Estão abertas as inscrições para o curso “A Política além das narrativas: a Ciência Política na compreensão do Estado Democrático de Direito”, até o dia 25 de outubro. O curso, que começa no dia 26 de outubro, recebe inscrições a partir de formulário eletrônico e está voltado para graduandos dos cursos de licenciatura da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) e professores das redes públicas municipais e estaduais. O curso é em formato híbrido, entre presencial e a plataforma Moodle.
A realização do curso será em aulas uma vez por semana, às quintas-feiras, entre 19 e 21h30. “A proposta do curso nasceu da própria prática da docência das disciplinas de legislação educacional oferecida aos cursos das diversas licenciaturas da UFMT”, explica o professor Marcos Caron, organizador do curso. Ao todo o curso tem carga horária de 120 horas, de outubro de 2023 até março de 2024, com a realização de recesso entre 20 de dezembro de 2023 e 31 de janeiro de 2024.
“Verificamos que a dificuldade dos alunos não era devido apenas à compreensão textual jurídica das leis, mas sim pela ausência de compreensão da própria política como atividade intrínseca ao processo civilizatório e, como consequência, a pouca compreensão dos conceitos de Estado (e formas de Estado), Governo (idem) e Regimes Políticos. Isso resulta em baixa compreensão do que é um regime democrático e, por extensão, o Estado Democrático de Direito”, relata o professor Marcos Caron.
A partir das reflexões surgiu a questão central do curso, voltado para como alunos de graduação podem compreender os complexos sistemas de legislação educacional sem dominar conceitos básicos e fundamentais da política. “Assim, no contexto da polarização política que atinge há meia década, no mínimo, a sociedade brasileira, com o crescimento de forças extremistas de conteúdo e ideologias antidemocráticas, vemos esse curso como uma necessidade central para que os graduandos de licenciatura, a despeito da suas opções políticas, estudem os conceitos centrais do Estado Democrático de Direito para compreender a democracia como valor universal”, finaliza o professor.