Nesta segunda-feira (30) a Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT) sediou a abertura do 1° Congresso Internacional sobre Economia Solidária e Reintegração Social em Saúde Mental (CIESSM). O evento reúne diferentes áreas e iniciativas para apontar caminhos de sensibilização para a reintegração social e o fomento à economia solidária. Para os participantes a discussão sobre o direito ao trabalho como parte da reinserção social é fundamental dentro ou fora dos serviços de saúde mental.
Para a professora Marluce Souza e Silva, reitora da UFMT, tratar das questões de combate à violência, de preconceito e de garantia de direitos humanos na universidade é prioridade, como discussão no CIESSM. “Nós inauguramos a nossa secretaria de atendimento à população que precisa ser inserida, que é diversa e que tem direitos que precisam ser garantidos. Então hoje a gente está discutindo todas as possibilidades e dando atenção especial no foco da saúde mental e da produção de renda porque isso contribui também para a permanência dos nossos estudantes na universidade”, ressaltou.
Coordenadora do evento e assessora especial da reitoria, a professora Carla Gabriela Wünsch explica que a proposta do evento está em construção desde o ano passado em uma concorrência com eventos de todo o Brasil pelo apoio do Conselho Nacional de Desenvolvimento Científico e Tecnológico (CNPq). “Eu concorri entre as propostas do Brasil e a minha proposta foi uma das seis contempladas em evento de grande porte e a UFMT desde então tem me apoiado por meio de um projeto de extensão”, explicou a professora.
De acordo com a coordenadora o apoio está representado também com o Teatro Universitário e a Gráfica Universitária. “São parceiros dentro da própria universidade que nos dão o suporte para realizar um evento de grande porte, híbrido, com mais de 1300 inscritos”, pontuou a professora Carla Wünsch também agradecendo à professora Vanessa Furtado que também compôs a proposição do evento. O evento aborda temas como “Economia solidária e trabalho como direito”, “Autonomia e protagonismo de pessoas em sofrimento psíquico”, “Reinvenção dos cuidados em saúde mental”, “Centros de Convivência e Lazer” e “Práticas coletivas, arte e produção cultural como formas de cuidado”.
“Discutimos como a economia solidária pode ser uma forma de direito ao trabalho para a pessoa que, ao longo de sua vida, sofreu ou sofre de algum transtorno mental. Então essa pessoa, dentro ou fora dos serviços de saúde mental, pode por meio da economia solidária, ter o direito ao trabalho. Debatemos temas que vão desde como criar uma associação até como criar centros de convivência atrelados ao associativismo, bem como gerir e fomentar essas iniciativas de economia solidária dentro dos próprios CAPS e na comunidade”, explica a professora sobre os temas do evento. A secretária de Direitos Humanos da UFMT, Onice Teresinha Dall'Oglio, participou da abertura do evento.