O Escritório de Inovação Tecnológica (EIT) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) realizou uma reunião estratégica com o fundo de investimento Pró Natura Internacional, nesta sexta-feira (19), com o objetivo de apresentar o projeto "Castanha do Brasil Exportação e Etnodesenvolvimento", que visa apoiar comunidades indígenas e promover a exportação desses produtos.
Na oportunidade, o pró-reitor de Pesquisa da UFMT, professor Leandro Battirola, destacou a importância das parcerias para o desenvolvimento da pesquisa com aplicação na comunidade. “A universidade desempenha um papel fundamental nos aspectos sociais, econômicos e ambientais, buscando soluções para os problemas enfrentados pela sociedade e a transferência de tecnologia para fora da Instituição é a nossa missão”, afirmou.
De acordo com o professor Raoni Teixeira, diretor do EIT, a reunião fortaleceu os laços entre a UFMT e este fundo internacional, que faz a captação de recursos para projetos ligados à Amazônia. “Além de proteger a propriedade intelectual da UFMT, o EIT tem essa responsabilidade de criar pontes entre a universidade e o mercado, facilitando a transferência de conhecimento”, completou.
Sobre o projeto, a professora Patricia da Silva Fiuza Pino, do curso de Arquitetura e Urbanismo, disse que a ideia é estabelecer um modelo de organização baseado em princípios de ESG (Meio-ambiente, social e governança), que visa combinar a extração sustentável de castanhas do Brasil com o desenvolvimento das comunidades indígenas, vinculando isso ao potencial de comercialização internacional desses produtos.
“A proposta visa ainda garantir que os benefícios gerados retornem para as comunidades, promovendo um ciclo de governança sustentável”, concluiu.
Essa iniciativa, ao aliar o desenvolvimento econômico com a preservação ambiental e a valorização das tradições indígenas, busca criar um modelo sustentável e justo para a exploração da castanha do Brasil, promovendo o bem-estar das comunidades envolvidas e fomentando a exportação.