Em 2024 a Mpox foi classificada como "emergência sanitária mundial" pela Organização Mundial da Saúde (OMS). Chamada até 2022 de "varíola dos macacos" a doença foi renomeada para tentar garantir o bem-estar animal e evitar estigmas sobre os primatas. Atualmente a Universidade Federal de Mato Grosso tem o projeto de Extensão “A culpa não é do macaco: Vigilância de epizootias em Mato Grosso e conscientização da população sobre Febre Amarela e Varíola dos Macacos na conservação de primatas não humanos” para abordar os cuidados com os animais.
Coordenador do projeto, o professor Fernando Henrique Furlan Gouvea destaca que a principal meta do projeto é ampliar o seu alcance. A proposta do projeto é de realizar em parceria com a Secretaria Estadual de Meio Ambiente (SEMA), Instituto de Defesa Agropecuária de Mato Grosso (INDEA) e Prefeitura Municipal de Cuiabá compreender a ocorrência e a distribuição espacial de febre amarela e Mpox em primatas não humanos. A partir disso será realizada a divulgação das informações para toda a comunidade combatendo a desinformação e as ações violentas contra os animais.
“Falamos da importância dos primatas e a relação da febre amarela com sua ameaça e quanto a desinformação ajuda a ameaçar esses animais”, destaca o professor a respeito do intuito do projeto de extensão contemplado com bolsa de extensão tecnológica aplicadas pela Pró-Reitoria de Cultura, Extensão e Vivência (Procev) em conjunto com a Pró-Reitoria de Pesquisa (Propeq). O projeto busca conhecer também a dimensão da febre amarela em primatas não humanos, para poder estabelecer controle e evitar a propagação para humanos.
A ideia do projeto é atuar na confecção de materiais informativos sobre o projeto, sobre a Mpox e também o diagnóstico da Febre Amarela a ser direcionado para diferentes instituições públicas e privadas a fim de divulgar as atividades do projeto como os estudos de animais mortos para saber mais sobre a situação dos animais e também coletar dados sobre a propagação de doenças relacionadas a eles. Trabalhamos basicamente com educação ambiental, inclusive, estou trabalhando numa proposta para o CNPq para conseguir recursos em um edital sobre desinformação e fake news em saúde”, explica o professor.