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DATA23 de Agosto de 2023

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Ciências

INPP realiza palestra sobre anfíbios e áreas úmidas

João Conceição
Evento acontece nesta quinta (24), 16h, anexo à UFMT em Cuiabá

O Instituto Nacional de Pesquisa do Pantanal (INPP) realiza nesta quinta-feira (24), às 16 horas, nova palestra no do ciclo Wolfgang J. Junk. O tema será  “Anfíbios e Áreas úmidas: Aterrorizantes ou Aterririzados”, será conduzido pelo biólogo Leonardo Moreira, pesquisador do INPP. A atividade gratuita acontece no auditório do INPP, anexo ao Câmpus da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), em Cuiabá.

O pesquisador ressalta que no Pampa, no sul do Brasil, pequenas áreas úmidas são comumente cercadas por pecuária extensiva, agricultura baseada em culturas intensivas e reflorestamento com árvores exóticas. Ele destaca ainda que em menor proporção, esse cenário vem crescendo também para as áreas úmidas do Pantanal Mato-grossense. 

As áreas úmidas sustentam uma elevada biodiversidade de organismos: plantas aquáticas, peixes, anfíbios, entre muitos outros. O Brasil é o líder mundial em diversidade de anfíbios, com aproximadamente 1200 espécies. E esses anfíbios contribuem com parte dos serviços das áreas úmidas. “Os anfíbios comem ou são comida de alguém. Assim, eles controlam uma série de vetores de doenças. E também, servem de alimento na cadeia que sustenta o Pantanal. Ainda, eles produzem uma série de compostos químicos na pele e que têm sido utilizado em várias áreas da medicina, estética, etc.”, pontua Leonardo Moreira .

Leonardo Moreira destaca ainda que os benefícios e as desvantagens relativos dos usos da terra rural para a biodiversidade das áreas úmidas dependem em grande parte das práticas de manejo. Em um olhar mais atento aos anfíbios, os modos reprodutivos influenciam a maioria das respostas à intensificação do uso da terra. Espécies que depositam ovos diretamente na água, sem proteção de ninhos de espuma, são as mais sensíveis à modificação das áreas úmidas.

Desafios

No entanto, conciliar a conservação da biodiversidade com ganhos econômicos não é simples. “Os efeitos sinérgicos das mudanças climáticas e do uso da terra já estão secando muitas áreas úmidas no Brasil. O Pantanal, por exemplo, perdeu aproximadamente 30% da superfície de água nos últimos 30 anos segundo o levantamento do MapBiomas”, observa o pesquisador do INPP. 

Iniciativas de conservação em paisagens agrícolas têm se tornado uma das prioridades na agenda de conservação de anfíbios, já que mudanças no uso da terra estão associadas com declínios globais. A conversão das áreas úmidas em áreas produtivas com pouca consideração por seus impactos no Pampa e Pantanal. Ainda há muito a saber sobre as consequências da transformação de áreas úmidas para cultivo de alimentos, mas algumas práticas de manejo fornecem modelos promissores. No entanto, fortes gargalos impedem a adoção de práticas de manejo de terras mais sustentáveis e a agricultura amiga da biodiversidade tem ocupado uma zona cinzenta entre a ciência e a política.

O ciclo de palestras “Wolfgang J. Junk” prossegue até o final de 2023. Acesse o Instagram do INPP.

* Com informações da Assessoria INCT/ INAU


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