A extensão universitária tem papel fundamental na Universidade, ao lado do ensino e da pesquisa, contribuindo para a formação profissional, acadêmica e pessoal de estudantes, docentes e pesquisadores. Em busca de introduzir atividades extensionistas na grade curricular, disciplina do Programa de Pós Graduação em Nutrição, Alimentos e Metabolismo (PPGNAM) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) estimula o desenvolvimento de materiais que apresentam informações científicas sobre a relação entre os alimentos e a Covid-19.
Entre os diversos conteúdos elaborados, estudantes do Programa produziram uma cartilha que explica sobre os benefícios e mitos alimentares relacionados à transmissão e contaminação pelo coronavírus, além de um perfil no Instagram onde são publicados os demais materiais científicos desenvolvidos. As publicações abordam temas sobre a higiene, questões que envolvem o consumidor, explicações sobre determinados alimentos e métodos eficazes ou não contra o vírus.
“A Universidade precisa sair dos muros e chegar até a sociedade. Com as novas diretrizes do Ensino Superior e o estímulo às atividades extensionistas, resolvemos ofertar a disciplina de extensão na Pós Graduação para envolver os alunos nesta questão e eles poderem contribuir com a comunidade externa. Isso é uma experiência interessante, com a oportunidade de produzir conteúdo em uma linguagem que toda sociedade possa entender, visando gerar uma interpretação correta dos materiais para não confundir o consumidor. Precisamos transformar a linguagem acadêmica em algo compreensível por todos, para que o conteúdo produzido na Universidade possa agregar a toda sociedade”, afirma a coordenadora da disciplina e professora da Faculdade de Nutrição (Fanut), Luciana Kimie Savay da Silva.
Para a mestranda e uma das produtoras da cartilha “Principais mitos em alimentos relacionados à transmissão do coronavírus”, Maxsueli Moura, o material auxilia a esclarecer dúvidas com informações seguras a respeito de um assunto que até o momento gera dúvidas e a propagação de conhecimento sem comprovação científica. “A ideia foi construir algo dinâmico, de fácil leitura e que pudesse levar informações de forma que qualquer pessoa tivesse acesso, sem a necessidade de compreender um artigo científico. Além disso, visamos mostrar o perigo de se acreditar em informações sobre alimentos que possivelmente teriam um fator de cura contra a doença, e que na verdade podem prejudicar a saúde, quando em excesso, e não auxiliar”, destaca. O material foi desenvolvido em parceria com o mestrando Fellipe Lopes.
A ideia de produzir materiais que relacionem alimentos e a Covid-19 é exclusiva deste semestre letivo e há o objetivo de ofertar a disciplina novamente com a diversificação dos conteúdos. “O perfil no Instagram também continuará ativo, com publicações científicas sobre diversos temas. Além disso, assim que pudermos realizar atividades presenciais pretendemos colocar em prática o contato direto com a sociedade. O momento nos mostrou que é preciso que a Universidade chegue até a sociedade, e para isso precisamos nos reinventar para essa nova forma de comunicação”, destaca a docente.