PORAndré Faust
Jornalista

DATA08 de Julho de 2021

COMPARTILHE

Ciências

Geodiversidade de Cuiabá é tema de pesquisa

Degraus e paredes da igreja da Nossa Senhora do Bom Despacho têm pedra canga.
Degraus e paredes da igreja da Nossa Senhora do Bom Despacho têm pedra canga. Tchélo Figueiredo - Secom/MT
História de minérios conta patrimônio geológico da cidade

Da mesma forma que o clima, a cultura e a história podem influenciar na formação das cidades, a geodiversidade — variedade de elementos e processos relacionados à formação de rochas, minerais e solos — também cumpre seu papel neste sentido. No caso de Cuiabá, cidade tricentenária que foi fundada a partir da exploração de metais preciosos, o ouro e a pedra-canga são exemplos dessa diversidade que estão presentes em diversas construções históricas, como apontado por uma pesquisa recente da Instituição.

"O ouro era abundante em Cuiabá e foi o ponto de partida para seu surgimento e desenvolvimento. Hoje, este metal precioso ainda é encontrado na baixada cuiabana e encontra-se preservado nas paredes das igrejas da Nossa Senhora do Rosário e São Benedito, por exemplo", explica a professor Ana Claudia Costa, da Faculdade de Geologia (Fageo) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT).

Além de serem usados como decoração, outras formações características da região ajudam a compor a "infraestrutura" da cidade, como é o caso da pedra-canga, em Cuiabá, um minério avermelhado, resistente, pois contém ferro em sua composição, de baixo custo e que foi largamente utilizado em construções como nos degraus e paredes da igreja da Nossa Senhora do Bom Despacho, por exemplo.

"O inventário da geodiversidade de um local e a seleção de sítios representativos da sua história geológica são o primeiro passo para a determinação do patrimônio geológico, que por sua vez formará a base para definir e estabelecer o patrimônio geológico, a geoconservação e o geoturismo", afirma a pesquisadora, que aponta que em cidades como São Paulo e Rio de Janeiro já existem roteiros focados neste aspecto.

Além destes, outros materiais geológicos estão sendo descritos em pesquisas paralelas, como o blocos de quartzo branco, que ocorre em Cuiabá e Poconé, e o calcário do distrito da Guia, este último notoriamente presente na fachada do Hospital Estadual Santa Casa.

Além da professora Ana Claudia Costa, a pesquisa foi realizada em parceria com os pesquisadores Carlos Humberto da Silva e Renato Migliorini, da UFMT, e Marcos Nascimento, da Universidade Federal do Rio Grande do Norte (UFRN) e publicada no Journal of the Geological Survey of Brazil.


TAGS:

Logo da UFMT
Câmpus Cuiabá

Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2367
Bairro Boa Esperança - Cuiabá - MT
CEP: 78060-900

(65) 3615-8000

Funcionamento Administrativo 7h30 às 11h30 e 13h30 às 17h30

Câmpus Araguaia

Unidade I - Pontal do Araguaia
Avenida Universitária, nº 3500
Pontal do Araguaia - MT
CEP: 78698-000

(66) 3402-0770

Unidade II - Barra do Garças
Avenida Valdon Varjão, nº 6390
Barra do Garças - MT
CEP: 78605-091

(66) 3402-0736

Funcionamento Administrativo 08:00 às 11:30 e das 14:00 às 17:30 (horário local)

Câmpus Sinop

Avenida Alexandre Ferronato, nº 1200
Bairro Residencial Cidade Jardim - Sinop - MT
CEP: 78550-728

(66) 3533-3100

(66) 3533-3122

Funcionamento Administrativo 7h30 às 11h30 e 13h30 às 17h30

Câmpus Várzea Grande

Av. Fernando Corrêa da Costa, nº 2367
Bairro Boa Esperança - Cuiabá - MT
CEP: 78060-900

(65) 3615-6296

Funcionamento Administrativo 7h30 às 11h30 e 13h30 às 17h30