Tem início na próxima terça-feira (08), a VIII Reunião Equatorial de Antropologia (REA), promovida pela Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT). O evento, que segue até sexta-feira (11), no Teatro Universitário, Câmpus de Cuiabá, tem como tema “Deslocamentos, Territórios e Mudanças Climáticas”. A atividade, gratuita, reunirá pesquisadores, estudantes da graduação e pós-graduação, lideranças indígenas e de comunidades tradicionais, representantes de movimentos sociais, além de agentes públicos e privados do Brasil e de outros países da América Latina.
A VIII REA é organizada pelo Programa de Pós-Graduação em Antropologia Social da UFMT (PPGAS/UFMT), Museu Rondon de Etnologia e Arqueologia (Musear) e o Núcleo de Antropologia e Saberes Plurais (NAPlus).
Evento é inteiramente presencial, com atividades como mesas-redondas, grupos de trabalho, conferências, mostras culturais e lançamentos de livros. As inscrições estão abertas na plataforma Even3.
As atividades têm início na terça-feira (08/07), das 9h às 18h, com a recepção e credenciamento. Às 18h acontece a mesa de abertura oficial do evento, seguida da conferência de abertura às 19h, com Maial Paiakan Kayapó, liderança indígena do povo Kayapó.
Mais Programação
Na quarta-feira (09/07), durante a manhã, ocorrem as mesas-redondas: “Os Warao em Cuiabá/MT: uma rede de janokos nas cidades do Brasil”, “Saúde, cura e tratamento na Umbanda”, “Migrantes venezuelanos no Brasil” e “Sexualidades, gênero e saúde: novas perspectivas na América Latina”. À tarde, acontecem os Grupos de Trabalho (GTs), com debates sobre temas como etnografias da saúde e religião, antropologia multimodal, urbanização indígena, conflitos ambientais, performance e rituais, políticas indígenas nas Terras Baixas da América do Sul, crise climática e pandemia em territórios originários e tradicionais, populações afro-brasileiras e questões de gênero. À noite, haverá duas conferências: Bernardo Enrique Rozo Lopez (18h às 19h30) e Mariano Báez Landa (20h às 21h30).
Na quinta-feira (10/07), pela manhã, as mesas-redondas abordam temas como: “Invisibilidade étnica, incêndios florestais e territórios do povo Guató no Pantanal”, “Museus e museologias indígenas”, “Artes para sustentar o céu: estéticas e relacionalidades no Antropoceno” e “Direitos territoriais e desastres climáticos nos quilombos da Amazônia e Cerrado”. Os GTs da tarde tratam de saúde, sofrimento e cuidado, alianças frente ao agronegócio, crimes ambientais, segurança pública, e resistência de comunidades afrodescendentes e LGBTQIA+. As conferências da noite serão conduzidas por Alfredo Wagner (18h às 19h30) e Sônia Maluf (20h às 21h30).
Na sexta-feira (11/07), último dia do evento, a programação inclui mesas-redondas sobre “Patrimônios culturais em perspectivas decoloniais” e “Direitos indígenas e ambientais como solução para as mudanças climáticas”, além de GTs com temáticas diversas, como alimentação e mudanças climáticas, cuidado, crimes ambientais, conflitos territoriais e performances de resistência. O encerramento será às 19h30, com a conferência de Els Lagrou.
A proposta do evento considera o atual contexto sociopolítico e ambiental do Brasil e da América Latina, buscando ampliar os diálogos entre antropologia, comunidades tradicionais e os desafios contemporâneos enfrentados por territórios e povos em deslocamento. A REA é realizada desde 1980, inicialmente como reuniões regionais da Associação Brasileira de Antropologia (ABA) e, desde 2007, com abrangência internacional voltada para países da América Latina e Caribe.