A comunidade dos Câmpus de Cuiabá e Várzea Grande da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) participou, nesta segunda-feira (23), da primeira audiência pública para elaboração do Plano de Segurança da UFMT. O objetivo é discutir de forma ampla e democrática a questão, para que o documento final atenda ao maior número de demandas.
De acordo com a presidente da comissão, professora Gisele Silveti, as audiência representam um movimento de democratização das decisões sobre Segurança. “A participação da comunidade é fundamental para o desenvolvimento do novo plano, tendo em vista que não adianta os gestores traçarem estratégias sem que a comunidade, que permeia a universidade muito mais que os gestores, esteja engajada e oferecendo suas contribuições”, afirmou.
A audiência iniciou com a apresentação da Comissão responsável pelo plano dentro do Conselho Universitário (Consuni), seguida de um relatório sobre o sistema de segurança vigente na Instituição.
Atualmente, a UFMT possui contratos de segurança para os quatro Câmpus, sendo que o contrato de Cuiabá inclui também a unidade 2, ainda em construção, e a unidade da Fazenda Experimental. Estes, totalizam um investimento anual de aproximadamente R$8,5 milhões, para contratação de 176 trabalhadores, entre porteiros e vigias.
Além dos terceirizados, a UFMT também investe em sistemas de monitoramento, com câmeras instaladas nos principais acessos dos câmpus de Cuiabá e do Araguaia e, ainda, a previsão para aquisição de kits de monitoramento internos para cada unidade.
Segundo o Pró-reitor de Administração e Infraestrutura, Adriano Aparecido de Oliveira, outro ponto importante do plano atual, e que poderia ser ampliado, é a relação com os órgãos de Segurança Pública. “Hoje, no câmpus de Cuiabá, temos um convênio com a Polícia Militar, que tem uma unidade no Câmpus, e acredito que isso poder ser feito de forma mais abrangente, inclusive com a conexão de nosso sistema de videomonitoramento com o da Secretaria de Estado de Segurança Pública”, disse.
Para a servidora técnica Léia de Souza Oliveira, é importante também que o plano inclua um estudo dos pontos mais frágeis do Câmpus. “O que vemos pelos casos que temos conhecimento é que algumas unidades da Universidade são alvos mais frequentes de ações criminosas e um diagnóstico disso pode auxiliar na gestão dos recursos”, explicou.
Além da audiência, os diretores da unidade acadêmica estão respondendo um questionário sobre suas unidades, levantando demandas de cada local. “O Plano de Segurança vai ser feito para atender a necessidade da comunidade, então precisamos saber o que todos precisam em questão de segurança, de forma que ele seja construído de baixo para cima”, concluiu o professor Marcus Silva da Cruz, membro da comissão.
A reunião do Câmpus do Araguaia acontece na outra segunda-feira (29), a partir das 8h30, no cinema do Instituto de Ciências Biológicas e da Saúde da unidade de Barra do Garças.
A reunião do Câmpus de Sinop acontece no dia 7 de agosto, a partir das 9h, no auditório da Associação dos Docentes da Universidade Federal de Mato Grosso (Adufmat).