O curso de Engenharia Florestal da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Campus de Sinop, desenvolve ações com alunos da disciplina de Recuperação de Áreas Degradadas (RAD) para recuperar áreas de diferentes cidades do norte de Mato Grosso. Uma das ações foi uma visita, de aproximadamente seis dias, que teve início na cidade de Peixoto de Azevedo, passando por Terra Nova do Norte e se encerrando no município de Marcelândia.
O professor do Curso de Engenharia Florestal Juliano de Paulo dos Santos, que também faz parte dos projetos de extensão Arborescer: conhecer para conservar e Troca de saberes, conta que existe um esboço para projeto futuro na região de Marcelândia, com base nos relatórios produzidos ao longo das aulas de campo. Projeto esse que começou a se desenhar como uma ideia de plano de restauração, onde se pretende criar um documento de um projeto em nível municipal que conseguisse apresentar os pontos fracos e fortes de estruturas e estratégias necessárias para se pensar a recuperação de áreas degradadas e conservar as florestas em Marcelândia.
Para esse projeto futuro, Juliano conta a importância e inspiração que a Ecoarts Amazônia teve durante o recolhimento dos dados. Isso porque, o primeiro contato do professor com a região, se deu através de um convite do colega, Ingo Isernhagen, pesquisador da Embrapa Agrossilvipastoril, que parceiro da Ecoarts Amazônia, chamou o colega para visitar a fazenda Vale do Sonho, que é gerida pela mesma.
Na fazenda, a qual o professor levou os alunos, realiza-se um projeto de recuperação de áreas degradadas. Com a visita do curso ao local, a oportunidade foi aproveitada para que os alunos tivessem aulas. Juliano de Paulo acredita que através das experiências práticas os alunos puderam enxergar aspectos sobre como recuperar uma área degradada que vai desde a parte técnica, à área específica da engenharia florestal, da agronomia, do manejo das árvores e solo. “Eu acho que conseguiram enxergar um pouco mais das realidades tão distintas que existem dentro do estado de Mato Grosso”, relata o professor.
A estudante do curso de Engenharia Florestal, Aline Riston Wolfart, conta que a possibilidade de visitar vários locais diferentes trouxe a oportunidade de ver outras realidades. “Nós ficamos cada dia em um lugar diferente, o que possibilitou conhecermos várias pessoas e vários lugares[...] comentei com o pessoal da turma, que conhecemos uma mineradora. Eu nunca achei que seria possível conhecer um lugar desses. Para mim foi uma coisa bem diferente[...] eu gostei bastante”, conta a estudante.
Aline ainda ressaltou a importância de se fazer uma aula prática como as que foram realizadas com a excursão, principalmente para absorver conhecimentos passados por pessoas que vivem das práticas de sistemas de preservação. “Achei muito importante conhecermos alguns pequenos proprietários que tinham implantado na sua área, sistemas agro florestais, de onde eles tiravam o seu lucro. Eu achei bem interessante porque vemos o quanto conhecimento prático é importante e eles passaram isso para nós”, destaca a estudante.
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Projeto Troca de Saberes - Instagram