Projetos de apoio à extensão e pesquisa em agroecologia, desenvolvidos pela Faculdade de Agronomia e Zootecnia (FAAZ), na Fazenda Experimental da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), terão um investimento de mais de R$ 2 milhões do poder público para ampliar sua atuação. Nesta sexta-feira (29), a propriedade recebeu professores, pesquisadores, camponeses, autoridades políticas e representantes da administração superior para dar início ao Centro Vocacional Tecnológico em Agroecologia (CVT Agroeco).
Durante a reunião, a equipe técnica do projeto apresentou os recursos disponíveis na Fazenda e de que forma o CVT atuaria para auxiliar no desenvolvimento de inovações em agroecologia e, em conjunto com os parceiros do projeto e dos assistidos, foram discutidas as prioridades da comunidade e quais seriam os próximos passos.
Agradecendo o apoio dos deputados presentes, Professora Rosa Neide (federal) e Valdir Barranco (estadual), o reitor da UFMT, professor Evandro Soares da Silva, destacou como o trabalho desenvolvido na Fazenda integrava ensino, pesquisa e extensão ao apoiar as atividades daquela comunidade, estudar novas técnicas e formar os profissionais da Instituição.
“As emendas que serão investidas aqui são fundamentais para atender a demanda de pequenos produtores, no sentido de possibilitar, por meio do desenvolvimento científico, ampliação da produtividade de forma sustentável para o meio ambiente e para as pessoas”, afirmou.
A Agroecologia é um conceito científico que visa trabalhar o lugar do homem dentro do espaço do campo, tratando tanto das relações sociais desenvolvidas nesse meio, quanto da sua relação com as plantas, animais, o solo e outros componentes deste ambiente.
Responsável pelo projeto “Do Campo à Mesa” e, agora, do CVT Agroeco, o professor Henderson Gonçalves Nobre, explica que estes são projetos complementares. O primeiro, dividido em quatro eixos, visa auxiliar os produtores desde a transição para o modelo agroecológico até a comercialização dos produtos, enquanto o segundo permitirá atender demandas que antes não eram possíveis.
“Esse vai ser um espaço para experimentar um pouco mais. Vamos nos aprofundarmos na questão da pesquisa e das tecnologias para, a partir do momento que tivermos uma prática consolidada aqui na Fazenda, possamos irradiar esse conhecimento para as comunidades que a gente auxilia”, disse.
Uma das participantes dos projetos desde 2019, a agricultora de agrofloresta Lucinete Campos da Costa Joaquim explica que essa técnica procura plantar de tudo um pouco. Em sua propriedade tem aroeira, mogno, eucalipto, banana, melancia, abacaxi, laranja e limão. “Estamos muito motivados. Temos comida saudável para consumir e vender e mantemos nossa associação unida, trabalhando no coletivo com este projeto e com a agrofloresta”, contou.
Na opinião da deputada federal Professora Rosa Neide, nestes trabalhos desenvolvidos pela UFMT e por aquela comunidade pode estar a chave para sair da encruzilhada ambiental e produtiva que a humanidade se encontra. “Acabamos de fechar com o professor Handerson e para a fazenda experimental um grupo de emendas para financiar e incentivar esses projetos que, eu acredito, podem ajudar muito Mato Grosso e o nosso país. Aqui está parte das respostas que precisamos e é minha obrigação como parlamentar dar o meu apoio”, completou.
Também estiveram presentes os pró-reitores de Cultura, Extensão e Vivência (Procev), professor Renilson Rosa Ribeiro, e Pesquisa, professor Leandro Dênis Battirola; e o Diretor da FAAZ, Ismael de Barros Rocha.