãos públicos. “É bom lembrar também que a SBPC, além dos associados diretos, representa mais de 160 outras sociedades científicas, que são as afiliadas. Por exemplo, eu participo da Sociedade Brasileira de Física, que é uma delas, que também é representada pela SBPC. Então é uma representação bastante significativa”, explica. 

“Eu como secretário regional não estou representando apenas os associados à SBPC que residem no Mato Grosso, mas também várias pessoas que são associadas a essas entidades, talvez não são diretamente à SBPC, mas a sociedade a qual essas pessoas participam e que elas também são filiadas provavelmente a SBPC”, diz.

Outras missões

O secretário regional da SBPC em Mato Grosso também observa a necessidade da recuperação da valorização da ciência, uma vez que se passou por um período de descrédito, desde a época da pandemia, com a questão das vacinas. “Acho que a gente sofre as consequências e temos que trabalhar para recuperar isso”, analisa. 

“Desinformação também é um desafio. Uma vez que a gente consegue ter uma educação científica melhor, a gente consegue trabalhar para diminuir”, pondera, acrescentando que a inconstância, insegurança e instabilidade no financiamento nacional para educação, para ciência, tecnologia também são fatores complicadores. 

“Outro desafio que vejo é aproximar as pesquisas aos problemas da sociedade. Isso tem sido muito discutido também em nível nacional, isso é, como que o desenvolvimento científico pode contribuir efetivamente para resolver alguns problemas locais, isso já trazendo também para o Mato Grosso algum problema da sociedade, que a sociedade receba diretamente e usufrua dos desenvolvimentos gerados pela ciência”. 

Neste sentido e no caso de Mato Grosso, Paulo Henrique Lana Martins exemplifica como um dos desafios da ciência aumentar a eficiência da produção agropecuária para conciliar com a preservação ambiental. “Isso é uma coisa local. As mudanças climáticas também afetam a produção agropecuária”, reforça.

Outro desafio importante, enfrentado pela ciência brasileira é a atração e fixação de pesquisadores. “Acaba tendo muita evasão, muitas pessoas que poderiam fazer uma pesquisa de ponta aqui no Brasil acabam sendo atraídas para o exterior. Isso também acontece em nível local. Às vezes algumas pessoas têm uma formação aqui, mas depois acabam indo para os grandes centros. Considero esse um desafio importante”, finaliza.

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